Inferno Na Terra escrita por Melanie


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo... Espero que gostem.
A tradução das frases estão nas notas finais e antes de mais nada eu usei o tradutor, por isso não me culpem se eu tiver escrito algo errado kkk. Ou leiam apenas depois, daí vão se colocar no lugar da Sakura literalmente..



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— Sr. Uchiha.— O motorista que nos aguardava ao descermos do avião o cumprimentou.

O sr. Uchiha acenou a cabeça em reconhecimento e entrou no carro. Me surpreendi ao ver que ele sentou-se na frente, mas não demonstrei nada. Ao invés disso, entrei no banco traseiro e me sentei ao lado da janela, atrás dele. Não iria perder a chance de observar a cidade durante o caminho e Temari se sentou encostada na outra janela. Ouvi o nome do hotel sendo dito, mas não prestei atenção. Eu observava minuciosamente tudo e quando saímos do aeroporto Charles de Gaulle eu tinha certeza de que meus olhos deviam estar brilhando com a expectativa de passar por qualquer ponto turístico de Paris.

Eu nunca tinha saído de Tóquio, e definitivamente não conhecia absolutamente nada de Paris, mas antes de viajar eu tinha feito uma pequena pesquisa para conseguir ao menos me localizar enquanto estivesse na cidade luz e agora eu percebia que não tinha adiantado muito já que ao meu ver as construções eram praticamente iguais. Claro que eu não consegui gravar o nome de todos os lugares que eu gostaria de ver, mas tinha uma memória boa o suficiente para perceber que estávamos passando em frente à Place de la Concorde e me segurei para não pegar a câmera fotográfica que estava dentro da minha bolsa e tirar uma foto, afinal era a maior praça de Paris.

Sim, eu tinha trazido uma câmera fotográfica e mesmo que não tivesse tempo para visitar lugar algum, vir para Paris sem uma seria loucura.

Observei atentamente os parisienses e percebi que talvez fosse chamar um pouco mais de atenção do que gostaria graças ao meu cabelo. Me afastei da janela e encostei no banco, seria como voltar a ser criança e ver todas aquelas pessoas me olhando como se eu fosse de um outro planeta.

Suspirei.

Não estava mais tão animada assim em andar pela cidade. Talvez devesse ficar apenas no hotel... Virei a cabeça para olhar novamente para a janela e vi que passávamos pela Champs-Elysées. Pelo o que eu me lembrava de ter lido, essa era a avenida mais famosa de Paris e se estendia por 2km. Me virei para perguntar a Temari onde o hotel em que ficaríamos estava e levei um susto ao ver que o sr. Uchiha estava me observando pelo espelho retrovisor e desviou o olhar para frente rapidamente quando viu que eu o tinha visto.

Tentei entender o que tinha acabado de acontecer, mas me decidi por ignorar já que o carro estava parando em frente ao Hotel Marriott.

— Bienvenue, monsieur Uchiha.— A recepcionista, uma mulher por volta dos quarenta anos, disse assim que o viu se aproximando.

Observei o interior sentindo aquela mesma sensação de deslocamento que senti ao entrar no carro dele. O hotel obviamente não era para pessoas como eu e estava mais do que claro que eu nunca ficaria nele caso viesse para Paris um dia, o que provavelmente também nunca iria acontecer se não fosse pelo meu trabalho.

A recepcionista entregou as chaves e fomos para o elevador. Eu não entendi uma palavra do que ela disse, por isso estava contando com o francês fluente da Temari para descobrir qual era o meu quarto. Enquanto o elevador subia, eu me perguntava por que o sr. Uchiha precisava que Temari viesse sendo que ele mesmo já sabia falar francês e essa questão me fez pensar em por que diabos ele quis que eu viesse já que minha presença não serviria para basicamente nada.

— Sakura, o seu quarto é o 612.— Temari me tirou dos meus devaneios quando a porta abriu.

Nós duas saímos. O quarto dela era o 613, mas o sr. Uchiha permaneceu no elevador. Imaginei se ele não tinha ficado com a cobertura, só que, claro, isso não era da minha conta.

A porta do elevador voltou a se fechar.

— Temari?— A chamei e ela me olhou. — E agora?— Eu não tinha a menor ideia do que fazer e ela notou, soltando uma pequena risada.

— Você pode descansar no quarto, Saky. Não temos que fazer nada agora e quando o sr. Uchiha precisar de alguma coisa ele irá nos chamar. Relaxa.

— Tudo bem.— Concordei e então fiz uma careta.

— O que foi?

— Esqueci de avisar que já tínhamos pousado. Ino deve estar querendo me matar.

 Ela provavelmente fará um escândalo quando eu ligar.

— Ino, sua amiga loira?— Eu já tinha comentado com Temari sobre Ino e Hinata.

Concordei com a cabeça e peguei o celular para mandar uma mensagem tanto pra ela quanto para Hina e minha mãe - Já estou no hotel. XOXO— então me despedi da Tema e entrei no quarto.

Senti minha boca se abrir.

O quarto era... Incrível!

As paredes eram na cor creme, o teto era branco e possuía um lustre. A cama de casal era de madeira e possuía lençóis brancos, um edredom em um amarelo escuro e algumas almofadas tanto brancas quanto de um amarelo ouro. Tinha também um recamier branco. Ao lado havia duas mesinhas de cabeceira também de madeira, cada uma com um abajur em cima. Havia uma janela enorme e quando abri as cortinas dei de cara com uma vista indescritível da cidade, assim como uma vista para a Torre Eiffel que parecia estar bem distante, mas ao mesmo tão perto. Ao lado da janela, um espelho estava preso à parede e embaixo dele havia uma mesa com outro abajur, uma bandeja com algumas coisas dentro, provavelmente algo de comer, e um frigobar. Um pouco mais em frente, havia um poltrona.

Minhas malas estavam apoiadas no recamier e foi onde tinha colocado minha bolsa. Abri a bolsa com a intenção de pegar a câmera e tirar algumas fotos da vista que estava bem na minha frente para depois mostrar para as meninas, caso contrário elas me matariam. Depois que fotografei o bastante, guardei a câmera e percebi que não tinha terminado de olhar todo o quarto. Ainda tinha uma porta, e só poderia ser o banheiro.

Percebi, quando entrei, que até o banheiro era impressionante naquele hotel. As paredes também eram na cor creme, mas a iluminação era mais escura. A pia era clara, mas as gavetas onde estavam as toalhas eram marrons e acima dela havia um enorme espelho. Havia também uma banheira e um chuveiro com box de vidro transparente.

Saí do banheiro e me sentei na cama. Tirei os sapatos de salto alto que usava e me deitei.

Eu estava tão cansada... O fuso horário estava me matando. Deveriam ser duas e meia da manhã em Tóquio, mas aqui eram apenas sete e meia da noite, eu sabia que não podia dormir se não amanhã seria um desastre.

Dei um pulo ao ouvir meu celular tocando.

Era a Temari.

Ela estava perguntando se eu iria querer descer para jantar, mas eu perguntei se poderia pedir o serviço de quarto. Não estava com a menor vontade de sair e aguentar olhares estranhos, poderia adiar isso por mais um tempo. Ela respondeu que sim e sugeriu que eu pedisse o Coq aun vin e como eu não entendia absolutamente nada sobre a culinária francesa eu disse que iria pedir. Se Tema estava sugerindo era porque a comida deveria ser boa, não é?

Antes de desligar ela disse que amanhã iria acompanhar o sr. Uchiha em um almoço de negócios e que na parte da manhã eu deveria arrumar todo o material necessário para que pudessem fechar algum acordo, ordens do sr. Uchiha. Segundo ela, ele também falou que eu não precisava ficar no hotel a tarde toda, o que seria o tempo que eles passariam fora, e que eu poderia sair. Fiquei muda durante alguns segundos quando ouvi isso, mas me recompus e me despedi dela.

Eu iria ter a minha chance de conhecer Paris!

Tentei me acalmar para pedir o serviço de quarto e rezei para alguém conseguir me entender. Soltei um suspiro de alívio quando terminei de fazer o pedido. Agradeci mentalmente a Hina por ter colocado um dicionário de francês na minha bolsa, o que serviu para que eu conseguisse enganar um pouco. Um tempo depois a comida chegou e eu me surpreendi em como estava realmente bom, ainda mais acompanhada de vinho branco. Fiz uma nota mental de agradecer a Temari pela sugestão.

Olhei para o relógio e vi que eram quase nove horas. Talvez não fosse fazer mal algum se eu dormisse agora... Mas antes disso tomei um banho rápido e coloquei um pijama - uma camisola cinza de manga comprida com o rosto de um panda, infantil, eu sei, mas me processem - e só então fui me deitar.

Abri os olhos lentamente e sorri ao perceber que nada foi um sonho.

Me espreguicei e vi que era quase oito horas, o que significava que eu tinha dormido por onze horas. É, eu realmente estava muito cansa. Me levantei da cama e quando estava indo para o banheiro escuto alguém batendo na porta.Temari deveria querer saber se eu já estava acordada pra começar a trabalhar.

Fui em direção a porta e a abri. Na mesma hora em que fiz isso eu quis fechá-la.

Não era a Temari, era o sr. Uchiha!

Nós ficamos parados, apenas nos encarando pelo o que me pareceram séculos. Eu estava mortificada.

Tinha acabado de abrir a porta usando um dos pijamas mais infantis que tinha e meu cabelo estava preso em duas tranças laterais. Eu deveria estar parecendo uma garotinha e não a secretária dele. Tentei fechar um pouco a porta para esconder meu corpo e a cara do panda, que ele provavelmente já tinha visto, por isso estava me olhando como se estivesse rindo de mim.

— Senhor, o que está fazendo aqui?— Perguntei e acho que minha voz saiu um pouco desesperada.

Tentei me recompor olhando para baixo e então levantei a cabeça com o meu melhor olhar de 'não estou nem aí se você está achando graça do que está vendo'.

Posso jurar que o ouvi limpar a garganta antes de falar.

— Vim entregar a pasta com as informações gerais do almoço de hoje.— Disse com a voz firme e eu quase, quase pedi desculpas. — Como espera arrumar tudo sem isso?— Levantou a pasta.

Foi então que a fixa caiu para mim.

Claro!

Como eu esperava fazer o meu trabalho sem saber qual era o trabalho que eu teria que fazer? Será que eu estava tão lerda ao ponto de nem pensar nisso quando estava falando com a Temari? E falando nela, porque ela não me avisou que ele viria pessoalmente me entregar? Teria me poupado muito constrangimento. Eu teria que falar seriamente com ela sobre esquecer detalhes como esse.

— Claro, certo. Temari, ela falou algo sobre isso.— Respondi rapidamente.

Agora Temari me devia uma por tê-la ajudado com o chefe, vai saber o que ele poderia fazer. Ele estendeu a pasta e eu a peguei. Estava um pouco pesada demais para eu achar que terminaria isso rápido. E só nesse momento eu reparei na roupa que ele estava usando.

Eu o estava vendo novamente sem aquela roupa social e novamente o estava encarando por tempo demais. Ele estava usando uma outra calça jeans, um pouco mais clara que a que ele estava usando quando decolamos, uma outra camisa social dobrada até os cotovelos e com o primeiro botão aberta, só que essa era branca e também estava usando os mesmos tênis de antes.

Desviei o olhar rapidamente, envergonhada, quando percebi que o estava medindo de novo.

— Isso é tudo, sr. Uchiha?— Perguntei na esperança de que ele saísse o mais rápido possível da minha frente.

— Sim, srta. Haruno. Isso é tudo.

E eu confesso que estranhei o ouvir me chamando de senhorita novamente. Já estava me acostumando com apenas Haruno.

Ele estava se virando quando pareceu se lembrar de algo.

— Lembre-se de que há um horário para o café da manhã aqui no hotel.— Disse e eu arregalei levemente os olhos.

Tinha me esquecido completamente. Talvez eu ficasse tão compenetrada querendo acabar logo o trabalho para poder sair que nem me lembrasse de comer. Eu já ia agradece-lo por ter me lembrado quando ele completou com um sorriso cínico.

— E talvez você devesse considerar trocar de roupa antes de ir.

Então ele não esperou pela minha resposta para ir embora.

Eu podia sentir meu rosto esquentando, agora se era de vergonha ou de raiva eu não sabia, mas iria me concentrar na raiva. Quando ele estava quase entrando no elevador eu gritei sem me importar se iria acordar alguém.

— Muito obrigada pela sua preocupação, senhor.— E bati a porta.

Certo, eu estava com raiva e muito, muito irritada.

Joguei a pasta sobre a cama e comecei a andar de um lado para o outro na tentativa de me acalmar. Olhei para o teto e fechei os olhos com força enquanto mordia fortemente meu lábio inferior. "Isso não acabou de acontecer, isso não acabou de acontecer", repetia mentalmente.

Eu queria me concentrar na raiva. A raiva era muito mais fácil para lidar e eu já estava muito bem acostumada a odiá-lo no silêncio do meu quarto, ou sentada na minha mesa ou em qualquer lugar que eu me lembrasse dele, mas nesse exato momento eu só conseguia morrer de vergonha sempre que repassava tudo o que tinha acontecido alguns segundos atrás.

— Fique calma, Sakura. Já acabou.— Disse em voz alta.

Já tinha acabado.

Agora o que eu podia fazer era escovar os dentes, trocar de roupa e começar o trabalho, mas ao perceber que tinha falado com ele sem escovar os dentes senti uma imensa vontade de não sair desse quarto e encara-lo até termos que ir embora. E eu que estava pensando que não dava para ser mais vergonhoso do que já tinha sido... Doce engano.

Fui ao banheiro e escovei os dentes rezando para que eu não estivesse com um mal-hálito matinal tão ruim quanto esperava, mas considerando a minha sorte e como ela já se provou ótima... Mas, de novo, já era tarde demais para chorar pelo o que aconteceu e não ia mudar em nada. Voltei para o quarto e coloquei um short jeans e uma camiseta rosa claro, nunca mais olharia para esse pijama sem me lembrar do que aconteceu. Peguei a pasta e me sentei na poltrona. Não tinha um jeito melhor para começar o dia do que olhando para essa vista, nem mesmo que eu tivesse que começar o dia trabalhando.

Enquanto lia, a camareira apareceu para arrumar a cama e quando ela saiu consegui me concentrar melhor. Meu dia de turista e, possivelmente, o único que eu teria, dependia que eu terminasse logo com isso.

Finalmente, acabei!

Olhei para o relógio e era um pouco mais de onze horas. Mesmo depois de ter saído para tomar um rápido café ainda tinha acabado mais rápido do que pensei que fosse acabar.

Organizei a bagunça que tinha feito com a pasta e sorri. Tinha feito um ótimo trabalho organizando os contratos e nem o sr. Uchiha poderia dizer o contrário. Peguei meu celular e liguei para Temari para avisar que eu tinha terminado e perguntar se já podia entregar para ela, já que até onde eu sabia nesses almoços era ela quem começava a explicar a proposta que estaria sendo oferecida. Estranhei quando a ligação caiu na caixa postal e tentei ligar outra vez, mas de novo caiu na caixa postal.

Saí do quarto e bati na porta dela, assim ela teria que atender. Esperei, esperei e nada. Será que ela tinha saído? Bati de novo e dessa vez ouvi passos se aproximando. Não demorou muito e ela abriu abriu a porta.

— Temari?— Perguntei sem acreditar no que estava vendo.

Tinha que ser uma alucinação.

Ela estava com o rosto vermelho, o cabelo estava solto e grudado em seu pescoço e ela parecia estar tremendo. Ela estava doente! Ela não poderia estar doente justamente hoje! Com tantos dias para ficar doente, por que justo hoje?

— Saky... O que está fazendo aqui?— Perguntou com a voz rouca.

— O que eu... O que aconteceu com você?— Tudo bem, talvez eu estivesse entrando em desespero. Tema espirrou e coloquei a mão na testa dela. — Você está ardendo em febre.

— Você já terminou?— Estranhei a pergunta dela, mas percebi que ela se referia às duas pastas que eu trazia em minhas mãos.

— Sim, é por isso que vim aqui. Você não atendeu o celular... Você tomou algum remédio?— Entrei em seu quarto e fechei a porta.

Ela não reclamou, apenas se sentou em sua cama.

— Eu não trouxe nenhum remédio, mas tenho certeza que daqui a pouco eu melhoro. Eu deveria começar a me arrumar para o almoço.

— O quê? Nem pensar. Temari, você não pode ir nesse estado.— Ela pareceu que iria contestar, mas então fez uma cara pensativa.

— Então acho que você deveria ir no meu lugar.

 O quê? Não, não, não, não! Eu ia visitar a cidade! Eu ia tirar fotos! Eu...

— Nem pensar! Temari, essa febre já está te fazendo falar bobagens. Eu não posso ir no seu lugar. -  Neguei sem pensar duas vezes, mas ao vê-la ter um ataque de tosse comecei a reconsiderar.

"Não! Sakura, você não vai! Você não vai! Você já fez o que te foi pedido, não precisa fazer mais nada!"

— Saky...— Ela começaria a implorar. Ótimo! - Você tem que ir, ele não pode ir nesse almoço sozinho.

— Tenho certeza de que ele já está bem grandinho pra encarar alguns possíveis sócios ou sei lá o quê, sozinho.

 Eu não vou, eu não vou, eu não vou.

— A questão não é essa. A questão é que eu cuido da papelada, entende?

 Não, eu não tinha entendido nada e não queria entender.

— Temari, mesmo que eu fosse... Eu não saberia o que fazer! Eu nunca fui a um almoço desses e muito menos o acompanhei em qualquer reunião. Eu não posso fazer isso.

— Saky, por favor!

 Maravilha... Eu conhecia aquela cara.

É a mesma cara que minha irmã fazia quando queria algo, a mesma cara que Ino faz quando quer pedir algo emprestado e a mesma cara que Ten Ten faz quando quer pedir algum favor absurdo. É a mesma cara que sempre me faz ceder em qualquer assunto que seja.

— Ele pode querer me despedir.

Pronto.

Não adiantava mais continuar repetindo mentalmente que eu não iria porque eu sabia que iria depois dela dizer isso.

— Tudo bem, eu vou.— Falei um pouco irritada.

Lá se ia meu passeio...

— Muito obrigada, Saky! Muito obrigada mesmo.— Temari se empolgou um pouquinho demais, o que a fez ter um outro ataque de tosse.

— Mas você tem que me prometer que vai ficar quietinha nesse quarto e que vai tomar algum remédio.— Eu só iria se ela tomasse alguma coisa para abaixar essa febre.

— Eu não trouxe nenhum remédio.

 Quem viaja sem levar remédios?

— Eu trouxe, então antes de sair eu passo aqui e deixo pra você tomar.

— Você trouxe? Por quê?

 Isso não era tão estranho, era?

— Pro caso de algo assim acontecer.— Respondi apontando para ela. Temari deu um pequeno sorriso e então espirrou. — Agora você precisa me dizer o máximo de coisas possíveis pra me ajudar.— Falei demonstrando meu desespero.

Isso seria um desastre! Eu não sabia sequer que roupa deveria usar.

Me sentei na cama e Temari começou a explicar o que achava que eu deveria saber. Alguns minutos depois voltei para meu quarto com uma roupa que ela tinha me emprestado, o que só foi possível graças ao fato de usarmos o mesmo tamanho e nesse momento agradeci muito a Deus por isso porque não tinha trazido nada que achasse apropriado para um almoço de negócios e fui tomar um banho.

Parei em frente ao espelho quando terminei de me arrumar.

No início eu estranhei a escolha da roupa para um almoço, mas Temari me garantiu que para o restaurante em que iríamos, assim como para as pessoas que estariam presentes, esse vestido preto liso era o ideal. Agora, vendo o resultado final até que não tinha ficado tão ruim... O vestido terminava no meio das minhas coxas e tinha um decote bem sútil, os sapatos de salto alto preto que ela também tinha me emprestado serviram muito bem, o que foi uma surpresa já que eu não sabia que calçava o mesmo número que ela. Prendi meu cabelo em um coque e fiz o melhor que pude para que os fios da minha franja parassem de escapar, mas não consegui então tive que deixá-los soltos.Terminei de passar o batom e saí antes que eu repensasse nessa loucura e decidisse não ir.

Antes de descer passei no quarto dela para deixar o remédio e ela me disse que já tinha avisado ao sr. Uchiha que não poderia ir, mas que eu estava mais do que capacitada de ir no lugar dela e ele concordou, como se ele tivesse outra escolha. Disse que ele já estava me esperando dentro do carro que estava parado em frente ao hotel.

— Tudo bem, acho que eu já deveria ir então.

 Não seria muito legal o deixar me esperando. Ele não gostava de atrasos.

— Olha, Saky, eu sinto muito por você ter que ir no meu lugar e perder a sua tarde. Se eu estivesse um pouco melhor ,eu juro que iria.

 Ela sabia que eu queria muito visitar Paris, mas eu não tinha porque ficar chateada com ela quando ela já estava tão mal por causa da gripe.

— Não se preocupe com isso, Tema. Apenas descanse, está bem? Além do mais, eu terei muitas outras chances de visitar a Torre Eiffel.

 Não, eu não teria.

— Claro que sim.— Deu um pequeno sorriso. — Mas você está certa em ter que ir. Boa sorte, Saky.

— É, eu vou precisar.

— Aliás, você está linda.

— Bom, é o seu vestido... Obrigada!— Acenei e me despedi.

Quando as portas do elevador se fecharam, eu comecei a contar. Estava sentindo a dificuldade em respirar voltando e eu odiava esse medo. Dizia a mim mesma que eram só alguns andares e respirei aliviada ao sair. Caminhei lentamente até o carro, tentando adiar o momento em que teria que vê-lo novamente. Eu não tinha me preparado psicologicamente para isso tão cedo, estava mais preocupada com o que fazer durante o almoço e não no que fazer durante o caminho até lá.

— Madame.— O mesmo motorista que tinha nos trazido me cumprimentou.

Lhe dei um sorriso de reconhecimento enquanto ele abria a porta de trás para mim. Prendi a respiração ao ver o sr. Uchiha sentado no banco de trás. Tentei ignorar seus olhos sobre mim enquanto entrava e me sentava o mais longe que conseguia dele. Ninguém poderia dizer que eu não estava tentando fingir indiferença, mas ele ainda era meu chefe.

— Senhor.- Eu tinha que falar com ele, ser educada... Malditas e malditas regras.

— Haruno.— Ele respondeu de volta.

O carro começou a se mover e eu tentei me concentrar em qualquer coisa possível. Será que ele se lembrava do que tinha acontecido? "Mais é claro que sim, Sakura! Isso aconteceu de manhã, ele com certeza não se esqueceu".

— É um belo vestido, Haruno.— Ele quebrou o silêncio e eu o olhei.

Consegui enxergar divertimento em seu olhar e percebi que ele estava se lembrando da minha camisola.

— Obrigada, senhor.— Respondi tentando ser o mais educada possível e esconder o constrangimento pelas recordações.

Ele deu um quase imperceptível sorriso e voltou seu olhar para a janela. Ele sabia que eu tinha entendido. Voltei meu olhar para a janela também e a medida que passávamos pelas várias e várias ruas meu humor ia mudando. Eu não iria mais andar por elas hoje, e talvez nunca mais andasse. Isso podia deixar qualquer um para baixo.

Depois de algum tempo o carro parou em frente a um restaurante chamado Le Meurice e na hora pude entender o motivo de Temari ter insistido para que eu usasse esse vestido. Observei algumas pessoas entrando e todos os homens estavam usando terno, assim como todas as mulheres estavam usando vestido e estampando várias jóias. Me senti um pouco melhor por ter colocado algumas pulseiras, mas logo me lembrei que elas não eram feitas de ouro e voltei a como estava.

O motorista abriu a porta para que o sr. Uchiha saísse e em seguida para que eu saísse. Fiquei parada ao lado dele esperando que ele terminasse de falar com o motorista. Eu realmente iria almoçar ali? "Por favor, Deus! Eu imploro para que não seja um daqueles restaurantes em que há vários talheres. Por favor!", seria mais do que vergonhoso usar o talher errado na frente de pessoas importantes.

— Vamos, Haruno?— O ouvi me chamar e concordei com a cabeça enquanto o seguia.

Enquanto entrávamos pude ver que as pessoas nos observavam. "Ah não... Não tropece e caía, Sakura. Não tropece e caía". Tentei ignorar todos os olhares que nos seguiam enquanto íamos para o que me parecia ser uma sala privada. Acredito que o homem que nos acompanhava era o gerente, a menos que um lugar daqueles não tivesse um gerente... Vai saber. Ele abriu uma porta para que pudéssemos entrar e eu vi que era realmente uma sala privada.

Na mesa que havia ali estava um grupo de executivos. A maioria eram homens de meia idade, mas tinha um senhor já de idade e um jovem ao seu lado, talvez fosse seu filho. Nos aproximamos e assim que nos viram eles se levantaram para apertar a mão do sr. Uchiha.

— Uchiha, ne nous donnez pas cette belle fille?*— Um dos executivos pareceu perguntar enquanto nos sentávamos, acredito que me indicou com a cabeça.

— C'est Sakura Haruno, mon... assistant.*

 Tá bom, eu entendi o meu nome, mas porque ele pareceu hesitar? O que ele falou?

— Semble être timide ...*— Um segundo executivo falou.

Por que estão olhando tanto para mim?

— Elle ne parle pas français.*

—Et pourtant oui vous avez porté à ce déjeuner?*— O senhor perguntou.

Por quê essa pergunta me pareceu ruim? Ouvi o jovem ao seu lado rir.

— Nous avons à remercier qu'il lui a apporté, le père. Il est devenu le déjeuner beaucoup plus agréable.*

 Senti o sr. Uchiha mudar ligeiramente sua postura com o que o garoto falou.

— Yves.— O senhor pareceu repreendê-lo.

Acho que acertei sobre aquele ser o pai dele. Yves deveria ser seu nome.

— Je crois que nous pouvons commencer.*— Eu conhecia esse tom de voz. Era o tom de voz que o sr. Uchiha usa sempre que não quer ser contestado.

— Bien sûr, mais ce n'est pas demander quelque chose à boire?*— Um terceiro executivo que tinha se mantido quieto perguntou e fez um gesto para chamar o garçom que estava parado na sala.

Eu estava me arrependendo cada vez mais de ter vindo.

— O que você gostaria de beber?— Me surpreendi com a pergunta sendo feita para mim.

Olhei para o sr. Uchiha ao ouvi-lo me fazer uma pergunta direta sem saber o que responder. O que se deve beber em um lugar como esse? Provavelmente vinho, mas que vinho? Eu não entendo nada sobre vinhos. Acredito que ele entendeu o meu silêncio como ele realmente era.

Eu não fazia ideia do que pedir.

— Deux bols de Petrus.*— Disse para o garçom.

— Un très grand choix.*— O senhor falou.

Alguns segundos depois o garçom voltou e encheu nossas taças com um vinho. Podia imaginar que ele iria pedir vinho e fiquei feliz por não ter falado alguma besteira como ter pedido um refrigerante.

— Pourquoi ne pas profiter premier déjeuner, puis nous avons commencé à traiter avec l'entreprise?— O primeiro executivo perguntou e só dessa vez consegui entender a palavra déjeuner. Almoço.

Ótimo, mais um problema.

"Calma Sakura, não surta".

Como não surtar?

"Pensa Sakura, pensa..."

Tirei o meu celular da bolsa e escrevi uma mensagem para ele: Eu não faço ideia do que pedir. Observei quando ele tirou o celular do bolso e deu um pequeno sorriso quando terminou de ler a mensagem. Pelo menos alguém estava achando graça em toda essa situação. Ele olhou para mim e concordou ligeiramente com a cabeça, o que me fez soltar um pequeno suspiro de alívio. Talvez eu conseguisse terminar esse almoço.

Eles continuaram conversando e eu continuei alheia até que o garçom voltou para anotar os pedidos. Imaginei que o sr. Uchiha tivesse feito o meu pedido porque o garçom não me perguntou nada e então voltei a ficar alheia à tudo. Mas ficar alheia às conversas não significava que eu estava alheia aos olhares que o garoto, Yves, mandava em minha direção.

Ele deveria ter o quê? 17 anos?

Então a comida chegou e eu preferia mil vezes estar comendo um cachorro quente ou um hambúrguer a essa gosma que estava na minha frente. O que era aquilo? Confesso que tinha medo de perguntar, mas a cor verde não estava agradando minha visão.

Algum tempo depois, todos acabaram de comer e eu comecei a pensar em algo que não tinha pensado... se eu fosse passar a papeladai quando necessário, eu teria que falar em francês. Como eu iria fazer isso?

Perdi qualquer vontade que tinha de terminar a sobremesa, mas, surpreendentemente, o Sr. Uchiha começou a falar e eu não estava entendendo uma só palavra. Quando o acordo foi fechado, era bem mais de quatro horas da tarde e eu não teria mais tempo de ir a lugar nenhum. Sem falar que sequer precisei cuidar dos documentos quando foi preciso porque o próprio sr. Uchiha cuidou, o que me fez ficar indignada. Por que diabos eu tinha vindo se não iria falar nada? Eu poderia ter feito algo mil vezes melhor do que ficar sentada aqui, sem entender uma palavra do que era dito. Até eu voltar para o hotel e trocar de roupa já estaria escurecendo e não daria para fazer mais nada.

Um ótimo final.

Ao entrar no carro, suspirei. Não tinha a menor vontade de querer ir em outro almoço de negócios ou café da manhã ou jantar. Nunca mais. Deixo isso para Temari, sem dúvida. Ela tem paciência para aturar essas coisas, eu não. A viajem de volta foi em completo silêncio, o que eu realmente agradeci. Se ele falasse alguma coisa eu iria perder o pouco de paciência que ainda me restava. Um tempo depois o carro parou em frente ao hotel e eu não esperei o motorista abrir a porta. Queria ir para o meu quarto e ficar lá até amanhã de manhã.

— Haruno.— O ouvi me chamar, mas não parei.

Talvez eu estivesse agindo feito uma criança, mas eu tinha perdido meu tempo para nada. Ok, a comida tinha sido boa mesmo sendo verde, mas mesmo assim.

Entrei no elevador e não esperei que ele entrasse antes de apertar o botão para o andar do meu quarto. A indignação parecia crescer a cada momento, tanto que não senti nenhum ataque de pânico se aproximando a medida que o elevador subia. O elevador parou e eu saí. Sabia que deveria checar a Temari, ver se ela estava melhor, mas eu não acho que conseguiria fazer isso agora.

Ouvi o outro elevador parar e abrir e eu realmente esperava que não fosse ele.

— Haruno.— Dessa vez ele me chamou um pouco mais forte e eu me virei.

— O quê?— Perguntei irritada.

Ele já tinha arruinado o meu dia e eu não sabia que um dia em Paris pudesse ser arruinado.

— Por que eu tive que acompanha-lo sendo que a única coisa que eu fiz naquele restaurante foi aturar aquele garoto me comendo com os olhos?— Pedi louca por uma resposta sensata que fizesse algum sentido.

Talvez eu tivesse gritado e talvez já estivesse me arrependendo de ter usado o termo 'comendo com os olhos' na frente do meu chefe, mas essa questão não me deixaria dormir se eu não perguntasse. Observei a expressão dele mudar lentamente. Será que eu tinha exagerado?

— Se está tão irritada por causa dos olhares, deveria ficar feliz por não ter entendido o que ele dizia sobre você.

Sério? Ele realmente ia focar nisso?

— Eu fiz uma pergunta.

 A última vez que eu tinha tido tanta coragem assim terminou comigo achando que tinha sido demitida, eu queria mesmo continuar com isso?

— Deixe-me compensa-la.

 Uau, mudança drástica de assunto.

— Compensar?— Minha cara de surpresa deveria estar muito clara.

— Sim, afinal eu sei que você estava contando com essa tarde para sair e bem... Não foi exatamente isso o que aconteceu.

 A situação não poderia ser mais esquisita.

Sasuke Uchiha estava mesmo na minha frente querendo me compensar por eu ter perdido minha tarde ao seu lado em um reunião?

— Compensar como?— Perguntei ainda estranhando aquela atitude.

— Deixe-me levá-la para jantar.

— Jantar?

Eu tinha ouvido certo?

Ele revirou os olhos.

— Você tem algum problema com as últimas palavras das frases?— Agora parecia mais com ele.

Me sentir corar levemente.

— Não... Quero dizer, sim, não... Espera.— Balancei a cabeça ao me enrolar toda com uma simples resposta e acho que me esqueci de continuar.

— Então?— O olhei sem entender. — O jantar, Haruno.— Ele parecia estar impaciente.

— Certo... Ãn, claro. Por que não?— Respondi sorrindo um pouco sem graça.

Eu tinha acabado de aceitar?

Ele confirmou minha resposta com a cabeça e já se virava para voltar quando eu gritei.

— Espera.— Ele voltou o olhar para mim e dessa vez eu me senti corar totalmente. — Hum... Que horas?

— 19hrs, no hall.— Respondeu simplesmente e entrou no elevador.

A porta já tinha se fechado, mas eu ainda permaneci a olhando. Fui voltando a mim mesma e andei em direção ao quarto de Temari. Eu precisava falar com alguém sobre o que tinha acabado de acontecer.

Bati na porta e pude ouvir seus passos enquanto ela se aproximava.

— Saky... Como foi?— Perguntou quando abriu a porta.

Ela parecia estar melhor. Ainda estava um pouco vermelha da febre, mas no geral parecia ter melhorado.

— Ele me convidou para jantar. — Respondi entrando direto em seu quarto.

Ela pareceu ficar confusa.

— Ele? Ele quem?— A encarei. — O sr. Uchiha?— Perguntou arregalando os olhos. Pelo menos eu não era a única que achava isso surreal. Concordei com a cabeça. — O que você respondeu?

— Eu aceitei.— E antes que ela pudesse demonstrar ou falar qualquer coisa, eu completei. — Quer dizer, o que mais eu podia fazer? Ele falou que queria me compensar por eu ter perdido a minha tarde toda por nada e eu... Bem, eu não quero ter vindo pra sequer sair do hotel. Pode ser a minha última chance de sair e conhecer nem que seja um pouco de Paris.

— É, você está certa. Mas você tem o que vestir?

 Não foi por isso que eu vim. Eu queria que ela achasse isso tão estranho quanto eu, mas ela parecia achar normal.

Normal!

— Sim, eu tenho. As meninas me obrigaram a trazer um vestido.

— Então eu te ajudo a se arrumar.

— O quê? Espera, Temari...

 Ela já estava trocando de roupa. Por que ela parecia animada? Eu queria discutir sobre a loucura disso tudo e não começar a me arrumar.

— Saky, mesmo que seja um jantar qualquer ainda vai ser um jantar em Paris e um jantar em Paris é um jantar e tanto. Você tem que estar perfeita.

— Tema, você sabe que eu não estou indo com o objetivo de agradá-lo, não sabe?— Ela pareceu se lembrar de algo antes de responder.

— É claro que eu sei disso, mas isso não significa que você não pode se arrumar. Vamos.— Segurou no meu pulso e me levou até o meu quarto.

Eu não tive escolha a não ser me deixar levar.

Enquanto a deixava olhando o vestido que Ino tinha me emprestado, fui tomar um outro banho. "Tá legal, não tem nada demais em jantar com ele porque isso era o mínimo que ele podia fazer depois da tarde de hoje", mas ele era um Uchiha e os Uchiha não eram conhecidos por se arrependerem de algo e tentarem recompensar e por isso as coisas ainda continuavam estranhas.

Quando saí eram quase 18hrs e comecei a me arrumar.

Coloquei o vestido e os sapatos e depois de muito tentar recusar, fui obrigada a deixá-la me maquiar e, quando ela terminou, fui obrigada a também deixá-la ondular as pontas do meu cabelo. Um final de semana e ela tinha trazido um babyliss. Faltava 10 min para às 19hrs quando ela terminou. Me olhei em frente ao espelho e gostei do resultado final. A maquiagem escura deixou meus olhos mais à mostra e eu fiz uma nota mental de fazer mais maquiagens assim. Coloquei um casaco preto por cima do vestido e me despedi dela.

Ela estava sorrindo de orelha a orelha quando a porta do elevador se fechou.

Eram 19hrs em ponto quando as portas se abriram e eu fui para o hall de entrada. Logo o encontrei. Ele tinha trocado o terno e gravata por um blazer preto e uma calça jeans escura, o que fez eu me perguntar onde iríamos jantar e se não tinha exagerado na roupa, mas me lembrei do que Temari falou sobre ainda ser um jantar em Paris e me tranquilizei. Independente do lugar, esse vestido serviria.

Ao ver eu me aproximando, ele se levantou e veio na minha direção e eu senti minhas mãos começarem a suar. "Por favor, Sakura! Não vai começar com palhaçadas agora", me repreendi enquanto tentava enxugar as palmas das mãos discretamente.

— Senhor.— Disse quando ele já estava próximo o bastante para me ouvir.

— 19hrs em ponto, Haruno. Devo dizer que estou impressionado.

 Senti um sorriso se formando em meus lábios contra minha vontade. Eu não queria impressioná-lo, eu só tinha me lembrado que ele não gostava de atrasos, mesmo que fosse por um minuto.

— Vamos?— Acenei com a cabeça e, enquanto saíamos do hotel, eu ainda tentava inutilmente tirar o sorriso que não queria sair dos meus lábios.


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Notas finais do capítulo

-Não irá nos apresentar esta bela moça?
—Essa é Sakura Haruno, minha.. assistente.
—Parece ser tão tímida.
—Ela não fala francês.
—E ainda sim você a trouxe para este almoço?
—Temos que agradecer que ele a trouxe, pai. Tornou o almoço muito mais prazeroso.
—Creio que possamos começar.
—Claro, mas antes por quê não pede algo para beber?
—Duas taças de Petrus.
—Ótima escolha.
—Por quê não desfrutamos primeiramente do almoço e então começamos a tratar dos negócios?

Espero que tenham gostado..
No próximo capítulo eles provavelmente já voltam para Tóquio, mas eu com certeza não vou terminar essa viajem sem algo pra Saky pensar.
E a Temari? Ela não parece saber mais do que a Saky consegue perceber? Um almoço em que o Sasuke não precisava necessariamente que ela fosse, mas a Temari insistiu e agora o jantar... Fora ela ter se esquecido de avisar que o Sasuke iria até o quarto da Saky. Não sei não kkkkk
Comentários?
Próximo: O JANTAR.
Até lá!



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