Não demorei a recordar-me que tinha deixado Moegi cuidando das crianças enquanto eu fui buscar algo para que eles comesse. Mesmo sentindo uma fraqueza enorme em meu corpo e pensando que a qualquer momento eu mesma fosse morrer, me desprendi de Shikamaru e pedi para que ninguém me acompanha-se. Apesar de relutante, eles me atenderam.
Voltei ao meu quarto e Moegi estava brincando com eles. Quando percebeu que meus olhos estavam marejados e meu rosto molhado pelas lagrimas ele se aproximou.
- Sakura o que foi? Por que esta assim?
- Deixe-me sozinha com eles Moegi. _ Foi tudo o que eu consegui dizer naquele momento.
- Mais Sakura....
- Eu já disse para me deixar. Apenas deixe-me com meus filhos.
Ela saiu confusa. Não a culpo! Mais senti um grande alivio de ficar a sós com meus filhos naquele momento. Aproximei-me deles e Yoichi logo estendeu os braços para que eu o pegasse no colo. Assim que o pus em meu colo ele me abraçou. Minhas lagrimas teimaram em cair naquele momento e Arashi começou a chorar. A tomei em meus braços e pus um em cada perna.
- Mama! _ Murmurou Yoichi. Sempre que eu estava triste ele parecia notar e me abraçava enquanto Arashi chorava compartilhando minha dor.
- Me desculpem! _ Yoichi apertou o abraço enquanto passava o braço pela irmã também. Arashi correspondeu o abraço e logo nos três nos abraçávamos. – Se eu tivesse tido ao pai de vocês o quanto o amava talvez ele não tivesse partido. Foi tudo minha culpa. Agora vocês não vão conhecê-lo por causa disso.
O choro de Arashi aumento. Ela demonstrou- me assim que entendeu o que eu quis dizer. Como eu sempre lhes falava do pai isso pra mim não foi surpresa. A minha maior surpresa foi notar uma lagrima correr pelo rosto de Yoichi. Nos momentos mais difíceis, era Arashi que sempre chorava comigo. Yoichi apenas assistia ou tentava fazer a imã para brincando com ela. Quando ele estava triste, ele simplesmente se isolava e somente permitia Sai perto dele. Vê-lo chorar naquele momento simplesmente me cortou ainda mais o coração.
- Per-dão meus fi-lhos! _ Eu gaguejei em um sussurro. Assim que recuperei o ar voltei a falar-lhes. – Prometo que nunca mais farei nada para causar a vocês o sofrimento que estou causando agora. Desculpe por não ser a mãe que vocês merecem e por ter deixado o pai de vocês partir para a morte. Mais eu prometo que jamais permitirei que isso ocorra novamente. Farei de tudo, ate mesmo dar minha própria vida para que vocês não sofram tanto como eu sofri. Nunca permitirei que ninguém lhes faça mal algum. Nunca mais!
Pouco depois de Yoichi e Arashi completarem seu segundo aninho Akatsuki perdeu grande parte de seu poder em um ataque surpresa preparado por Sasuke. O reino teve um pouco de alegria depois de tanto tempo e agora toda a raiva que tínhamos por Sasuke dissipou-se. Não tinha como negar, ele realmente havia mudado. De vez em quando ate mesmo o víamos sorrir. Todos no reino fizeram uma enorme festa para comemorar isso. Enquanto os preparativos eram feitos, eu, Moegi e Ino passeávamos pelo castelo notando o que deveria ser feito.
- Sakura acredito que seria uma boa idéia colocarmos uma mesa bem no centro do jardim. Como será uma festa que durara o dia inteiro seria bom uns doces nela durante o dia e o jantar ser servido na sala como de costume a noite.
- Não é má idéia Ino. Cuide disso, por favor. Eu e Moegi cuidaremos da musica e da recepção dos convidados. Depois de tanta tristeza, esse baile tem que estar perfeito. A muito tempo que não tínhamos nada com que se alegrar.
- Que bom que agora tudo parece que ficará bem. Segundo o que dizem a Akatsuki esta enfraquecendo e se continuar assim a guerra terá um fim bem trágico para eles e feliz para nós. Ai então a Sakura poderá faze meu baile de apresentação.
- Não comemore vitoria ainda Moegi. Não sabemos o dia de amanhã. Hoje poderemos estar contentes e amanhã chorando.
- Não seja estraga prazeres Ino. Com o fim dessa maldita guerra, tudo de ruim ficara para trás e Konohamaru logo retornará.
Eu e Ino ficamos em silencio e perplexas. Moegi colocava tanta fé me cada palavra que parecia acreditar em cada uma delas com toda certeza e razão que tinha.
- Como pode ter tanta certeza disso? _ Tive medo de fazer essa pergunta mais Ino a fez por mim.
- Tenho certeza por que se ele foi atrás do Naruto e agora não pode mais trazê-lo de volta, ele deve estar tentando se vingar nos soldados da Akatsuki. Assim que conseguir o que quer, não terá mais motivos para ficar longe de nós e ele voltará.
- Nem ao menos sabemos se ele esta vivo. Talvez tenha acontecido algo parecido com o que aconteceu com Naruto ou pior? _ Eu quis voar em cima de Ino para que ela se calasse. Mais não foi preciso.
- Você não sabe de nada. Konohamaru vai voltar sim. Ele me prometeu que voltaria vai voltar e conhecer nossos sobrinho, se tornar rei, proteger a todos nós e mandar Sasuke na masmorra.
- Fazer o que com Sasuke? _ Perguntamos Ino e eu. Ficamos simplesmente abismadas com o que ouvimos.
- Nada! Eu não disse nada. _ Moegi sai caminhando e nós não temos coragem suficiente para impedi-la.
A festa começou e todo o reino estava para lá de animado. Eu dei atenção a maioria deles mais quando alguém me disse que sentia falta do reinado de Naruto por que ele o ajudou muito, eu senti um enorme peso em minhas costas. Afastei-me aos poucos da multidão e logo fui a uma parte mais apartada do jardim. Caminhei um pouco com a promessa que fiz aos meus pequenos na cabeça. Não importava o que acontecesse a mim, eu pretendia cumprir essa promessa.
- Sakura! Você está se sentindo bem? _ Confesso que fiquei com uma certa raiva ao ouvir aquela voz. Mais depois de tudo o que ele fez, eu não poderia seguir guardando rancor.
- Estou. Só que não quero mais ficar na festa. Preciso de um tempo para pensar.
- Entendo! Eu também não estou tão à vontade com tanta gente me dizendo “Parabéns Sasuke. Você realmente se superou!” Ou “ Você surgiu na hora certa!” Isso é meio que constrangedor.
- Uchiha Sasuke constrangido! Por essa eu não esperava.
- Ainda que por muitas vezes eu tenha parecido um monstro, o que admito que na verdade eu era eu ainda sou um ser humano Sakura. Peço desculpa por tudo o que fiz no passado e pelos erros que cometi. Embora não mereça perdão, conto com sua generosidade e bondade.
Não nego que senti uma grande raiva dele. Mais ao olhar ele nos olhos, acabei arrependendo-me disso. Sasuke parecia falar a verdade. Não tive coragem de esmurrá-lo como de inicio pretendia.
- Não tenho mais tanta raiva de você. Depois de tudo o que fez por minha família, amigos, e meu reino, não poderia mais nutrir tal sentimento podre. Só nos resta agora esquecer o passado e procurar não errar tanto no futuro.
- Não vejo por que de você ficar assim. Você é praticamente perfeita! Naruto teve sorte de ter te encontrado tão rápido.
- Se eu realmente assim tão especial, ele estaria aqui comigo e os filhos.
- Naruto sempre foi teimoso. Você nunca poderia ter impedido dele ir. Ninguém nunca o impede de fazer aquilo que ele acredita ser certo.
- Mesmo assim, ainda sinto a falta dele.
- Eu também! Sei que não dava muita importância para ele quando estávamos perto um do outro, mais ele foi o mais perto que cheguei de ter um amigo.
- Mesmo que eu mesma não acredite nisso, você nunca foi sincero. E mesmo que tenha mudado, nunca notara o que realmente perdeu. Naruto sempre esteve ao seu lado mesmo quando você só o fazia sofrer.
- Me arrependo tanto disso. Mais a verdade é que eu me senti tão pressionado por Miseru e os outros do povoado que tinha medo de que se não fizesse o que eles queriam, eu fosse castigado por eles. Quando retornei a Konoha passei a ser protegido por Orotimaru, eu segui com meus medos. Quando cai em mim e percebi meus erros, já era tarde. Orotimaru não queria que eu saísse dos planos e acabei o matando na minha tentativa de me livrar dele. _ Eu arregalei os olhos. – Eu o matei e não nego! Ele queria pode a qualquer custo e planejava te matar por isso.
- Me matar?
- Naruto se fortificou depois do casamento. Isso não passou despercebido a ninguém. Tira-la dos braços dele o faria perder o rumo e logo o enfraqueceria.
- Entendo! Mas perdoe-me! Não acredito nisso. Porém, depois de tudo o que fez, não vou denunciá-lo pela morte de Orotimaru.
- Não mereço misericórdia. Não tenho como provar o que digo. São minhas palavras contra o fato.
- Confio em suas palavras.
- Obrigado minha rainha. Por conta disso é que sua misericórdia além de sua beleza, é tão bem notada por todos no reino.
- Por favor, não se de o falso galanteio. Isso não lhe cai bem.
- Eu nunca minto. Esse é o meu maior defeito. Se achar alguém feio, digo na frente. Se disser que alguém é realmente linda, o que é o caso da minha rainha, eu também não estou fazendo falso galanteio.
Sasuke ajoelhou-se e antes que eu tivesse qualquer reação, ele pegou minha mão e a beijou. Eu enrubesci na hora.
- Perdão! Não pretendi deixá-la sem graça. Mais não existe como não se sentir como se tivesse encontrado um tesouro quando estou em sua companhia. Permita-me uma dança durante a festa para que essa festa seja realmente completa.
- Sinto mais não posso. Esquece de que eu sou casada. Não posso fazer isso ao meu marido. Não posso desconsiderá-lo dessa maneira.
- Compreendo! Embora não acredite que uma dança seria desconsideração para com um amigo, mais respeito sua decisão.
- Sakura!_ Moegi aparece entre as arvores e pela afeição dela, não gostou nada de me ver com Sasuke. – Os conselheiros do reino querem falar com você.
- Conselheiros? Não é apenas Kakashi?
- Não! São vários os conselheiros. Mais Kakashi é o mais presente. Os outros só aparecem em situações criticas.
- Tudo bem! Dêem-me licença, por favor.
Segui ate o lugar indicado por Moegi. Cheguei a uma sala que nunca antes tinha entrado. Surpreendeu ver tanta gente sentada naquela mesa.
- Deixe-nos apresentar nossa majestade. Eu sou Jiraya! Primeiro conselheiro real. O seguinte é Sasori.
- Sasori? _ lembrei-me de meu amigo de infância a aquém Naruto enfrentou quando ele me bateu.
- É um prazer revê-la de novo depois de tanto tempo rainha Sakura. Peço perdão por minhas brincadeiras mais deve entender que éramos crianças.
- Sim! _ Disse notando que realmente era ele.
- Continuando, o outro é Ryuugi. Mais adiante esta Keitaro.
- É um prazer conhecê-la pessoalmente vossa majestade.
- O prazer é meu senhor Ryuugi.
- Acredito que as apresentações já feitas devemos ir ao assunto._ Notei logo que Keitaro não era de muita conversa. – Majestade estivemos conversando sobre sua situação e chegamos a um veredicto: não poderá seguir assim.
- Devido minha situação? _ Eu não entendi. Mais senti que coisa boa não deveria ser.
- Nenhuma rainha pode cuidar bem de um reino com filhos tão pequenos. Ou se é uma mãe dedicada a seus filhos ou dedicada ao seu reino. Ela nunca poderá fazer as duas coisas.
- Discordo! Sakura não é escrava da criação de seus filhos. Ela tem cuidado muito bem deles e dos súditos. _ Interrompe Jiraya.
- Mais não poderá seguir assim por muito tempo. Ela só tem dado conta de tudo isso por que Sasuke te cuidado dos assuntos mais preocupantes. Nada mais justo do que ele mesmo cuidar do reino como nosso rei. Os súditos querem isso por que já notaram isso também.
- O que?_ Perguntei estática. Isso não poderia ser verdade. Se fosse...
- Rainha Sakura, a partir de hoje, por escolha da maioria do conselho com 3 votos a dois, é decido que você devera marcar a data do seu casamento com Sasuke e ele devera ser rei ate a maioridade de Yoichi. Caso contrario você será banida junto com todos aqueles que lhe apóiam e Sasuke terá a obrigação de cuidar do reino e da educação de príncipe ate a maioridade do mesmo.
- Não podem tirar meu filho de mim. _ Gritei.
- Então, sugiro que aceite o pedido que Sasuke lhe fará assim que sair desta sala.
- E se ele não aceitar isso? _ Perguntei.
- Ele também será banido. _ Aprendi que eu não gostei de Keitaro logo de cara. – Aceitará ou não tal coisa?
Meu coração não queria responder. Mais minha promessa de jamais permitir que meus filhos sofressem de novo gritou mais alto.
- Sim! Aceito casar-me com Sasuke.