What Doors May Open escrita por Strawberry Fields Forever


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez demorei para postar e, ainda mais, só conseguirei postar um capítulo. Mas prometo, no decorrer da semana, postar dois duplos pelas ausências.

"Ou Santana e Brittany realmente se amavam, ou ambas eram covardes".

Voilà, a festa para vosmecês.

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405581/chapter/20

Capítulo 19

Eram sete e meia de uma sexta-feira à noite e ela não estava no telefone. Ela era, além de Jacob e talvez Kurt, a única adolescente em Lima, no país, que não estava no telefone agora.

Rachel jogou o telefone fechado e olhou para baixo, para o refogado em seu prato. Isso era ridículo. Ela precisava de um novo plano de telefonia, pois—o que mesmo?

"O que há de errado, querida?" Leroy perguntou depois de limpar a boca com um guardanapo.

Ela empurrou de arroz em seu prato com uma careta. "Eu quero ligar para Quinn," ela murmurou.

O olhar de Leroy desviou de Rachel para Hiram em confusão, em seguida, novamente para Rachel. "Por que não pode?"

Rachel olhou para Hiram.

"Por que minutos não são livres até oito", Hiram explicou. "A nossa conta de telefone está um pouco indisciplinada recentemente."

"Eu só liguei para ela duas vezes antes de oito!" Rachel defendeu-se.

"Eu vou subir agora e te mostrar a conta do celular, Rachel Barbra," ameaçou.

"Ok," Leroy demorou. "Vamos nos acalmar, certo?" Ele puxou a manga de sua camisa azul e encarou o relógio. "Rachel, querida, você só tem uma hora e meia. Que tal aliviar nossas preocupações sobre a festa e nos dizer o que vai acontecer?"

Ela caiu para trás em seu assento com um beicinho. Isso vinha acontecendo nos últimos dois dias. Quanto mais próxima a data da festa ficava, mais seus pais se preocupavam com ela. "Eu nunca fui a uma festa antes, então eu não sei," ela disse.

"Agora, isso não é verdade," Hiram advertiu. "Você foi recentemente para a festa de aniversário de sua prima Sophia."

Ela assentiu com a cabeça e encolheu os ombros de uma só vez. "Sim, isso é verdade, pai. Mas as festas do ensino médio são muito mais... legais."

"Dizer legal se traduz a sexo e álcool?" Perguntou Leroy.

"Não necessariamente," guinchou nervosamente de sua garganta. "Significa apenas que vai ter música e que a dança vai ser, você sabe, existente."

"Isso não é simpático", disse Leroy. "A festa de Sophia tinha, uh—", ele gesticulou com as mãos, Rachel olhando fixamente para ele.

"Can't Touch This?" Hiram forneceu.

"Sim, isso," Rachel acenou. "Essa festa não vai ter isso."

"Uma pena, se você quiser saber minha opinião," Leroy comentou.

Hiram concordou com a cabeça. "Mhm, é uma boa música".

"Vamos voltar para o sexo e álcool, no entanto: não perder sua virgindade em uma festa, baby girl; É brega.".

"Breguíssimo", Hiram concordou.

"Será que Quinn vai estar lá?"

"Sim, papai", ela demorou em aborrecimento. "Só porque eu e ela estaremos no mesmo lugar, sem supervisão, não significa—"

"Não há supervisão nessa festa?" Hiram perguntou de repente.

Rachel estremeceu em seu próprio erro. "Umm, eu tenho certeza que os vizinhos de Noah vão ficar de olho na gente?" Ela afirmou mais do que perguntou, mas não teve efeito definitivo.

A testa de Hiram franziu enquanto olhava para Leroy. "Ela acabou de mentir para nós?" murmurou como se tivesse uma conversa privada embora soubesse que Rachel podia ouvi-lo.

Seus lábios se enrolaram e ela os libertou com um som de estalo, caindo para trás em sua cadeira e cruzando os braços.

"Eu acho que ela fez," Leroy disse, jogando junto. "Ela deve saber que, neste momento de sua adolescência mentir é possivelmente a pior coisa que poderia fazer."

"Pior do que perder a virgindade em uma festa."

"...Não, eu não acho que haja alguma coisa pior do que isso."

"Você saberia."

"Hey!"

"Ok, eu entendi," Rachel cortou "Desculpe por ter mentido."

Hiram se inclinou em sua direção. "Então, qual a hora que você deseja que te levemos à sua soirée? Não quero chegar lá demasiadamente cedo."

Rachel se animou com o fato de que ela ainda estava sendo autorizada a ir. "Finn me levará, pai. Sua mãe deixou ele dirigir esta noite."

"Finn Hudson dirigindo?" Leroy disse, saboreando as palavras em sua língua. "Isso não me parece certo."

"Será que ele ainda tem sua licença?" Perguntou Hiram.

"Sim. Sua mãe apenas prefere fazer a condução. Mas ele pode dirigir," Rachel insistiu.

Leroy riu. "Diga isso para o carteiro."

"Oh, nós conseguimos uma Zinger!"

"Não o encoraje, pai," Rachel suspirou, exasperada.

Leroy olhou para o relógio novamente. "São oito, querida. Vá ligar para sua namorada."

Ela gritou e imediatamente empurrou a cadeira para trás para ficar de pé. "Bye, pais!"

"As crianças hoje em dia são tão hiperativas," Leroy disse enquanto a olhava correr até a escada.

"Não, sua filha esses dias está tão hiperativa", Hiram corrigiu.

Rachel fechou a porta de seu quarto e rapidamente discou o número de Quinn. Ela afundou em seus lençóis sentindo-se como a garota mais legal do mundo. Ela estava prestes a ir a uma festa do colegial cheia de atletas e agora ela estava ligando para a garota mais bonita e mais linda da escola. Ela olhou para o teto enquanto a linha discava.

"Alô?"

"Hey, Quinn," ela sussurrou timidamente no telefone. A novidade de ouvir o baixo timbre da voz de Quinn flutuando através da linha nunca sairia de moda.

"Hey. Espere um segundo." O som distinto de uma porta fechando chegou aos ouvidos de Rachel antes de Quinn falar. "Ok, estou de volta. Como você está?"

"Eu estou bem," Rachel tocou. "Estou realmente animada para a noite. Como você está?"

"Mais ou menos," Quinn reclamou. "Meus tendões estão me matando."

Rachel fez beicinho com simpatia. "Sinto muito. Talvez alternância de calor e gelo sobre ele vai ajudar."

"Eu só vou dormir", Quinn respondeu com um bocejo. Rachel podia imaginá-la agora, deitada em sua cama com o mesmo olhar sereno que ela tinha no rosto pela manhã quando tinha acordado no peito de Rachel.

"Você vai dormir?" Rachel perguntou com uma careta. "Você não sabe que a festa é hoje à noite?"

"Sim, mas eu não vou por pelo menos mais três horas, então..."

"Mas começa às dez."

Quinn riu. "Ninguém vai a uma festa no momento em que começa, Rachel."

"Eu vou," protestou ela.

"Então, umm, você realmente está indo para a festa?" Quinn perguntou em voz baixa.

Rachel sorriu da leve irritação e muda ansiedade que agora ela já tinha aprendido a captar na voz de Quinn. "Sim, eu vou. Não, eu não vou flertar com Noah e não, Molly não vai estar lá."

"Melhor que não", Quinn resmungou.

"Além disso, eu só vou prestar atenção para a garota mais bonita de lá de qualquer maneira," Rachel disse sinceramente.

Ela ouviu Quinn inalar uma respiração afiada e segurá-la, a linha ficou em silêncio por alguns segundos meticulosos e Rachel rolou sobre seu estômago. Suas pernas balançaram no ar em seu entusiasmo sobre como Quinn iria responder.

"Isso foi...muito doce, na verdade," Quinn murmurou.

"Você vai descobri que eu sou muito romântica. Se você nos der uma chance", acrescentou ela em voz baixa.

Quinn tomou outra respiração profunda e limpou a garganta para fazer valer as palavras: "Então, o que você vai vestir?"

Rachel pode fazer um pouco mais do que revirar os olhos com a mudança de assunto. "É uma surpresa!" ela gritou animadamente. "Você vai ver quando chegarmos lá."

Quinn zombou. "Tudo bem, tudo bem."

"O que você vai vestir?" Rachel perguntou.

"Você vai ver quando chegarmos lá", Quinn zombou.

Ela revirou os olhos. "Eu vejo".

A linha ficou em silêncio por um tempo, então Quinn fez um ronronar bonitinho, Rachel imaginava o alongamento do som ante dela suspirar ao telefone: "Eu realmente não quero parecer rude, mas—"

"Não, vá em frente," Rachel disse com um sorriso pela forma como aquele som trabalhou seu caminho até seu peito. "Tenha um bom cochilo."

"Vejo você em algumas horas," disse Quinn com certeza.

"Ok, tchau, Quinn."

Ela desligou o telefone com um grito e pulou em cima de sua cama. Ela só tinha duas horas que faltavam até a festa começar e era importante ser pontual. Houve uma batida na porta, enquanto ela estava caminhando para seu armário e ela se virou rapidamente em direção ao barulho. A porta se abriu e seu queixo caiu com Kurt entrando "Ei, garota!"

"K-Kurt, oi," Rachel gaguejou confusa quando ele a abraçou. "Não é que eu não esteja contente em vê-lo, mas... o que você está fazendo aqui?"

"Você está brincando comigo?" ele exclamou. "Você é o meu bilhete de entrada para essa festa!" Ele passou por ela caminhando diretamente para seu armário.

"Kurt, eu não tenho certeza se posso levar um mais um," Rachel disse.

Ele franziu a testa, mais pelo vestido de bolinhas preto e branco que ele tirou de seu armário do que pela sua declaração. "Este é o único vestido que eu, mesmo que remotamente, gostei," ele murmurou.

"É um vestido muito bonito, Kurt," defendeu.

"Sim, bem, ele vai ser depois que eu colocar alguns acessórios." Ele pegou uma sacola que tinha acabado de colocar no chão "Ok, agora, basta colocar o vestido e esse lenço em volta de sua cintura, enquanto eu vou me trocar. Quando eu voltar, nós podemos começar a maquiagem."

Em um flash Kurt tinha ido embora antes que Rachel pudesse dizer qualquer palavra. Um sorriso lutou o seu caminho para o rosto dela diante da ideia de ter um amigo com ela na festa. Ela já considerava Santana e Brittany suas amigas, mas elas eram mais amigas de Quinn que qualquer outra coisa. Mas ter Finn e Kurt agora seria de tremenda ajuda para ela se sentir confortável.

Ela trocou a roupa rapidamente e alisava lugares onde o tecido do vestido estava agrupado quando Kurt bateu na porta. "Entre," ela chamou.

A porta se abriu um pouco e Kurt espiou de canto, com os olhos fechados. "Você está decente? Porque eu não posso lidar com abrir meus olhos e encontrar você seminua."

"Eu estou decente", Rachel respondeu com um revirar de olhos.

Ele abriu os olhos e entrou no quarto, avaliando-a com um sorriso satisfeito. "Você está parecendo muito bem, senhorita Berry."

"Você também não parece tão mal."

Ela se virou para vasculhar a sua bolsa e pegar um lápis delineador. "Onde você conseguiu isso?" ela perguntou quando caminhou até o espelho. Quinn tinha dito a ela que seus olhos estavam bonitos e esperava que um delineador e um pouquinho de gloss fizessem com Quinn olhasse para os lábios dela a noite toda.  Ela correu cautelosamente o lápis ao longo da borda do olho, tentando acalmar sua ansiedade e se lembrar do caminho paciente Quinn tinha feito antes.

"Na loja local," Kurt disse. "Eu usava um monte de xadrez e disse a senhora com uma voz profunda que eu estava comprando para a minha namorada." Ele riu. "Ela praticamente se apaixonou por mim."

"Se ela soubesse," Rachel deu uma risadinha.

Ele se sentou ao lado dela quando ela tampou o delineador. "Alguém está ficando toda arrumada para Quinn."

"Eu quero ficar bonita para ela," Rachel disse suavemente.

Kurt alisou seu colete olhando-se no espelho. "E eu quero lançar olhares para Finn."

"Ainda escalando a árvore, né?"

"Uma árvore muito grande e muito alta, sim."

Rachel esfregou seus lábios com o gloss e apertou o olhar para o seu brilho. Contente, ela caminhou até sua cama e pegou o telefone. "Finn deveria estar aqui há um minuto. Eu o adverti acerca de sua pontualidade na escola hoje para este momento específico e—"

"Rach?" Hiram chamou batendo na sua porta. "Finn está aqui."

Ela sorriu largamente e enganchou seu braço ao redor de Kurt. "Pronto para sermos as pessoas mais legais da escola?"

"Nós já não somos?" brincou.

###

Eles chegaram para a festa às 10:30 depois de Kurt insistir que ele precisava parar para comprar chicletes. Ele e Rachel estavam na porta de Puck, saltando ansiosamente de pé a pé, com Finn ao lado com as mãos enfiadas nos bolsos. "Vamos fazer isso," Rachel sussurrou. Ela bateu na porta e esperou.

Um momento depois Puck estava segurando a porta aberta e olhando para eles de forma estranha. Ele passou a mão pelo cabelo moicano. "Não sabia que as pessoas estavam vindo tão cedo", ele murmurou.

"Nós somos pessoas pontuais, Noah," Rachel disse.

Ele deu de ombros e se afastou para lhes permitir a entrada. "Tanto faz. Bem vinda à minha humilde morada, bebê judia."

"Por favor, abstenha-se de me chamar assim", respondeu ela quando entrou na casa. Havia alguns balões ao redor do lugar e uma bandeira onde se lia Festa do Puckasaurus. Rachel parou permitindo que Puck os levasse para dentro da casa.

"Vocês são os únicos aqui," ele disse, enquanto caminhavam para a cozinha. Havia uma pequena mesa com garrafas em cima e duas cadeiras de cada lado. Ela se sentou em uma encarando com cautela o álcool em cima da mesa. Esta era realmente a primeira vez que entrava em contato com ele e o cheiro fraco palpável era intrigante. Finn se sentou do outro lado da mesa e Kurt ao lado dele. Puck se sentou ao seu lado com uma garrafa na mão que deu a ela. "Beba".

Ela virou a garrafa de um lado a outro em sua mão. Era um refrigerante de vinho, percebeu. Não muito álcool, principalmente suco de frutas. Levou timidamente aos lábios e tomou um gole.

"Talvez você não deva beber, Rach," Finn disse do outro lado da mesa. "Você nunca bebeu antes."

Rachel encolheu os ombros, o líquido suave deslizando por sua garganta. Tinha um gosto estranho que era menos suco de frutas e mais álcool. "Finn, esta é a primeira festa de verdade que eu já estive. Quero a experiência completa", ela argumentou. "Além disso, eu não estou bêbada, eu estou bebendo e há uma diferença." Ela tomou outro gole para provar seu ponto.

"Sim, vamos às bebidas garota" disse Kurt. Virou-se para Puck. "Posso ter um?"

"Vá em frente, cara."

Rachel observava os dois de seus amigos de perto e cuidava da sua bebida com seriedade. Enquanto ela tivesse os dois e Quinn, ela estaria bem tanto quanto a bebida a estava preocupando. Mas esta era sua primeira festa e ela queria experimentar tudo o que o ensino médio poderia oferecer.

Ela olhou para o vidro polido da garrafa observando a etiqueta na parte de trás, enquanto se perguntava à toa quais ingredientes estariam ali. "Este é delicioso", ela murmurou.

"Você gosta desse?" Puck perguntou. Ele pegou outra garrafa e entregou a ela como se fosse um doce. Ela segurou em sua mão e olhou através da mesa para onde Kurt estava abrindo outra para ele. Puck deslizou um braço ao redor da parte de trás de sua cadeira e ela saltou nervosamente antes de perceber que era ele. "Não se preocupe, Berry—"

"Rachel," ela corrigiu calmamente. Seu dedo rodou distraidamente sobre a boca da garrafa antes de a levar aos lábios e tirar um gole dela.

"Rachel, sinto muito." Ele próprio se consertou, virando-se para ela e ela o assistindo com destacado interesse quão grande e desajeitado ele parecia. Quinn não era desajeitada. Nunca. Ela era delicada e graciosa e era muito mais atraente do que tentar assistir os ombros de Puck se encaixando em uma cadeira. Um zumbido quente começou a se infiltrar nela e ela tomou outro gole da garrafa.

"De qualquer forma, onde você esteve? Você não estava no jogo de hoje."

Ela queria ir, mas se preparar para a festa fora um evento que durou o dia todo. Ela tinha lavado os cabelos e enrolado, tomado banho, jantado e tudo isso levou tempo. "Eu espero que vocês tenham ganhado." Ela se encontrava facilmente distraída por pensamentos sobre Quinn que estavam ficando mais vagos a cada segundo. 

"Nós ganhamos," Puck disse com um sorriso. "Você viu a bandeira lá fora."

Ela assentiu com a cabeça um pouco bruscamente. "Eu vi".

"Estes são maravilhosos!" Kurt disse a partir do nada.

Rachel inclinou a cabeça para encontrá-lo virando a garrafa do mesmo tipo que ela estava admirando alguns minutos antes. "Certo? Tão bom."

Finn olhou para os dois, perplexo. Levantou-se caminhando em direção à porta. "Eu vou conseguir isso."

"Conseguir o que?" Rachel perguntou enquanto ele se afastava. Ele não respondeu, e ela já tinha esquecido sua pergunta. Ela sentiu algo segurar completamente a sua mão e olhou para baixo para encontrar a de Puck.

"Então, de qualquer forma, olhe Be—Rachel. Minha mãe está em cima de mim dizendo que eu sou um fracasso, porque não estou namorando uma garota judia legal".

"Meninas judias são... impressionantes," Rachel disse simplesmente com olhos arregalados e sinceros.

Puck sorriu e se aproximou. "Sim, eu sei. Então, eu queria saber se você quer sair comigo."

A multidão começou a andar pela casa como se todos tivessem chegado ao mesmo tempo. Distraídos, os olhos de Rachel tremularam em torno de um mar de jaquetas latterman e ela se perguntou se essas pessoas já saíram sem seus símbolos de status. Uma mão ergueu seu queixo e puxou para mais perto. Sua visão nadou para olhos que eram muito escuros, sobrancelhas que eram muito escuras e espessas, e uma pitada de pelos faciais. A testa dele franzia.

"Isso é um sim?" Perguntou Puck.

"Que diabos é isso?" uma voz muito familiar com uma muito familiar inflexão irritada perguntou. Rachel suspirou de alívio. Mas, então, uma mão se enrolou firmemente em torno de seu braço e a puxou para cima. Rachel olhou na direção para encontrar pinçados olhos de avelã, sobrancelhas franzidas finas e nada mais que a pele clara e suave. O olhar de Quinn tomou conta de seu rosto na avaliação crítica. Em seguida, a garrafa foi imediatamente levada para longe com Quinn girando ao redor dela. "Vá. E pare de beber," ela ordenou e deu-lhe um leve empurrão. Rachel tropeçou levemente com uma careta quando ouviu clamor de dor de Puck e Quinn resmungando: "Você precisa deixar. Ela. Em paz," e se afastou.

Bem, isso foi menos de uma saudação estelar. Ela se sentia estranha embora flutuasse através da festa. Havia um monte de corpos e um monte de rotação que ela tinha que manobrar completamente. Ela se perguntou onde Kurt estaria—perde-lo de vista não fazia parte do plano. Mas provavelmente ele estava bem onde quer que estivesse.

Rachel entrou no que ela assumiu ser a sala de estar. Havia sofás desiguais onde as pessoas estavam sentadas e uma grande mesa no canto. Reconhecendo duas pessoas muito distintas, ela atravessou a sala até onde Brittany estava sentada no colo de Matt e Santana ao lado deles.

Brittany estava cuidando de uma garrafa. Uma garrafa como aquela que Rachel teria se Quinn não a tivesse tomado. Ela acenou para as duas enquanto se aproximava deles. "Saudações, Santana, Brittany."

"Oi, Rachel!" Brittany cumprimentou. Ela se levantou com um tropeço e jogou seus longos braços em torno de Rachel. "Nós pré-jogamos antes de chegarmos aqui," ela riu no ouvido de Rachel.

Rachel se afastou para encontrar Santana olhando para ela com um sorriso divertido. "O que é um pré-jogo?"

Santana revirou os olhos. "Beber antes da festa."

"Você está bêbada?"

"Eu pareço bêbada?"

Ela inclinou como ela olhou para Santana. "Você não parece bêbada," ela concluiu.

Santana riu. "Você parece, no entanto."

"Eu não estou bêbada," afirmou Rachel.

"Talvez não, mas você está embriagada como o inferno."

Ela sorriu e o calor que fluiu por todo o seu corpo a fez se sentir escandalosamente calma. "Eu vou aceitar isso." Ela se virou rapidamente para o local onde Quinn a tinha empurrado para longe e de volta para Santana. "Quinn está bêbada é?"

"Ela está chegando lá."

"Ela parecia muito coerente, no entanto," Rachel murmurou por cima da música. "Quando ela estava gritando com Puck... e comigo." Seus olhos se desviaram para onde Brittany estava beijando Matt com uma expressão curiosa, Santana riu.

"Ela é uma bêbada muito zangada."

O braço de Rachel estendeu para apontar para trás de Santana. "Será que ela está te traindo? Eu—Isso é o que eu estou vendo, certo? Oh, wow".

Santana nem sequer se virou, apenas zombou Rachel. "Você consegue isso com o tempo, Berry." Ela passou um braço ao redor do ombro de Rachel e a puxou para mais perto. "Olhe ali," ela instruiu, embora Rachel já estivesse olhando para Brittany e Matt. "Estou prestes a ter um 'ménage à trois' com Britts e Matt. E por ménage entenda como Britts e eu vamos transar com Matt por cerca de dez minutos, então eu vou comer B até que ela desmaie e tentar ignorar Matt grunhindo no canto como um punheteiro de 16 anos de idade que ele é."

Rachel olhou para ela com horror. Sua mandíbula estava praticamente no chão, de tudo o que acabara de ouvir. Ela piscou rapidamente enquanto sua mente trabalhava por um longo tempo para se certificar se tinha ouvido direito. Quando ela olhou para cima, Santana apenas deu de ombros. "Não é gay se um menino estiver envolvido." O tom sombrio de sua voz desmentia o sorriso em seu rosto.

Parecia que tudo o que Rachel tinha conhecido acabara de ser virado de cabeça para baixo. Então, novamente, poderia ter sido o álcool. Ela passou a mão pelos cabelos e viu Brittany se levantando com a mão firme segurando a de Matt. "Eu estou pronta," ela sussurrou para Santana.

Santana piscou para ela com um sorriso antes de virar para Rachel. "Boa sorte com Quinn. Ela fica um pouco solta quando está bêbada. Mas isso é a Quinn que estamos falando, então ela é realmente normal quando está bêbada." Com isso, ela agarrou a mão de Brittany e eles subiram as escadas. Rachel parou atrás deles, não tendo certeza para onde estava indo. Ela olhou para o topo das escadas, onde os três tropeçaram em um quarto e fecharam a porta. A festa continuou normal, como se Santana e Brittany carregando um garoto até um quarto fosse natural.

Rachel não tinha certeza se poderia fazer isso. Ela não tinha certeza se poderia... prostituir a si mesma apenas para ter a chance de estar intimamente com Quinn. Ou Santana e Brittany realmente se amavam, ou ambas eram covardes.

Sua pele se arrepiou quando sentiu uma presença em suas costas. Foi um quente, mal pressionar de um corpo. Uma mão pousou em seu quadril com familiaridade e ela relaxou, o calor a percorrendo assim como as palavras: "Vamos lá para cima," sopradas em seu ouvido.

O corpo se afastou e Rachel observou com os olhos de pálpebras pesadas Quinn andando em direção às escadas. Ela estava com um vestido escuro e um casaco de lã, mas o que cativara Rachel era a forma com que seus quadris faziam sua bunda balançar a cada passo que ela dava.

Sentia sua garganta apertada, como se andorinhas voassem por ela, então foi cegamente seguido Quinn e subiu as escadas. Elas viraram à esquerda e caminharam pelo corredor até uma sala escura. Quinn ligou as luzes e entrou com uma familiaridade sobre a qual Rachel não queria pensar. Ela fechou a porta atrás de si e olhou para Quinn enquanto ela tirava seu casaco.

Quinn o jogou em cima da cama e cautelosamente se aproximou de Rachel. "Quão bêbada você está?" ela perguntou em voz baixa.

"Não muito. Mais como, embriagada," Rachel sussurrou de volta. "Você?"

Ela esfregou os lábios, pensativa, parando em frente a Rachel. "O mesmo".

Rachel assentiu. Seus olhos mergulharam até os seios de Quinn antes de se desviarem para uma parede próxima quando ela se repreendeu. "Você não estava se divertindo lá embaixo?"

Quinn franziu a testa imediatamente. "Você quer voltar lá pra baixo? Você pode ir e—"

"Não," Rachel murmurou estendendo a mão e agarrando a dela. "Eu não quero—isso é bom. Mais do que bom, na verdade."

"Você tem certeza?" Quinn perguntou.

Ela assentiu bruscamente e puxou Quinn mais perto. "Você está muito bonita."

O olhar de Quinn caiu timidamente com o elogio. Suas bochechas coraram enquanto seus olhos arrastavam de volta pelo corpo de Rachel. "Assim como você". Ela estendeu a mão para fechar a porta, em seguida, sua mão pousou calorosamente na cintura de Rachel para deslizar para baixo de seu quadril. Um arrepio trabalhou seu caminho na espinha de Rachel e o calor que vinha sentindo aumentou dez vezes.

"Sério?" Rachel perguntou, sentindo-se nova e reluzente com o elogio.

Quinn assentiu com a cabeça, olhando para a mão que lentamente se arrastou da cintura de Rachel ate o lenço em torno dela. "Eu gosto disso", ela murmurou.

Um fio de calor deslizou no abdômen de Rachel quando ela soltou um suspiro trêmulo. "Kurt me emprestou."

Quinn cantarolou uma resposta distraidamente. Ela olhou para cima para encontrar os olhos de Rachel com uma peculiaridade de seus lábios. "Você está usando delineador." Sua mão deslizou pelo corpo de Rachel até se enrolar no cabelo da nuca de seu pescoço. "Ele fica bem em você."

Rachel soltou uma respiração áspera, as pálpebras pesadas dos olhos de avelã a observavam com foco incrivelmente forte considerando o estado levemente ébrio de Quinn. Quinn era tão... tão sensual e Rachel não tinha conhecido alguém que mesmo tão casto poderia ser dessa maneira. Ela provou mais do que qualquer coisa que algo como a sensualidade não pode ser ensinado. Ou você tem ou não, e a  presidente do clube de celibato, boa menina, Quinn Fabray, tinha de sobra.

O passo seguinte foi lento, mais lento do que jamais tinha sido entre elas e Quinn abaixou a cabeça até que seus lábios ficaram apenas a escassos centímetros de distância. Em seguida, ela apenas os pressionou com uma sugestão tão simples que fez os de Rachel formigar. Quinn se afastou o suficiente para inclinar a cabeça até que seus lábios estivessem novamente inclinados uns contra os outros e Rachel choramingou com o aumento da pressão, firme e suave dos lábios vermelhos contra ela. Ela agarrou a cintura de Quinn e a puxou para mais perto a ponto de esmagar seus corpos contra a porta.

Ele rangeu alto e Quinn instantaneamente recuou. Seus lábios se separaram enquanto ela ofegava para Rachel com as faces coradas e os olhos escurecidos. Ela parecia absolutamente linda, e Rachel tinha certeza que ela poderia olhar para ela para sempre. Quinn tinha outros planos, no entanto, ela agarrou a mão de Rachel e a puxou para a cama.

Sentaram-se em cima dela, os movimentos um pouco grogues. Quinn se virou para Rachel com um sorriso e se arrastou para mais perto. "Você está muito melhor nisso," ela murmurou beijando Rachel novamente.

Era meio que um elogio indireto em relação ao seu antigo estilo de beijar, mas Rachel não poderia organizar muito a sua mente com Quinn se aproximando para pressionar todo o comprimento do seu corpo contra o dela. Ela enterrou a mão no cabelo loiro sedoso e puxou Quinn mais perto. Um zumbido agradável correu por sua espinha com o crescente beijo molhado em seus lábios. Quinn parecia estar buscando o ouro e não seria Rachel a detê-la.

Seu lábio inferior deslizou entre os de Quinn e ela se arqueou com um gemido quando Quinn o mordeu suavemente. Quinn respondeu com um gemido silencioso quando ela se mexeu para tentar chegar muito mais perto. Sua mão se enrolou em torno da cintura de Rachel e deslizou ao longo de sua caixa torácica. Ela suspirou e se afastou para tomar um fôlego. "Eu odeio que você esteja usando um vestido", ela respirou.

Os olhos de Rachel se abriram para olhar para ela. O gosto de menta, cerejas, e vodka rolava em sua língua quando seu olhar caiu para lábios vermelhos. Ela só queria estar beijando Quinn novamente. "Por quê?" perguntou ela, embora tivesse uma boa ideia, quando os dedos de Quinn se contorceram na incerteza contra sua caixa torácica.

A única resposta de Quinn foi se inclinar e beijá-la profundamente. A mão de Rachel estava prendendo os cabelos loiros novamente enquanto a outra mão correu para baixo percorrendo a extensão lisa das costas. Músculos magros tremeram sob seus dedos e Quinn se arqueou em uma tentativa de se aproximar. A coxa suave deslizou ao longo dela e Rachel gemeu quente na boca de Quinn com a sensação de seu vestido subindo. A coxa se curvou também do outro lado de seu quadril e a próxima coisa que ela sentiu foi o colchão mudando e o peso leve de uma Quinn Fabray caindo calorosamente em sua pélvis. Ela gemeu descaradamente, suas mãos voando das costas para as coxas de Quinn em uma tentativa de mantê-la no lugar.

O vestido dela tinha caído de volta vestindo a maior parte de sua metade inferior e uma sensação de decepção passou por Rachel, quando, em vez de sentir a pele lisa e cremosa, sentiu o tecido de seda do vestido. Isso não impediu que seus dedos passeassem pelas coxas de Quinn e sua língua escorregasse se arrastando pela costura de seus lábios. Ela abriu a boca avidamente e Quinn deslizou para dentro estabelecendo-se ainda mais em cima dela. Um braço deslizou ao longo do leito para manter seu peso, enquanto a outra mão segurou firme o lado de Rachel. Seu polegar esfregou círculos em suas costelas em uma forma que fez os mamilos de Rachel doerem.

Ela morreria ali.

Ela tinha certeza disso. Não havia nenhuma maneira de uma pessoa poder sustentar tanto prazer por uma quantidade de tempo sem que de alguma forma aquilo crescesse, mas não pudesse acontecer naquela noite porque ela tinha feito uma espécie de acordo com seus pais sobre como perder a virgindade em uma festa era brega.

Mas suas mãos não podiam ficar paradas. E ela não estava mesmo pensando em tentar detê-las até que deslizou até a curva dos dois globos muito redondos, muito suaves, muito firmes da bunda de Quinn. Ela flexionou os dedos o mais distante que pode e apertou. Um gemido necessitado como ela nunca tinha ouvido rasgou-se da garganta de Quinn e ela afastou seus lábios de Rachel.

Quinn olhou para ela com firmeza. Rachel estava no processo de tirar os dedos do lugar com medo de ter feito algo errado, um copioso pedido de desculpas na ponta da língua, quando Quinn ofegante disse: "Faça isso de novo."

Seus lábios se separaram em estado de choque ao ouvir as palavras de Quinn. Sentia-se... vagamente depravada, mas que seja. Ela tinha um punhado da bunda de Quinn e isso era tudo que importava. Seu corpo reagiu antes mesmo que ela consentisse e se viu apertando novamente, fascinada pela maneira com que os olhos de Quinn se fecharam. Ela estremeceu e se largou sob Rachel, os joelhos de cada lado dos quadris dela enquanto a olhava. "Eu nunca deixei um menino fazer isso comigo."

Rachel quase sorriu para a confusão que girava turva nos olhos levemente esverdeados. "Mas eu não sou um menino," ela murmurou.

Quinn balançou a cabeça e enterrou o rosto no pescoço de Rachel. Ela lambeu um rastro quente até seu ouvido enquanto as mãos de Rachel se arrastaram de volta. "Definitivamente não," Quinn gemeu. "Devemos—" Sua respiração engatou e, pela primeira vez, a quantidade de calor indescritível que irradiava do seu ponto de contato se tornou evidente para Rachel. "Devemos parar", Quinn terminou.

Ela estava relutante em concordar, mas ela precisava concordar e suas mãos caíram longe do corpo que tremia em cima dela. Quinn caiu contra ela por um momento antes de rolar para fora ficando de costas sob a cama ao lado de Rachel. Ambas olharam para o teto, ofegantes.

Os dedos de Rachel flexionaram em punhos antes dela levar o olhar para eles. Aquelas mãos eram as mesmas que tinham acabado de agarrar a bunda de Quinn. Finn nem sequer chegara a tocar lá sem que Quinn movesse sua mão e não só Rachel tivera a chance de tocá-la, como Quinn tinha encorajado ela. Sua cabeça pendeu para o lado para olhar para Quinn. Seus olhos estavam cerrados fechados enquanto seu peito arfava com respirações profundas. Ela parecia tensa, como se estivesse tentando abster-se de fazer algo. "Você-você teve...?" ela deixou a pergunta incompleta, lembrando a quantidade de calor que vinha de Quinn antes dela se afastar.

Quinn piscou os olhos abertos com a pergunta. Ela se virou para Rachel, a testa franzida em confusão. "Eu tive o quê?"

Ela lambeu os lábios nervosamente. "Será que você tem um orgasmo?" ela perguntou claramente.

Olhos de avelã se arregalaram e um blush pesado pintou o rosto de Quinn. "Ah... não!" ela respondeu rapidamente. "Não, não, Isso não é—eu nunca..."

"Oh," Rachel soltou suavemente. "Ok, eu só estava—eu só queria ter certeza de que não fiz nada que possa fazer você se sentir desconfortável."

Os ombros dela se saltaram em uma risadinha tranquila. "Eu acho que o problema era que eu estava muito confortável."

Os cantos dos lábios de Rachel puxaram para um grande sorriso enquanto olhava para ela. "Bem, isso é bom."

Quinn cantarolou e caiu para trás contra a cama olhando para o teto. Rachel levantou a cabeça o suficiente para encontrar a mão de Quinn. Ela a agarrou e interligou os dedos antes de cair para trás contra a cama. "Estou um pouco sonolenta," ela admitiu.

"Efeitos do álcool," Quinn disse.

"Hmm. Isso é divertido para você?"

"O que, como, estar aqui com você, ou—"

"Festas," ela elaborou. Apertou os dedos de Quinn e pressionou as palmas das suas mãos para repousar em seu estômago.

Quinn se mexeu desconfortavelmente na cama com um suspiro. "Não na verdade, eu acho. Mas, quero dizer, eu faço isso para ficar popular, e outras coisas."

"E o álcool?"

Quinn encolheu os ombros. "Anima um pouco."

"Esta foi a primeira festa em que eu estive," Rachel disse.

"Sério?" Quinn perguntou virando-se para ela. Ela olhou para o perfil de Rachel, enquanto seus olhos se agitaram.

"Bem, quer dizer, eu fui a festas de aniversário de alguns primos e tal."

Quinn riu suavemente. "Você é tão... interessante."

Rachel franziu a testa com o comentário que ela assumiu ser condescendente, mas se virou para encontrar Quinn olhando-a atentamente. "De um jeito bom?" ela não podia deixar de perguntar.

"De um jeito bom," Quinn murmurou.

Seus lábios preguiçosamente puxaram para cima em um sorriso e ela viu o seu eco no rosto de Quinn. Quinn se aproximou com um ronronar surdo em seu peito descansando a testa contra a Rachel. "Eu tranquei a porta, certo?" ela perguntou, enquanto seus olhos fechavam escorregadios.

Rachel assentiu. "Isso você fez."

"Bom". Ela soltou a mão de Raquel que estavam agora em um ângulo estranho e descansou em sua coxa. "Eu acho que sou gay", ela sussurrou muito, muito calmamente.

Sua respiração era sonolenta e Rachel não sabia exatamente ao certo porque Quinn escolheu ter aquela conversa enquanto as duas estavam prestes a dormir. "O que a colocou para fora?" perguntou.

"Não tire sarro de mim," Quinn pediu a ela.

"Não o farei," Rachel garantiu com uma voz suave.

Quinn suspirou de alívio e se aconchegou ficando muito mais perto. "Você deveria ser a minha namorada," ela respirou.

Rachel parou de se mover completamente. Ela não tinha certeza se tinha ouvido Quinn direito. Ela se afastou para olhar para baixo com um olhar sereno em seu rosto. Quinn já estava dormindo. Rachel deixou escapar um suspiro exasperado. "Se ao menos você pudesse me perguntar isso quando estiver sóbria," ela resmungou beijando a testa de Quinn.

Ela pegou a mão que estava em sua coxa e a envolveu em torno dela, aconchegando-se sob o queixo de Quinn com um suspiro de satisfação.

###

Uma batida estrondosa na porta quase causou em Rachel um ataque cardíaco e ela e Quinn pularam na cama.

"Hey, queridas!" Santana chamou com condescendente irritação. "Policiais!"

"O quê!" Rachel gritou.

"Merda," Quinn murmurou. "Eu odeio festas." Ela se levantou lentamente enquanto  Rachel pulou para fora da cama na velocidade da luz olhando para Quinn, que apenas deslizando um braço em seu cardigã.

"Nós temos que sair daqui!" Rachel disse a ela com olhos arregalados e aterrorizados. "Eu não posso ir para a cadeia!"

"Você não vai para a cadeia," Quinn disse, a voz surpreendentemente calma, embora irritada. "Vamos lá".

Ela caminhou até a porta e a abriu para encontrar Brittany e Santana ali. "Vamos para a saída," foi tudo Santana disse e elas começaram a andar.

Rachel seguiu em silêncio, sem ter ideia do por que todo mundo estar tão calmo. "Isso acontece muitas vezes?" ela perguntou.

"Mais do que eu gostaria," Quinn disse. Sua mandíbula estava tensa quando ela enfiou a mão em Rachel para a puxar até ela antes de a soltar. "Fique perto. É um monte de gente tentando sair."

Ela assentiu com um gole apertado.

Eles saíram da casa para encontrar um grande grupo de pessoas no quintal tentando deixa-la como Quinn havia dito.

"O que aconteceu?" Santana perguntou bruscamente para ninguém em particular.

"Queixa do barulho," um menino respondeu.

Eles atravessaram a rua para um carro e Rachel olhou para todas em confusão Santana estava atrás do volante como a única sóbria com Brittany sentada no carona e Quinn correndo para o banco traseiro. "Espere, eu não posso ir", disse rapidamente.

Santana ligou o motor. "Você está dentro ou fora, Berry."

"Mas, Finn e Kurt—"

"Rachel, provavelmente é melhor você entrar," Quinn falou correndo. "Há algumas pessoas realmente agressivas aqui que a polícia está prendendo e seus olhos parecem realmente turvos no momento."

Ela puxou o lábio inferior na incerteza. Finn e Kurt eram seus amigos. Eles tinham vindo aqui juntos e ela não queria deixá-los. Mas ela não queria ser presa também. Sentia-se completamente sóbria agora, mas não era ignorante ao fato de que o álcool ainda em seu sistema e um golpe de ar em um bafômetro facilmente provaria isso.

"Yo!" Santana gritou. "Temos que ir!"

Quinn deslizou mais para o carro. "Vamos lá, Rachel."

Mas estas eram suas amigas, também, que foram salvá-la de potencialmente ser presa. Ela entrou no carro, lançando um olhar para a casa quando fechou a porta. Ela pegou o telefone dela que tinha bem amarrados na parte de trás do lenço para enviar a mesma mensagem para Finn e Kurt.

Você conseguiu sair?

Ela olhou para cima nervosamente enquanto Santana dirigia pela estrada mais rápido do que ela gostava. Agradeceu por todo mundo estar relativamente sóbrio. Ela virou os olhos para Quinn que estava reclinada no assento, olhando fixamente para ela. "Você está bem?" Quinn perguntou.

Rachel assentiu. "Estou. Obrigada. Estou apenas preocupada com Finn e Kurt."

"Eu tenho certeza que eles conseguiram sair," Quinn assegurou.

Na parte de frente do carro, Santana chamou a atenção delas. "Estou dirigindo para a sua casa, Q. Eu não sei onde Berry mora e eu só quero estar longe dessas ruas."

Seu coração pulou rapidamente em ansiedade antes mesmo do cérebro entender. Ela estava indo para a casa de Quinn. Onde os pais de Quinn estavam. Ela se virou para Quinn, vendo que ela estava pensando a mesma coisa, as suas expressões faciais espelhadas.

"Tudo bem," foi tudo o que Quinn disse, mas parecia ter muito mais a dizer.

O telefone de Rachel tocou e ela o abriu para encontrar um texto de Kurt.

Sim, estamos bem. Finn está me levando para casa agora. Você conseguiu sair? Essa festa foi maravilhosa!

Seu coração estava ameaçando explodir em seu peito ou parar de bater tudo junto, mas Kurt aparentemente estava tendo o melhor tempo de sua vida. Ela riu, na verdade ela tinha se divertido também, mas passar a noite na casa dos Fabray a aterrorizava.

Eu estou bem. E sim, grande festa. Tenha uma boa noite, Kurt.

Ela imediatamente começou a discar o número de telefone de seu pai após o texto. O telefone tocou algumas vezes e ela olhou para Quinn, que parecia estar em profunda reflexão, mordendo o lábio inferior, como a testa franzida.

"Olá?"

"Oi, papai" Rachel falou ao telefone.

"Hey, baby girl você está a caminho de casa?"

"Na verdade, eu acho que vou ficar com Quinn esta noite se estiver tudo bem."

"Você está bem? Aconteceu alguma coisa? Preciso buscá-la?"

"Papai, papai, acalme-se. Estou bem," disse ela com uma risadinha. "Eu só quero passar a noite com Quinn."

Ele ficou em silêncio por um momento e ela estava com medo de que seu pai ia dizer não. Santana estava dirigindo como uma louca e não parecia poder ser dissuadida naquela noite. Rachel definitivamente não estava indo para casa e ela só esperava que seu pai estivesse bem com isso.

"Lembre-se do que falamos antes," ele disse com firmeza.

Ela corou, murmurando: "Sim, eu me lembro. É brega."

"Bom. Eu acho que você pode ficar com ela durante a noite. Mas você vai me ligar assim que acordar amanhã, Rachel."

"Sim, papai. Prometo."

"Tudo bem. Tenha uma boa noite. Eu te amo, meu amor."

"Eu também te amo, papai. Boa noite."

O carro diminuiu quando ela fechou o telefone e Rachel olhou para cima para encontrar Santana entrando na garagem dos Fabray. O pavor que ela não conseguia abrandar a percorreu e ela olhou para Quinn.

Quinn ofereceu um encolher de ombros indiferente e abriu a porta do carro. Rachel soltou o cinto de segurança. "Obrigado pela carona, Santana. Tenha uma boa noite. Você, também, Brittany."

Brittany virou com os olhos muito brilhantes para as duas e meia da manhã. "Noite, Rachel!"

"Até depois, Berry," Santana falou distraidamente. Ela estava envolvida em uma conversa com Quinn, que se inclinou em sua janela. Estavam falando baixo e Rachel não podia ouvir uma palavra, de modo que ela acabou de sair do carro e se dirigiu para a porta.

Quinn caminhava atrás dela em silêncio. Quando elas chegaram à porta, as duas estavam em torno de Quinn tirando um par de chaves de seu casaco. Rachel estava olhando para todos os lados nervosamente.

"Nervosa?" Quinn perguntou.

Ela assentiu com a cabeça.

"E sem palavras," Quinn murmurou. "Pela primeira vez."

Ela não pôde deixar de sorrir para a pequena provocação e estreitar os olhos de indignação simulada.

"Estou um pouco nervosa também," Quinn admitiu. "Mas eu já tive amigas aqui antes e... isso é tudo o que pode ser. Ok?"

Com isso, ela abriu a porta e entrou. Rachel cautelosamente entrou na casa escura, esperando os pais de Quinn, a quem ela não tinha ideia de como pareciam, saltarem para fora, amarrá-la e queimá-la como uma bruxa. Uma mão pousou em seu quadril e ela pulou com um guincho.

"Shh," Quinn sussurrou em seu ouvido. "Não faça muito barulho. Nós apenas estamos indo para o meu quarto, mudar nossas roupas e ir para a cama."

"Eu vou dormir na sua cama?" Rachel perguntou, olhando para onde ela assumiu que estaria Quinn na escuridão.

"Você quer?" Quinn perguntou.

"Eu quero."

Uma mão se atrapalhou por baixo do seu braço no escuro até que Quinn estivesse segurando sua mão. Sem outra palavra, ela a puxou e elas caminharam através do que Rachel percebeu ser o corredor, passando pela cozinha, e todo o caminho para o início da sala antes de se dirigirem para as escadas. Subiram com cautela e as tábuas do assoalho rangeram sob elas enquanto caminhavam pelo corredor até o quarto de Quinn.

"Eles não vão acordar", Quinn assegurou. "Nada consegue acordá-los quando eles estiveram bebendo."

Rachel não sabia o que fazer com aquele pedacinho de informação, de modo que apenas guardou em sua mente para lidar com ela amanhã. A porta do quarto de Quinn se abriu e as duas entraram. Quinn acendeu a luz, fechou e trancou a porta. Rachel caminhou lentamente em direção à cama para se sentar nela. Seu nervosismo estava começando a diminuir um pouco com a familiaridade do quarto de Quinn, a estante de livros no canto, a falta da TV, a enorme cama.

"Eu vou te pegar algumas roupas," Quinn murmurou. Ela caminhou em direção a um conjunto de gavetas e rapidamente vasculhou dois pares de calções e camisas. Ela caminhou de volta para a cama para encontrar Rachel olhando para ela. "Meu banheiro é—se você quer mudar, então—"

Ela sorriu, e se levantou da cama para pegar o conjunto de roupas. "Eu já volto." Ela entrou no banheiro e acendeu a luz na parede. Era iluminado brilhantemente com paredes de azulejos e um grande espelho. Grandes lâmpadas penduradas acima do espelho como Rachel queria em seus camarins, quando ela se tornar uma estrela.

Com um suspiro cansado, ela tirou o vestido. Pendurou-o cuidadosamente em uma prateleira no banheiro. Então ela agarrou os shorts. Ela se espantou com eles; estes eram curtos. Estes eram como os shorts que Quinn usara quando Rachel a visitou. E por alguma razão o pensamento de Quinn ter usado esses minúsculos shorts pretos causaram um calor através de Rachel quando ela os puxou por suas pernas. Eles se encaixam perfeitamente de uma maneira que a fez querer mostrar o seu corpo em uma pista ou algo assim. Ela dançou na camisa e sorriu para si mesma no espelho antes de sair do banheiro. Quando entrou no quarto, Quinn já estava em um par de shorts vermelho e um top, sem sutiã. Rachel gemeu baixinho com a visão dos picos gêmeos que olhava de soslaio quando Quinn se virou; a olhou insegura como se esta não fosse a sua área de expertise. Não que Rachel fosse qualquer um, mas isso não a impediu de andar para frente com um pequeno sorriso. "Pronta?"

"Umm, sim," Quinn murmurou enquanto ela se virou. Ela se inclinou na cintura para retirar as cobertas e olhar de Rachel caiu para a bunda dela, que quase não estava coberta por aquilo que Quinn gostava de chamar de short. Era tão difícil acreditar que apenas uma hora atrás, ela tinha as mãos por todo o lado daquilo que ela estava olhando. Agora parecia tão distante e intocável. Mas, por um momento brilhante embriagado de uma hora atrás, eles eram dela.

Quando Quinn se endireitou, o olhar de Rachel caminhou até encontrar seus olhos. "Você tem um lado da cama, que é o seu favorito, ou...?"

"Nós já fizemos isso antes", Rachel disse suavemente. "Na verdade, estávamos sobre... circunstâncias menos estressantes, mas já fizemos isso antes. Assim, podemos fazer isso agora". Ela sorriu timidamente e caminhou passando por Quinn até cair na cama.

Quinn se virou para ela e assistiu se situando. Seus olhos correram por todo o quarto, ao longo de sua cama, em seguida, lentamente até Rachel deitada olhando para ela.

"Tem alguma coisa errada?" Rachel perguntou.

Quinn balançou a cabeça. "Eu só... nunca pensei que eu ia ter uma menina dormindo na minha cama."

A cabeça inclinou em confusão. "Mas você disse que você teve garotas dormindo aqui antes."

"Isto é... não assim."

"Então o que é isso?" Rachel perguntou baixinho.

Quinn passou a mão pelos cabelos, enquanto seus olhos continuaram a saltar fora das paredes de seu quarto antes de encontrar o olhar de Rachel novamente. "Eu não sei. Mais?"

Era ainda uma declaração indefinida, mas o fato de que ela era mais do que as amigas que Quinn tinha levado para festas de pijama a fez sorrir. "Mais é bom," Rachel concordou em silêncio. "Por enquanto".

Quinn apenas continuou a olhá-la com espanto mudo. Rachel se virou de costas e colocou um braço sob a cabeça para olhar para Quinn, perguntando-se que horas ela iria para a cama. Parecia que Quinn não se lembrava que tinha arrastado Rachel para a cama de Puck onde ambas dormiram e Rachel não teve coragem de estragar esse momento, trazendo o assunto a tona.

Mas ela descobriu que gostava do jeito curioso que Quinn olhava para ela enquanto ela tentava compartimentar aquele momento em algum molde anterior que Rachel já sabia que não caberia. Era hora de Quinn começar a pensar de forma diferente e Rachel ficou feliz em dar seu tempo para ela se recuperar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mas ó, capítulo longo para compensar.

Mereço comentários?

;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "What Doors May Open" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.