Mantendo O Equilíbrio - Terceira Temporada escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Já pode suspirar de alívio, o Vinícius tá bem.
Mas o coração da Milena... hmmm, difícil dizer.
Enjoy.



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A boa notícia é que foi um pequeno corte na cabeça, nada para se preocupar demais. Vini fez uma tomografia de emergência para todo caso verificar. Se eu estivesse no momento do atendimento com ele poderia ter informado de antemão ao médico sobre o acidente que ele havia sofrido uns meses atrás, de seu coma e tempo de recuperação. De qualquer forma, seu corpo mantém cicatrizes internas dessa fatalidade, então o médico soube logo. Questionou um pouco com o paciente, que explicou direitinho seu caso.

Quando eu digo que a sorte anda do lado dele – apesar do acidente que ocorreu na minha cozinha – Vini não acredita. De tragédia em tragédia, ele acaba saindo ileso deles. Da vez passada, Vinícius acordou de um coma como se acorda de um dia para o outro, falava normal, tinha consciência das pessoas ao redor e nenhuma sequela ficou para lhe atrapalhar. O mesmo para o golpe de agora na cabeça, ele conseguia falar normalmente, dava sentido ao que dizia, explicou as coisas devidamente, nem desmaiou. Bom, esse foi o relatório que Flávia me deu quando o médico chamou minha mãe para conversar. Me mantive à distância porque Murilo estava por lá, bastava nossa discussão de outrora. Mais um pouco e Vini estaria liberado.

– A notícia ruim é que torceu um pouco o pescoço. Tiveram que colocar uma espécie de tala para que ele possa manter a posição. Nem é preciso usar o tempo todo. Fora isso, ele está bem, deve usar por uns dois dias e só. Fez até piadinha com uma enfermeira... eu só não ouvi direito o que foi.

Como o caso não era grave, Vinícius não precisou ficar num quarto, levaram-no para uma maca na enfermaria. Todos tinham ido lá vê-lo... Mamãe, papai, Murilo, Flávia, Lucas, Leila, menos eu. Gui não tinha ido porque se ofereceu para ficar na loja com vovô. Travei na cadeira de espera. Lucas e Flávia tentaram me convencer, mas como se meter na briga entre meu coração e minha cabeça? A emoção me dizia para correr até ele, abraçá-lo, pedir desculpas, não mais o soltar. A razão já era meio ranzinza... e culpada. O que era ficar com uma tala no pescoço perto do estrago que eu poderia ter causado? Ou de velhas feridas do acidente passado que eu poderia ter aberto?

– Qual a tortura que essa cabecinha está fazendo dessa vez? Você tá com uma cara...

Flávia continua comigo num dos bancos de espera, me observava, sinto.

Poderia falar meus exatos pensamentos, mas não queria ser melancólica. Fraca e exposta, mesmo para minha melhor amiga, eram algo que eu preferia não demonstrar.

– Pensando numa coisa... será que existe algum livro do tipo “10 maneiras de avisar sua sogra que você quase matou o filho dela”? Ah, talvez “7 dicas interessantes sobre como não matar sua sogra por telefone para comunicar que quase mataram o filho dela”? Sou um público alvo em potencial. Posso imaginar até os pontos de venda... bancas de jornal, de revista, livraria de aeroporto, mas acima de todos, livraria de hospital. Afinal, são muitas horas para matar quando se está num.

Um riso delineia a face de minha amiga. Ela sabe que mesmo que eu fale por um exagerado, o caso é sério. Tenta então amenizar a minha apreensão.

– Eu tenho uma dica, um módulo só: fale a verdade.

– E matar a mulher no telefone? Até parece que você não conhece Djane. E nem dá para falar pessoalmente... com tantos quilômetros e horas de distância.

– Eu não a conheço como você conhece... De qualquer forma, ela tem que saber, ela é mãe.

– Eu sei... É tudo minha culpa.

Nem eu sei tampouco a dimensão desse sentimento ruim. É como se as coisas boas estivessem escapando de meus dedos com uma facilidade que não compreendo. O fato de estar chateada pelos penúltimos acontecimentos não anula de forma alguma o que sinto de verdade por ele, e no momento me sinto responsável, ou irresponsável a ponto de ter machucado meu próprio namorado. Literalmente machucado.

– Lena, não. Não é culpa de ninguém... Foi só um acidente, essas coisas acontecem. Você estava se defendendo, foi instintivo.

– É, meu instinto tem essa característica maravilhosa de ou me machucar ou machucar outra pessoa.

– Você pensou que era um ladrão, você se defendeu. Já pensou de fosse de verdade?

– Não sei, Flá, não sei...

Encaro o telefone celular em minhas mãos, insegura de como proceder. Ninguém havia ligado ainda para Djane, eu pedi por essa responsabilidade, apesar de não me sentir apta para dar a notícia. À distância, eu vejo meus pais, Murilo e Lucas apoiando Vini, preparando-se para voltar para casa.

Lucas havia me falado que Leila ofereceu hospedagem a Gui e Vini no dia anterior, quando chegaram, a pedido de Murilo. Os três se sentam num banco perto da bancada de atendimento onde meus pais resolvem os registros da emergência. Flávia logo nota o que estou olhando. Ela tenta mais uma vez, cansada daquilo. Me toca no braço para que lhe dê atenção:

– Liga depois, ele está bem agora. Só... vai até lá, Lena. Eu tô ouvindo seu coração daqui pedir por isso. Ele deve estar te esperando.

– Melhor não, Flá. Pode ir vocês na frente, eu vou com Lucas depois.

– Às vezes você consegue ser bem teimosa, viu. Mas tudo bem... só uma coisa. Seus pais disseram que Vini vai ficar na casa deles, ele precisa de uns cuidados.

Meus planos nunca estiveram tão bagunçados como agora.


~;~


Nem em um milhão, bilhão, trilhão, de anos, nem se a Terra explodisse e se construísse novamente, nem que eu sofresse uma batida forte na cabeça e ficasse presa num mundo inconsciente, nem se me narrassem o ocorrido, nem se me desenhassem isso, nem... enfim, acho que entrei na casa errada, porque essa família não é a minha, não é assim que eles se comportam. Talvez eu devesse reconsiderar minhas conjecturas sobre dominação alienígena... Faria mais sentido, quem sabe. Ou não. Por que os aliens mexeriam com a cabeça do meu irmão eu poderia entender, mas do meu pai? Que planos de abdução iriam querer com meu pai?

Eis a cena que presenciei quando pus os pés em casa.

O sofá de três lugares da sala estava fora do lugar comum, afastado para o outro lado. Suas almofadas estavam empilhadas num local só. Estranho, mas normal. Então Murilo desponta do corredor de baixo, passando pela porta de meu quarto, anda de costas. Fazia algum esforço, percebia-se pela rigidez de suas costas, pelos seus braços abraçados a algo pesado. Mamãe estava logo ao seu lado direcionando-o devagar sobre os passos que ele poderia dar.

O “algo” se faz presente na sala, assim como papai na outra ponta, ajudando a carregar. Demorou acho que uns cinco segundos para eu reconhecer que se tratava do sofá que ficava na cabana do quintal, clássico sofá que a família usava para dias de conversar até tarde, vovô, vovó, mamãe, papai, Murilo... ou para aquelas vezes em que papai ficava sem onde dormir quando brigava com mamãe.

Por muito tempo vovó ficou nele, na cabana, quando começou seu tratamento, porque não aguentava ficar no seu próprio quarto. Era lá que fazíamos umas pequenas reuniões, ela ditava seus textos, eu os digitava e, por fim, ela os revisava antes de mandar para seu editor-chefe. Eram boas noites, apesar do estado que por maioria ela se encontrava. O sofá – na verdade sofá-cama – era tão significativo que, numa noite antes de eu e Murilo voltarmos para capital, ficou ensopado por uma chuva com ventania forte. Mamãe saiu atrás de um igualzinho, encontrara um bem parecido. E era esse que papai e meu irmão carregavam, posicionando-o no lugar do outro da sala.

Mamãe ao perceber minha chegada, se vira para explicar:

– Filha, você está aí. Afaste um pouco, deixe seu irmão passar.

– Mãe, por que eles est...?

– Ah, Vinícius vai ter que dormir na sala. Leila disse que é melhor ele não lidar com escadas, principalmente por causa das tonturas. E é bom ele não ficar sozinho na cabana, vai que ele precisa de alguma coisa e estamos longe?

O sofá-cama faz um barulho fraco quando toca o chão, seguido de arranhados leves quando aqueles dois tentam ajeitar a posição do mesmo com a força das pernas. Demoro a processar novamente, não acreditava.

– Onde ele está, mãe?

– Na cozinha, almoçando. Dona Tili quase teve um treco quando soube do caso.

Nisso, vovô sai da cozinha. Ele sim teve a reação que esperei de papai. Resmungou baixo para mamãe, antes de seguir caminho para o quarto:

– Eu não quero saber desse garoto aqui. Que ficasse onde estivesse...

– Seu Luiz, tenha compaixão. Ele se machucou.

– Lá tinha enfermeira.

Mamãe está num espírito melhor que o meu. Olha para papai em busca de apoio na argumentação, ele dá de ombros. Murilo faz um gesto com as mãos, como que dissesse “deixa, deixa” e outro de que “iria falar com ele”. Segue pelo corredor atrás de vovô. Sem nada dizer sobre o que tinha presenciado na sala, puxo minha bolsa do braço para deixá-la no outro sofá, ando para a cozinha. As palavras de Lucas no carro ainda me rondavam na cabeça. Era eu quem estava meio tonta.

Na porta do hospital, após eu ter falado para minha mãe que voltaria com Lucas, esse mesmo ser insistia que eu falasse com Vinícius. Se eu achei que seria uma volta silenciosa, eu deveria ter optado por outra aposta.

– Você gosta mesmo desse cara?

Perguntou no momento que chegamos ao seu carro no estacionamento. A manhã estava com sol a pino, ditava ser mais ou menos meio-dia, uma luminosidade que me incomodou os olhos ardidos. Saquei meus óculos escuros da bolsa mesmo sabendo que iria me livrar do sol em segundos, o propósito era de esconder parte de minhas expressões, ficar exposta me cansava os nervos. Com o alarme que destravou a tranca do carro, Lucas abriu sua porta e eu a minha, entrei e não o respondi. Não importa, porque ele aceitou como um sim:

– Nada como ficar sem palavras. Você gosta e muito... Sabe, Leila o apresentou essa manhã. Eu nem sabia que ele estava lá em casa como hóspede. Que maluca coincidência, hein?

– Não foi coincidência.

– Certo... Seu irmão pediu. Foi meio de última hora parece. E então, você procurou aquela música?

– Na verdade não, ainda. Eu não tive muito tempo, você vê.

– Lena... olha, eu entendo que vocês brigaram e tal, mas poxa, o cara tava no hospital. Nem um oi você disse, sumiu boa parte e...

– É complicado, Lucas.

– É complicado ou vocês têm complicado?

– Parece a Flávia falando.

– Pelo menos não sou só eu. Mas tá, vou deixar quieto.

Agradeci pela companhia e ajuda, saí do carro.

Ao chegar no batente da entrada para cozinha, lá estava ele. Meu Vini. Conversava com Flávia, pararam ao me verem entrar. Dona Tili disse algo sobre colocar o almoço à mesa na copa, eu não ouvi direito. Estava tão perto dele que eu não tinha o que falar, ou o que prestar atenção senão nele.

Mal vi na verdade quando ela e minha amiga deixaram a cozinha, percebi mesmo só quando Flávia me tocou a mão, me despertou da conexão ocular que estava tendo. Ela me sussurrou para ir devagar. Sem brigas, ela queria dizer. Eu não iria discutir, de qualquer forma, não era uma hora adequada para uma conversa dessas. Ainda mais o vendo com uma espécie de tala bege que cobria seu pescoço...

Então sozinhos. Ouvia ao longe umas vozes conversando pela casa, não entendia o que diziam, não me importava. Era meu coração gritando, pulsando forte, a tensão, a preocupação, a culpa, que não me impeliu a sentar-me ao seu lado, mas que me impedia de tocá-lo. Poderia o machucar mais num toque. Não fisicamente talvez, mas seu coração que já estava magoado, como o meu.

– Oi.

– Oi.

Ele respondeu com um traço familiar de riso. Como ele poderia rir? De que estaria rindo? Deve ter sido a batida na cabeça. Vinícius afasta seu prato, então vazio, empurra-o levemente até o centro da mesa e, num outro movimento lento seguinte, ele desliza ainda seu braço do prato para minhas mãos sobre a mesa. Sinto seu calor, sinto meu próprio tremor. Ele parece tão relaxado em comparação ao que eu sinto... talvez efeito do remédio que lhe passaram. Céus, ele esteve no pronto-socorro!

Me sinto altamente perscrutada enquanto que, com cuidado, viro minha palma para o encontro da dele. Mordo o lábio na ansiedade de dizer algo decente.

– Como se sente?

Vinícius lindamente me abre um sorriso que amo, agarra um cordão que descia por dentro da camisa com a mão livre, faz tudo parecer natural. Está tão... tranquilo. Tão tranquilo que brinco em pensamento em achar um vaso para bater na minha cabeça só pra achar essa paz de espírito.

– Me sinto como... como se tivessem tacado um vaso na minha cabeça, algo assim.

– Vini, eu...

Eu não tenho resposta para isso. Era claro seu tom de brincadeira, contudo, para mim, eu não estava de boa ainda para levar dessa forma. Disfarço ao máximo o fato de meus olhos se enxerem de repente.

– Quer dizer, dói um pouco. Nem precisei de pontos. Tô meio grogue é pelo remédio. Estou bem, Milena. Estaria melhor se...

– Se...?

Seu sorriso se faz aos poucos, o que enfatiza um vinco desagradável na testa.

– Se não fosse tão incômodo para você estar perto de mim. Sei quando não sou bem-vindo. Sei que também você está bem chateada comigo ainda... Desculpe pelo susto, eu não qu...

– Vini, não... tudo bem? Eu não quero falar sobre isso, não nessas circunstâncias.

– Mas eu tenho tanta cois...

– Você precisa descansar.

Ok, não resisti. Toco-lhe o rosto, do alto da bochecha aos limites da tala, para seu deleite, que sorri lindamente mais uma vez. Gosto mais dele assim. Ele estava bem, ou pelo menos chegando no estado de bem, estava ali, sob meu toque. Isso me amenizava algo. A sua mão na minha permanece, não solto um momento. Na verdade, uno-as mais, aperto-a por querer outra coisa. Ah, se... se pudesse beijá-lo... como se num breve mesmo eu pudesse apagar todo meu maus feitos sobre ele... Mas sabia internamente que no momento que o beijasse, não seria breve. Tampouco que estava o merecendo. Eu não estava.

Não, não agora. Agora ele precisava de uns cuidados. Faria isso, mínimo que eu poderia fazer pra compensar qualquer coisa. Não só isso, eu precisava ficar com ele, mudar um pouco os planos.

Um pigarreio nos fez virarmos para a entrada da cozinha. Meu irmão estava encostado ao vão da porta, acanhado. Sabe-se lá quanto tempo nos observava, tanto faz.

– Er... está tudo preparado na sala. Só vim dizer isso, então... podem continuar.

Meio que dá de ombros. Pensei que ele fosse falar mais que isso. Talvez fosse mesmo e perdeu o ânimo. Quando se vira para sair, eu falo, um tanto mais alto para que ele possa ouvir também:

– Não é melhor ele descansar agora num quarto?

– Só se ele ficar naquele que mamãe preparou pra ele antes de chegarmos. Não dá pra deixá-lo na cabana sem alguém por perto. Temos que ver como ele reage à medicação, mesmo que tenha sido só uma pancada.

– Ele pode ficar no meu quarto.

Disparo assim que a ideia chega a minha cabeça. Os dois ficam surpresos pela proposta. Sinto por visão periférica que Vini se vira pra mim, enquanto Murilo muda logo sua expressão, de passível para descrente. É, né.

– O quê?

– Digo, agora de tarde. Ele pode descansar lá, é melhor evitar as escadas, né? Eu não ia ficar lá, Flávia provavelmente vai querer ir pra loja, tem ar-condicionado, tem duas camas, você fica na outra se o problema é o fato de eu querer ficar para cuidar dele.

Mal falo isso e minha visão periférica me diz que tem alguém feliz pela minha última sentença pronunciada. Isso não era perdão, gostaria de pronunciar. Só que não era o momento... Foco nos cuidados, Milena, foco!

– Hãã... eu não tinha pensado por esse lado. Pode ser, eu acho. Quer dizer, ele pode ficar no seu quarto agora, sem problema. Só qu...

Aquele mesmo discurso de sempre... Corto Murilo antes que o diga.

– Eu sei. Vocês não me querem no mesmo quarto... eu fico na sala, posso ver algo na Tv.

– Ah, não era isso que eu ia dizer. Eu vou ter que voltar para loja, então não posso ficar de observação. Você fica. Eu... eu te cubro. Não se preocupe quanto a isso.

Foi a minha vez de ficar surpresa. Minha sobrancelha não costuma se levantar por espanto às atitudes de meu irmão, então, sim, isso é bem estranho. Porém um estranho que não é do tipo de duvidar dele ou de suas intenções – pelo menos não exatamente – mas um tipo que... eu não entendo porque não bate em nada com o perfil dele.

Quer dizer... qual é a de Murilo? Até outro dia ele sentava entre a gente no sofá de casa para não deixar-nos sozinhos no mesmo recinto, piraria se soubesse de umas escapadas minhas e de Vini nos quartos... É um tanto custoso perguntar, mas, cadê as regras? Não funcionam na casa de nossos pais? Não que eu queira toda uma marcação dessas de novo, mas... Convenhamos que isso é um tantão estranho para o típico comportamento de meu irmão. Melhor eu começar a procurar mesmo pelos homens de preto, porque definitivamente tem presença alienígena nessa casa!

– Então, Vinícius, você vai agora?

Murilo me desperta por atravessar a cozinha, aprontar-se atrás da cadeira de Vini. Estava ali para ampará-lo caso as tonturas voltassem. E não sou só eu quem está nesse estado interno questionador, percebo pela forma hesitando do outro que lhe responde:

– Hã... acho que sim?


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Notas finais do capítulo

Depois dessa, até eu tô acreditando em abduções, pq né.



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