Just Wana Be With You escrita por natthy


Capítulo 7
Os Denali




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( Bella )

 

“Olá, de novo!

 

Sei que é minha segunda vez no dia de hoje – e que se continuar assim, até o fim da semana não terei mais folhas para escrever.

 

Mas eu estou tão ansiosa... Céus, é amanhã! Dá para acreditar? Amanhã minha vida poderá mudar completamente!

 

Para melhor, espero.

 

Por mais que nós sempre pensemos que o primeiro dia de aula é sempre como um outro qualquer, lá no fundo, todo mundo sabe que não é bem assim. É no primeiro dia de aula que você já bate o olho nos primeiros gatinhos do colégio, é quando você conhece a primeira pessoa com quem tem certeza absoluta que não irá nunca, jamais, com a cara até o fim do ano – e acaba mudando de idéia ao decorrer dos dias, muitas vezes. É também no primeiro dia de aula com quem fazemos as amizades mais importantes... As pessoas não chegam em você por interesse nem nada do tipo logo no primeiro dia, afinal, ninguém te conhece. Não têm como saber se você é rico, ou se você é simplesmente um CDF que poderá dar alguma vantagem na média a quem passar a andar com você. – A não ser que você seja simplesmente uma aberração de tão lindo, e que, por causa de sua beleza, todos passem a babar e correr o tempo todo atrás de você. O que, definitivamente, graças a Deus, não é o meu caso. Não gosto de chamar atenção, sabe como é.

 

Bom, mas para nós, o primeiro dia consegue ser ainda mais especial.

 

Alice costumava dizer que os nossos primeiro dia de aula são mágicos. Foi no primeiro dia de aula que nos conhecemos e já viramos amigas logo de cara. No primeiro dia do ano seguinte, apesar de ser ‘irmã’, ela descobriu que não gostava do Jasper só como amigo – mesmo que nós ainda fossemos muito pequenos para entender o que realmente ela estava sentindo. No primeiro dia de aula da minha primeira série, o cano de água da casa dos meus pais estourou e eu tive que dormir na casa da Alice pela primeira vez; foi nesse dia, que Alice fez Edward e eu nos abraçarmos, como um pedido de desculpas por tudo o que fizemos um com o outro. E foi nesse dia que eu senti pela primeira vez uma corrente elétrica um tanto... diferente. No primeiro dia do ano seguinte, Emmett deu seu primeiro beijo em Rosalie.

 

Isso, entre muitas outras coisas...

 

E é por tudo isso que eu amo o primeiro dia de aula!

 

É tudo tão novo, tão... Tudo bem, tudo bem! Você sabe muito bem que não é por isso que voltei aqui.

 

EM MENOS DE MEIA HORA – MEIA HORA! – EU TENHO UM ENCONTRO COM EDWARD CULLEN!

 

Sério, eu vou pirar!

 

Bom, não é nada oficial. E não é exatamente um encontro.

 

Ao ver dele, ao menos.

 

Na verdade, esse era o meu também, pouco antes de Alice me convencer de que uma simples ida a lanchonete para pagar a divida de um Milkshake pode siiiiim, ser considerada um encontro muito especial e-”

 

- Posso entrar?

 

Pulei de susto quando Edward bateu na porta. Estava tão distraída escrevendo, que acabei nem percebendo a hora passar.

 

- Claro – sorri.

 

Estava deitada – já arrumada, é claro. Obra de Alice! – na cama de bruços, com os tornozelos cruzados no ar e a cabeça apoiada em uma das mãos, enquanto terminava de escrever no diário um breve “Até depois!”, para que não desse tempo de Edward ver nada do que estava escrito.

 

Já era vergonhoso o bastante ter Emmett me zoando sempre que possível por eu ‘conversar’ com meu diário. Não seria nada bom ser o alvo das piadinhas de Edward também.

 

Ele sabia ser bem inconveniente e engraçadinho quando queria. Alice que o diga!

 

Edward ergueu uma sobrancelha, me fazendo uma pergunta muda que entendi muito bem.

 

- Não adianta fazer essa cara, porque você sabe que eu não vou te dizer nada – ele abriu um sorriso torto, então me aprecei logo em terminar a frase – e muito menos te mostrar o que está escrito aqui, espertinho! – mostrei a língua, rindo, enquanto enfiava o diário embaixo de um travesseiro por puro hábito. – Então... Tudo pronto. Vamos?

 

-x-

 

- Ei, chega né?! – Edward disse, tomando o pote de sorvete da minha mão – Vamos parar por aqui, ok, formiguinha? Você sabe muito bem como fica elétrica, quando toma doces demais – completou rindo.

 

- Você prometeu! – fiz bico, cruzando os braços na frente do corpo.

 

- Eu prometi um Milkshake, e não um Milkshake e três potes de sorvete! – ele disse, levando a colher com o meu sorvete a boca.

 

Grunhi e ele sorriu.

 

Doce sempre foi meu ponto fraco. Desde pequena, sempre fui magra de ruim, e Rosalie sempre brincou, me chamando de exibida, por causa disso.

 

Por não precisar me preocupar com engordar, eu sempre perdi a linha e acabava ingerindo doces demais, e, bem, não é de hoje que a combinação Britney Spears & Alice Cullen me fazem pagar mico na frente do Edward.

 

Bom, mas se ele não queria que eu passasse dos limites, por que ele me trouxe logo em uma sorveteria self-service, hã?

 

Estava pronta para provocá-lo e roubar de volta o meu sorvete, quando uma loira-morango com uma criança ao seu lado puxou uma das cadeiras e sentou-se conosco.

 

- Olá, Edward! – ela o cumprimentou sorrindo entusiasmada, ignorando a mim e a criança que estava com ela completamente.

 

- Olá, Tanya. – Edward respondeu seco.

 

- Nossa, que surpresa maravilhosa encontrar você aqui! – seus olhos brilhavam de excitação – E aí, como vão as coisas?

 

- É, - ele sorriu amarelo – Bem, obrigado.

 

Tanya continuou a puxar assunto, mas em nenhum momento Edward prestou muita atenção nela, respondendo suas perguntas com respostas curtas e grossas, apenas por educação. Depois de um momento, ela pareceu finalmente se render, percebendo que Edward não lhe daria trela. Sorri interiormente com isso. Não pude deixar de ficar feliz com os olhares que Edward dirigia a mim, e não a miss-perfeição ao meu lado.

 

Após um minuto inteiro de um incômodo silêncio, ela finalmente resolveu me dar atenção.

 

- Não vai me apresentar sua amiguinha? – ela disse me olhando de cima a baixo, com uma sobrancelha arqueada e cara de nojo.

 

- Bella, Tanya; Tanya, Bella – respondeu automaticamente, sem emoção nenhuma na voz, revirando o sorvete derretido dentro do potinho.

 

- Qual o problema Ed? – ela disse fazendo um biquinho, passando um dedo no peitoral dele – será que posso fazer alguma coisa para melhorar o seu humor? – ela piscou sorrindo maliciosamente.

 

Me segura ou então eu vou arrebentar a cara cheia de botox dessa vadia! Ah, se vou!

 

Quando Edward levantou o rosto para respondê-la, Rosalie entrou, recuperando a atenção de nós três.

 

Edward então se calou, e percebendo que não a responderia mais, Tanya levantou-se bufando, e foi cumprimentá-la. Ainda tentei acenar, mas Rosalie, por outro lado, estava distraída demais com sua amiga para me dar atenção.

 

- E aí, Duda? – Edward perguntou sorrindo à menina que ainda estava sentada conosco. Só então parei para prestar atenção na linda menina ruiva que estava com a tal Tanya. Ela parecia ter uns 7 aninhos. – Tudo bem?

 

A menina ignorou sua pergunta e começou a murmurar baixinho, encarando suas mãos, com lágrimas nos olhos.

 

- Eu sinto muito...

 

Encarei Edward com uma visível interrogação na testa, e ele a olhava intensamente. A menina parecia entender muito mais do que sua idade lhe permitia.

 

- Você não tem com o que se desculpar, meu anjo. Você não tem culpa por Tanya ser como é – ele sorriu docemente pra ela.

 

E novamente ela o ignorou.

 

- Eu odeio ela! Eu odeio! – ela fungou – A mamãe ainda não voltou de viagem... E, você sabe... eu tenho ficado esses dias com a tia Vicky. Só que ela tem que sair com o tio às vezes, e então sobra para a Tanya tomar conta de mim. E quando isso acontece... ela me ba-bate... e e-eu nem sei porquê! – ela falava tão baixinho, que parecia ser mais para si mesma.

 

Meu coração ficou apertado com a confissão da menina. Como aquela mulher podia ser tão cruel com uma criança? Céus, ela é uma criança!

 

Edward passou a mão nos cachinhos da criança, de forma carinhosa, reconfortando-a, dizendo que tudo ficaria bem e que ele daria um jeito de trazer sua mãe de volta. Pouco tempo depois, Tanya apareceu, puxando a menina pela orelha até que ela ficasse de pé.

 

- Ela não é um amor? – ela disse entre os dentes, apertando a bochecha da criança com uma força exagerada, visivelmente a machucando com suas enormes unhas. – Em casa nós conversamos, mocinha! – ela disse, dando um beliscão.

 

Pouco tempo depois, as duas saíram com Rosalie da sorveteria.

 

Enquanto íamos embora, Edward me explicou a história da menininha, a qual se chamava Maria Eduarda. Seu pai morrera alguns anos atrás, e, sua mãe, para sustentá-la, tem que se sujeitar as várias viagens por causa do emprego, sobrando Victoria e Tanya, as tias, para cuidarem dela.

 

- Eu só não me preocupei com Tanya saindo de lá com ela, porque vi que Rosalie estava indo junto. Rosalie pode ser o que for, mas ela nunca faria, e nem deixaria, alguém machucar ou fazer mal a Duda. Ela ama aquela garota! – ele sorriu – Até que ela tem um coração, afinal de contas.

 

Ignorei a piadinha sem graça sobre minha amiga – me negava a sequer imaginar que pudéssemos não ser mais, por algo tão estúpido – e então mudei de assunto, para algo descontraído e mais leve.

 

-x-

 

Beep. Beep. Beep.

 

Saltei da cama com o barulho do despertador.

 

Quase não dormi a noite inteira de tão ansiosa que estava, e quando finalmente consegui pegar no sono, não me restavam nem uma hora direito para descansar.

 

Entrei no banho e após me lavar, deixei a água quente apenas escorrer por meus cabelos e corpo, acalmando-me. Hoje vai ser um grande dia! Pensei comigo mesma.

 

Hoje começaria, finalmente, minha faculdade de jornalismo.

 

Quando já estiver estabilizada e recebendo uma boa grana, sem duvida, os primeiros a desfrutarem do dinheiro de meu trabalho serão meus pais. Só Deus sabe o quanto eles economizaram para eu poder estar aqui e realizar meu sonho.

 

Todos ainda estavam dormindo, Alice e Edward só começariam a estudar daqui a uma semana. Sorte a deles!

 

Resolvi pegar um táxi para chegar mais rápido, já que estava meio atrasada por causa do banho demorado. Não seria nada legal chegar atrasada logo no primeiro dia de aula.

 

Enquanto o carro seguia seu caminho, fiquei viajando, em como minha vida dera uma guinada para frente nos últimos dias. Alice estava certa, Londres era mesmo mágica. Quer dizer, quando é que ela não estava certa?

 

- Chegamos – o senhor que dirigia o carro pigarreou, antes de falar, despertando-me.

 

Joguei o dinheiro sobre o banco da frente, sorri e respirei fundo, enquanto o carro era estacionado em uma calçada em frente ao conjunto de prédios amarelados.

 

“Respire” lembrei a mim mesma.

 

Sorri novamente, encorajando-me, e passei pelo portão.

 

-x-

 

O dia se passou tranqüilamente bem. Na minha primeira aula, logo de cara, já me dei super bem com a Jéssica. Ela está lá pela segunda vez. Ela foi reprovada em uma matéria ano passado, então está tendo que estudar tudo de novo. Pelo pouco que conversamos, já deu para perceber que seu verdadeiro sonho não é realmente se formar em jornalismo, como o meu sempre foi, e sim cursar moda; ela disse que só estava tentando isso para realizar o sonho de seus pais.

 

O que, particularmente, eu acho um egoísmo! Dos pais dela, quer dizer. Fala sério, quem vai trabalhar é ela, não é?!

 

Mal tivemos matéria hoje; foi mais apresentação, mesmo. Então pudemos conversar bastante. Por diversas vezes acabei me pegando falando sobre Edward e Alice, até mais do que sobre meus próprios pais!

 

E, por mais que ela tenha deixado passar, ela sem duvida percebeu isso.

 

Depois conheci Ângela e Mike, duas pessoas que foram bem legais também, comigo.

 

Bem, mas o que mais me irritou mesmo, foi que por onde quer que eu passasse, todos estavam falando sobre uma tal festa na casa dos Denali. Seria essa a festa que Rosalie insistira tanto para que eu fosse?

 

- Quem são esses Denali? – sussurrei para Jéssica, enquanto passávamos pelo corredor em direção ao portão principal, para irmos embora.

 

Ela me encarou boquiaberta.

 

- Nunca ouviu falar deles?

 

Apenas balancei a cabeça negando, me sentindo burra demais.

 

- James, apesar de ser bem novo, é um dos donos da faculdade, e, bem, com ele realmente não se brinca. Ele me da calafrios, sério! Existem vários boatos sobre ele por aí, já disseram até que ele estuprou uma das alunas, mas ninguém nunca conseguiu comprovar nada... Por outro lado, tanto ele quanto sua esposa, são podres de ricos, e ela adora dar festinhas para comprovar isso. Essa não é nada mais, nada menos, do que apenas mais uma delas – ela finalizou, dando de ombros.

 

 

-x-



Bem, primeiramente, não me matem! Eu sei que demorei a postar, e esse capítulo realmente não está muito bom. Mas tentem relevar, já que ele é bastante importante para o futuro da fic, então, prometo compensar nos próximos. E segundo... Bem, meu aniversário é 6 de novembro, exatamente daqui a 12 dias, e EU QUERO PRESENTE! *---* AHISHAISHIUAHSIAUHSIUAHS.


Brincadeira. Bom, de qualquer maneira, espero que gostem!


Quanto mais comentários tiver, mais rápido o próximo capítulo sairá!

 


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