People With Problems escrita por MrsHepburn, loliveira


Capítulo 38
Danny


Notas iniciais do capítulo

ai olha vcs sabem como eu sou meio dramatica né então ta aqui o que eu queria mostrar pra vcs enfim me desculpem se tá muiiiiiiiiiito WOW é que eu senti que precisava esclarecer isso, porque algumas pessoas pediram, enfim, boa leitura e DAQUI A POUCO TEM O POV DO PERRY HE



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Querida Emerson, 

Eu consigo entender que às vezes os extremos podem atingir uma pessoa e ela pode não reagir bem. Eu consigo entender a avalanche de emoções, e você sente demais, e não sabe se o seu coração vai durar por muito tempo por causa disso. Se ele vai continuar a bater. Consigo compreender que às vezes a escuridão vai se tornar a sua amiga e o desconhecido vai substituir o bicho papão no lugar de "pior pesadelo" e que às vezes parece que o oxigênio é vidro cortando você em pedacinhos. E eu também entendo que isso está ficando um pouquinho triste demais, mas hábitos são difíceis de se largar, então dê um crédito. O que eu quero dizer é que eu entendo. Antes eu não entendia, mas agora sim. Eu entendo a sua dor, eu entendo a minha dor e entendo a dor de Dover. 

Ele se matou porque o oxigênio o cortou demais, porque não sobreviveu a avalanche de emoções, e não compreendia. E, pode soar meu cruel, eu sei, mas eu acho que estou feliz por ele. Se eu queria ele vivo? Claro. De todo meu coração. Mas eu não iria desejar uma vida de sofrimento interno para ele, e se ele não sobreviveu, quis terminar isso, acredito que foi uma escolha pessoal, e tenho que respeitar. Não há como trazer ele de volta, e duvido que ele teria escolhido voltar se tivesse a chance, naquele momento em que se matou. Então, eu compreendo. Porque é tudo que resta a fazer.

Como eu disse antes, eu te entendo também. E não, eu nunca, por um segundo, achei que você fosse a culpada por tudo isso. Imagino que ia acontecer eventualmente, eu estando lá ou não. Eu só... estava com raiva. Dele. Por ter me abandonado. E eu não queria lidar com a raiva perto de você, por eu me importo contigo e não acho que seria certo descarregar toda a raiva em cima de você, então me afastei. Para lidar com o luto, com a sensação de estar sozinho no mundo. 

Eu sei que você deve estar louca pra saber, então vou contar: não estou mais sozinho. E o que antes doía, não dói mais. 

Óbvio que não dói quando você tem um spa nas Bahamas e um namorado gatinho, mas não quero me gabar, sabe...

Brincadeira.

E você tem o Perry, então estamos quites no quesito namorados que dão pro gasto. Ha!

Obrigada pelo poema, ainda tenho ele guardado. E eu espero que esteja bem, e que tudo esteja dando certo e se precisar de alguma coisa, só vir pras Bahamas!

Brincadeirinha de novo. Você pode me ligar. E eu sinto sua falta. 

E sinto falta de St. Mara também. 

Um dia, vamos todos voltar para visitar o barco e colar nossas fotos lá, pra sempre. Vou até dar uma passagem para senhora Kowki visitar as Bahamas porque aquela mulher é uma santa por nos aguentar todo aquele tempo, e com certeza merece uma massagem no spa. Talvez uma estadia de um ano seja melhor... 

Enfim, espero que minha carta tenha te feito feliz e desculpe pela demora, eu só precisei de um grande tempo mesmo para entender essas coisas do passado, mas agora eu estou bem, e pronto para seguir em frente. Espero o mesmo de você. 

Com amor, Danny.


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