So Cold escrita por Kelly


Capítulo 12
Darach // Druida


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo :) Este também é grande, não como o outro, mas é! Pessoal, façam o favor de se denunciarem nos comentários :3

Como sempre,
Kiss ♥



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Anteriormente em So Cold:


–Mas deve ser a natureza das pessoas. Pensarem que conhecem as outras. - sussurrou ele - As pessoas vão dizer-te quem és toda a tua vida. A única coisa que tens de fazer é devolver a dizer "Não, esta é quem eu sou!".


Ele tinha razão, e muitas pessoas gostam de fazer isso. Incluindo a minha familia. Mas para poder aplicar aquilo que Scott disse eu preciso saber quem eu sou.
 E quando Scott me puxou para o seu peito e abraçou-me foi como se alguma parte do meu coração se preenchesse. Naquele momento, eu senti-me inteira. Eu precisava de um abraço, um abraço apertado, um abraço que me livrasse das angústias que eu estava a passar. E o abraço dele foi exatamente isso. E permiti-me fechar os olhos. Fiquei ali sentada, os olhos fechados, enquanto ouvia o bater do coração de Scott e quase acreditei estar no País das Maravilhas, embora eu soubesse que bastaria abri-los e tudo transformar-se-ia em insípida realidade…


Atualmente em So Cold:


Pov. Scott


Enquanto o cheiro dos cabelos dela me possuía, permiti-me fechar os olhos e cair na inconsciência. Mas a verdade é que nem mesmo nos nossos sonhos estamos seguros.


Sonho on:


-Scott. - chamou uma voz no meio da floresta. A voz da Alexia.

-Ei, onde estás? - perguntei andando à volta desesperado. - Alexia?!

-Desesperado? - perguntou a voz na minha mente, que era assustadora, o que me fez recuar. E apareceu a Alexia, num vestido vermelho comprido, no outro lado. Eu respirei fundo, quando a voz voltou a falar - Olha, pobre garota.

-Alexia... Que te aconteceu? - perguntei ignorando.

-Scott. - chamou ela e avançou um passo, mas eu por alguma razão não me conseguia mexer. Mas devo admitir, ela está ... perfeita.

-Às vezes não é preciso palavras para dizer o que queres, Scott. Os olhos não mentem- sussurrou a voz, eu olhei a Alexia, e semicerrei os olhos - Não te desculpes pelo que queres.

-A Alexia!? Não! Quem raio é você? Saia da minha cabeça! - gritei indignado e então senti a presença dele na minha mente esvair-se. Ficou escuro e eu olhei para ela, que continuava no mesmo sitio.

-Eu quero que te vás embora. - pediu ela. Admito... magoou, mas eu aproximei-me.

-Tens a certeza que queres que me vá embora? - perguntei , com esperança e aproximei-me mais, ficando diante dela.


Eu perguntei mais 18 vezes "tens a certeza que queres que me vá embora?" e cada sim era como uma facada, num sitio diferente.
Eu fiz o que ela pediu e fui embora. Quando deveria ter ficado. Porque devia ter ficado? Porque o grito dela, acabou com a vida dela, e assim com a minha.


Sonho off:


~dia seguinte, Sexta-feira~


-Ai! - exclamei baixo, quando bati com a cabeça no banco da frente - Merda!


Recompus-me do sonho e agradeci mentalmente por não ter acordado ninguém e voltei a encostar-me, ajeitando Alexia ao meu lado. Alexia... mas que raio de sonho! O mais estranho é que eu nunca me imaginei sussurrando o nome dela no meio de um sonho.
O resto da noite , foi muito má. Não consegui nem dormir trinta minutos seguidos, então deixei de tentar, por volta das seis da manhã.
Senti a Allison... e a Lydia a acordarem. Mas elas apenas permaneceram caladas durante 20 minutos, porque depois pude ouvir a pergunta de Lydia:


-Como estás? - e passei a tomar toda a atenção na conversa.
-Bem, porque haveria de estar de maneira diferente? - perguntou Allison seca, em resposta.
-Isso digo eu! Que te deu ontem? - disse Lydia um pouco mais alto.
-Ontem? Estás a referir-te a que parte? - perguntou ela , irónica.
-À parte em que nem agradeces-te à tua irmã, por te ajudar com a ferida de Scott. - explicou Lydia e eu semicerrei os olhos - à parte em que não quiseste que ela te ajuda-se a encontrar o Scott e ah... SIM! À parte em que não te preocupaste com o enorme buraco na cabeça dela, nem depois de ela ter ajudado o teu ex-namorado! - e acabou a gritar baixo.
-Não exageres Lydia, por favor. - pediu Allison - Não era um buraco.
-Pois não, mas ela caiu para o lado! - exclamou Lydia indignada - Que raio, Allison! - e acalmou a voz - Só, conta-me.
-Não sei se percebes-te um padrão, mas eu percebi de primeira. - sussurrou Allison e eu inclinei a cabeça.
-Padrão? - perguntou a loura - Que padrão, Allison?
-"A tua irmã...Scott", "ela...Scott" e ah...SIM! "dela...ex-namorado". - disse Allison, imitando a voz de Lydia.
-Não estou a entender... - sussurrou confusa, mas de repente exclamou - Allison, deves estar a brincar!
-Não, não estou. - disse Allison.
-Ela e o Scott são só amigos. - sussurrou Lydia. E eu arregalei os olhos, eu não estou a acreditar.
-Amigos... - repetiu Allison - Lembras-te do Stiles ter dito que a ultima vez que o viu assim foi na lua cheia?
-Sim. -respondeu a loura.
-E a Alexia disse que ele esteve com ela no quarto. - continuou Allison,  e eu agora estou ainda mais confuso - Na ultima lua cheia que esteve assim , ele beijou-te. - eu baixei a cabeça, mas percebi o que ela queria dizer. Esta com ciúmes.
-A Lexi disse que ele foi agressivo com ela. - contra-atacou Lydia - Ouve. Mesmo que eles se tenham beijado, não tens nada com isso. Ele já não é teu namorado, aliás foste tu que lhe deste um pontapé.
-Obrigada Lydia, sinceramente. - disse Allison irónica - Ela é minha irmã e além disso está com o Isaac!
-Sim e tu não? - perguntou Lydia irónica .
-O quê? - disse Allison confusa.
-Tens algo com o Isaac. - acusou a loura.
-Não, eu não me chamo Alexia. Não ando com o namorado da minha irmã! - exclamou ela e eu admirei-me, não conhecia este lado da Allison e confesso que esta atitude desiludiu-me.


Ouviu-se a porta do autocarro abrir e um grito:


-O QUE É ISTO? - todos despertaram, a Alexia desencostou-se e olhou-me enquanto bocejava. E por alguma razão achei aquela cena engraçada. Todos olhavam o treinador - Sabem que mais, não quero saber. Sentem-se! - e o resto dos alunos entraram, tomando os lugares restantes.


A Lydia veio até ao meu lado com o apito do treinador na mão e soprou. Quando abriu a mão vi do que se tratava : Wolfsbane.


-Wolfsbane ?! - perguntou Stiles, alto do banco atrás do meu.
-Isso explica as alucinações. - disse eu. E Alexia concordou e comentou:
-Então quer dizer, que cada vez que ele soprava o apito, espalhava Wolfsbane pelo autocarro? - todos assentiram - Autch! - rimos e Stiles arrancou o apito da mão de Lydia, lançando-o pela janela.
-Stilinski! - gritou o treinador e Stiles disse:
-Estava cheio de pó e temos muita gente alérgica aqui. - o treinador, fingiu acreditar e voltou para a frente do autocarro.


O autocarro arrancou e tenho a sensação que ouvi todos no autocarro suspirarem de alivio, até eu. Aquele lugar é assustador. E agora perguntam-me até para um lobisomem? E eu respondo, principalmente para um lobisomem.
Despertei dos meus pensamentos, com a voz que vinha do meu lado:


-Scott? - e balançou a mão na minha frente, eu ri e olhei-a.
-Desculpa. - pedi e ela riu.
-Onde estavas? - perguntou. "Não sei", pensei.
-Algures noutro planeta. - respondi. Ela começou a fazer gestos estranhos com a mãos.
-Eram verdes? Como era lá? - eu ri, que idiota. "É a minha melhor amiga" , pensei novamente.
-Não, eram amarelos e às bolinhas vermelhas. - respondi e ela riu. Como eu adoro, quando ela ri. E então reparei na ferida recente e baixei-me para pegar a caixa dos primeiros socorros.
-Idiota. - sussurrou ela e encostou-se à janela, de frente para mim.
-Vou fingir que não ouvi. - disse eu e preparei tudo para lhe fazer um curativo.
-Au. - queixou-se ela, enquanto lhe desinfetava a ferida. - Au. Au. Au. Scott.
-Estou mesmo a magoar? - perguntei preocupado, enquanto lhe punha gaze.
-Sim... - sussurrou ela, com expressão de dor.
-Está quase. - respondi e acabei o "penso" - Já está. - ela tocou com a mão no recente curativo.
-Aprendes-te com a tua mãe? - perguntou ela e eu ri.
-Posso dizer que sim. - respondi e ela ficou séria.
-Obrigada! - exclamou e aproximou-se de mim, beijando a minha bochecha demoradamente. Depois voltou ao seu lugar.
-É o que os melhores amigos fazem. - disse eu e ela assentiu.


O resto da viagem foi silenciosa. Por certos momentos, pensei em lhe dizer  " a tua irmã tem ciúmes de nós dois. Que idiotice", mas fechava a boca antes mesmo de pronunciar algo. Porque sei que as coisas entre elas não estão propriamente bem e eu não quero piorar.
Ela é a minha melhor amiga e eu não quero ser a causa do sofrimento dela. Eu gosto dela, talvez mais do que deveria, mas sabem...talvez seja esse sentimento que a vai manter viva.
Mas naquele momento, tive medo de que aquele sentimento achasse o meu coração confortável.


Pov. Alexia


A viagem foi silenciosa. A Allison ainda nem falou comigo, é verdade que ela estava estranha ontem à noite, mas eu nem sei porquê. Então resolvi mandar-lhe mensagem "Estás bem? x - Alexia", mas não obtive resposta. Talvez eu tivesse feito algo, que não devia. Eu estava tão perdida nos meus pensamentos, que nem reparei que já tinha-mos chegado, até ouvir a voz de Scott:


-Chegamos. - eu olhei-o e sorri.


Levantei-me do banco, e senti-me um pouco tonta mas logo recuperei, e caminhei para fora do autocarro. Não consegui apanhar a Allison, ela já se dirigia ao carro dos nossos pais.


-Allison! - gritei, mas ela já estava muito longe, ou então simplesmente ignorou. Senti uma mão no meu ombro, olhei e era a Lydia.
-Ela está... com dor de cabeça. - sussurrou ela e eu assenti, fingindo acreditar.
-Tenho de ir. - disse eu e abracei-a, ela retribuiu.
-Adeus, Lexi! As melhoras!- exclamou ela e eu acenei.


Caminhei até o carro dos meus pais e eles esperavam-me do lado de fora. A minha mãe veio logo ter comigo, preocupada.


-Alexia, por amor de deus! - exclamou ela aliviada e preocupada ao mesmo tempo - Que te aconteceu?
-Foi um acidente. - sussurrei e tentei parecer bem.
-Vamos. - mandou a minha mãe e encaminhou-me até ao meu pai, que me beijou a face com cuidado.


Eu entrei na parte de trás do carro, e sentei-me ao lado da Allison. O carro arrancou e ninguém trocava uma palavra, mas eu fiz questão de quebra-lo quando o pai estacionou.


-Allison, a Lydia disse que estavas com dor de cabeça. - disse - Estás melhor? - silêncio, silêncio. Ok, eu fiz algo.
-Allison, a tua irmã falou contigo! - exclamou o pai. Não sei é porque ainda estamos dentro do carro...
-E eu com isso! - gritou Allison , e saiu do carro em direção às escadas para a cozinha.
-Ok... - sussurrei e sai do carro. Os meus pais fizeram o mesmo e seguimos para casa.


Caminhei para o meu quarto, e fui tomar duche. Fiquei lá durante 45m, precisava de descansar.
Tentei a todo o custo não me lembrar dos problemas. E uma Allison chateada , era só o que faltava... Mas que mal fiz eu, digam-me?!

Vesti uma roupa confortável, deitei-me na cama .
Nessa noite, quando retornei pra casa e agarrei meu travesseiro, senti saudades do Scott. Foi estranho.


~2 dias depois, domingo~


Sentada na secretaria, à espera que a minha irmã resolva , finalmente me dizer uma palavra. Mas sabem que mais, já desisti.
Enquanto estudava, percebi o telemóvel vibrar ao meu lado. Peguei e li Scott , então atendi.


-Alô? - saudei e ele disse preocupado.
-Conheces o Danny, certo? Futebol. - e continuou - Ele está mal no hospital, tipo mal. E acabou de vomitar Mistletoe.
-O quê? - perguntei assustada - Como assim, ele está a vomitar Mistletoe?
-Eu não sei, Lexi. - disse ele, alarmado.
-Queres que vá ter contigo? - perguntei.
-Por favor... - disse ele, aliviado.
-Estou a caminho. - avisei e rapidamente já arrancava o carro em direção ao hospital.


Quando estacionei no parque do hospital, vi Scott a conversar com o Ethan. Sai do carro e caminhei até eles.


-Não vamos magoa-los. - jurou Ethan.
-Como podemos ter a certeza? - perguntou Scott, e eu cheguei ao pé deles.
-Porque pensávamos que um deles, era importante para ti. E agora sabemos que não. - disse ele e olhou para mim, eu acenei inocente- É ela. Mas fica descansado. Não vamos magoa-los.
-Eu o quê? - perguntei confusa. E Scott, finalmente notou-me, dando-me um beijo na bochecha.


Scott começou a olhar para o longe e eu segui o seu olhar. Assim como Ethan , que se virou.
Começamos a avançar em frente, na direção do carro, que como estava descontrolado bateu no meu.


-O meu carro...- sussurrei boquiaberta.


E corremos os três em direção ao carro, eu corria mais devagar. Scott abriu a porta, mas não disse nada.


-Que merda... - exclamou ele confuso.
-Que foi? - perguntei ao Ethan.
-Não está ninguém no carro. - respondeu ele.


Scott reparou em alguma coisa no chão do carro, era uma borboleta... morta.


-Darach? - perguntei medrosa. Eles olharam-me e eu sorri assustada.


Depois de avisarmos a policia e o hospital. O Scott, chamou Stiles. E encontramo-nos os três junto com Melissa, perto do carro do pai dele.


-Dois desaparecidos. - disse o Sr. Stilinski, apontando o que Melissa dizia - Esperem. Os dois estavam no carro?
-Não pai, eles disseram que houve dois sequestros. - explicou Stiles - Dois médicos.
-E de quem é o carro? - perguntou o pai dele.
-É da doutora Hilyard, a que atende a emergências.  - respondeu Melissa - O plantonista é o que não responde aos chamamentos.
-Vou focar primeiro na sua historia. - avisou ele a Melissa, que assentiu- Meninos, deem-nos um minuto. - e nós afastamo-nos para outro canto.
-Com certeza são sacrifícios. - disse eu.
-Sim, segundo Deaton, são os médicos. - concordou Stiles.
- Mas e o Danny? - perguntou Scott - Ele vomitou Mistletoe. Não é coincidência. Se não estivesse com o Ethan, teria morrido.
-E o Danny não é médico. - completei eu. E ficamos a olhar-nos, confusos. Stiles reparou que o pai falava ao telemóvel e pediu:
-Consegues ouvir, Scott? - e Scott virou-se, olhando para o Sr. Stilinski.
- Encontraram um corpo. - informou ele.


O pai de Stiles acabou por nos mandar para casa, a dizer "Já presenciaram demais, hoje" . Nós obedecemos, mas Scott estava preocupado com a mãe, por ela ser tipo médica. Eu ofereci-me para o ajudar a "protege-la", e ele concordou. Seguimos para casa dele, menos Stiles e resolvemos ficar de vigia durante a noite, no quarto dela. Isaac acabou por aparecer e ajudar-nos.


~dia seguinte, Segunda-feira~


Acordei com um grito do tipo "Meninos!" e rapidamente abri os olhos, vendo todos nós (os três) a levantarmo-nos e vi Melissa a olhar-nos desacreditada.


-O que estão a fazer? - perguntou ela, com voz de sono.
-Estávamos a cuidar de si. - respondeu Isaac.
-Para garantir que não fosses o 3º sacrifício. - completou Scott.
-Mas estavam a dormir. - disse ela, e eu e Scott olha-mos indignados para Isaac.
-Tu é que estavas a vigiar por ultimo. - disse eu para Isaac.
-Do que estás a falar? - perguntou ele - O Scott estava. - eu olhei para Scott.
-Não, o Isaac estava! - exclamou ele.
-Devi ser mesmo eu. - concordou Isaac, e olhou para Melissa, que riu.
-Meus dois heróis e minha heroína. - disse ela, como se tivesse orgulhosa - Não disseram que eram todos médicos?
-Sim. - respondi e ela continuou:
-Não tenho "Dr." no meu nome, então, acho que estou livre.
-Mas pode ser qualquer tipo de médico, mãe. - avisou Scott. Eu e Isaac assentimos - E tu foste, sem duvida, uma ontem.
-Hoje não farei parte de nenhum sacrifício. - disse ela e depois mandou- Então... vão para a escola!


Ontem à noite, tinha passado em casa, para avisar os meus pais que não ía dormir em casa. Se bem, que também não disse onde ía dormir. Então trouxe roupas. Fiz a minha higiene e vesti-me. Depois Melissa fez-nos o pequeno-almoço e nós fomos para a escola.
Seguimos para a aula do Sr. Harris, que agora era dada pela Sr. Blake, aquela professora que eu detesto, e sentei-me ao pé da Allison, na esperança que ela me dissesse algo, mas não disse. Scott sentou-se ao lado de Stiles, na carteira a meu lado.


-Bom dia! Como sabem, o Sr. Harris ainda está desaparecido, digo... doente. - explicou ela atrapalhada - Enfim, ficarei aqui enquanto esperamos e rezamos por um substituto melhor para assumir o meu lugar. Então vamos começar?
-Oiçam! - disse Stiles e eu olhei para os dois - Meu pai disse que o plantonista não foi estrangulado, mas morreu asfixiado. Só não sabem como.
-Achas que a outra médica ainda pode estar viva? - perguntou Scott.
 -Eu não sei. - respondeu Stiles, e eu corrigi:
-Eu tenho a certeza que não está. - e ambos me olharam.
-Mesmo assim . - concordou Stiles - Mas, pessoal, há no mínimo vinte médicos no hospital.
-Qualquer um deles pode ser o próximo. - completei eu. O telemóvel de Scott começou a tocar e ele atendeu discretamente.
-Olá, Dr., desculpe. Estou na aula. - disse ele baixinho - Posso ligar mais tarde. - e esperou pela resposta do outro lado. Mas a cara dele dizia "NADA BOM!".
-Dr.? - chamou Scott - Que está a acontecer? - e ele ficou a olhar para o telemóvel preocupado.
-Scott, que se passou? - perguntei e Stiles perguntou a seguir:
-Meu, que aconteceu?!
-O Deaton, vai ser levado. - sussurrou ele.
-O 3º sacrifício! - exclamou Stiles.


Ele salvou a minha vida daquela vez dos vidros e talvez eu devesse retribuir.
Eu e Scott arranjamos a desculpa para a professora de que tinhamos de sair 5 minutos mais cedo e por alguma razão, ela acreditou, estupidamente. Scott, levou-me na mota com ele, até à clinica.
Mal estacionou e entramos logo a correr, mas já lá estava o pai do Stiles e outra policia.


-Como soube? - perguntou Scott confuso.
-Stiles ligou-me quando saíram da escola. - respondeu ele - Sinto muito, o carro do teu chefe ainda está aqui e a porta dos fundos estava aberta.


Scott ficou mal, e sentou-se no sofá atrás de nós. Eu permaneci de pé, preocupada.


-Preciso que me contem tudo! - pediu o Xerife.

Eu sentei-me ao pé de Scott, enquanto ele contava (omitindo algumas partes, obvio) o que se tinha passado. Passado 5 minutos, Stiles entrou na clinica e sentou-se ao nosso lado. O Scott acabou de contar ao Xerife e então ficamos apenas os três calados. Todos sabíamos quem estava por detrás disto: Darach. Não sabíamos era como apanha-lo. 
O pai de Stiles, apareceu ao pé de nós depois de alguns segundos, batendo nas costas do Scott, que se virou.


-Tudo bem. - disse ele - Faremos o que for possível. Agora o melhor que podem fazer, é voltarem para a escola. - nós assentimos.


Scott apontou para a porta dos fundos. Nós levantamo-nos e seguimos para lá.


-Temos que lhe contar. - avisou Scott.
-Queres dizer, contar mesmo ou contar outra coisa que não é o que acho que queres contar? - perguntou Stiles, complicado como sempre.
-Stiles, porque complicas? - perguntei a ele , que encolheu os ombros.
-Sabes o que quero dizer. - disse Scott e Stiles perguntou:
-Lembras-te como a tua mãe reagiu? - e eu baixei a cabeça. Lembrar-me daquela noite, não era o meu passatempo favorito.
-Ela não te olhou nos olhos por uma semana. - completou Stiles.
- E depois, superou. - disse Scott, determinado. Mas eu defendia Stiles, com muito custo - E na verdade aproximou-nos.
-Não sei, meu. Olha para ele. - pediu Sty, triste - Ele está acabado.
-Ele está acabado porque não tem ideia do que está a acontecer. - corrigiu Scott - Há pessoas a morrer na cidade. A cidade que ele devia proteger. E não é culpa dele, pois não sabe. Ele vai descobrir de qualquer maneia, Stiles.
-Mas tem de ser agora? - perguntou ele.
-E se não contarmos agora e mais alguém morrer? - perguntou Scott e eu discordei:
-Acho que uma coisa não afeta a outra, Scott. - eles olharam-me, notando-me agora, provavelmente - Mesmo que ele saiba , não pode fazer nada.
-Sim, e se contar-mos e ele morrer? - perguntou Sty, concordando comigo. - Sei que o Deaton tem sido como um pai para ti, Scott. Mas ele é meu pai de verdade. Não posso... perder os meus pais. Não os dois.
-Têm razão. - disse Scott e olhou-nos.
-Não , não temos. - corrigiu Stiles - Não temos razão. Eu conto.
-Eu ajudo-te. - disse Scott e eu disse:
-Eu também.


Então Scott, saiu , seguido por nós em direção ao pai de Stiles.
Ao lado da policia estava a Morrel.


-Por favor. Tudo o que for preciso, desde que encontrem o meu irmão. - disse ela. Nós olhamo-nos os três e ela caminhou até nós.
-Vocês três, oiçam com atenção. - ameaçou ela - Nenhum xerife, deputado ou detetive será capaz de encontra-lo.
-Não precisa de nos pedir ajuda. - disse Scott.
-Na verdade, estou a tentar ajudar-vos. - corrigiu ela - Porque se vão procurar o meu irmão, precisarão da única pessoa que tem capacidade de procurar algo sobrenatural.


Eu suspirei e eles olharam-me.


-A Lydia. - respondi , preocupada por ela.
-Boa sorte. - desejou ela - Vão precisar.


Nós começamos a avançar na direção da porta. Eu fui por ultimo, e quando eles passaram a porta, senti me agarrem o braço. Eu virei-me e vi a Morrel.


-Toma cuidado. - avisou ela e eu olhei-a desconfiada - Não te ponhas no caminho dela, Alexia. Não tu. Ou o que ela tem para fazer mais tarde , faz agora - e largou-me.


Eu não disse nada  sai da clinica. Scott esperava-me na mota, e eu aproximei-me, subindo nela com o capacete.


-Que foi? - perguntou ele.
-Nada, tinha me esquecido da mala. - menti e ele arrancou em direção à escola.


Chegamos rapidamente e entramos. Notei que ele estava preocupado.


-Vamos encontra-lo. - tranquilizei. Ele olhou-me e sorriu.
-Esperemos. - sussurrou e eu baixei a cabeça. O telemóvel do Scott apitou e ele leu em voz alta - Eu encontrei-a.


Ele começou a andar para um caminho oposto e disse-me onde estava Stiles e Lydia, e seguimos caminhos diferentes.


Pov. Autora


-O teu coração está a bater mais depressa. Mas não é de medo, é de raiva. - disse Deucalion - Aposto que sei o que estás a pensar "Ele tem algo a ver com o desaparecimento do Deaton?". Deixa-me dizer. Se conseguires pegar a bengala de mim, direi onde ele está. Que achas?


Depois começou-se a ouvir sinais de luta. Mas rapidamente cessaram.


-Impressionante! - exclamou o Deucalion. - Mas tu sabes que não sou eu que ando a orar a deuses antigos. Ou o que quer que os druidas façam. Faço parte de uma alcateia que quer o Derek morto. Kali está a ir atrás dele. Então há uma escolha difícil a tomares. Porque alguém vai morrer hoje à noite. Se será Deaton ou Derek, depende de ti.
-Diga-me onde ele está. - mandou Scott alterado.
-Uma pista muito importante. Deixa a corrente guiar-te. - disse Deucalion, com um sorriso vencedor.


Pov. Alexia


Encontrei-os junto com a Cora e sentei-me na mesma mesa que eles.
Stiles ofereceu um lápis a Lydia e eu rolei os olhos.

-Escrita automática? - perguntou Lydia irónica. Ele assentiu e ela pegou.


Todos resolvemos espreitar, e ela começou a ... desenhar? Stiles aproximou-se do papel, inclinando a cabeça.


-Lydia que estás a fazer? - perguntou ele - Que diabos é isso?
-Uma arvore. - respondeu ela e sorriu. Eu e a Cora olhamo-nos e rolamos os olhos.
-Uma ar... - ele olhou-a indignado - Lydia, devias estar a escrever palavras, como frases, um local, algo que nos diga onde ele está!
-Era só teres dito. - sussurrou ela.
-Ela não era um gênio? - perguntou Cora irónica.
-Gênio? Sim. Vidente ? não. - respondeu Lydia.
-Não sei porquê que se preocupam comigo. Principalmente por ser obvio que deviam falar com o Danny. - disse ela. E nos olhamos-a.
-O quê? Porquê Danny? - perguntei. E Lydia ía responder:
-Porque...


Mas ouvimos a porta e vimos Scott, aleijado de um ombro. Eu olhei-o boquiaberta, assim como os outros.


-Ontem ele era um alvo. - completou Scott - E não um dos sacrifícios.


O telemóvel dele tocou e atendeu.


-Estou a ir. - respondeu e apontou para mim - Tu vens comigo.
-Porquê? - perguntei assustada.
-A tua irmã chama-nos. - respondeu ele.


Levantei-me, peguei na minha mala e seguimos para minha casa.
Allison esperava no quarto dela. Entramos os dois.


-Encontrei isto. - disse ela para Scott, ignorando-me. Quando ouvimos um barulho.
-Ele não devia voltar agora. - disse ela.
-O que fazemos? - perguntou Scott preocupado e eu tive uma ideia.
-Vão! - exclamei enquanto os empurrava para o guarda-fato.


Eles entraram e eu coloquei-me debaixo da cama. O meu pai passou no corredor , mas não me viu. Foi para o escritório, já não o vi mais. Então a Allison e o Scott saíram do guarda-fato, mesmo no momento em que a porta de casa fechou. Eu também sai daqui e levantei-me.
Allison guiou-nos até ao escritório do pai. Scott fechou a porta e eu fui com Allison até à secretaria.


-Estão a ver este mapa? - perguntou ela, falando pela primeira vez comigo em 5 dias e eu assenti, assim como Scott.
-Da ultima vez que conversamos aqui, o pai pôs um livro sobre ele. Foi... estranho. - respondi.
-Sim, eu lembro-me. - concordou ela - Foi como se estivesse a tentar cobri-lo.
-Mas eu não vejo nada de estranho. - disse Scott.
-Não dá. - concordou ela - A menos que usemos isto. - e mostrou aquilo que trazia na mão.

Ela começou a passar com aquilo no mapa e apareceram coisas escritas.

-Ele esteve rastreando e marcando tudo? - perguntei abismada.
-Sim. - respondeu ela.
-Cora e Boyd no banco, os Alfas acima de nós... todos os corpos. - sussurrava eu, enquanto ela passava com a luz.
-Há um símbolo para os lugares onde são levados e um outro para o lugar onde são encontrados, estão a ver? - explicou e nós assentimos. - Agora a parte estranha... - e eu percebi o que ela queria dizer...
-Ouve seis sacrifício, certo? - perguntei olhando para Scott e ele assentiu. A Allison olhou-me e completou:
-Há doze marcas no mapa. - ele arregalou os olhos e olhou para o mapa, assim como nós.
-O quê? - perguntou ele abismado - O vosso pai encontrou mais corpos e não contou a ninguém?
-Acho que não. - respondeu ela triste. E eu concordava com ela.
-Achamos que ele sabe onde o corpo será encontrado.- completei.
-Então... - continuou Allison - Um destes seis locais, é onde o Deaton poderá estar.
-Isso não os diz onde ele está no momento. - disse Scott.
-Mas é o que basta para descobrir. - acrescentou Allison.
-Exato. - disse eu.


Então Scott tirou fotografia com o telemóvel. E depois ouvimos algo... era uma porta. Ele tinha voltado.


-Vamos, vamos, vamos! - exclamei baixo e saímos do escritório para o quarto de Allison, o mais perto.


Scott escondeu-se no banheiro e eu e a Allison abrimos rapidamente os livros e um pacote de gomas. De repente a porta do nosso quarto abriu-se, era o nosso pai. Nós olhamos e sorrimos.


-Não vos ouvi chegar. - disse ele e vimos Scott esgueirar-se por trás dele, e acenar-nos. Depois desapareceu no corredor.
-Só estávamos fazendo os trabalhos, estudar... - respondi e Allison assentiu.
-A mãe ? - perguntou ela.
-Compras. - respondeu ele, e riu. Depois saiu do quarto e fechou a porta.


Nós suspiramos e eu perguntei:


-Estás bem?
-Sim. - respondeu e passados alguns minutos , olhou-me - Eu menti, eu não estou bem. Sinto a tua falta, e sinto falta de tudo, mana. Perdoas-me?
-O meu problema é que não consigo não perdoar alguém, independente do mal que me tenha feito. - respondi e ela sorriu - Mas podes me dizer o porquê?
-Não importa. - respondeu ela e eu sorri amarelo. Eu realmente queria saber.


O meu telemóvel começou a tocar e eu retirei-o do bolso detrás. Li Isaac e atendi.


-Alô? - saudei.
-Acho que temos problemas no apartamento do Derek. - sussurrou ele.
-O que fizeram? - perguntei indignada.
-Acho... que precisamos de ajuda... - disse ele baixo.
-Estou a caminho. - respondi e Allison perguntou "Que foi?" , por gestos.
-Rápido... - sussurrou ele. Eu desliguei a chamada e voltei a guarda-lo.
-Vens? - perguntei enquanto me levantava - O Derek está com problemas.
-Vamos lá salvar o dia. - ironizou ela e eu rolei os olhos.


Fui até ao meu quarto e vesti a roupa de "caça", junto com a liga na perna. A Allison já tinha as armas na mala do carro, então descemos com o mínimo de barulho possível. Ninguém deu por nada, então entramos no carro , onde Allison me contou uma grande novidade e um grande plano.
Fomos em direção ao apartamento do Derek, onde rapidamente chegamos.
Descemos do carro e equipamo-nos seguindo para o sitio combinado. Na entrada podemos ouvir alguém a falar:


-Nós dois, Derek, ou eles vão despedaça-la. - e andamos mais um pouco. Eram os gémeos com a Sr. Blake, e a Kali a ameaçar Derek - O que me dizes? Achas que consegues me vencer?
-Vou rasgar a tua garganta com os meus dentes!- exclamou Derek. Sempre tão querido...


E ambos rugiram, eu olhei para Allison do tipo "E agora?", e ela respondeu do tipo "A ideia foi tua!". Eu avancei mais , enquanto os gémeos estavam distraídos com a luta e acertei em Ethan e Allison no outro, o que os fez ficarem inconscientes, ou seja temos 30 segundos no mínimo. Agarrei na Sr. Blake e arrastei-a para um canto, pedindo para se manter calada.
Isaac viu-nos, assim como Derek e Boyd. Eles iam avançar mas Derek gritou:


-Não! - eu parei, assi como Allison.
-Espera! - gritou Isaac para Boyd.


O meu telemóvel vibrou e escondi-me melhor, tirei-o do bolso e li  Stiles e Isaac, então atendi.


-O quê? - perguntei.
-Como se liga a energia, Lexi? - perguntou a voz de Stiles.
-Devem ter cortado o fio ... vermelho. Por isso conecta-os. As pontas.- mandei e ele disse:
-Ok. Isaac? -
-Pronto. - respondeu. Espreitei para a luta...
-Tem de ser agora! - exclamei.
-Agora, Isaac! - e a chamada desligou-se.


Então Isaac foi para o meio da água, perto da luta e agarrou na senhorita Blake, levando-a para longe. Pois os gémeos se iam levantar. E aconteceu o choque.


-Agarrem-no! - gritou Kali para os gémeos. Eles iam a correr, mas eu e a Allison colocamo-nos na frente. Espetamos facas neles, que caíram no chão - Garotas idiotas! - e veio na nossa direção.


Eu empurrei a Allison para longe dela, mas Kali lançou-se sobre mim e tentou acertar-me com as garras. Eu gritei quando caímos no chão, não tinha foça suficiente. Então ela deu-me um murro, o que me fez parar de mexer.
Levantou-se e caminhou até aos gémeos, eles levantaram-se já curados e correram até Derek agarrando-o, assim como Kali agarrou Boyd. Pegaram nas mãos de Derek e espetaram em Boyd.


-Não... - sussurrei, enquanto Allison me ajudava a levantar - Não ele, não como a Erica!
-Te darei até à próxima lua cheia. Faz a escolha certa. Junta-te ao bando. - disse ela caminhando para fora , com os gémeos - Ou na próxima vez matarei todos vocês.
-Nós salvamos-te a vida Ethan! E é assim que retribuis?! - perguntei indignada. Ethan olhou-me e seguiu caminho. Eu gritei com raiva. Corri até Boyd.
-Aguenta. - pediu Derek. Eu ajudava a carregar na ferida.
-Está tudo bem. - sussurrou Boyd.
-Não, não está. - respondi.
-Está tudo bem, Alexia. - corrigiu ele.
-Sinto muito. - pediu Derek e eu fiz mais força na ferida.
-A lua cheia...Aquela sensação...Valeu a pena. - disse Boyd -Existe um eclipse Lunar. Sempre me perguntei como seria a sensação para um de nós. Essas foram as ultimas palavras da Erica: "O que será que acontece connosco num Eclipse Lunar? Eles duram horas. Porque é a sombra da Terra. Talvez nos deixe mais fortes. Espero que nos deixe mais fortes." - quando reparei já sentia as lagrimas rolarem livremente pela minha cara.


E então o Boyd caiu ao meu lado.  Chegaram Stiles, Lydia e Cora que correu para perto de nós e chorou sobre o peito de Boyd.
Eu levantei-me e agarrei na mão da Allison. Havia um sitio onde tinhamos de ir.
Ela estacionou o carro na porta e enquanto esperou o nosso pai sair, limpou-me o sangue por causa do murro. Assim, saímos do carro e caminhamos até à porta. Consegui ver o velho sentado na cadeira de rodas. Ambas olhávamos-o de braços cruzados. 


-Surpreso em nos ver? -perguntou Allison com um sorriso.
-Estou surpreso por terem demorado tanto. - respondeu com a voz fraca , mas ainda assim com o sorriso sacana.


Gerard ia-nos contar tudo.  E contará a verdade. Antes de fechar a porta recebi uma mensagem "Salvei-o. Soube do Boyd e da luta. Quero saber, como estás? - Scott".
E percebi porque eu estava ali. Não era por mim, era pelos meus amigos. Os recentes e os antigos. Os mortos e os vivos. Lembrei-me do Boyd e da Erica e do que a minha mãe me disse uma vez "Embora o teu coração esteja doendo muito, sorri". E foi o que eu fiz, fechei a porta e sorri. Cada um sente a perda de uma forma diferente, eu estava a chorar. O meu coração estava e doía.


 


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Se sim comentem pessoal :)
Ando muito, não inspirada, porque ninguém comenta... E se não começarem a comentar vou pensar que não gostam ou assim , e posso pensar em desistir :(

Como sempre,
Kiss ♥



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