Blood Moon - O Coiote e a Dama do Deserto escrita por LalaMarry


Capítulo 14
Pesadelos... Ou pelo menos o início deles


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Saibam que eu nem sei onde enfiar a fuça ;-; *desvia de pedras*
Neste caso acho que é algo imperdoável o tempo que demorei, então não vou me prolongar com desculpas e justificativas... ._.
But now, I'm back bitch! rsrs
Bem, este capítulo é mais para preparar para o que vem no próximo e para explicar uns bereguedetes (Acabei de inventar a palavra rsrs). Vou tentar não demorar da próxima, sério gente!
Enfim chega de enrolação, vamos ao capítulo!
Boa leitura!



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Estava tudo escuro, frio e úmido.

Ela não conseguia fazer nada além de tremer, queria gritar por ajuda, porém não encontrava sua voz.

Algo quente a tirou do chão sólido e áspero, apertando-a contra si. A garotinha rapidamente aninhou-se nele tentando obter o máximo de calor que conseguia.

Mas espere.

Havia algo de errado.

Seus olhos abriram subitamente e deram de encontro com uma face não revelada pela escuridão, mas que aparentava ser humana. Os membros que rodeavam seu esguio corpo eram mais quentes que seu peito.

Mas afinal o que havia de errado?

Esticou uma de suas mãos trêmulas em direção à face oculta pela noite, seus olhos brilhando em expectativa. Ao tocá-la sentiu a substância viscosa e com cheiro metálico, seus olhos se arregalando logo em seguida.

–Não tenha medo, pequena. – pronunciou a sombra enquanto seu dedo deslizava pela bochecha dela, deixando um rastro da substância.

Foi quando um trovão retumbou, iluminando o céu e revelando o rosto desconhecido, fazendo a menina berrar com a cena.

–Shiiii, está tudo bem, Molly, vai ficar tudo bem.

Lawrence chegara tão rápido quanto um raio no quarto, já deveria estar esperando que aquilo acontecesse de novo. Fazia quase quatro anos desde o episódio com Scott, quando ela desmaiara em uma ruela ao ver a cena de uma pessoa sendo devorada por um lobo de tamanho e ferocidade anormais.

Inicialmente ela pareceu não perceber que acordara, pois continuou a se debater ao sentir os braços de Lawrence, arranhando e batendo nele.

–Molly é apenas um pesadelo. – segurou se rosto alvo entre as mãos na tentativa de fazê-la parar.

Ela finalmente pareceu recobrar a consciência e Lawrence sentiu as bochechas dela esquentarem sobre suas mãos.

–De-Desculpe-me – falou desviando os olhos, os ombros tensos arriando à medida que se acalmava.

–Não tem problema, agora venha, vamos preparar algo para você comer.

Ela deu um salto, saindo da cama e já indo atrás dele quando notou a roupa que usava, ou melhor, que não usava. Correu de volta para debaixo das cobertas e olhou alarmada para Lawrence, as bochechas esquentando de novo.

Um riso sem som escapou dos lábios dele e Molly não soube se foi por ele ter achado engraçada a ação dela ou talvez por ter ficado constrangido com a cena.

–Vou te esperar lá embaixo então.

Após ouvir o baque da porta, levantou-se novamente, pegando a roupa que Chloe separara para ela na noite anterior e vestindo por cima da roupa íntima que usava. Achou um bilhete sobre a penteadeira, haveria um baile naquela noite e Chloe deixara um vestido para ela usar dependurado em seu armário.

“Chloe e seus bailes.” – soltou um suspiro, ela realmente não se sentia confortável nesses tipos de eventos, sempre ficava em alguma mesa com Lawrence e Luigi, quando, claro, eles não sumiam pelo baile também.

“Fique com as outras crianças” – insistia ela, porém elas não pareciam gostar de Molly, como se ela fosse algum tipo de risco para elas, bem, talvez fosse olhando por certo ponto de vista.

Mas a verdade é que não conseguia se enturmar com outras pessoas, só aquela realidade estranha em que vivia já lhe bastava.

Porém Molly já não era tão criança, se já não era antes, agora menos ainda. Estava se sentindo estranha e facilmente ficava constrangida com Lawrence, como se estivesse fazendo algo errado ficando muito próxima a ele.

Desceu para o primeiro andar quando terminou de se arrumar e foi recebida por pequeninos braços rondando sua perna.

–Bonjour.

Molly olhou para seus pés, para a pequena Cassie que se agarrava em suas pernas.

–Bonjour, chérie. – fez uma careta enquanto respondia, francês realmente nunca fora seu forte, porém a criança sabia e falava quase que o tempo todo em francês, então ela meio que teve que aprender na marra.

Pegou-a no colo até a extensa cozinha da mansão, os pezinhos dela balançando no ar enquanto suas mãos brincavam com uma mecha do cabelo ruivo de Molly.

–Ontem eu vi um monstlo glandão rondando a casa. – cochichou no ouvido dela – Eu não contei para o tio Lau porque ele não iria me deixar mais brincar no jardim. – fez um bico ao terminar de contar seu segredo.

Molly arregalou os olhos para a menina, porém esta já parecia estar distraída com outra mecha.

Colocou-a sentada em sua cadeira e tentou disfarçar sua expressão surpresa do Lawrence que comia algo na ponta oposta da mesa. Preparou uma vitamina para Cassie e um chá para si.

–Quer que eu dê o café da manhã para Cassie hoje? – Chloe entrou no recinto indo direto falar com Cassie e depois se dirigiu a Molly, depositando um beijo sobre sua testa.

–S-sim senhora. – gaguejou, demonstrando o nervosismo que sentia para quem percebesse.

Entregou o recipiente onde prepara a vitamina para Chloe rapidamente e tentou não correr até a mesa, onde sentou ao lado de Lawrence.

“Ah droga.”

Não precisava olhar para sentir o peso daqueles brilhantes olhos mel, quase âmbares, sobre si.

Pegou sua xícara e tomou alguns goles, sem olhar para cima em instante algum, apenas para o líquido que ia se esvaindo até sobrar alguns pedaços de folhas moídas no fundo. Olhou para o lado oposto dele, em direção a Chloe que ajudava Cassie a tomar seu café.

Alguns dias depois do aniversário de Molly, receberam a notícia que Cassie havia nascido, porém sua mãe morrera devido a complicações durante o parto.

Chloe nem hesitou ao oferecerem a guarda da criança a ela, eternamente apaixonada por crianças e pelo espírito de ser mãe, poderia cuidar de tantas quanto sua eternidade permitisse.

Claro que isso causara muitas discussões dentro da mansão, depois de tantos problemas causados por abrigarem outras crianças, como poderiam arriscar com mais uma, ainda mais sendo humana?

–Você sabe o quanto é perigoso mantê-la aqui, isso chama a atenção do que quer que se esconda nesses becos. – retornou Luigi mais uma vez ao assunto, sentando-se sem pegar algo para comer.

Um rosnado baixo escapou dos lábios de Lawrence, baixo o bastante para que Molly quase não conseguisse ouvi-lo .

–Bom dia para você também. – retrucou Chloe ainda entretida em pegar Cassie no colo.

–Bonjour. – Cassie formou um biquinho ao cumprimentá-lo.

Molly notou como a testa de Luigi vincou-se ao ouvir a criança falando, de todos naquela casa ele sempre fora o mais reservado e que estava sempre vendo os entretantos das coisas, porém ela tinha esperanças de que havia um lado superprotetor a qual ele não revelava.

Assim que as coisas se acalmaram no cômodo, substituindo a tensão matinal por conversas descontraídas, Molly tratou de sumir da cozinha e foi refugiar-se em um dos canteiros no jardim entre as rosas.

–Sabe que não precisa fugir de mim quando não quiser contar algo, não sabe? – a menina quase deu um salto ao ouvir a voz atrás de si.

Lawrence sentou-se ao lado dela, entre uma rosa e outra, e segurou sua mão. Ele sabia que ela escondia algo, depois que Scott sumira de vez e ele encontra-a desmaiada sobre o asfalto molhado diante daquela cena, apesar de não haver mais nenhum corpo ou homem com garras e presas, sabia que coisa boa não havia acontecido, sua vontade era de cumprir todas as promessas que fizera a Scott de acabar com ele.

Principalmente nas noites que seguiram com ela chamando por ele durante seus pesadelos.

–Quer me contar o que anda te atormentando todas as noites?

A menina encarou as mãos entrelaçadas antes de tomar uma decisão e depois fitou Lawrence, ele não mudara quase nada nos anos que passaram, apenas seus cabelos pareciam um pouco maiores, na altura dos ombros.

Às vezes era estranho viver com seres que nunca pareciam mudar muito, exceto por ela e por Cassie.

–Prefiro apenas ficar aqui – disse por fim, encostando a cabeça no peito dele, dando o assunto por encerrado.

Por enquanto.

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Acordei pressionando as têmporas, uma terrível dor de cabeça me dominava. Eu não me recordava como, mas eu estava sobre uma cama num quarto minúsculo que parecia ser em um porão.

Lindsay estava sentada em uma cadeira próxima, dando pequenos goles em alguma bebida qualquer, a expressão pensativa que logo se mirou em mim.

–Você está bem?

Franzi a testa, não conseguia me recordar o que acontecera nas últimas horas. Ela pareceu perceber, pois ergueu as sobrancelhas em uma pergunta interna e depois saiu da sala sem cerimônias.


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que tenham gostado e também não tenham me abandonado cof cof #apanha

Kissus



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