Fazendo Meu Filme 5 - O Casamento Da Fani escrita por Gabriela


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey, everybody!
Mil desculpas, eu sei que faz mais de um mês desde o último capítulo, mas eu estou em um péssimo momento da minha vida. Tenho de 5 a 10 provas POR SEMANA na escola, o que está tornando meu processo criativo cada vez mais difícil, visto que eu não paro de estudar.

Esse capítulo me deu um terrível trabalho, eu não conseguia expressar as emoções de uma forma que eu achasse que o momento merecia, então tivemos mais esse probleminha.

De qualquer forma, o capítulo está aí. ALERTA: o nível de fofura do Leo ultrapassa o indicado.

Mil beijos, nos vemos lá embaixo!



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Leo

Ok, Leonardo. Respira. Isso, respirar. Não é tão difícil, você só precisa inspirar e expirar.

— Leo! – Fani falou, balançando as mãos na frente do meu rosto. Ela estava encolhida, o que me levou a concluir que ela estava tendo outra contração. Eu só podia imaginar o tamanho da dor que ela estava sentindo. Deus, como é que as mulheres aguentam isso?

Levantei rápido, indo para o seu lado da cama.

— Calma, a gente já fez isso nas aulas de parto, lembra? Só respira e se acalma, eu vou pegar a sua bolsa e da Mel e aí nós vamos.

Ela assentiu, soltando o ar com dificuldade. Me levantei e fui em direção ao closet, onde peguei as bolsas e também um vestido para a Fani se trocar. Quando cheguei no quarto ela já foi se levantando.

— Ah, até que enfim, Leo!

— Desculpa, estava procurando um vestido para você. – expliquei entregando a peça.

— Obrigada.

Antes que ela pudesse vestir, outra contração veio e ela agarrou a minha mão, apertando com muita força. Reprimi uma reclamação, afinal, ela que estava prestes a dar à luz a uma criança, eu não tinha o direito de reclamar por nenhum tipo de dor, não no momento mais doloroso de toda a vida da minha esposa.

— Leo, a bolsa...

— Já peguei – respondi, muito concentrado em esperar a minha mão parar de latejar.

— Não essa bolsa, Leonardo! Olha! – ela reclamou, apontando para o chão molhado.

Opa, espera aí.

Por que o chão está molhado? Eu não me lembro de derramar nada e... – A compreensão me atingiu e eu interrompi a minha fala, enquanto a Fani me encarava com uma sobrancelha arqueada.

— Tudo bem, vamos logo então. – sugeri, indo em direção à porta, ignorando sua expressão divertida. Eu estava nervoso, caramba! É o meu primeiro filho, não me julguem.

Ajudei a Fani a trocar de roupa e a deixei sentada no sofá enquanto pegava as bolsas e as chaves, junto com a minha carteira. Me encaminhei para a porta, abrindo-a e saindo de casa, quando ouvi ela gritar.

— Oh, espertão! Como você vai na maternidade e deixa a grávida prestes a dar à luz em casa?

Parei no meio do caminho, voltando para dentro de casa.

— Eu não estava te esquecendo, só ia colocar as coisas no carro primeiro. – eu disse, conseguindo formular uma desculpa a tempo. Eu esqueci completamente!  – É, foi isso mesmo.

— Uhum, sei. – ela disse.

— Eu vou lá rapidinho e já volto, ok? – beijei a testa dela e saí rapidamente, colocando as bolsas no banco de trás do carro. Quando voltei à sala, minha esposa estava encolhida no sofá, gemendo de dor.

Fiquei sentado ao seu lado esperando a contração passar, enquanto ela apertava minha mão. Depois que a dor cessou, fomos caminhando devagar em direção ao carro, que eu já tinha colocado do lado de fora da garagem.

Fiz o caminho às pressas para o hospital, possivelmente levando algumas multas por excesso de velocidade ou por furar algum sinal.

— Leo! – Fani gritou, depois que eu furei outro sinal.

— O que?! – exclamei – Você está em trabalho de parto e quer que eu respeite os sinais de trânsito?

Ela urrou de dor, se encolhendo toda.

—  OK, você está certo! Agora corre! – falou e eu acelerei ainda mais.

Chegamos ao hospital minutos depois. Fani foi colocada em uma cadeira de rodas e levada para um quarto. Eu fiquei na recepção preenchendo a ficha e ligando para as meninas e para nossa família.

Depois que a nossa médica chegou, segui-a para o quarto onde colocaram a minha esposa. Ela tinha a aparência cansada. Seu vestido foi substituído por uma daquelas roupas de hospitais e ela tinha seus cabelos castanhos bagunçados. Mesmo assim, continuava linda.

Cheguei mais perto, segurando a sua mão.

— Onde você estava? – me perguntou, enquanto a médica fazia o exame e avaliava sua dilatação.

— Desculpa amor, tive que preencher as fichas e aproveitei para avisar nossos amigos.

— Tudo bem, Fani. Você ainda vai ter que esperar um tempo, está apenas com quatro centímetros de dilatação. - disse a Dra. Mackenzie Jones, tirando as luvas e descartando-as.

— O que?! – ela reclamou, antes de outra contração começar.

Depois que a dor passou, a médica continuou:

— Vou aplicar ocitocina, um remédio para aumentar as contrações e a dilatação, tudo bem?

— Sem problemas. – respondeu minha esposa.

— Voltarei daqui a alguns minutos e nós checamos de novo, OK? – disse a doutora Jones, antes de sair da sala.

Arrastei uma cadeira que estava por perto e sentei ao lado da Fani, beijando sua cabeça. Ela reclamou, afastando o rosto.

— Estou toda suada, Leo!

— Continua linda! – falei, roubando um selinho dos seus lábios.

— Você vai me fazer chorar... – ela disse, segurando as lágrimas.

— Nunca de tristeza, meu amor.

Ela fez careta, quando outra contração veio, e eu segurei a mão dela. Era, para dizer o mínimo, desesperador ver a Fani assim, dessa forma.

Ficamos conversando baixinho, eu segurando sempre a mão dela, que apertava a minha quando uma nova onda de dor surgia. A médica entrou no quarto mais duas vezes, mas o a Fani ainda não estava completamente dilatada, seja lá o que isso quer dizer.

Às sete da manhã, a Ana Elisa e a Tracy chegaram, cada uma com um gêmeo no braço. Harry vinha nos braços da mãe, resmungando e mexendo os bracinhos gordinhos. Oliver, que era bem mais calmo, dormia nos braços da madrinha.

Eles já estavam com onze meses e a preparação para a festinha de um ano estava a todo vapor.

— Hey, como está a minha grávida favorita? – perguntou a Tracy, abraçando a Fani de lado, por causa do pequeno em seu colo.

— Espero que não mais grávida nos próximos minutos... – minha esposa murmurou, transparecendo o cansaço que sentia.

— Ai, amiga! Já está quase lá, aguenta mais um pouco! – A Aninha tentou animá-la, depois de me cumprimentar.

Peguei meu afilhado de seu colo, já que ele abria e fechava as mãozinhas para mim, naquele gesto de criança quando quer ser pega no colo.

— Nada de querer namorar a minha filha, hein Harry?! E pode transmitir o recado para seu irmão! Na minha princesa ninguém toca! – falei, com aquela voz infantil que usamos para falar com crianças.

Harry gargalhou quando o peguei nos braços e o joguei para cima, sem realmente tirar minhas mãos de seu corpo.

As meninas conversavam mais ao fundo, entre uma contração e outra da Fani. Passaram-se mais meia hora até que a Dra. Mackenzie entrasse na sala e refizesse o exame, dando-nos uma ótima notícia: minha esposa finalmente havia atingido os 10 centímetros de dilatação necessários para o parto.

As meninas se despediram rapidamente e uma enfermeira me levou para trocar de roupa, para que pudesse assistir ao parto.

Assim que voltei para a sala, devidamente vestido, dei um beijo na cabeça da Fani, que me encarava com um sorriso nervoso.

A médica entrou na sala logo depois, dizendo com entusiasmo:

— OK, prontos para conhecer a princesinha?

— Sim! – Fani respondeu por nós dois.

— Fani, agora as contrações virão ainda mais fortes e mais rápidas. Quando senti-las, preciso que empurre com o máximo de força que conseguir, tudo bem?

Minha esposa apenas concordou com a cabeça, olhando para mim.

Me abaixei para ficar cara a cara com ela e perguntei-lhe se havia algo errado.

— Eu estou com medo. – ela sussurrou, as lágrimas caindo sem permissão.

— Nossa filha está prestes a nascer, meu amor. É normal. Mas você não pode deixar o medo te dominar. Você tem que ser forte para trazer nossa princesa ao mundo. E independente de tudo, eu estarei aqui o tempo inteiro, eu prometo.

Ela afirmou com a cabeça, fechando os olhos. As lágrimas corriam pela sua face e eu sequei-as com os meus dedos.

— Eu te amo – sussurrei.

Ela sorriu, sussurrando um ‘eu te amo’ de volta, antes de se curvar com a dor.

— Vamos lá, papais? Preciso que empurre com toda a sua força agora, Fani! – a médica nos encorajou.

Agarrei a mão da Fani, enquanto ela empurrava. Quando a contração passou, ela encostou na cama, respirando fundo.

— Muito bem, isso foi ótimo. A próxima deve vir a qualquer momento. – a médica continuou.

Eu estava extremamente nervoso, mas me mantive impassível pois não queria que a minha garota se sentisse nervosa, já havia muita pressão nela.

Depois de alguns empurrões, Fani se encontrava exausta e deitada na cama. Tentei encorajá-la:

— Hey, vamos lá. Você está indo muito bem!

— Eu não aguento mais, Leo. Eu estou tão cansada... – ela murmurou, balançando a cabeça em negação.

— Meu amor, eu sei que não faço a mínima ideia do que você está sentindo agora, mas estamos tão perto! Não desista agora, bebê.

— Aí vem mais uma, Fani, eu preciso que você dê o seu melhor! - a médica disse, com firmeza.

Segurei sua mão o mais firma possível, para passar segurança, enquanto lhe dizia palavras de incentivo. Ela fez um último esforço, reunindo todas as forças. Junto com seu grito de alívio, um choro estridente se fez presente.

As lágrimas escaparam de meus olhos sem permissão, enquanto eu olhava aquela coisinha minúscula nos braços da médica. Dei alguns passos, chegando mais perto.

— Você gostaria de cortar o cordão umbilical, papai? – perguntou a médica, me oferecendo a tesoura cirúrgica.

— Sim, é claro. – confirmei, pegando o instrumento de suas mãos. Ela apontou com o dedo para onde eu iria cortar, e eu olhei para a Fani, que sorria enquanto as lágrimas desciam pela sua face. Era um momento tão único aquele que vivíamos, impossível de não se emocionar.

Fiz o corte, e a enfermeira entregou a pequena Mel em meus braços. Levei-a até a minha garota, que estendeu os braços para pegá-la.

Ficamos admirando nossa garotinha, que dormia tranquilamente.

— Ela é tão linda – Fani sussurrou, passando a ponta dos dedos pela pequena face de nossa garotinha.

— Sim, ela é perfeita. – concordei, depositando um beijo na cabeça da minha princesa – Eu te amo tanto! Muito obrigada por ter me tornado pai.

— Eu te amo mais! É uma honra ser a mãe da sua filha, Leo.

Ficamos mais um pouco admirando nossa princesinha, até que a enfermeira teve que leva-la para fazer exames. Saí da sala a pedido da médica, que disse que eles tinham que levar a Fani para o quarto. Resolvi, então, avisar o pessoal que estava lá na sala de espera.

Beijei a testa da minha esposa e deixei a sala, indo em direção à recepção, onde eles estavam. Quando passei pela porta, fui surpreendido duas vozes femininas, que me abarrotavam de perguntas que eu nem conseguia ouvir, pela velocidade que falavam.

— Calma, meninas. Um de cada vez! – falei, fazendo as duas se calarem – Obrigado!

— E aí, como ela é? – perguntou a Tracy, os grandes olhos azuis arregalados em expectativa.

— Ela é linda, poderemos vê-la pelo vidro do berçário em alguns minutos, se ela não já estiver lá. – respondi.

— E a Fani, como está? Foi tudo tranquilo? – a Aninha perguntou, preocupada.

— Foi tudo ótimo, Ana, ela está bem. – respondi – Onde estão os gêmeos?

— A gente colocou aqueles dois preguiçosos para passearem um pouquinho com eles. – ela explicou, dando de ombros.

— Podemos ver a princesinha agora? – perguntou a Tracy, com um sorriso largo no rosto. Deus, essa garota me assusta às vezes.

— Sim, vamos lá.

O caminho foi feito em silêncio, exceto pela Tracy, que foi praticamente saltitando por todo o caminho. Céus, o que havia de errado com aquela garota? Aproveitei o caminho e fui ligando para minha mãe, avisando que a Melissa já havia chegado ao mundo. Ela gritou do outro lado, me fazendo afastar o aparelho da minha orelha.

Depois de mais alguns gritos, desliguei, ligando para a minha sogrinha logo em seguida.

Leo, meu querido! Tudo bem?

— Tudo ótimo, sogrinha! Só liguei para avisar que a sua netinha resolvei se adiantar!

Não acredito! Mas que danadinha, eu só chego aí daqui a três dias!— disse. Ela estava vindo passar duas semanas aqui, nos ajudando com a nossa garotinha. – Mas está tudo bem com as minhas garotas, Leozinho?

— Sim, dona Cristiana! Tudo tranquilo! Quando a Fani for para o quarto eu ligo novamente para a senhora falar com ela.

Ai que bom, meu filho! Ligue mesmo! Vou começar a ligar e avisar todos aqui, tudo bem?

— Claro! Vou mandar uma foto dela assim que a colocarem no berçário, tudo bem?

Estarei esperando, querido. Beijos!

— Beijos, dona Cristiana! – me despedi, encerrando a chamada.

Ainda ficamos esperando no berçário por uns cinco minutos, até que trouxeram a minha Mel. Ela estava acordada e mexia os pequenos bracinhos. Capturei o momento com a câmera do meu celular, encaminhando por mensagem às vovós e ao grupo em que estavam os nossos amigos, com a legenda “Olha quem chegou!”.

Guardei o celular no bolso, mesmo sentido o incessante vibrar, fazendo alusão às mensagens que não paravam de chegar. Porém, naquele momento, eu só tinha olhos para a minha linda princesa.

Senti o amor me tomar, ali, enquanto olhava aquela criaturinha, um pedaço meu e da Fani, símbolo do nosso amor. Eu tinha completa consciência do sorriso imenso que estava no meu rosto, mas as meninas também estavam assim, enquanto olhavam para a minha garotinha.

Os caras chegaram logo depois, olhando admirados para a minha filha. Danilo logo fez piada, mostrando a Melissa ao Harry e dizendo que aquela era a sua namorada.

— Nada disso! Acho bom você ensinar aos seus filhos que eles precisam se manter a, no mínimo, cinco metros de distância da minha filha!

As meninas riram, ao passo que eu fiz uma expressão mal-humorada. O Christian abraçou a Tracy, e eu podia jurar que ele já estava pensando em encomendar o seu. Sorri sozinho. O que uma criança não faz?

Deixei nossos amigos ali e segui para o quarto, à procura da minha esposa. Encontrei-a dormindo serenamente. Seus cabelos revoltos agora estavam devidamente penteados e eu ri baixinho. Até depois de horas de trabalho de parto ela é perfeita.

Me aproximei devagar, depositando um leve beijo na sua testa e, sem intenção, a acordando.

— Oi – falei, sorrindo.

— Oi – respondeu, abrindo aquele lindo sorrido – Onde está a Mel?

— Ela está lá no berçário, sendo paparicada pelos nossos amigos. Mas não se preocupe, a enfermeira falou que daqui a pouco deve trazê-la para que você tente dar de mamar a ela.

Ela concordou com a cabeça, piscando lentamente.

— Cansada? – perguntei.

— Um pouco, mas a felicidade do momento é maior que qualquer outra coisa. – respondeu, passando a mão pela minha bochecha.

— Sua mãe quer falar com você, quer que eu ligue agora?

— Você já avisou todo mundo? Sem mim? – ela perguntou, fazendo cara feia.

— Não, eu avisei nossas mães e os nossos amigos. Se eles espalharam para todo mundo, já não é mais problema meu!

Ela riu, e eu lhe passei o aparelho para que ela falasse com a mãe. As meninas entraram no quarto, fazendo uma mini algazarra, enquanto a Fani se despedia da mãe no telefone.

Assim que ela desligou, o quarto virou uma bagunça. As meninas estavam bem animadas, mostrando fotos da Mel para a Fani, que só a tinha visto na hora do parto.

Como se lesse meus pensamentos, a enfermeira entrou no quarto, trazendo consigo a nossa filhinha. Ela colocou a pequena nos braços da mãe, que tinha os olhos cheio de lágrimas.

As meninas saíram discretamente do quarto, nos deixando a sós para esse momento.

A enfermeira continuava a explicar para a Fani como deveria ser feito o processo da amamentação. Ela também disse que era normal que os bebês não conseguissem mamar de primeira, pois aquilo era completamente estranho para eles.

Ouvimos tudo com bastante atenção, até que chegou a hora de colocar em prática. Nancy, a enfermeira, ajustou a pequena Mel nos braços da Fani, mostrando a posição correta em que o bebê deveria estar.

Surpreendentemente, Melissa conseguiu mamar logo na nossa primeira tentativa, o que arrancou sorrisos de todos nós. Resolvi registrar a cena com o meu celular, a Fani com a nossa filha em seus braços, olhando para ela enquanto a pequena mamava.

Eu estava uma bagunça de sentimentos, a felicidade era tamanha que eu mal conseguia pensar. Ao ouvir o barulho da câmera, ela olhou para mim, dando aquele sorriso maravilhoso que me fazia perder o ar. Depois de tantos anos, eu ainda sentia as pernas virarem gelatina todas as vezes em que ela olhava para mim.

— Quer parar de tirar fotos? Eu estou acabada! – ela reclamou, mas continuou sorrindo.

— Que nada, continua linda para mim!

— Ela não é perfeita? – perguntou, mudando de assunto, envergonhada.

— Sim, puxou a mãe. – falei, passando a mão na cabecinha quase careca da minha filha.

— Dá para parar? Eu estou de resguardo por mais quarenta dias! Você não pode simplesmente me elogiar o tempo inteiro, eu vou ficar maluca!

Eu ri, beijando seus lábios de forma casta. Resolvi concordar, olhando nossa filha mamar.

— Céus, ela é perfeita mesmo. Eu sou o homem mais feliz do mundo! – falei, pensando na quantidade de marmanjo que eu ia ter que afastar dessa garotinha aqui – E o mais ferrado também!

— Você tem que parar com isso. Temos mais uns quinze anos antes que isso aconteça, e quando for a hora, você terá que entender.

— Eu sei, mas para mim ela sempre será essa garotinha. – falei, olhando apaixonado para aquele pacotinho nos braços dela.

—X-

Chegamos em casa na mesma noite, por volta das nove. A Fani veio o caminho todo no banco de trás, vigiando o sono da nossa princesa. Quer dizer, por cinco minutos, porque aí ela mesma apagou também.

Hoje havia sido cansativo (mais pala ela que para mim, obviamente), nós recebemos visitas, fizemos ligações e chamadas de vídeo... Vir para casa era um sonho virando realidade, mas eu sabia que havia uma grande probabilidade de passarmos a noite acordados, por conta da Melissa.

Estacionei o carro na garagem, percebendo que a Fani continuava dormindo. Resolvi levar logo as coisas para dentro, rapidamente organizei tudo no lugar e voltei para acordar minha esposa.

— Chegamos. – falei baixinho, para não acordar a bebê.

— Mas já? – perguntou a Fani, se espreguiçando.

— Faz um tempo já, mas decidi organizar as coisas lá dentro antes de te acordar, amor.

— Hum, acho que eu te amo. – ela fez graça, enquanto tirava a Mel da cadeirinha.

Tranquei o carro e fiz o caminho para dentro de casa, procurando pelas minhas meninas.

Encontrei as duas no nosso quarto, Melissa dormia espalhada na nossa cama enquanto minha esposa zelava pelo seu sono.

— Quer que eu coloque o berço dela aqui? Acho ela tão pequenina para dormir sozinha. – sugeri.

— Tirou as palavras da minha boca.

— Tudo bem, espera aqui que eu já volto. – falei, saindo do quarto.

Ainda bem que o berço tinha rodinhas, então foi bem fácil colocá-lo no nosso quarto. Passamos o resto da noite como zumbis, meio dormindo, meio acordados, atentos ao mínimo som que saísse da nossa filha.

Surpreendentemente, ela só acordou duas vezes naquela noite: uma para mamar, outra para trocar a fralda. Era mesmo uma princesa essa minha filhota.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que me dizem?

Deixem os seus comentários, estamos caminhando para 45k de visualizações!!
EU NÃO TO BEM!!!!!!!!
Amo vocês, até os fantasminhas (que eu acho que deveriam aparecer, já que estamos na reta final!)

Ah, outra coisa, percebi que eu não tenho muito contato com vocês fora daqui, então vou deixar as minhas redes sociais no meu perfil para quem se interessar em saber mais da minha vida pacata.

Vou tentar ao máximo não demorar no próximo, tudo bem? Mil beijos!