Apaixonada Pela Serpente 3 - Estressada Com O Dest escrita por Angy Black


Capítulo 17
O Nascimento do Lince... A Morte do Lobo. parte I




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409124/chapter/17


Porque estou escrevendo as palavras mais difíceis da minha vida...

Os dias estão terminando... Começam rumores sobre uma chance de sobrevivência fora da escola. Divididos entre a expectativa de sair e a de não querer ir embora. Mesmo com os seguidos ataques perto da escola, Hogwarts ainda era de longe o lugar mais seguro do mundo bruxo. Quantos ainda estão vivos lá fora esperando pela gente? Quantos conseguirão retornar para o próximo ano? Há um notável ar tenso pelos corredores do castelo... Mas ainda assim... Os responsáveis pela diretoria tentam continuar as últimas semanas de Hogwarts num ritmo normal e tradicional.

O Baile de encerramento... A formatura do sétimo ano... As notas finais... A última partida de Quadribol pela taça das casas... Será que esses eventos conseguirão por distrair as mentes dos demais alunos? Coitados dos primeiranistas que não presenciaram uma Hogwarts normal, em paz... Para falar a verdade não me lembro mais de quando ela foi assim. Aliás quanto a mim... Eu não vejo apenas o fim de um ano letivo e sim o fim da minha história com Draco... Parece que esse diário acaba de finalizar uma temporada em que minhas palavras eram apenas viradas para ele.


Ele voltará no ano que vem?


O que fará nas férias...? Será que em algum momento pensará em mim?


“Eu.odeio.essa.sua.parte.”

**


– Jovem Malfoy. – chamara um homem de idade à porta do quarto de magno escuro.

Draco que estivera debruçado sobre a vidraça da janela com o olhar perdido na forte tempestade esmagara o pergaminho em sua mão e virara-se para o senhor que o chamara.


– Sim?


– O seu pai o aguarda na Ala-Sul da propriedade. – dissera o homem no mesmo tom elegante, mas mesmo assim acolhedor.


– Obrigado Charles. – dissera o jovem educadamente.

Seu olhar cinza parecia quase invisível em contraste com a sua pele muito branca e seus cabelos muito platinados. Uma camisa de seda branca de manga comprida ainda mantinha os três primeiros botões abertos recebendo o ar gelado que percorria aquela mansão.


– Deixe-me um momento com meu filho Charles. – Pedira cordialmente uma voz baixa e doce.


Draco levantara as íris cinzas com o cenho ligeiramente franzido e vira uma belíssima mulher loira, cabelos quase tão platinados quanto os seus. Vestia um longo negro também de seda. Ela adentrara o quarto com um sorriso meigo nos lábios depois da reverência de Charles, e fechara a porta atrás de si.


– Achei que tinha visto uma coruja da Torre de Hogwarts. – dissera a mulher simplesmente se aproximando do filho. – Nessa tempestade? Deve ser importante. – Draco olhara do pergaminho em sua mão para a mulher com o olhar tenso engolindo em seco.


– É Daniel. – Ele dissera com a voz seca, não querendo dizer aquilo em voz alta. – Hermione está doente.


– Granger? – Draco assentira com a cabeça. – Você não deve mais se preocupar com a sangue-ruim Draco. Se seu pai descobre que ainda está se envolvendo com ela...


– Não estou! – dissera Draco bruscamente e então respirando pesadamente. – Só estou preocupado. Só eu sei cuidar dela... – ele dissera contrariado mais pra si mesmo do que pra mãe.


– Ela tem quem cuide dela Draco! Seu dever é com a sua família! – dissera a mulher saindo da sua voz doce. Draco a olhara ainda mais contrariado. – Você já fez a sua escolha. E fez a escolha certa. – terminara agora de forma mais calorosa e dizendo isso saíra do quarto parando apenas na porta. – agora desça, seu pai o aguarda.


Draco procurara por alguma coisa de vidro no quarto e achara uma taça ainda com restos de vinho. Ele a pegara com brutalidade jogando contra o seu reflexo no espelho longo no canto do quarto. Olhara então para seu reflexo agora rachado respirando com ódio de volta pra ele. Olhara uma última vez para tempestade atrás da vidraça da janela do seu quarto, lembrando das últimas semanas que passara em Hogwarts.

“Hermione...”

Flash Back


– Se acalme Hermione, Gina joga muitíssimo bem. – dissera Luna de forma carinhosa entre os berros da Torcida da Grifinória que quase a ensurdeciam.

Hermione porém só tinha olhos para o vulto ruivo nas alturas que escapava agora de dois balaços errantes.


– Ela não está jogando contra os irmãos dela! Isso aqui é de verdade. Merlin! Primeiro jogo dela e já contra a Sonserina, vão acabar com ela! – dizia Hermione tensa tentando seguir a amiga com um binóculo.


– Ela já fez cinco gols Hermione, a Grifinória vai bem. Ela está quase alcançando o Conl.


– Vai bem... é isso o que me preocupada. – Dissera a castanha logo sendo abafada pelo grito da torcida verde e prata que comemorava o oitavo gol de um loiro espetado. Mas quase instantaneamente Gina fizera mais um para os berros gerais da torcida Vermelho e Dourado. – Ahh vão acabar com ela. Pare de fazer Gols Gina, pare de fazer Gols!


Draco mantinha-se planando acima dos demais jogadores como um dragão que à espreita. Apoiado na vassoura como sempre em apenas uma das mãos, vira com nojo a garota Weasley comemorar seu sexto gol e Daniel fazer uma cara de poucos amigos. Realmente o loiro espetado não estava acostumado com um artilheiro à sua altura.

Pousara seus olhos no Potter que rondava o campo calmamente atrás de um pomo de ouro, Draco franzira o cenho em deboche. O Grifinório parecia como sempre desesperado em vencer aquela partida. Foi-se a época que o Potter poderia jogar melhor que ele.


Pousara seus olhos na torcida da Grifinória e como sempre achara com facilidade o ponto de cabelos cheios e castanhos que representava Hermione. Era como se tivesse um radar único para encontrá-la onde quer que fosse. Ela olhava preocupada para os ares, com certeza acompanhando eufórica o seu time se recuperando assim como todo o resto de vermelho e dourado. Ela parecia tão distante... Faziam dias desde a última conversa “semi-agradável” e “decisiva” que tivera com ela. E agora mal conseguiam se encarar. Até que o olhar da castanha pousara de encontro ao seu.


Era óbvio que ela notara que estava sendo observada. Draco sentira seu coração acelerar, ela o encarava seriamente com algum sentimento naqueles olhos que ele não sabia dizer se era bom, de qualquer forma ele não podia mais se dar ao trabalho de se preocupar com ele. Desviara as íris, mesmo que seu corpo continuasse virado na mesma direção, as íris cinzas olhavam agora para outra direção de forma perdida e até mesmo seca. Podia jurar que conseguia ouvir Hermione com seus pensamentos amargos, sentido-se um nada. Ele também se sentia assim.


Notara então de forma mais tensa que Daniel se adiantava com a Goles a caminho de um novo Gol, as arquibancadas gritavam extasiadas, o espetado ia em alta velocidade com um sorriso quase sádico nos lábios, mas fora interrompido por outro rasgo no céu, só que dessa vez ruivo que o atrapalhara pegando assim a goles de sua posse e marcando dois gols seguidos para a Grifinória que entrava em verdadeira euforia deixando um Francês espetado com olhar perdido procurando o trem que o atropelara.


– Maravilhava Conl! Eu devia mesmo ter contratado a Weasley! – reclamara Draco para o francês depois de ir veloz em direção a ele. O espetado revirara os olhos.


– Por favor né, Draco. Ela é mulher... eu só fui cavaleiro. – dissera o loiro com um sorriso canalha nos lábios que não disfarçara em nada sua igual fúria.


– Pois não seja! Temos que tirar a vermelha do jogo...


– Calma, você acha mesmo que eles vão ganhar? Ela é uma novata, não tem chances de ser melhor que eu, precisa-se de muitos anos de treinamento para isso... – dissera Daniel com superioridade e desdém, mas logo sendo abafado por mais um grito da multidão vermelha e dourada. Gina marcara mais um Gol. Draco se virara para Daniel ainda mais enraivecido. Daniel franzira o cenho também não acreditando na potencialidade da ruiva. – Tudo bem, chega de cavalheirismo! Ta abusando da minha simpatia já! – dissera o espetado indo veloz pro meio do jogo à caminho da Goles na posse da ruiva.


– Ah obrigado por finalmente levar esse jogo a sério! – gritara Draco sarcástico para ele.


Vira então o Potter velozmente eufórico atrás de um ponto dourado que voava veloz a sua frente. A torcida parecia estranhar a passividade de Draco que não ia atrás do Pomo também. Não, não era a hora de terminar aquele jogo. Precisavam ganhar de uma diferença considerável, não queria ouvir a desculpa da Grifinória dizendo que eles poderiam ter empatado, isso seria repugnante. Também não precisava se preocupar com Potter e o Pomo, nunca que ele conseguiria pegá-lo, o Pomo estava numa diferença de 45% km/hr da firebolt dele, e ele já estava ao máximo de sua firebolt também.

Daniel se adiantara ao lado da ruiva que notara surpresa a sua presença ali tão instantaneamente. “Coitada” pensara o Francês “Deve ter achado que já estava no meu nível”.


– Com licença pica-pau, mas acho que já te deixei brincar demais, não é? – dissera Daniel num sorriso falsamente galanteador e logo arrancando a Goles de Gina e marcando mais um gol.

Daniel disposto a jogar realmente sério fizera mais um Gol seguido, mas numa pequena distração de sua própria glória perdera a Goles novamente para um vulto ruivo que marcara mais um Gol.

– Como foi que ela fez isso?! – Perguntara o espetado para si mesmo de forma desesperada e perplexa e logo fechando a cara de forma ameaçadora para a ruiva que lhe estendia mais um sorriso após marcar seu Gol. – Ta, agora você me irritou!


Draco observava entediado o duelo sagaz de Daniel Conl com a Weasley que irritantemente conseguia sempre ficar logo atrás do espetado ameaçando ultrapassá-lo. O jogo praticamente estava sendo narrado em base de tal duelo e Hogwarts parecia nunca ter presenciado uma partida mais anestesiante. Adiantara-se para um ponto abaixo de si onde um outro jogador da Sonserina de cabelos castanhos observava maravilhado aquele duelo.


– Luke! – chamara Draco, o batedor virara-se para ele.


– Está vendo isso? – perguntara Luke abobado para o loiro e apontando para o duelo. – Incrível! – Draco franzira o cenho enojado e dera um tapa na cabeça do amigo que o olhara agora espantando.


– Dá pra prestar atenção aqui, por favor? – exigira Draco brutamente. – Temos que tirar a Weasley do jogo. Você e Roger, cerquem-na. – dissera o loiro simplesmente dando meia volta na vassoura e voltando pro seu ponto de observação.

O moreno se surpreendera com aquela ordem mais não pensara duas vezes antes de obedecê-la fazendo logo sinal para Roger e o outro artilheiro.


– Aprenda por favor com o papai aqui. – dissera Daniel com um sorriso debochado ao pegar a Goles com simplicidade e jogando-a para o alto e batendo nela com o rabo da vassoura fazendo assim mais um gol, mas antes que resgatasse a Goles Gina fora mais rápida saltando por cima de sua cabeça dominando a Goles e marcando outro Gol.


– Quem é o papai agora? – perguntara a ruiva com o mesmo sorriso e logo se virando para a sua torcida. – Quem é a melhor? Quem é a mel... ? – perguntava ela vitoriosa para a própria torcida eufórica, mas logo sendo cortada pelo vulto que representava Conl que quase a fizera perder o equilíbrio ao perder a Goles pra ele vendo-o marcar mais dois Gols seguidos, ela se virara para ele enraivecida. – Escroto! Escroto! Escroto!


Mas o clima de saudável competição fora quebrado com o grito da ruiva que fora atacada por dois balaços. O primeiro batera na ponta de sua vassoura rodando-a e assustando, o segundo viera enquanto ela procurava pelo culpado e a acertara na boca do estômago fazendo-a dar um grito abafado e derrubando-a da vassoura ficando pendurada apenas por uma das mãos.


– GINA! – gritaram Hermione e Luna juntas. Hermione se aprontara com a varinha, mas Luna a impedira.


– Perdeu o Juízo? – com certeza ouvir aquilo da garota mais aluada do castelo não lhe agradara, mas optara por não pensar naquilo agora. Voltando-se para o espetado que planava distraído perto dos aros. – Daniel! – chamara ela. O loiro se virara para ela com um sorriso.


– Vai escrever isso no seu diário? Minha vitória? – debochara o loiro, mas ao notar seu olhar desesperado se virara na mesma hora para a ruiva pendurada na vassoura.


– Mas o que é isso?! – perguntara Draco eufórico para Luke que observava a ruiva divertido e rindo mais ainda ao ver que o outro artilheiro não permitia que o Weasley saísse de perto do gol para ajudar a irmã ameaçando-o com a Goles e que Roger fazia algo semelhante com o Potter.


– Suas ordens...


– Não precisava preparar um atentado! Era só assustar!


– Ela me parece bem assustada – Rira Luke, mas logo parando ao ver a fúria nos olhos de Draco. - Ela só está pendurada. O que tem de mais? Você fez isso no campeonato passado.


– Seu Imbecil!


– Ué, você não falou para tirar-la do jogo?


– E achou que matando-a era o jeito mais eficaz? – perguntara Draco ainda mais agressivo. O moreno parecia pensar no assunto pela primeira vez de forma perdida.


– Bem...


– Tire-a de lá! – Mas os dois se surpreenderam com um outro grito da ruiva, esse mais desesperado, sua mão acabara por escorregar tirando fôlego de todos.

Draco se adiantara veloz enquanto a ruiva caía, mas parara de supetão ao ver que ela já estava segura. Gina abrira os olhos azuis serrados e vira um par de olhos verdes escuros a cima de si, apesar do cenho sério e cansado, a ruiva reconhecera o seu cabelo loiro espetado.


– Dan... – dissera Gina num sussurro quase sem voz, para o loiro que segurava seu braço com apenas uma das mãos enquanto a outra segurava-se na própria vassoura.


– Sem intimidades Pica-pau, sem intimidades. – murmurara ele de volta de forma sarcástica e fazendo força para puxá-la mais para cima enquanto guiava sua vassoura para o chão.


O jogo paralisara, muitos professores invadiam o campo em direção aos dois assim como outros jogadores e torcedores. Hermione atropelara todos no caminho a caminho da amiga apertando-a num abraço desesperado. Luke olhara receoso dos professores que acudiam a ruiva e tentavam afastar os demais alunos para o próprio taco de batedor e o atirara longe assobiando em disfarce logo depois. Gina agora era abraçada por Rony enquanto Daniel vira que estava sendo encarado por Harry de forma ameaçadora. O loiro abrira um sorriso.


– Está me olhando assim por que? Eu sou o herói do dia. – debochara ele, o moreno apenas crispara ainda mais as órbitas dos olhos em sarcasmo.


– Dan. – dissera Hermione à frente do loiro chamando-lhe a atenção com os olhos cheios de lágrimas.


– Diga Hermigatinha.


– Obrigado. – Ela dissera tentando segurar as lágrimas, o loiro sorrira calorosamente de lado.


– Pelo quê? Por estar passando no lugar certo na hora certa? Se ela morresse ia ficar chatão o jogo. Fácil demais. – brincara o loiro e logo dando uma piscadela, mas quase se assustara ao ver que ela o abraçara forte afogando as lágrimas no uniforme dele.


– Se acontecesse algo com ela eu... eu...


– Eu sei. - dissera sério acariciando-lhe a cabeça de forma carinhosa. – Ela já está a salvo. Se acalme.


– Que cena comovente. – os dois ouviram uma voz arrastada e maldosa a um metro deles. – De partir o coração o amor de vocês. – Hermione se virara para ele com irritação enquanto Daniel o olhara ameaçadoramente sombrio. – Normal se preocuparem com os entes queridos um do outro. Vocês têm divido tanta coisa ultimamente, não é? - Draco se virara para Hermione com o cenho franzido numa sarcástica seriedade. – O Cicatriz já sabe que não é mais o herói da escola? – Ela continuava por encará-lo com mágoa. – Ou... melhor amigo... grande amor... – então ele abrira um cruel sorriso. – Veja pelo lado bom. Pelo menos ela vai voltar para as arquibancadas, longe do perigo. Quadribol é um jogo cruel. – ele terminara maldosamente.


– Você... – dissera Daniel simplesmente ignorando o que ele dissera e empurrando Draco pra longe de Hermione como que para uma discussão particular, mas ainda sim com um ar sombrio e agressivo ao contrário de Draco que parecia ver graça naquilo.


– Ei... eu não derrubei ninguém da vassoura. – Hermione ouvira Draco dizer em deboche. “ O que?” dissera Hermione para si mesma só então somando um mais um e já se adiantando para cima de Draco quando ouvira alguém chamar por ela.


Gina estava recebendo tratamento da madame Pomfrey no próprio campo por dores fortes no estômago antes ser levada para a Ala-Hospitalar.


– Fique aqui comigo. – pedira a amiga. Hermione sorrira meigamente para amiga e atendera ao seu pedido antes de olhar de rabo de olho para os dois loiros que pareciam na discussão infantil de sempre mais longe. Sentia de dentro de si aquela vontade absurda de agredir Draco, mas deixaria isso pra mais tarde. Gina ainda parecia machucada e assustada.


– Você jogou muito bem hoje... – ela ouvira Harry dizer para a ruiva de forma também calorosa. Enquanto Rony era segurado para não agredir Luke.


– Ahh Por Favor Conl, não vai tentar me enganar que você ta preocupado com a Weasley fêmea? – debochara Draco agora que os dois discutiam mais afastados dos outros dois.


– Como pôde fazer isso? Ela podia ter se machucado de verdade! Quinze metros de altura Draco! Ela podia ter morrido! – brigava Daniel de forma séria e enraivecida.


– Olha... – dissera Draco contrariado. – Eu não mandei eles derrubarem-na, ta bom? Não era pra eles terem ido tão longe.


– E quem é que vai esperar menos de uma ordem sua Draco? Você que não era pra ter ido tão longe! Eu achei que você era só um ciumento psicótico, indeciso que sempre toma as decisões erradas. Mas não, agora eu vejo que você realmente não gosta da Hermione!


– Hermione? Como é que todas as minhas “ações” têm alguma coisa a ver com ela?


– A Weasley é melhor amiga dela! Se você não se preocupa nem um pouco com ela...


– Nem um pouco. – concordara Draco tentando ignorá-lo.


– Se preocupasse ao menos com a Hermione que é amiga dela. Faz idéia de como ela está? De como ela ficaria se algo a acontecesse? – Draco revirara os olhos e começara a notar que Daniel ia ficando cada vez mais alterado. - Quando foi que a Hermione deixou de ser importante pra você? Foi quando você botou nessa sua cabeça burra que ela não te ama? – Draco optara por não responder apenas o olhando sério, com raiva. Daniel respirara contrariado antes de continuar – Quer saber? Pela primeira vez Draco, eu estou torcendo para que você esteja certo quanto a isso. Tomara mesmo que ela não te ame! Isso seria totalmente compreensível! Ela não merece um crápula egoísta que nem você!


– Não... pelo contrário, ela merece um crápula egoísta como você! Não é mesmo?


– Pois pense o que você quiser! – alterara-se Daniel ainda mais, surpreendendo até mesmo Draco. – Quer achar que estamos juntos? Ok! Estamos mesmo! Eu que não vou mais incentivar que ela fique esperando pelo seu retorno, não! Por que ela amaria você? Alguém que só sabe armar coisas pro benefício próprio. – Draco dera uma curta risada sarcástica.


– Está me chamando de interesseiro, Daniel Conl? Aproveitador?


– Você e seu estúpido joguinho de Quadribol...


– Falas de quem ia salvar o time....


– Seu estúpido duelozinho de esgrima... Você e seu estúpido Orgulho Malfoy inflexível! Ela faz muito bem então em não te amar! Tomara que você esteja certo!


– Eu estou. – Concordara Draco de forma agressiva tentando não se afetar.


– Tanto porque você só sabe ser leal ao seu querido papai, não é mesmo? Me diga uma coisa: você acha que Tio Lúcius te ama mais que a Hermione só porque ele está te prometendo o poder e a preferência de Voldemort? Pois então meu caro, alguém deve te informar que sob essas circunstâncias é duvidoso que até mesmo o seu pai ame você! – Draco abrira as duas íris cinzas de forma espantada e assassina, como um lobo prestes a matar e ao mesmo tempo como um esgrimista que acaba de ser atravessado no peito por uma espada.


Hermione ajudava Gina a se levantar e dera um beijo na testa da amiga quando essa fora deitada na maca. Já estava preste a seguir com ela para Ala-Hospitalar quando dera uma última olhada para os dois loiros distantes. Vira Draco olhar para Daniel de forma Revoltada e Atingida, um olhar diferente. Havia muito mais mágoa e tristeza naquele olhar do que Raiva. E isso era estranho. Então vira Draco acertar o loiro espetado com um pesado soco na boca fazendo esse ainda cair no chão e se demorar um pouco por lá.
Hermione não agüentara mais se manter afastada correra para os dois se pondo entre eles. Draco subira ainda o olhar de lobo faminto para a castanha sem dizer nada.


– O que está acontecendo aqui? – Ela perguntara seriamente ainda encarando Draco que a olhava ainda como um selvagem.


– Saia daqui Hermione. Dessa vez é só entre nós dois. Não se meta. – fora Daniel que respondera com uma ferida no canto esquerdo da boca, se levantando e voltando para o seu lugar à frente de Draco, mas ainda atrás de Hermione. – Ta na hora de Draco ouvir umas verdades sobre as escolhas dele.

Daniel mal terminara de falar e Draco já puxara a varinha obrigando Daniel a fazer o mesmo quase que imediatamente. Mas Draco fora mais rápido em seu feitiço que por um triz não acertara Daniel que fora empurrado por Hermione que cobrira o rosto no último segundo com o braço direito onde continha um bracelete marrom com um cristal no centro que fora atingido pelo feitiço estraçalhando-o em múltiplos pedaços quase inexistentes de cristal.


Hermione olhara assustada de Draco para os restos da pulseira de sua mãe no chão do campo. Uma tira grossa de couro e um espaço vazio no centro enquanto o vento mesmo se ocupava em mandar pra longe como se fossem pó, os restos do cristal. Draco também observava esse processo com um pingo de culpa misturando-se a todo aquele ódio. Logo uma pequena lembrança viera na mente dos dois.


Baile de Halloween


– O que pensa que está fazendo seu idiota?


– Eu só quero ter uma boa dança com minha colega de teatro. – Draco dissera irônico.


– Em que sonho seu eu seria sua “colega”? Eu odeio você!


– É recíproco, querida. E você não sabe o quão divertido é ser odiado por você. – Hermione dera um sorrisinho debochado. Draco continuou a guiando pelo salão. Até que ficou sério. – É lindo o colar...


– O-bri-ga-da! – ela dissera com má vontade. – Harry me deu!


– Mas não combina com você... – ele disse a ignorando. – Isso combina. – Ele erguera o pulso direito da castanha deixando a mostra seu bracelete. A castanha sentira seu estômago rodar.


– Era da minha mãe. – ela dissera seca.


– Eu sei. – ele respondera a encarando. – Você me disse no segundo ano. Numa aula de Snape. Quando eu quase o quebrei...


– É... Tinha esquecido. – disse novamente com má vontade.


– Olha Granger... Tudo o que eu escrevi no seu diário...


– Não comece! Nós achamos o ódio que você queria Draco. Não vou perdê-lo dessa vez!

Fim do flash back


Os dois ainda se encaravam como se compartilhassem daquela lembrança esquecendo-se da presença de Daniel e dos demais presentes que agora discutiam em volta deles pelo o fim do jogo.


– De qualquer forma o jogo acabou e a Sonserina estava na frente! – dissera Luke de forma sádica.


– Ah claro, depois de você atacar a minha irmã! Bem conveniente! – esbanjara Rony em resposta.


– Foi um acidente! Quadribol é um jogo perigoso, ela sabia disso antes de entrar. Ou seja, de acordo com o placar: Sonserina Vence!


– Não... – dissera Harry calmamente cortando a comemoração dos sonserinos. – Grifinória vence, com uma diferença de 130 pontos contando com os dois últimos gols de vocês. – Harry então num sorriso maroto revelara um pomo de ouro cansado em sua mão que fora caçado no momento da confusão.

A Grifinória explodia de alegria enquanto três pessoas ainda pareciam ausentes de tudo naquele momento. Duas em especial que observavam o resto de uma pulseira, como se marcasse o resto de suas lembranças...

**


Querido Diário,

As coisas andam complicadas... A guerra anda cada vez mais sangrenta e falta menos de um mês para sairmos dos terrenos da escola. Gina ainda sofreu um pequeno acidente no Quadribol e se encontra agora na Ala-Hospitalar. Um acidente comandando pelo filho da puta do Draco, e eu que achei que ele não ia mais tentar nenhuma canalhice agora que terminamos.

Mas pelo visto eu estava enganada quanto a isso, ele não está ligando para nada... nada... Pelo visto esse foi um daqueles “romances” normais que do mesmo jeito que começam, terminam. Mas pra falar a verdade eu tenho tentando não pensar nele. Mesmo que nossos olhos se cruzem raramente pelos corredores, como se não tivéssemos feito muita diferença na vida um do outro, eu tenho mesmo tentado não pensar na nossa última conversa. E a última coisa que eu pensaria é que o motivo do nosso novo contato fosse porque ele mandou machucar minha melhor amiga.


Gina está proibida de jogar Quadribol até segunda ordem, recomendações médicas. É horrível essa parte, ela ama quadribol... joga maravilhosamente bem. E eu nem consigo tocar no assunto, ela mesmo parece ignorá-lo. Sorri nas visitas e sempre quer saber as novidades.
Aquele idiota... tudo por causa de um jogo. E Daniel... aquele soco. Não sei porquê, mas sinto que esse foi o mais doloroso de todos, tinha um motivo sádico nos olhos de Draco, um motivo que necessito saber... Acho que enfim ainda teremos a nossa “última” conversa. Só preciso de coragem, para olhá-lo nos olhos mais uma vez...


– Hei... – ela se virara pra mim com um sorriso. Tão forte minha amiga linda. - Como você está?

Como eu odiava ter de responder essa pergunta. Não agüentava mais toda a população de Hogwarts me perguntando a mesma coisa. Quero dizer, muitos namoros terminam todos os dias, e não era a primeira vez que Draco tinha terminado comigo. Então... Por que diabos todos achavam que eu estava tentando cortar os pulsos? Eu to bem merda!


Olhei meigamente para os olhos azuis de Gina que me olhavam cansados e ligeiramente preocupados e respondi do jeito menos agressivo possível. Aliás ela já tinha sofrido agressões o suficiente até então que dispensam automaticamente a minha, tão ansiosa para se revelar.


– Estou bem. – Aliás quem ta de cama é você.


– Mesmo? Pode falar comigo... – Incrível... ninguém acredita em mim. Ninguém. Por que eu ainda perco o meu tempo expondo minha sinceridade? Eu sou assim tão indigna de confiança?


– Gina eu estou bem. Não tenho motivo para não estar. – Ela me encarara deixando óbvio o quanto a minha declaração fora infantil. Tentei parecer mais sincera. – Já faz uma semana, estou bem.

A ruiva respirara pesadamente. Pronto, ela estava pronta para mais uma discussão sobre meus sentimentos orgulhosos. Incrível como mesmo hospitalizada ela estava sempre pronta pra isso. Mas eu como uma boa amiga não ia fazê-la se cansar em tentar me convencer inutilmente (ato favorito dela. Devo dizer que até mesmo melhor do que Quadribol) de que eu realmente sou uma romântica encubada, naquelas circunstâncias. Hora de mudar de assunto.

– E você? Como está se sentindo? – Eu perguntara me servindo de um pouco do suco que ela não bebera. Vi de rabo de olho ela abrir um sorriso muito suspeito e assustador para o teto.


– Queria que o Conl estivesse aqui. – Todo o suco que eu acabara de depositar dentro da boca jazia agora no chão da Ala Hospitalar tamanho o susto que aquelas palavras me causaram.


– Como é? – Eu perguntara perplexa limpando os lábios. Ela me olhara ainda com um sorriso mais maravilhado e com um brilho horrível nos olhos.


– Ele é tão lindo. – Senti meu queixo cair contra o piso gelado da enfermaria. Peraí? Lindo? Eu com certeza não estava ouvindo direito.


Pronto, agora teria de ouvir Gina idolatrando Daniel. Sério, eu gosto mais quando ela é a minha amiga insensível... ela fica mais engraçada. E Daniel com certeza ficaria ainda mais insuportavelmente convencido depois daquele ato heróico. Bobo... gosto tanto dele. Eu realmente achei que depois de toda aquela confusão nada de pior poderia acontecer, mas nunca estive tão enganada...


– É... – disse Gina do nada ainda encarando o teto. Eu não prestava mais atenção nos elogios de Daniel, o coitado merecia né... ao contrário de Draco que tivera uma atitude covarde e babaca.


– É o que? – eu perguntei ausente ainda com os meus pensamentos a mil, encostada na cadeira ao lado da cama.


– É... eu... eu... é... bem... – Ela começou a gaguejar.


– O que? – Eu perguntei já desconfiada e com medo do que poderia ser.


– É eu... gosto dele. – Não! Não! Não!


– Dele.... quem? – perguntei sem voz.


– Conl. – um silêncio se estendeu pelo ambiente.


– HAOAIHOAIHAIHhaoihaoihOIHAOIHIOHAOIHoihaoihaoih EU Sabia! Eu Sabia! Giinaa!! HAOIAHOIAHOIAHIOAHOIAHOIAHOIAHIOAHOIAHOIAHOI...


Mas então eu parara de rir do nada e novamente perplexa, enquanto ela me xingava arrasada. Mas eu não ouvia porque algo absurdamente assustador se passava pela minha cabeça.


“Peraí, isso não é engraçado... Isso é... Terrível!”


AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


Imagine! O quanto isso é terrível! Sei que parece infantilidade e tosco e totalmente incompreensível, mas não é! É a informação se unindo a astúcia! É a união do inferno!

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


Não! Não! Não era possível! Eu já conseguia ver Daniel aos beijos com Gina na porta da Grifinória pedindo carinhosamente para a namorada com aquele Falso charme francês para entrar e ficarem mais à vontade. Depois ele a seduz e tenta levá-la para o Dormitório feminino e então numa distração dela ele Salta para a minha divisória e começa a vasculhar meus pertences e ele o vê! Ali! Poderoso e sedutor: O meu diário! Ele dá aquele meio sorrisinho canalha e usa meia dúzia de magias negras (Isso se eu me lembrar de trancá-lo ) e abre cheio de fome o meu diário.

Tudo o que ele sempre quis saber! Tudo que um Sonserino sempre quis saber! Tudo bem que somos amigos, mas estou falando do sonserino mais canalha e anarquista de todos aqui, não vamos esquecer! E eu já vi e ouvi indícios de um possível interesse de Daniel Conl no meu diário.


“- Vai escrever isso no seu diário? Minha vitória?.”


Peraí, eu disse “possível”? Há! Já podia vê-lo se apossando desse diário e fazendo várias cópias pelo mundo.... Roubando minha melhor amiga... Roubando o meu diário... Roubando os meus segredos (que lhe proporcionariam anos de puras gargalhadas ) Enfim, Roubando minha vida!

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


E ela ainda me culpou! A vadia teve a caraça de pau de botar a culpa em mim! Que absurdo era esse?! Quando que eu ia friamente planejar a minha própria desgraça? Disse que eu a fiz pensar nele pelo modo como eu o descrevia! Merlin! Eu falava bem dele e nem percebia? Quando que eu fiz isso? Quando? Quando? E não adianta, quanto mais eu descrevo minha frustração e o quanto essa união seria fatal para o mundo a ela, Mais ela se apaixona.

E como ficam minhas aulas? A atenção que precisa ser prendida a mim no momento? Heim? Como? Desculpe sabe, se eu pareço um pouco egoísta... Mas eu menti, ta bom? Eu estou péssima! Aquele imbecil terminou comigo de novo! Depois de eu praticamente me humilhar para ele! Estou sozinha e necessitada de atenção e carinho! Preciso de atenção dos meus amigos! Poha não tinha uma hora melhor para ela se apaixonar por ele não? Heim! Maldito Draco! Se ele não tivesse mandado derrubarem-na da vassoura nada disso teria acontecido! Logo o Dan! E a culpa é dele mesmo, aquela garotinha! Fica bancando o francês sedutor! Eu nunca o odiei tanto em toda a minha vida! Francês desgraçado! Pro inferno com o heroísmo dele! E Gina é outra vaca!

E que fique bem claro aqui, que isso aí não é ciúme!!! Mas se ele fizer alguma coisa com a minha amiga... encostar aquelas mãos francesas e asquerosas ou vir com aquele sotaque sedutor nojento eu acabo com a raça dele! Começando pelo “filhote” dele, já chego castrando!

Depois não pensei mais nisso, pelo menos tentei. Já tinha esbanjado toda a minha fúria. Tanto porque as aulas voltaram e eu tive de ir menos na Ala Hospitalar e não precisei ficar ouvindo falar de Daniel a cada cinco segundos.


De certa forma, esse novo EQUIVOCO que precisa urgentemente de correção, pareceu me distrair um pouco do que vinha a sentir por Draco. Sabe... essa tristeza, carência e solidão absurda que acabei por vir assumir nos últimos parágrafos. Mas que não verdade não existem, pois como eu disse anteriormente: EU ESTOU MUITO BEM! Mas quando eu paro para caminhar, ou quando estou sentada dentro de sala e vejo Draco.... não há um só minuto em que eu não pense nele.


– Você está bem? – a pergunta de novo.

Dessa vez vinda do Harry sentado comigo. Eu não me virara para ele, continuava por encarar a nuca de Draco, esse batia os dedos na própria carteira e os observava como que a um ritual. Tinha saudade, mágoa... mas acima de tudo tinha raiva dele. Não só por ter terminado comigo, mas pelo o que fizera a Gina e a Dan.


– Estou ótima. – eu respondera seca tentando olhar para o quadro à minha frente.


– Não precisa mentir para mim Hermione. Normal você estar triste. – dissera Harry compreensivamente. Eu rira nervosa finalmente me virando pra ele.


– Eu não estou triste, não entendo porque todos acharam que eu iria sofrer pra sempre. Tudo bem, eu gostei dele, acabou. Agora é seguir com a vida pow. Temos coisas mais importantes para nos preocuparmos. – Harry tentara se pronunciar, mas eu o cortara com um sorriso maroto nos lábios. – E eu sei que você não vai me aconselhar a ir falar com ele. Pelo contrário, está mais tranqüilo agora. Não está?


Harry optara por não responder. Francamente, que moleque mais indeciso, nunca sabe o que quer, não fica feliz por nada. Eu olhara novamente pra Draco. Senti um poço ser cavado no meu peito, era uma sensação por demais incômoda. Meu íntimo implorava para que ele se virasse pra mim, mas incrível como nosso íntimo só é atendido nos filmes, na vida real ninguém presta atenção nele. Nunca acontece como realmente desejamos. E sinceramente, eu só precisava de uma ação. Nada demais, só uma ação. Boa ou ruim. Qualquer coisa. E sabe, depois da minha “pequena revelação de puros sentimentos em rebelião” eu esperava... Não! Pare agora mesmo Hermione! Pare de pensar nisso! Eu não vou ficar pensando naquela noite, não vou me torturar com isso agora.


Na verdade é uma tática muito covarde essa de “não deixar a ficha cair”, ainda mais se tratando de mim: Hermione Granger, senhorita realidade e racionalidade. Por mais irreal e irracional que eu tenha ficado desde que comecei esse diário, mas eu definitivamente me recuso a deixar a ficha cair. A ficha de que tudo realmente acabou, de tudo o que eu disse, de que foi tudo em vão... de que ele não está aqui ao meu lado me obrigando a segurar a mão dele... me beijando à força para deixar Harry com raiva... com mais um novo discurso inteligente de como era óbvio que eu estava perdidamente apaixonada por ele...


Eu ainda respirava pesadamente sentindo meu coração se torcer com aqueles pensamentos. Como eram dolorosos. Não que eu esteja sofrendo, eu estou levando tudo até muito bem! É só que... se eu soubesse que ia acabar tão rápido... talvez não tivesse... sei lá... protestado tanto. Ai meu Merlin! Não acredito que estou pensando nisso. Sim eu quero ele de volta! Retiro o que acabei de dizer! Eu sou Hermione Granger e ... e... isso devia significar alguma coisa?

Me vi segurando meus cabelos num desespero pessoal. Meu Deus! Eu estou sem argumentos... não consigo nem mesmo argumentar em minha defesa... me vi olhando para o teto da sala e fazendo uma cara de ódio para as estrelas e para Merlin que devia estar em algum lugar por lá, numa cena Semelhante a de Daniel Conl umas semanas atrás: “Você é criativo heim...”
Não agüentei, peguei furiosa, como se não conseguisse conter meus impulsos, um pedaço de pergaminho e molhei a pena no tinteiro e comecei a escrever.

“Eu ainda vou me arrepender disso, sei que vou...” eu pensei.

Draco,rabisquei furiosa o nome dele e recomecei.

Malfoy,
temos que conversar... me encontre depois da aula na torre das Gárgulas.
Hermione.


Aquilo não era um encontro romântico do qual eu ia implorar mais uma vez pra ele voltar comigo, eu tentava me convencer enquanto transformava aquele pergaminho em origami e mandava-o num sopro até ele, e sim um jeito de pôr as cartas na mesa. Eu precisava ouvir dele que ele não havia exatamente comandado aquele ataque a Gina. Ele não podia ser tão escroto assim, não podia. E também... ele teria provavelmente uma boa explicação para aquele soco no Dan, teria que ter... Eu não queria assim, tão rapidamente ter um motivo para esquecer Draco e o que eu sinto por ele... Ou queria?


Vi apreensiva ele receber o origami em suas mãos. O abriu num processo tão lento que eu não sei ainda se ele estava fazendo suspense ou se era meu subconsciente dramático mesmo que estava fazendo eu ver tudo em câmera lenta.

Ele lera... podia jurar que vira que o pescoço dele fazer menção de se virar em minha direção e isso quase me matou, mas até agora não sei se isso realmente aconteceu, pois se ele teve a intenção de se virar desistiu no meio do caminho. Ele não respondeu... e eu ainda esperei por longas duas horas, horas essas que continuei encarando a nuca dele sem me cansar. Como eu sou patética.


O sinal tocou, ele se levantou na mesma hora, me assustando até e passando por mim sem nem sequer me olhar e saíra de sala. Ok, deve ter um enorme ponto branco bem do meu tamanho e forma na minha frente pra ele não me enxergar assim. Eu só me perguntava se ele de fato havia ido pra lá... Demorei pra convencer as minhas pernas a irem até onde eu ordenava, mas enfim elas me obedeceram...


Nossa, nunca fora tão longo o caminho até a torre das gárgulas... eu subira suando frio as escadas da torre e empurra a porta apreensiva, ele ainda não estava ali. Mas ao entrar na torre e avistar aquelas gárgulas senti uma força além do normal surgir dentro de mim. Me senti mais confiante, confiança essa que eu torcia secretamente para não ser quebrada pelo destruidor-de-confianças-mor Malfoy. Olhava decidida e enraivecida para a parede da torre olhando pra porta unicamente de rabo de olho até que ouvi passos e me forcei a ficar ainda mais firme.


Não havia uivo das sereias aquele dia. Draco entrara na torre com passos decididos e ainda mais confiantes, com as mãos dentro dos bolsos da calça e o olhar sério e superior, detalhes que reparei sem nem ao menos olha-lo nos olhos.


– Você queria conversar?


A voz dele me saíra quase que indiferente, porém firme. Parecia que eu não a ouvira por anos e senti uma saudade e uma vontade de abraçá-lo na mesma hora. Mas não deixei meu coração falar mais alto dessa vez. Seu tom de voz por um lado dera mais coragem para a minha determinação. Me virei com o olhar sério e firme para ele, onde pude ver seu semblante inexpressivo, indiferente.


– Eu achei que tínhamos chegando num acordo passional àquela noite. Estava decidida a te deixar em paz, com suas decisões. – minha voz não tremia, estava firme, calma, confiável. Parecia a primeira vez que ela me obedecia, como que um último desejo que me atendia. – Mas não posso continuar com isso sem antes você me esclarecer algumas coisas. Explique direito o que aconteceu com Gina e Daniel no jogo.


– Aliás, e seus encontros com Conl?– Ele dissera de forma superior, quase que ignorando o que eu dissera, como se fosse de menor importância. - Você não me disse que Conl estava te dando aulas de animagalia.


– Como sabe disso? – eu perguntara num reflexo.

Aquilo realmente me pegara em cheio de surpresa. Ainda não consigo acreditar que Daniel contou pra ele, que filho da puta, ainda vai chegar a vez dele!


– Através de você que não foi - ele dissera simplesmente. Eu respirara pesadamente, aquilo era uma conversa para outra hora.

– Isso não é importante... responda a minha pergunta primeiro.


“Não é importante”? – ele repetira quase no mesmo tom, mas com um sentimento a mais que quase podia ser confundido por mágoa se eu não soubesse que ele estava indiferente demais para sentir mágoa. Aquela estranha mágoa me estressara de leve.


– Qual foi o motivo para você bater em Daniel, depois de tudo o que já aconteceu entre vocês? Pra quê mais isso? – Ele olhara contrariado para o lado com irritação contida no maxilar.


– Eu não quero falar.


– Você não teve motivo, mas bateu nele? – eu insisti, exigindo saber. Ele se virara para mim com raiva, já realmente estressado, se alterando um pouco.


– Eu bati nele porque estava com raiva! Foi isso!


– O que? – pronto, tudo o que eu temia caía sobre minha cabeça. Sentia agora uma mágoa se espalhar do meu peito às minhas palavras. – Realmente... Você é esse tipo de pessoa. Você não liga se estragar a felicidade dos outros. Ou de acrescentar mais tristeza, não é? Depois de tudo que Daniel vêem passando por sua causa você ainda faz questão de piorar tudo e Gina... não deve ter sido diferente. Você realmente a machucou. Não se importou dela ter sido machucada, de ser necessário que ela fosse retirada do time, em não poder mais jogar... só se importou com a sua vitória.

Ele dera um meio sorrisinho debochado se virando pra mim de novo.

– Oh... – ele começara sarcástico. – Então ela não vai poder mais jogar? Que bom! Menos um Weasley no time, deviam mesmo saber que o lugar deles é nas arquibancadas.


Fora então que minha fúria tomara conta dos meus impulsos pela primeira vez naquela conversa, e um segundo após aquele comentário egoísta e debochado dele eu já lhe dera um ardente e forte tapa na cara. Acho que o mais forte que já lhe dei, com mais vontade. O som que ecoara do tapa parecia ainda ecoar por aquela torre. Meu subconsciente que ainda via tudo em câmera lenta pode ver o rosto dele virado com os cabelos platinados sobre a cara numa respiração pesada. Mas foi só o meu subconsciente, pois ele quase que instantaneamente se virara pra mim numa fúria similar a de um lobo assassino e sua voz suou como um rugido feroz.


– Que foi?!


– Estava com raiva, por isso te bati! – eu respondera prontamente também de forma agressiva e sem me intimidar pelo lobo. Ele então pela primeira vez parecera baixar a guarda, me olhando e respirando pesadamente.


– Olha... – ele começara dando um passo em minha direção, mas eu o cortara ainda no mesmo tom agressivo, só que dessa vez também com uma mágoa transparecida.


– Mesmo se você estiver irritado, você deve ter um limite para as suas ações! Esta é uma coisa que você nunca aprendeu! Por sua causa a Gina está triste! Não pode jogar!


– Impedir que a Weasley fique triste não é a minha prioridade, sabe? – ele dissera olhando para o lado ao invés de pra mim numa voz irritada e contrariada. Eu só sentia ainda mais raiva dele.


– Você é idiota? Então você não mudou mesmo. Sua soberba... Arrogância... Maltratar os outros... Tudo para conseguir o que quer. Eu detesto essa sua parte! Você é um ser horrível! Você é um lixo de raça-humana!


– O que você disse? – ele dissera afetado e quase ameaçador dando outro passo em minha direção e eu estava implorando pro meu subconsciente que até então estava colaborando com as minhas emoções pra não me deixar chorar.


– Eu nunca mais quero ver o seu rosto! – Eu gritara passando reto e decidida por ele.


– Ei! Espere! – Ele grita em ordem, de forma autoritária e agressiva pra mim, eu parara na porta de costas para ele apoiando as mãos nos batentes da porta.

Não queria mais olhar para ele. Mas eu não agüentava... minhas entranhas já estavam gritando dentro de mim em agonia o que meu subconsciente também registrou em câmera lenta e num longo silêncio, até eu falar com a voz embargada ainda sem me virar para ele.


– Eu.odeio.essa.sua.parte. – o silêncio continuava por mais que eu pudesse jurar que o meu coração podia captar o forte batimento do coração dele e até mesmo sua respiração carregada. Eu levantara a cabeça decidida, ainda sem olhá-lo. – Acho que finalmente me convenci. Eu desisto de você.


Então sem olhar para trás eu fora embora, não me lembro se no caminho até o dormitório feminino da Grifinória eu corri ou caminhei, só lembro que quando cheguei me joguei contra a cama e o travesseiro apertando-o com toda a minha força, mas minhas lágrimas não caíam mais, se negavam a aliviar a minha dor. Eu estava seca, porém machucada, com a ferida aberta. E depois de longas horas tentando derramar uma lágrima ao invés de ficar unicamente chorando um choro seco, eu desmaiara exausta num sono do qual eu não fazia muita questão de voltar.


Fim do Flash Back


Draco saíra da zona de combate, onde lutara com cinco comensais para conseguir permissão para ver o Lord, estava sujo e com um corte profundo no rosto quando vira Narcisa Malfoy adentrar na Mansão e a seguira.


– Mãe. – ele chamara quando entrara na mansão, Narcisa parara nos últimos degraus e virara-se olhando para baixo onde Draco a olhava ansioso.


– Você conseguiu a permissão – ela dissera comovida e orgulhosa do filho. – Agora só falta você fazer o juramento, para começar o ritual.


– Mãe... – repetira Draco ignorando o comentário dela.


– O que foi querido? – Ela perguntara agora estranhando o desespero do filho e em perceber que não tinha nada haver com o ritual.


– Ela está muito doente... – ele dissera engolindo em seco. – E por minha causa... Preciso de uma poção... que a faça parar de sofrer... mas não acho nenhuma além da...


– Só existe uma poção capaz de fazer alguém esquecer os próprios sentimentos, Draco. E você sabe qual é.


– Não... essa deixou a minha tia louca! – Ele dissera ainda mais ansioso. Narcisa dera um meio sorriso sarcástico.


– Sua tia já era louca antes de tomar a poção Draco, vai por mim.


– Mas essa poção era para o amor...


– Ela não ama você? Então por quê se preocupa com ela? – Perguntara Narcisa com o cenho franzido e logo se estressando virando-se. – Ah não me responda!


– Preciso de uma poção para o sofrimento, arrancar o sofrimento.


– Draco, o sofrimento só existe por causa dos sentimentos ! Para arrancar um, precisa-se arrancar o outro. – Ela dissera olhando-o como se olhasse uma criança desobediente. Draco encarara o degrau à sua frente em tristeza.


– Arrancar... Olictavos é uma mutilação. – ele olhara para a mãe e Narcisa vira seus olhos cansados e desesperados. Características que nunca havia visto nos olhos cinzas do filho. Muito menos por causa de uma sangue ruim. – Ela não merece isso, não isso. Não posso usar esse. Não poderia fazer isso com ela.... – Ele logo ouvira ainda de longe a risada sarcástica da mãe que já seguira seu rumo e sumia no corredor superior.


– Você me lembra muito o Epharam.

Flash Back

Hermione a Revoltada!
Por Daniel Conl



(O ministério do Profeta de Hogwarts adverte, é altamente desaconselhável e prejudicial à saúde do lindo e perfeito autor dessa matéria que Hermione Granger venha a ler esse editorial)


Oláá meus caros leitores, e
leitoras, claro . Eu sei que vocês já foram informados da recente e curiosa demissão do até então atual editor-chefe desse jornal Antônio Balazere, que não esperavam por uma nova edição. Mas, uma vez que todo o conflito do autor anônimo (que não passava da cínica da srta. Parkinson, quem eu adoro por sinal, principalmente por sua incrível prestatividade em sempre querer receber o próximo) foi resolvida, resolvi postar aqui uma edição final desse jornal. Só que desse vez um assunto com mais conteúdo e verdade em suas linhas.

É claro que a matéria não podia deixar de ser em homenagem a uma garota que já virou xodó desse jornal, não é mesmo? Sim, mis. Granger. Essa aqui também é sobre você. Tah, acho que já vem ficando claro aqui nesse jornal a recente rebeldia da dita cuja. Quando será que isso começou? Bem, acho que começou quando o sr. Draco Malfoy (sujeito popular e por demais rancoroso e... agressivo ) entrou literalmente para a história amorosa da nossa Hermigatinha. Eu sem saber o mal que estava fazendo comecei por retratar a protagonista dessa matéria como a “Princesinha” (traduzindo: alguém que está em incrível conflito psicológico consigo mesma e que precisa urgente superar suas barreiras para enfim provar o grande amor que existe dentro de si e do qual nunca está disposta a admitir) Não foi por maldade, mas mesmo assim ela pareceu não gostar. Começou a revolta.

Tentando deixar a princesinha de lado para assumir uma personalidade mais decidida acabou por apostar com o sr. Rei-das-Apostas-Mor Malfoy que conseguiria o cargo da Monitoria-Chefe de Hogwarts, sem perceber de fato que estava ainda sendo vítima de alguém. Isso porque o valor do cargo era nada mais nada menos que uma boa performance na Peça de Teatro no Halloween e Hermione, bem... sempre fora uma péssima atriz, e quando digo péssima quero na verdade dizer absurdamente imprestável mesmo.
Então o que a srta. Inteligência faz? Quando eu digo que ela é uma “princesinha” ninguém acredita, não é? Isso porque seu lado meigamente agressivo e seu falso olhar angelical conseguem confundir um pouco os telespectadores dessa interessante história. Mas sim, ela tende muito para decisões idiotas... como é burrinha a srta. Inteligência!


O que ela fez? Pediu ajudar para seu rival direto, é claro. Aulas particulares de teatro. E ainda tentou usar a desculpa esfarrapada de que fora idéia da própria professora de Teatro, que todos sabemos quem é, o que se torna mais um motivo para se descrer de uma desculpa dessas. Seria necessária muita perspicácia para tal proeza. Sim, pelo visto a srta Granger não conseguia mais não ficar perto do seu “arquiinimigo”. Conseqüências disso? Grifinória mais Sonserino aos beijos pelos corredores de Hogwarts, um acidente é claro!


Então Ferrou tudo de vez! Ela passou o resto da sua existência tentando consertar isso, declarando guerra ao maldito que “roubou seu primeiro beijo”. Oh sim claro, uma vez falando do primeiro beijo, não podemos deixar de citar quem de fato Não deu esse primeiro beijo. Sim, mais uma derrota para o sr. Potter, que nessa história acabara por descobrir tarde demais o seu inesperado grande amor para com a melhor amiga. (não que ela também o considere seu melhor amigo, vamos deixar isso bem claro aqui.)


Depois de pequenas confusões e pequenos
comas Hermione e o sr. Malfoy começavam a ter uma relação mais agradável que ainda não estava terminando na cama da Sala Precisa de Hogwarts, mas que com um pouco mais de tempero especial quase poderia ser chamada de amizade .


Mas o Sonserino não poderia se dar a esse luxo, poderia? Claro que não... Ele é mal, é orgulhoso, é sangue-puro, é rico! Características que na opinião de Malfoy, já o separavam automaticamente da Grifinória. E de fato o faziam. Mas nossa princesinha é ingênua... e queria salvar o rapaz, trazê-lo para a luz, apresentar-lhe um mundo de maravilhas trouxas... Então ela literalmente lhe propusera um acordo de paz, ou melhor de amizade... que fora recusado na mesma hora é, claro.


Aí ela se tornou uma pessoa
Rancorosa . Bem, isso depois de ver Draco Malfoy ganhando “inaaacreeeditáávelmente” a aposta e obrigando-a a ser sua prisioneira, isso porque ele enfim declarara o seu amor à Hermione. A questão não melhorou depois que seus adoráveis amigos começaram a se revoltar (não que revolta seja uma ação difícil para o povinho vermelho e dourado. Sem ofensas, é claaarooo) e os demais estudantes começaram a zombar da situação achando que de fato ela estava apaixonada pelo ser monstruosamente cruel. Que atrocidade! Quem poderia pensar tamanho absurdo? Se ela ao menos desse indícios... Ainda bem que ela ainda tinha um grande amigo Francês e atraente ao lado dela.


Bem, depois disso veio a aproximação da Guerra e as diárias declarações
Sonserinas do sr. Malfoy para nossa Hermigatinha que continuava achando que tudo não se passava de um truque do rapaz para ganhar ouuutraa aposta. Essa no caso era dela “se apaixonar” por ele. Incrível como os dois pombinhos adoram apostar suas vidas de maneira tão irresponsável. Depois o eloqüente sou eu... Uma vez tendo sofrido pelo amor tardiamente correspondido pelo melhor amigo e agora ouvindo falsas (na sua humilde opinião) declarações do seu maior inimigo, Hermione Granger se tornara então Amargurada .


Bem, uma vez Rancorosa e Amargurada, Hermione começou a ficar sobrecarregada e inquieta o que não melhorou quando sua “comédia privada” começou a ser relatada nesse jornal semanalmente sem lhe dar os devidos direito autorais e quando sua suposta melhor amiga (a srta. Pica-pau Weasley metida a super jogadora de Quadribol) resolveu também escrever para o editorial uma matéria exclusiva sobre a amiga. Daí ela se tornou
Furiosa .


Ela já estava por demais mentalmente afetada e não melhorou quando ela realmente começou a considerar o fato de que o monstro cruel poderia ser fruto do seu desejo íntimo. Oh não, ela pensara. Estaria a mis Granger invulnerável e super coração de pedra estar se apaixonando por aquele que passou anos a fio odiando? Mas foi só ela cogitar essa possibilidade que o nosso grande fazedor de besteiras fez novamente o que faz de melhor: Besteira. Mentindo para ela ou quem sabe “ocultando detalhes pouco importantes” acabou por romper a frágil recente confiança que a castanha pusera sobre ele. Então ela decidira, se livrar da prisão implanta pelo Sonserino mesmo que tivesse de usufruir da boa vontade ou sentimentos daqueles que gostassem dela, no caso o sr. Menino que sobreviveu, que não merece assim tanta compaixão já que nunca sabe exatamente o que quer: Ruiva, Castanha, Ruiva, Castanha... Voldemort... Fora então que nossa protagonista começara a se tornar
Egoísta .


Hermione enfim conseguira se livrar de sua prisão em troca é claro da mortal Amargura de Draco Malfoy, mas então que merda, como uma pequena jogada do Destino (que descobrimos não gostar nem um pouco da protagonista) ela FINALMENTE descobre que gosta do loiro, e não conseguiu prender essa descoberta nos próprios dedos passando-a para um pergaminho que a Inteligente da nossa protagonista fez o favor de esquecer num local “pouco” visitado: A biblioteca da escola. Que interessante, não?


É claro, que o nosso protagonista rancoroso achou tal pergaminho e se encantou com o que estava escrito. Começou então a buscar pela “Misterioso autora do Pergaminho” sem assimilar que a dita cuja no caso era aquela que ele tinha decidido atormentar novamente. O que mais nos faz crer que o grau de inteligência do sr. Malfoy não seja lá muito diferente do da nossa protagonista. Mas até então ela já se tornara por demais
Orgulhosa.


Isso só tendeu a piorar quando nossa amável Hermione notou a profunda “semelhança” Entre sua vida e a de Mariella (protagonista do Romance “Adeus ao Orgulho”) ou com qualquer outro personagem do Holocausto. Bem, isso só a tornou altamente
Dramática . Não demorou para que Mariella, digo Hermione começasse a descontar toda a sua inastesiável fúria em todos os atos do seu dia, assim como em todos que participavam do seu dia a dia tornando-a assim Estressada , Competitiva , Arrogante , Autoritária ,Briguenta, Cruel , Respondona , Debochada , Cínica e finalmente Sarcástica .


Com tantos talentos adquiridos, Hermione não teve outra opção se não a de usá-los em seu próprio desempenho futuro e acadêmico. Podíamos prever a desgraça dos pobres alunos de Hogwarts a mercê de sua Tirania. Mas graças a Merlin, seu sucesso foi usado para um bem geral, pois ela não poderia fazê-lo já que fora demitida do cargo de sub Monitora-Chefe de Hogwarts e pela primeira vez agradecíamos ao sr Malfoy por conseguir o cargo principal nos livrando de toda cede de Ódio da grifinória.


Hermione via-se sem saída, não queria ficar parada sentindo os males dos corações apaixonados. Ela não parava, estava inquieta e cada vez mais necessitada de uma ação
Desafiadora . Fora então que depois de uma grande humilhação pública vindo do nosso grande fazedor de besteiras, Hermione revelara seus bons sentimentos (de forma nada delicada ou amorosa parecendo mais um ato de vingança do que uma verdadeira declaração de amor) para com o melhor amigo de seu verdadeiro melhor amigo (Eu, que já havia a pouco sofrido da agressiva impaciência e incompreensão do dito cujo).


Bem surpreso e perplexo e claro, arrependido, Draco acabara por não se desculpar da forma que Hermione esperava (o que se resumia em cair de joelhos em agonia aos prantos gritando em suplica de perdão) e isso só fortalecera ainda mais o rancor, amargura e orgulho da protagonista fazendo ainda pior, excluindo de uma só vez todas as suas crenças no famoso “amor”, tornando-a assim
Cética e Indiferente .


Nada que um banho no lago da escola não resolvesse, mas mesmo assim preocupante, demorou para que o sr. Fazedor de Besteiras Mor fizesse alguma coisa fora do seu habitual normal: Algo de útil. Mas depois de muita gritaria e choradeira na Casa dos Gritos (o que eles realmente foram fazer lá permanecerá em grande mistério para nós meros Telespectadores) os pombinhos se acertaram e resolveram viver sem agredir um ao outro, pelo menos por algum tempo, já que eles não conseguem muito fazer isso por um tempo considerável, mas o que vale mesmo é a intenção.


Mas Hermione não estava satisfeita, e Hogwarts era pequena para ela, queria mais. Hermione queria a guerra dos bruxos! Fora então que após seus desejos serem atendidos e ela ter uma prévia (o que se resume numa pequena visita de Comensais nada amigável) da Guerra nos terrenos da própria escola que ela se tornara
Ambiciosa e Obsessiva e para a desgraça dos seus melhores amigos e namorado, ela resolvera entrar na Guerra de pistoleira na mão e cheia de Coragem!


Pronto, lá Hermione poderia esbanjar toda a sua revolta adquirida de forma natural que até poderia lhe servir de terapia. Ela estaria no lugar certo e seu melhor amigo (eu) dava secretamente seu graças a Merlin por não ter uma cicatriz em forma de raio na testa e por ter familiares próximos e boas influências do lado dos Comensais, já que agora teria de seguir a protagonista e toda a sua fúria que tomara conta dela se apossando de seus bons sentimentos transformando-a assim numa... quem sabe... Futura
Ditadora , Fria ,Calculista e Vingativa sem ser morto no caminho. Sim porque Hermione apenas não decidira entrar para Guerra e sim decidira exterminar qualquer ser que fosse também contra os seus objetivos tentando alertá-la ou quem sabe, continuar vivo!


Fora então que de frente para toda essa gente ingrata que não compreendia a sua alma justiceira e seus “bons e nada egoístas” ideais que nascera então Hermione a
Revoltada .


Bem, depois dessas pequenas “cenas” de sua vida, só era necessário o piar de um passarinho para fazer com que Hermione tivesse vontade de matar e destruir todos os seres providos de vida no planeta. Fazendo-a estudar certas atitudes humanistas e julgá-las de um jeito que só a temida Sérpia das Pedras sabe fazer. E eu sei que esse é o parágrafo que acaba de me condenar, pois uma vez citada a índole dessa incrível Heroína com uma queda para as artes das Trevas é uma vez declarada Guerra contra a protagonista.


Mas ainda existia uma força dentro de Hermione que não conseguira ser tomada pela arte da Revolta... A amizade! Hermione enfim não deixara de ser a melhor
amiga que alguém poderia ser capaz de ter. Mesmo que esse alguém se tornasse por horas vítima dessa amizade . Mas Hermione ainda é uma boa pessoa, mesmo que leia sobre e admire Antares Sérpia é capaz de grandes feitos pelo mundo, mesmo que no exato momento assuma o cargo de Juíza e Carrasco em nossas vidas. Mas isso é apenas porque a amamos por demais e esperamos pelo azul dia em que a protagonista de nossa história saia dessa fase revoltada e síndrome de “O Conde de Monte Cristo” e volte a ser a nossa “ Princesinha ”.



– Ahhhh! Merda! Hermione! – Rugira Daniel Conl jogado ao chão do corredor enquanto massageava o próprio nariz recém esmagado pelo punho da castanha.

Mas Hermione apenas dera um suspiro satisfeito com as mãos agora na cintura de forma superior e brincalhona enquanto mirava a face de Daniel se contorcer de dor.


– Ótimo! Estou bem melhor agora. – Ela dissera sorrindo. – Muito mais prático do que ficar discutindo com as pessoas. Estou começando a entender o Draco.


– Ah é? Por que então não faz cara de nojo e começa a passar gel nos cabelos? – Dizia Daniel emburrado enquanto se levantava ainda massageando o nariz. – Devia ter acrescentado o Agressiva na matéria.


A castanha rira enquanto caminhavam pelos corredores, muitos alunos acenavam para os dois divertidos com o Profeta nas mãos. Hermione estranhamente não se chateava com os comentários brincalhões.


– Então, qual é a boa? – perguntara Dan descontraído passando as mãos nos cabelos.


– Vamos na Ala Hospitalar? – perguntara Hermione com um sorriso animado nos lábios.


– Por que? Você está doente? – perguntara Daniel achando aquela proposta estranha.


– Visitar a Gina criatura!


– Criatura? – rira Daniel.


– Esqueceu que ela ainda está de repouso? – Daniel parara de andar rindo consigo mesmo, Hermione se virara pra ele sem entender.


– Está usando Drogas Hermione? Por que eu visitaria aquela pobretona? – Hermione dera um sorrisinho irônico.


– Ela ficou realmente comovida por você tê-la salvo, sabe?


– Quando você diz “comovida” você na verdade quer dizer “apaixonada”, não é? Vamos ser verdadeiros aqui.


– Como você é convencido! – Rira Hermione.


– Mulheres... – dissera Daniel continuando seu caminho com a Castanha. – Se derretem toda com qualquer ato heróico.... – então ele murmurara entediado. – ou de educação...


– Você vai ou não vai vê-la? Eu não acredito nisso!

– Depende: Quanto você vai me pagar? – Ele dissera com um sorriso canalha nos lábios.


– Você é terrível!


– Demais, você nem imagina. – Respondera o espetado com um sorrido ainda mais canalha nos lábios fazendo a castanha dar um rugido irritado e continuar andando deixando Daniel para trás divertido. – Está vendo? Você não sabe negociar...

Fim do Flash Back


Draco adentrara o escuro salão da Ala Sul da mansão Malfoy. Tinha boas lembranças dali, suas aulas de esgrima com Ephram e treinos com Daniel, mas tinha também lembranças mais sinistras. Agora ele caminhava pelo salão entre os homens encapuzados em direção ao seu destino, ao que para sempre fora preparado e que pela primeira vez na vida aceitara.

O salão estava iluminado apenas pela luz da lua cheia e os castiçais. As longas janelas não estavam cobertas, os terrenos da mansão estavam seguros. O Ambiente todo enjanelado mostrava a tempestade lá fora com perfeição, como se estivessem dentro de um cubículo de vidro dentro da chuva.
Era um longo corredor de comensais da morte que o reverenciavam quando passava, uns viam um jovem loiro de cabelos platinados, outros viam apenas um lobo branco passar por eles, era uma constante mutação perante todo trajeto.


O corredor de comensais terminava no centro do salão onde se encontrava um longo círculo de pedras platinadas, de vista Draco tivera um palpite de que seriam hematitas, mas não tinha certeza. As velas formavam um símbolo que logo Draco identificara como um gigantesco pentagrama de cabeça pra baixo. Em volta dele um outro círculo de velas grossas e brancas que só se acenderam quando o loiro adentrara no pentagrama, tornando também as velas negras de uma só vez, assim como sua chama e finalizara com os tambores que acompanhavam seu trajeto.


Draco se abaixara sobre um joelho numa reverência e ficara naquela posição de cavaleiro para o homem que se encontrava no trono de aço à sua frente. À direita do homem se encontra a tia de Draco, Bellatrix Lestrange, num elegante vestido vermelho-sangue de época, parecendo mais uma vampira do que apenas uma bruxa, numa beleza maligna unicamente dela. À esquerda do homem se encontrava o pai de Draco, Lucius Malfoy. Num traje negro e imperial , que tentava inutilmente bater de frente com a de Bellatrix. Olhava o filho com um orgulho sádico nos olhos como se visse a si próprio naquele círculo.


Olhe para mim lobo branco. – ordenara uma voz fria e cortante que no seu tom superior fizera com que todos os presentes prendessem a respiração de uma só vez.


Draco levantara as íris cinzas para o homem no trono. Voldemort ainda tinha aquela fisionomia assustadora da qual se lembrava, como que se o tivessem fundido com uma cobra. Vestia um magistral manto Esmeralda com detalhes em fios de prata que ele sabia ter pertencido à Slytherin.


Os anos se passaram até que finalmente eu pudesse ver os olhos do terceiro herdeiro de Salazar Slytherin. – ele dissera com uma ligeira satisfação em sua voz. – Você está aqui entre seus novos irmãos para ser batizado por mim e pela herança de Salazar. Está aqui por livre e espontânea vontade, está aqui para cumprir o que sempre lhe foi destinado. Porque eu escolhi você Draco Malfoy, não só para terminar minha missão como também para suceder ao meu trono nas Artes das Trevas. Você Draco Malfoy, depois desta noite não será mais apenas o lobo branco... Será o Príncipe Sangue-Puro, será o Escolhido das Artes Negras, Cavaleiro das Trevas, Minha Sombra, Meu Filho. Enquanto habitarem um corpo, seu coração, mente e alma pertencerão unicamente e eternamente à mim. Você se tornará o Herdeiro de Sonserina. – Voldemort pousara a sua voz por alguns segundos enquanto todos presentes registravam a importância daquelas palavras e daquele nome. – Então lobo branco, você aceita esse batismo e seus poderes perante este juramento?


Demorou-se para que a voz do loiro se ouvisse naquele ambiente. A tempestade apertava de forma cada vez mais absurda do lado de fora daquele salão, Draco virara o rosto e mirara, sem sair do lugar, a tempestade através das longas janelas. Engolira em seco sentindo o seu peito doer, como que dando uma única oportunidade para que alguém intercedesse por ele. Uma coruja... uma coruja de Hermione , era tudo o que ele precisava... mas ela não aparecera naquela paisagem cinza de carregada tempestade. Olhara para o nada derrotado, deixando-se ser tomado novamente pela determinação de poucos segundos atrás.


sim – Muitos Comensais presentes, incluindo a tia e o pai de Draco sorriram satisfeitos e orgulhosos. E fora Bellatrix que levantara a sua voz naquele salão com um tom sombrio, porém convidativo.


Que comece o ritual!

Flash Back

Ahhhh aquela ruiva maldita! Na boa! Por que, meu Merlin, Por que chamo aquela pirralha ingrata de melhor amiga? POR QUE? Eu aqui, tentando aliviar a frustração dela (sim, porque precisa-se estar muito frustrada para cogitar a possibilidade de “se apaixonar” por Daniel Galinha Convencido Mor Conl) e trazer uma luz para aquela cabecinha vermelha e oca e ainda recebo isso? Essa revolta escrita? Pelo visto cair de quase quinze metros de altura não afetou em nada o lado teimoso dela... Deixe-me explicar:


Eu mandei sabe, há alguns minutos atrás uma coruja para a Ala-Hospitalar com uns argumentos redigidos muito bons e aceitáveis por sinal do porquê essa paixonite dela ser absurda. Mas você acha que ela aceitou? Claro que não! Ela é ruiva! É Weasley! É adolescente! É Chata e é mulher! Motivos mais que o suficientes, na humilde opinião de Gina para não aceitar os meus argumentos! Argumentos esses que eu passei a última aula de História da Magia toda enumerando! GRRRR eis sua resposta:

Os 10 Motivos pelos quais Gina Molly Wesley NÃO DEVE se apaixonar por Daniel Jerad Conl, causando assim a destruição completa da ADORÁVEL Hermione Jane Granger “MELHOR AMIGA DELA!”


HAOIHAOHOIAHOIAH VOCÊ não acha que está sendo um “pouquinho” exagerada?! E um pouquinho DRAMÁTICA não, Hermione??!! AFF

1- Isso atrapalharia os planos da adorável melhor amiga virar animaga, uma vez que ele não teria tempo para me dar aulas!
Eu vou fingir que você não usou esse argumento egoísta, Hermione Granger. Onde fica minha felicidade perante isso?


O QUE? FELICIDADE? DO QUE ELA ESTÁ FALANDO??? LOUCA!


2- Daniel já tem um ego gigantesco, não precisa de mais alguém para erguê-lo. Imagina o quão mais insuportável ele ficaria.
Nunca te falaram que uma mulher pode mudar um homem? E bem... não que eu ache que ele precise ser mudado exatamente. Eu me apaixonei também por esse jeitinho convencido dele de ser. ^^


AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


3- Daniel é Alcoólatra e Insensível, ambos fariam mal para a saúde de Gina.
Você não acha que está exagerando, não? E bem... insensível sabemos que ele não é. Ele faz esse estilinho de “não to ligando” mas até eu já percebi que no fundo ele é uma manteiga derretida. O lado sensível dele só é encubado.


VAIII NESSSAAAAAAAAA!!!!


4- Daniel se apoderaria do diário da melhor amiga e outros segredos e usá-los-ia contra a adorável melhor amiga Hermione, que NÃO merece isso.
E pára com essa mania de perseguição pelo amor de Merlin! Ele não é Draco, não. Você trata esse diário como se ocultasse documentos do Holocausto.


Há você não faz idéia!


5- Daniel é um ser implicante temidamente canalha que semelhantemente ao até pouco tempo MELHOR AMIGO DELE, Draco Malfoy não tende a melhorar suas intenções, muito pelo contrário, se aproveitando até mesmo das SUAS.
Hermione eu não queria ter de chegar nesses termos, mas já que não tem jeito: ok, presta atenção. Caras maus como os sonserinos só se aproveitam de meninas “boazinhas” como você. Não que você tenha culpa, calma, mas você é uma “princesinha” o tipo de menina sonhadora que atrai esses estilos canalhões e os desafia. Agora eu? Eu sou uma malandrinha... mas fácil ele ser minha vítima. ;D


PREFIRO NÃO COMENTAR!!!


6- Não é porque EU CONSIGO A PROEZA de aturar, sem afetar meu estado normal, uma pessoa tão teimosa, insuportável, convencida, chata e manipuladora, que meus amigos tenham também a mesma capacidade. E ISSO VALE TANTO PaRA UM QUANTO PaRa O OUTRO!
aFF. Larga de ser ciumenta, nós dois continuaremos te amando


O que isso tem a ver? Arf


7- Daniel fez uma matéria par o profeta de Hogwarts onde eu sou retratada como uma maluca psicopata e obsessiva!
Hermione, todos os dias alguém faz uma matéria para o profeta de Hogwarts retratando seu lado maluco, psicopata e obsessivo. Até eu já fiz. E na verdade a dele foi bem engraçada ahHAOIhaoi.


Insisto! Por que a chamo de melhor amiga?


8- Por mais engraçada que essa união do inferno possa parecer dita em voz alta, não é nada saudável para uma amizade sustentada de CONFIANÇA E RESPEITO!
Até parece que você não confia nele Hermione, e a culpa é tua! Quem você mandou me salvar? Quem?


Mas eu não previa isso!


9- Daniel é loiro, galinha, safado, debochado, possui uma arrogância e alto estima além das estatísticas inglesas e tenta nos convencer a seis anos de que é francês!
A nacionalidade dele é mesmo importante? Ele é meu loiro, meu galinha, meu safado, meu debochado, possuidor de uma arrogância e alto estima lindas que completam em cheio esse seu jeitinho sedutor e crianção. Hehe

.
“Sedutor e Crianção”? Ahh... eu preciso de um vidro de veneno, por favor...


10- Essa união iria contra as leia 8 e 9 da amizade que escrevemos no seu aniversário de 13 anos na sua casa. Leis essas que devemos INCRÍVEL e IMENSA lealdade!
Sabe, Draco Malfoy também era meu inimigo, não só meu, como de Rony e Harry também. E seu! E mesmo assim você namorou com ele. E quanto a lei nove... Então Dan é seu melhor amigo? Espera só até o Harry saber disso...


Peraí, foi uma aposta! Eu fui obrigada, ta bom! Obrigada! E quanto ao Harry... Não foi isso o que eu disse, é só que... ah bem... ei não me enrola não!


11- Violar a lei 9 da amizade uma vez tudo bem, mas duas é sacanagem!
Ta querida, só que não foi muito inteligente da nossa parte criar essa lei uma vez QUE AS DUAS TINHAM O MESMO MELHOR AMIGO E ERAM APAIXONADAS POR ELE!!! Ou seja? Você também violou esta lei...


Mas eu não fui para a sala precisa com ele!

Obs: Eu preferi por não citar motivos relacionados à sua família e a dele e de como ela iria receber a outra de forma Tão hospitaleira e convidativa! Não achei que fosse necessário citar principalmente o Rony. (Seu irmão nada agressivo e nada ciumento adorador de sonserinos loiros e maléficos)
Ah Rony que se meta com a vida dele, aliás acho que se fossem da mesma casa eles se dariam muitíssimo bem ^^


Tah, realmente o amor cega as pessoas!


“Só para refrescar memórias alheias:


Leis da amizade:


8ª - Que fique aqui registrado como lei que a melhor amiga não deve ser apaixonar pelo maior inimigo da outra ou qualquer COMPARSA DO DITO CUJO.


9ª - E também não deve se apaixonar pelo melhor amigo dela, PRINCIPALMENTE se ele usufruir de uma mente má, maligna, diabólica e perversa por mais lindo e irresistível que ele seja!”


Ou seja, eu ainda não conseguir tirar essa idéia loca de paixonite da cabeça da Gina... To ferrada!

**


Daniel caminhava pelos corredores de Hogwarts no seu jeito despojado de sempre, o horário de recolher já havia sido acionado, mas ele não se preocupava. Ainda rira consigo mesmo de um pensamento momentâneo, um pequeno receio de ser flagrado pela madame Norra, mas se lembrara então que graças aos Benditos Draco e Hermione, ela nunca mais seria um problema para os desobedientes daquele castelo e que Filch trabalhava horrivelmente pior sem ela. Coitado.


Fora quando decidira seguir para masmorras que seu pensamento fora interrompido por uma melodia diferente. O loiro espetado parara de frente para a sala mirando a porta com uma angústia no peito. Sabia do que se tratava. Se aproximara e espiara pela janela da sala. Lá dentro, iluminada apenas pela fraca luz de um candelabro uma garota de cabelos castanhos e cheios tocava um piano. Ele lamentava como a garota parecia nervosa e perturbada, tinha um prazo para terminar aquela música de encerramento do ano, assim como outros. E ainda assim sabia, que ela só tinha um tormento na cabeça: Draco.

The dream isn't over yet
(O sonho ainda não acabou)
Though I often say I can't forget
(Embora eu tenha dito várias vezes, eu não posso esquecer)
I still relive that day
(Eu continuo lembrando esse dia.)
You've been there with me all the way
(Você esteve lá comigo por todo o caminho)
I still hear you say
(eu continuo escutando você falar)



Daniel engolira em seco ouvindo aquele canto sofrido, vira ainda a castanha se estressar no meio da criação não conseguindo criar mais nada. Ela cantara aquele trecho mais vezes e caíra exausta em cima das próprias mãos de forma derrotada. Daniel olhara para o chão do corredor não suportando mais ver a dor da amiga e respirando pesadamente decidira por seguir seu caminho. Só que agora não iria mais para Masmorras, era a hora de terminar com aquilo.

Draco adentrara a sala da motinoria-chefe de forma agressiva jogando mais um pergaminho com o símbolo dos Malfoy em cima da mesa junto com três caixas de cigarro. Teria de sair de Hogwarts... a hora tão esperada... o confronto. E como se nada mais pudesse piorar agora ainda tinha que lidar com o tráfico de tabaco bruxo para dentro do castelo. “Merda!” pensara ele, “Tinha que ser logo dentro da Sonserina?” Se saísse de Hogwarts agora e Snape descobrisse isso, era arriscado ele perder o cargo dele no próximo ano. Quem os - confiscaria no seu lugar? Malditos Quintanistas!


Próximo Ano... só então parara para pensar nessa idéia. Será que queria voltar para o último ano em Hogwarts? Já era insuportável ter de se controlar para não abordar, ou pelo menos olhar para Hermione sempre que passava por ela. Mas prometera-se se conter pelo menos naqueles últimos dias do ano letivo. Mas e no próximo ano? Ele não suportaria ficar longe dela tanto tempo.

“- Eu.odeio.essa.sua.parte”

Ele ouvira a voz da castanha em sua cabeça. Esfregara os olhos tentando não lembrar mais de palavra nenhuma, sem sucesso. Não conseguia esquecê-la um momento sequer. Pelo contrário, quanto mais longe ficava dela, mas ele lembrava de cada dia ao lado dela, assim como cada gargalhada dela e cada palavra que ela dissera.


Olhara respirando pesadamente para o livro em cima de sua mesa, do qual furtara da sessão reservada e se controlando para não ir estudá-lo mais ainda, e subira exausto as escadas até o quarto de cima, retirara as vestes de cima de seu uniforme e se jogara contra a cama, mirando o teto. Aquela cama lembrava ela, duas vezes a tivera ali nos seus braços e ao mesmo tempo não a tivera. Ele engolira em seco. Agora ela voltara a ser impossível para sempre.


Se sentara na cama se estressando com seus pensamentos. Lembrara do dia do jogo, quando acertara a pulseira dela. A pulseira da mãe dela. Vira como aquilo a atingira, por mais que ela não chegasse a falar nada sobre o ocorrido. Destruíra uma parte de Hermione naquela hora, como se destruísse uma parte do que viveram. Se pudesse recuperar aquela pulseira... Draco engolira em seco estendendo a mão esquerda na sua frente e com a mão direita segurara a varinha firme na direção da outra.


Chrystals Invoncot


Ele murmurara numa voz rouca. Logo uma poeira brilhante começara a adentrar naquele quarto por todas as janelas, num processo lento e hipnotizaste. Uniam-se um pouco acima da palma esquerda do loiro estendida formando pequenos fragmentos transparentes. Draco sorrira de lado satisfeito ao ver que os fragmentos se uniam formando o cristal da pulseira de Hermione, até seu último caco. Quando o cristal ficara pronto ele notara que estava meio diferente, não era mais um cristal comum e sim um cristal fume e com finas rachaduras em sua extensão. Mas que tornavam o cristal ainda mais lindo do que antes. Fora então que ele entendera, não era um bracelete qualquer, por mais estranho que aquilo pudesse parecer, aquele bracelete continha magia.


Ele segurara o novo cristal em sua mão em forma de um cilindro pontiagudo de forma firme e olhara decidido para a lua que dali à alguns dias, ele sabia, ficaria cheia. Ainda havia uma coisa a se fazer antes de ir embora. Ele levantara da cama decidido quando quase fora atropelado por uma coruja da torre que adentrara seu quarto de forma veloz. Sentira seu coração dar um mortal três vezes quando avistara o pergaminho mal dobrado ao pé daquela coruja, perguntando-se se seria de Hermione, mas ao reconhecer aquela letra torta, garranchuda e relaxada que vira nos últimos treze anos, fosse como carta ou bilhetes, franzira o cenho com uma pequena irritação e curiosidade.

Salgueiro Lutador,
agora.


Não era necessária nenhuma assinatura, ambos sabiam. Como também não era necessária nenhuma resposta. Ambos sabiam que Draco compareceria àquele intimado, se conheciam bem demais para terem qualquer dúvida. Draco dera apenas uma pequena risada que parecera mais um suspiro sarcástico e enraivecido antes de pegar sua varinha e descer as escadas do quarto em passos firmes e decididos.



– Já sabe o plano então. – dissera Luke equilibrando seis garrafas de cerveja-amanteigada e três de Salamandras Furgaz com um sorriso abobado e perigoso para um rapaz ao seu lado que também equilibrava a mesma quantidade de bebida, mas sem a mesma animação, como se carregasse livros. – Todas as noites até o baile trazemos um pouco da cozinha, os formados vão ter a festinha particular deles, mas nós também teremos! Não vou esperar mais um ano pra entrar em coma-alcoólico, é crueldade demais. – terminara Luke com uma gargalhada que fazia seus olhos azuis esverdeados brilharem em puro sadismo. O rapaz ao seu lado revirara as íris negras.


– Isso se você não terminar com isso tudo hoje mesmo, não é Luke? – Dissera Roger fazendo Luke parar no meio do caminho de forma ofendida.


– Eu por um acaso sou Francês e tenho cabelo engraçado? Eu não sou o alcoólatra da escola, não.


– Se Draco descobrir... – Luke cortara o amigo com uma risada folgada.


– Mané Descobrir... é perfeito. Dumbledore só volta na formatura, os professores só se importam com a formatura... E Draco? Draco nunca vai descobrir. Só na hora da festa mesmo. Ele anda ocupado demais com os dramas amorosos dele, pode acredita em mim. E do jeito que ele anda melancólico, duvido muito que ele aponte a varinha para alguém aqui, duvido até mesmo que ele olhe feio para alguém naquele estado.


Mas ao mesmo tempo que Luke dissera isso um vulto apressado e loiro passara pelos os dois, ignorando-os totalmente. Luke e Roger olharam as costas de Draco que se afastava apressado e olharam um para o outro assustados fazendo magicamente com que todas as garrafas sumissem de suas mãos e logo correndo para acompanhar o loiro, Luke ainda com um sorriso amarelo nos lábios.


– Draco... tudo bem cara? – cumprimentara Luke de forma sem graça, Roger novamente revirara os olhos. Draco mantinha o andar rápido e firme.


– Fica meio difícil monitorar um castelo sem trazer problemas para Sonserina se meus próprios amigos não utilizam a pouca inteligência que possuem e ficam furtando no meio da noite bebidas na cozinha do castelo.


– Bebidas? Que bebidas? Ta vendo alguma bebida com a gente? – dissera Luke de forma cínica.


– Luke... – avisara Roger.


– Ok, eu vou fingir que não eram doze cervejas amanteigadas e seis salamandras furgaz e que vocês não estão me acompanhando agora após o horário de recolher. – dissera Draco simplesmente sem se afetar, não querendo perder a paciência. Roger apenas levantara as sobrancelhas para Luke como que dizendo “eu avisei”.


– Nossa. Você realmente é muito observador, é por isso que eu admiro você cara... Mas e aí? Não vai dar detenção na gente, vai? Eu não nasci pra ficar em detenção.


– O que é você? Um discípulo de Daniel Escroto Canalha Conl? – perguntara Draco irritando-se com aquelas palavras e aquele jeito de falar que não ouvia à algum tempo tão próximo.


– Teoricamente todos os Sonserinos escrotos e canalhas são discípulos seus, não? – Respondera Roger de forma sábia fazendo Draco se revoltar, mas ainda assim sem parar de andar.


– O que foi que você disse?


– O que ele quis dizer foi... – disse Luke tentando amenizar a situação. – Onde você vai com tanta pressa e cheio de ódio nesse coraçãozinho? – Draco suspirara irritado olhando pra frente com ainda mais determinação.


– To indo matar o Conl. Aquele MISERÁVEL teve a coragem de me chamar para um encontro. – Os dois morenos se entreolharam receosos.


– humm... desafio... duelo... emocionante. – dissera Roger.


– Ele está MORTO! – dissera Draco.


– Pensando bem Draco, é melhor você não ir... já está tarde, vamos para Sonserina, tomar umas biritas... – dissera Luke se pondo no caminho de Draco, mas logo sendo empurrado com brutalidade.


– Sai da minha frente! – gritara o loiro seguindo seu caminho ainda mais decidido. Luke e Roger ainda ficaram um tempo parados se entreolhando preocupados.


– Você achou mesmo que ia Pará-lo? – dissera Roger para Luke achando graça.


– Aff. Vamos logo! – dissera Luke irritado e os dois seguiram atrás de Draco.

Ventava forte nos terrenos de Hogwast. O salgueiro lutador debatia-se com agressividade anunciando a aproximação de uma tempestade. Daniel Conl mantinha-se indiferente ao em pé esperando por Draco. Sua camiseta regata branca debatia-se contra o abdômen firme do rapaz que parecia não se afetar com a forte ventania e ar gelado.


Logo ele ouvira passos e vira de lado Draco chegar com Luke e Roger logo atrás. Draco que tinha a camisa de linho branca com os três primeiros botões abertos e as mangas dobradas até o cotovelo também não parecia se afetar com a ventania ao contrário dos outros dois que fechavam mais ainda suas capas.


Draco encarava Daniel como um lobo que avista sua presa de forma furiosa, a varinha que até então estava firme em sua mão direita apontada para o chão agora ele guardara de forma confiante no bolso de trás da calça.


– Ótimo. – cochichara Luke para Roger de forma esperançosa. – Qualquer coisa a gente saca a varinha de Draco antes que ele.


– Sua ingenuidade me comove. – dissera Roger indiferente.


– E aí Dan? – dissera Draco em voz alta quebrando o silêncio que só era corrompido pela ventania, de forma confiante e firme. – Como vão seus encontros com a Granger?

Luke e Roger prestavam mais atenção nos dois de forma receosa. Daniel dera um leve sorriso simpático sem se afetar com o tom agressivo de Draco.


– Ótimos.


– Ah é?... – dissera Draco fingindo não se irritar, agora caminhando em volta de forma perigosa. – Então vocês estão se divertindo. Que bom. Realmente bom.

Daniel não respondera a sua provocação apenas encarando o loiro de forma indiferente. Draco parara de andar olhando-o ainda mais sério.

– Aquela lá, eu te dou embrulhada com papel de presente. – Daniel respirara pesadamente sem olhar para Draco de volta e falara simplesmente.


– Você pode parar de falar como se ela fosse sua? – Draco respirara como um lobo prestes a atacar, Roger e Luke estavam estáticos perante a cena. Daniel se virara para Draco então e se aproximara sorrindo novamente, como se achasse a cena engraçada. – Porque, na verdade, ela é minha .


O silêncio novamente se estendera, Draco mantinha-se calado uma vez que seu olhar já se ocupava por demonstrar todo o perigo que ele proporcionava e a cena de assassinato sangrenta que viria dali à alguns segundos. Luke ainda deixara escapar um “Fudeu”, mas Roger continuava por encarar a cena de forma cuidadosa. Daniel se ocupara então de tomar a palavra, e andando em círculos pelo lugar começara a falar sendo espreitado por um Lobo com olhar assassino.


– Ah, agora há pouco foi uma pena... – falava Daniel como se lembrasse de uma cena divertida. – Hermione não conseguia se concentrar na música que estava escrevendo... eu fui encontrá-la, é claro. Ela precisava do meu apoio . – Ele dissera com um sorrisinho malicioso. Draco sentia-se corroer por uma cede de sangue que há tempo não sentia. – Ela insistiu para que eu não fosse embora. Eu achei que se a beijasse, ela me deixaria... – ele rira consigo mesmo. – Mas ela parecia querer mais... ai ai mulheres.


– Querer mais... – repetira Draco, sua voz sendo roubada pela fúria.


– Dan! – exclamara Luke tentando se meter, e pedindo pro francês parar, mas fora ignorado.


– Ela parece tão dura e valente, mas em horas como “aquela”... – continuava o loiro espetado sem se afetar. – ela consegue ser bem feminina...


– Dan, pare! – dissera Roger agora de forma mais autoritária, mas também sendo ignorado.


– “Em horas como aquela”... – repetira Draco novamente, já não olhando mais para Daniel e sim para o nada tentando no seu íntimo explodir as árvores com seu ódio.


– Ah! Mas tudo bem Draco. – Dissera Daniel, como só então se lembrasse da presença dele, Draco olhara para ele respirando furiosamente. Daniel por sua vez se aproximara dele sem se afetar. – Eu não fiz nada. Afinal... é a Hermigatinha. – Então rira divertido como se falasse de uma criancinha. – Foi tão engraçado que não consegui.


Três segundos foram necessários para que Draco registrasse precisamente aquelas palavras e para que os corações de Roger e Luke se sobressaltassem naquele contato mortal de verde-escuro com cinza. O vento agora estava mais agressivo jogando os fios de cabelo platinados de Draco para todos os lados assim como os espetados rebeldes de Dan dançavam em cima de sua cabeça. Mas logo Draco acertara Daniel com um pesado soco na boca.

Daniel que matinha o rosto virado cuspira sangue no chão e subira uma das mãos até a boca voltando ao normal e olhando do sangue em seus dedos para Draco com um olhar sério.


– Que é isso?

Draco mantivera o olhar mortal e então Daniel avançara, Draco desviara bem e tomara a iniciativa de novo, porém Daniel defendera acertando Draco com um soco também. Draco virara-se sentindo a dor e passara uma das mãos também no canto da boca e notara o sangue se virando para Daniel de forma ainda mais agressiva como um Lobo ainda mais raivoso. Sua voz saíra quase como um rugido

.
– Você!


– Acalme-se Draco! – precipitara-se Roger tentando segurar Draco que ia sagaz pra cima de Daniel, mas Draco o empurrara dando também um soco na boca.


– Daniel venha, pare com isso. – chamava Luke também segurando o Francês, mas esse também se revoltara empurrando e dando um soco em Luke. – Não vale a pena cara...


– Cala a boca! Vá roubar bebidas!


Uma vez nocauteados, Roger e Luke não conseguiram mais separar os dois e presenciavam agora a briga mais séria de suas vidas. Draco e Daniel pareciam que não se lembravam de possuir varinhas, descarregavam suas fúrias, brigas passadas, mágoas ressentidas em cada soco que acertavam. Em cada chute e golpe doloroso que acertavam no amigo de infância, naquele que o acompanhara desde muito cedo, naquele que sem pensar duas vezes daria a vida por ele.


“- O que aconteceu com o nosso ódio? – Ele olhara pra ela pasmo. Aquilo era o que ele nunca imaginou sair dela. - Eu por um momento... Tive medo de que você tivesse algo a ver com isso. Por que isso me surpreenderia, afinal? Por que você tem sido a pessoa que mais tem estado nos momentos em que preciso de alguém? Eu tenho um milhão de motivos, tenho cinco anos inteiros como prova, que eu te odeio!”

Hermione levantara os olhos embaçados lembrando daquela cena, ela ainda estava abraçada ao piano e por algum motivo seu coração amargurado resolvera buscar tais lembranças ainda mais doloridas. Ela sentia um aperto e uma ansiedade ainda mais fortes no peito. Não conseguia entender o que estava acontecendo com ela, o que estava acontecendo com eles dois.


“- Tenho tantos motivos para te odiar... Para acreditar que você não só foi capaz de fazer isso tudo, mas muito mais. Mas, ao mesmo tempo... - Ele sentira seu coração se apertar dolorosamente a cada palavra dela, e quando ela se calara para respirar ele teve receio do que viria por aí. - tenho motivos... Poucos, mas que parecem tão mais claros... Para... – Ele olhara para ela sem entender. – Para te agradecer? Por que eu só consigo pensar em todas as coisas boas que você me fez... Quando você fez muito mais.. Coisas ruins? – Ele engolira seco. – Quando foi que você mudou?”



– E daí, se somos.... amigos de infância? – Draco dizia segurando Daniel pela camiseta, mas mal conseguindo se manter em pé. Os dois já estavam totalmente esfolados e exaustos. – Eu não vou... nunca... deixar... um cara... que machuca a Hermione... viver! – E dizendo isso acertara um último soco em Daniel que caíra no chão. Logo Draco se sobrepusera sobre ele puxando-o pelo colarinho de novo.


– Eu sei... – dissera Daniel também exausto e tonto. – E você precisa fazê-la sofrer antes de aceitar o fato de que ela é tua... – Draco ouvia aquelas palavras ainda em cima de Daniel e sem soltá-lo. – E ela está sofrendo... – continuara Daniel - é a sina... de toda mulher da vida de um Malfoy.


– O que está dizendo? – perguntara Draco bruscamente respirando com dificuldade como um demônio que vê a cruz, sentindo que aquelas palavras o feriam.


– Era tudo mentira... – dissera Daniel já exausto daquilo tudo. – Tudo o que eu disse. Eu só precisava fazer você dizer...


– O quê? – Draco perguntara mais irritado.


– Isso. Você precisava sair desse teatrinho de indiferença... – dissera Daniel.

Draco suspirara enraivecido e exausto, não acreditando naquilo tudo. Roger e Luke suspiraram irritados e aliviados, não acreditando no que estavam ouvindo. E até tão longe que o Francês fora. Draco unira forças para levantar Daniel pelo menos até si para acertá-lo de novo de raiva, mas não conseguira reunir forças suficientes errando o soco e caindo os dois de novo.


– Eu disse... – continuara Dan mal conseguindo manter os olhos abertos pelos ferimentos. Draco levantara o tronco para encará-lo contrariado, sentindo uma onda de lembranças atravessá-lo e sentindo algo insuportável e afiado atravessar seu peito... e sua alma. – Eu prometi... que cuidaria dela... seguraria as lágrimas dela e não a deixaria desistir de você... mesmo você se empenhando muito pra isso... até o dia... em que você estivesse pronto. E eu acho que está.

Draco fechara os olhos jogando os cabelos pra frente e afrouxando a camisa de Daniel derrotado. Seu rosto oculto escondia um Lobo em ruínas... sofrido... que se escondera até então.

– Você está acostumado em ver as pessoas desistindo de você, e isso te conforta. Mas eu não desisti Draco... Nunca . Nunca vou desistir de você.

Luke e Roger já haviam dado um espaço maior para os dois ao notarem a gravidade do problema, mas ainda conseguiam ouvir um pouco do que era dito. Draco levantara as íris cinzas embaçadas para Daniel que também mal conseguia manter seus olhos secos quando esse perguntara agora numa voz mais sofrida e preocupada.

– O que está acontecendo? Por que você não quer mais lutar?

Então ele vira o que nunca vira na vida, nenhuma única vez nos treze anos que conhecia Draco. Ele o vira chorar. Draco derramava grossas lágrimas, pesadas de amargura e desespero, como se pela primeira vez chorasse toda as tristezas de sua vida.


– Ele me escolheu Dan... – Draco dizia em meio ao choro, Daniel franzira o cenho sentindo seu coração pesar em desespero sabendo o conteúdo daquela informação. – Ele me escolheu como seu herdeiro. Eu terei... eu terei mesmo que matar o Potter... – Draco chorava ainda mais – Será como matá-la... e se eu não fizer... eles vão saber o porquê... e vão atrás dela...


– Mas ela ama você Draco! – Daniel dissera cortando, Draco chorava ainda mais. – Ela ama você! Essa é toda força da qual você precisa, e então... nós não os deixaremos a fazerem mal. Vamos embora. Embora de Hogwarts. Sumir com ela. Dumbledore, até a maldita Ordem da Fênix ajudaria...


– E a minha família? – Draco tentava parar de chorar sem muito sucesso. Daniel ficara sem palavras. – Como posso condená-los assim?

– Infelizmente Draco... é uma escolha que precisa ser feita. E sinceramente, foram eles que condenaram você.


– Acho que já fiz essa escolha. – Draco dissera quase sem voz.


– Ephram sempre disse, Draco. Para nunca aceitarmos o batizado do Lord. Ele nos avisou... desde moleques... quando Voldemort demonstrou interesse na gente... principalmente você... é um retalhamento bruto. Não faça isso... por favor.


– Eu não tenho saída, tenho? – Draco rira em mágoa.


– Você tem a Hermione...


– Ela nunca fugiria comigo. Ela nunca fugiria... – Draco dizia olhando para o nada. – Ela é Orgulhosa demais. Ainda não entendeu no que está se metendo. Nem se me amasse ela entenderia...


– Se contar pra ela...


– Se tiver que me amar, vai me amar pelos motivos certos. Não porquê foi necessário. Por isso sei, que não vai acontecer.


– Draco...


Hermione.não.foi.feita.para.amar. – Ele cortara olhando Daniel sério. – Ela não se permite isso. Por mais apaixonada que esteja... ela nunca se entregaria completamente. Ela sabe o que a aguarda... E eu... – ele abaixara a cabeça. – Eu não a deixo esquecer um minuto sequer disso. Pra me amar, tem que sofrer.

Os dois permaneceram em silêncio por um tempo, até que mais lágrimas caíram dos olhos de Draco, essas mais silenciosas, ele olhara para o nada respirando com dificuldade.

– Mas eu... Eu amo aquela idiota Dan. – Daniel passara a mão nos cabelos de Draco, um carinho que fosse, qualquer tipo de consolo, querendo livrar o amigo daquele sofrimento. – Depois do ritual... eu não sentirei mais nada disso. Sentimento será algo completamente nulo e desconhecido para o que eu vou me tornar. Com o tempo... vou esquecê-la. – Ele não conseguia parar de chorar. – Ela é forte, vai conseguir fazer isso sozinha.


– Você não sabe o que está falando...


– Talvez seja melhor mesmo que ela me odeie... Se ela continuar gostando de mim, vai continuar lutando por mim. E vai ser pior ela ver o cara que ela gosta, matando o melhor amigo dela. Ela se sentirá culpada, pois nunca acreditaria que eu seria capaz de fazer isso. E vai me defender até o fim. E eu não suporto mais ter que mentir pra ela. Se ela me odiar... vai ser mais fácil ela me esquecer... por isso... não consigo... não posso... Parar de machucá-la, um segundo sequer. Mas eu... – Ele chorara ainda mais. – Mesmo que eu nunca mais consiga entender o que significa a palavra “Sentimento”... Eu não consigo imaginar... uma realidade em que... eu não esteja amando ela. Mesmo que eu não tenha mais motivos para ser bom ... Mesmo que eu fique pior que Voldemort... Ainda assim, estarei amando ela.


Fim do Flash Back

Draco Malfoy caíra no chão uma última vez com um rugido de dor que estremecera até mesmo o mais frio dos Comensais. Lucius se adiantara para acudir o filho, só então entendendo o porquê da esposa nunca ter escolhido ser uma seguidora de Voldemort. Ela nunca suportaria por exemplo, presenciar um ritual daqueles, muito menos com seu próprio filho. Ele conseguira dar dois passos na direção de Draco que se encontrava no chão apoiado nos dois braços, mas Bellatrix se pusera no caminho com um olhar que já lhe dava ordem para permanecer no mesmo lugar.


Draco tentava se levantar com dificuldade, estava sem camisa e suas costas e peitoral estavam cercados de queimaduras profundas. Ele se levantara e levantara os olhos caninos e vira o pai sem se afetar ou comover com a preocupação no rosto dele. “Você pediu por isso, não foi?” pensara Draco enxugando o canto da boca como se tivesse levando apenas um soco e subira as íris para o homem no Trono, quase que pedindo por mais. Um olhar que informava que se fosse necessário ele suportaria pior que aquilo. E essa determinação assustava de leve até mesmo Voldemort.


– Muito bem, meu rapaz. Passara por todas as provas até agora. Derrotara todos seus adversários, tudo sem o uso de uma varinha e sem sucumbir aos ferimentos e ao sofrimento. – Dizia Voldermot maravilhado batendo de leve as palmas. – Não me entenda mal Lúcius, é claro que não me conforta ver o meu filho ser ferido – dissera Voldermot frisando sua paternidade lembrando Lucius Malfoy, agora arrasado, de seu lugar. – Mas é necessário que ele passe por essas provas, que prove ser merecedor dos meus poderes... ainda mais sendo filho de quem é. – Novamente Lucius se vira humilhado perante as baixas risadas de Bellatrix. – Claro que se fosse o jovem Lestrange eu não duvidaria tanto da sua lealdade, Bellatrix tem me sido muito fiel.


– Sempre senhor. – reverenciara a bruxa.


– Sim, sim Bellatrix... Mas o jovem Lestrange passaria pelo mesmo ritual, embora eu sinceramente não creia que ele suportaria o mesmo processo. Pode ter ser seu sangue leal, mas... a força do jovem Malfoy aqui... – Ele apontara para o loiro maravilhado que ouvia tudo com indiferença. Fora a vez de Lucius sorrir de leve para a cunhada – É inalcançável... E foi por isso, que desde menino... você meu jovem, tem sido meu escolhido. Eu vi essa força em você quando você nasceu... é claro que tive que esperar alguns anos para ela ser colocada sob prova.


– E meus poderes? Quando os receberei? – Draco perguntara alto e firme, sem se preocupar se seria abuso ou não. Voldemort parece ainda mais feliz com aquela pergunta.


– E é ambicioso também, posso ver. Parecido com o pai. – Todos ali sabiam que quando Voldemort se referia ao pai de Draco não falava mais de Lucius e sim de si próprio. – Terá seus poderes em breve meu filho. Alguns adquirirá após o ritual completo, outros com o seu próprio desenvolvimento. Draco abrira os braços com um sorriso sádico nos lábios.


– Então? Qual é próximo passo?

Flash Back

"Ouvir Musica"

piano…


Draco subira em passos calmos os degraus da Torre das Gárgulas, empurrara de leve a porta pesada e fechara os olhos inchados e dera um suspiro doloroso ao sentir aquele sol da manhã bater contra seus hematomas. Logo vira que os raios de Sol começavam a forma as curvas de alguém conhecido, e não se surpreendera ao notar que era Hermione ali na sua frente.

I am colorblind,


A garota porém se assustara ao vê-lo ali, não só por vê-lo tão machucado como também por encontrá-lo assim do nada tão cedo, depois da última briga.


– O que houve com seu rosto? – fora automático, mas ela logo se recompusera, mostrando indiferença.


– Eu caí. – Draco respondera sem nenhum tom proposital em especial. Respondera de forma simples. A garota se virara de costas para ele, virando-se para o muro da torre e sua vista.

Coffee black and egg white.


– Não se preocupe, eu já estava indo embora. – Ela dissera de forma firme. – Na verdade estou me despedindo desse lugar. Nunca mais voltarei aqui. É o seu lugar.

Draco respirara pesadamente só então olhando em volta e adentrando mais na Torre ficando também debruçado contra o muro ao lado de Hermione, mas ainda virado para ela. Ela tentava manter o olhar firme na paisagem.

Pull me out from inside.


– Na verdade eu sabia que você estava aqui. – Ele dissera simplesmente. Ela se virara para ele inquieta e cenho franzido.


– Sabia como? – O loiro rira de leve.


– Apenas sabia. – Ela o encarara ainda por um tempo e voltara a se virar para a paisagem fingindo não ser atingida pelas as íris que continuavam por encará-la.

I am ready.
I am ready. I am ready.
I am


– O que você quer?


– Eu vim... – ele começara respirando pesadamente. – Me despedir. – A castanha rira sarcástica ainda sem encará-lo.

Taffy stuck, tongue tied,


– De novo? – ela rira novamente.


– Estou voltando pra casa Hermione. – ele dissera simplesmente fazendo o sorriso sarcástico da garota morrer. Então de vagar ela fora se virando para ele, séria e receosa. – Estou indo embora mais cedo. Já terminei as minhas provas. – A garota fingira não se afetar engolindo em seco e levantando novamente o nariz ao desviar o olhar novamente.

Stutter shook and uptight.


– Claro. Mesmo que não tivesse as terminado arrumaria um jeito de ir embora. Seria necessário apenas prender Snape numa aposta ou voto perpétuo. – Draco rira de leve com a alfinetada da castanha. – Você adora prender os outros em promessas perpetuas, é o jeito de manipulá-los a fazer o que você quer, não é mesmo?

Pull me out from inside.


– Verdade... – dissera Draco simplesmente num sorriso triste.


– E por que veio se despedir de mim? Não tenho mais nada a ver com você. – Ela finalizara e sua voz quase a traíra, pelo visto repetir isso em voz alta ainda não era seguro para ela. Ele notara seu tom amargurado e respirara pesadamente, sentindo dor nele também.

I am ready.


– No jogo da Verdade, você me perguntou qual era o meu maior medo. Foi a única pergunta que eu me neguei a responder. – Hermione olhara-o de rabo-de-olho estranhando o conteúdo daquela conversa. Ele mantinha a cabeça abaixada, nunca dissera isso para ninguém. – Bem... o meu maior medo... é ter de seguir o meu destino . Como estou fazendo.

I am ready.


– Ou seja... – ela dissera de forma indiferente e sem olhá-lo. – Você tem medo de viver. Seguir a vida que lhe foi destinada. É claro que você não vai me dizer que destino é esse, não é? Tudo bem. Mas... fica tranqüilo, você não está sozinho no mundo. Muitos têm o mesmo medo que você. – Ela dissera num consolo sarcástico, por fim respirando pesadamente como se ouvir aquilo lhe fosse horrível. Draco observara a expressão amarga dela e engolira em seco novamente.

I am ready.


– Eu queria ter conhecido você antes...


– Eu queria ter te conhecido nunca! – Ela exclamara cortando-o aos prantos, não conseguindo segurar mais a dor nem as lágrimas dentro de si. – Vá embora! Vai! – Ele abaixara as íris cinzas amargas não agüentando vê-la assim, e acenara afirmativamente com a cabeça e andando em passos lentos até a porta da Torre enquanto ouvia o choro dela e se virando.

I am...fine.


– Quando eu fui embora da outra vez... você me devolveu a minha capa. Pra mim ela já estava como perdida uma vez colocada numa sangue-ruim, estragada.

Ela se virara para ele com o cenho franzido abrindo os braços em revolta deixando claro que queria saber o conteúdo daquela baboseira agora. Draco sorrira de leve, um fio fino e triste no meio dos lábios, mas um ligeiro olhar brincalhão.

– Bem, eu também estraguei uma coisa sua... – E então ela vira, ele estendera uma caixinha de veludo preta que ele abrira revelando um colar de corrente de ouro branco com um pingente em forma de cilindro pontiagudo de um cristal, que mesmo num tom mais fume, ela sabia ser o mesmo da pulseira de sua mãe.

I am covered in skin.


Ela encarava o colar sentindo seu peito doer, e seus olhos lhe traírem de novo, uma mágoa se alastrando por todo seu ser. E começara a balançar a cabeça negativamente como uma criança amargurada em lágrimas.

No one gets to come in.


– Eu não quero. – ela dissera quase sem voz. – Você destruiu pedras maiores que esta. Essas não têm conserto. – E dando uma última olhada para ele se virara de costas novamente. Draco engolira em seco, mas olhando-a mais decidido se aproximara das costas dela. Ela vira ele estender o braço para o muro depositando uma caixinha. – Você não ouviu? Eu não quero!– Ela dissera imediatamente batendo na caixa com toda sua força, vendo-a cair longe de si. Ao mesmo tempo que caíra seu coração e logo se arrependendo do que fizera e sentindo novas lágrimas salgadas no canto do lábio. Então ouvira um curto riso atrás de si, informando que Draco ainda estava ali.

Pull me out from inside.


– A caixa estava vazia Hermione. – Dissera ele na sua voz rouca e logo com as duas mãos suspendendo o colar à frente da garota e descendo-o até o seu pescoço. – Se quiser jogá-lo fora, terá de segura-lo em suas mãos primeiro. – Ele dissera fechando o fecho em baixo dos cachos da garota.

I am folded,


– Não tem uivo das sereias hoje. Será que sua teoria não existe mais? – ela perguntara sarcástica, sem entender o porquê.

and unfolded, and unfolding.


– Acho que sereia nenhuma seria capaz de sentir o que eu estou sentido agora. – Ele respondera ainda na sua voz rouca e ferida. Ferindo-a também. Ela sentira de leve o toque dos dedos dele em sua nuca, que pareceram se demorar por lá por uma eternidade e logo desaparecem do nada. – Adeus.

Ela ouvira aquela última palavra e sentira uma angústia que só piorou ao segurar aquele pingente com as mãos, chorando ainda mais forte. E sentiu-se ser invadia por uma revolta ainda mais amarga que fizera o pingente coberto por suas mãos congelar. Ela sentira que ele saíra da Torre das Gárgulas. Fora então que sentira uma inquietação dentro de si, não querendo permitir que ele fosse embora e virara-se para a porta da torre e correra até as escadas com pressa.

I am,



– Draco! Draco! –Ela chamara, mas nenhuma resposta viera... ele não estava mais ali. Já havia partido, sentira-se cair num precipício com aquela realidade, que ele se fora... voltara-se novamente para a entrada da torre derrotada, mas imediatamente fora virada novamente e puxada pelo pulso por um loiro que capturara no mesmo instante seus lábios e desespero.

colorblind,


As gárgulas poderiam criar vida para presenciar aquele beijo, e as pedras daquela torre poderiam se comover com a paixão e tristeza que aquele beijo estava transparecendo. Pois só as ruínas daquela torre presenciavam a dor e a despedida daqueles dois amantes. Só elas poderiam vir a se perguntar, o que eles haviam feito para merecer carma tão ruim quanto aquele, já que era óbvio que um nascera para pertencer e beijar o outro. Que haviam sido feito sob medida para o outro, em todos os milímetros de extensão do corpo a todas as características e falhas de personalidades.

Coffee black and egg white.


Só eram como eram, para completar o outro. E aquele beijo preciso e desesperado para não largar o lábio e o gosto do outro, que em algum momento seria interrompido carregava um sentimento que suas almas pareciam carregar por um tempo além de sua existência. De que importa detalhes típicos do que aquele beijo foi? Tente descrever em números a fórmula que conceitua uma alma, ou em cores o que conceitua um sentimento. Naquele beijo eles conceituaram a maior fórmula de todas...

Pull me out from inside.


Draco que segurava a nuca da castanha com uma das mãos enquanto com a outra não conseguia permitir que ela se afastasse pressionara uma última vez seus lábios nos dela, obrigando-se a interromper aquele beijo contínuo e ansioso causado pela falha de sua determinação ou fraqueza do seu próprio coração. Segurara o rosto sofrido e ansioso da castanha à frente do seu, obrigando-a a prestar atenção em si.

I am ready.
I am ready.
I am ready.
I am...fine.


– Presta atenção no que eu vou te falar: - ele dissera firme enquanto ela obedecia ainda com lágrimas nos olhos sentindo que aquele beijo era mais para selar uma despedida do que a luta dos dois. – Sua alma nunca vai pertencer a ninguém mais nesse mundo além de mim. – Ela chorara ainda mais. – Quando essa Guerra acabar, eu vou voltar para te buscar! Porque eu amo você! E se você não me quiser mais, eu faço querer! - Ele pressionara engolindo em seco e numa voz firme e ansiosa.

Ela afirmara com a cabeça ainda chorando e ele a beijara novamente e de forma ainda mais profunda, porém esse beijo fora mais rápido e quando a castanha abrira os olhos novamente havia um clarão de luz azul turquesa na sua frente.

I am.... fine.


“Obliviate”

I am fine.





Fim do Flash Back


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apaixonada Pela Serpente 3 - Estressada Com O Dest" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.