Just Love escrita por Beija Flor


Capítulo 26
Nothing is perfect.


Notas iniciais do capítulo

Não me matem.

Eu sinto muito por ter ficado todo esse tempo sem postar aqui. Sério,me desculpem. Mas realmente aconteceu muita coisa nesses últimos dias pra mim. Eu viajei - e foi perfeito - e tive uma crise enorme e horrível com o tal do bloqueio. Eu não podia escrever qualquer coisa pra você,a estória já está no final,então tinha que ficar tudo perfeito. Espero que não tenham desistido de mim e nem de Just Love. Capítulo dedicado a Princess of canada pela linda,incrível,maravilhosa e emocionante recomendação :33 Amei muito,viu ? Obrigado :D
Desculpem qualquer erro no capítulo :( Ele ficou bem diferente de qualquer coisa que eu já tenha escrito pra essa fic,mas acho que ficou muito bom :) Enjoooooy ^^



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Pov. Austin

Nada é perfeito.

Eu sinceramente pensei que as coisas estivessem se ajeitando agora. Bom,numa parte estavam. A parte "perfeita" da minha vida,tinha a ver comigo,Ally,nossos amigos,e como as coisas pareciam estar incríveis para qualquer um de nós.

Mas como eu disse,nada é perfeito. Ou talvez,até estaria se os problemas dos meus pais - que eu já considerava antigos e resolvidos - não tivessem voltado e me atingido como um baque.

Não,não era nada envolvido comigo. Era o simples fato de ver minha mãe chorando,e isso é como uma facada pra mim. Porque eu nunca vi ela assim,e não sabia como reagir.

Minha primeira reação foi perguntar o que tinha acontecido. Isso soa tão normal. É praticamente o que qualquer pessoa faria.

Ela simplesmente desabou mais em lágrimas,me deixando cada vez mais estático. Mil coisas passavam na minha cabeça e antes que eu tomasse coragem para perguntar mais alguma coisa,ela disse entre soluços algo sobre o meu pai.

Claro que deveria ser algo com ele. As coisas estavam tranquilas demais nos últimos dias,e já fazia mais de duas semanas que eu não tinha nenhuma notícia dele. Isso era bom e ruim ao mesmo tempo.

– Mãe, - chamei a atenção dela - Pode me explicar direito o que houve ?

Estava sentado no sofá,ao lado dela,e uma de minhas mãos estava nas suas costas,e eu esperava que aquilo mostrasse algum tipo de apoio. Mas não estava me saindo bem nisso.

– Seu pai veio aqui mais cedo. - Ela respondeu,com a voz rouca,mas não estava mais soluçando. - Ele me disse coisas horríveis. Estava fora de controle.

Ela passou uma das mãos nos olhos tentando secar as lágrimas. Respirou fundo como se tentasse ter certeza de que não desabaria de novo.

– O que ele disse ? - Perguntei enquanto cerrava minhas mãos em punhos.

Naquele momento achei que Mimi começaria a chorar descontroladamente de novo. Mas ela apenas me fitou,séria.

– Você não gostaria de saber. Ele apenas me disse coisas terríveis. Eu não quero lembrar ... - Sua voz foi sumindo.

A peguei em um abraço,que logo foi retribuído.

Acho que ficamos alguns minutos daquele jeito,e percebi que fazia muito tempo desde que não tínhamos momentos como aquele. Me desfiz do abraço e a olhei por um instante. O rosto inchado e vermelho me dizia que ela já estava assim muito antes de eu chegar.

No mesmo momento,uma raiva enorme surgiu dentro de mim. Raiva do meu pai. Raiva por ele ser um completo estúpido. Ele tinha uma amante,ele que praticamente estragou o casamento com minha mãe. Ele era o culpado. E ainda teve coragem de vir aqui como um louco e deixar Mimi desse jeito. Posso imaginar as suas palavras arrogantes.

Arrogante. Ele sempre foi assim. E como um mercenário,só se importava com o dinheiro. Me levantei do sofá e pude perceber que minhas mãos tremiam. Provavelmente meu rosto tinha agora uma expressão carrancuda. Ainda com raiva,fui em direção a porta enquanto minha mãe me encarava confusa.

– Austin ? - Ela gritou me chamando. A essa altura,eu já estava com a mão na maçaneta. - Austin !

Não dei ouvidos a ela e apenas abri a porta com força e saí andando em passos largos até meu carro.

Pela primeira vez,eu sentia que poderia derrubar uma árvore apenas com um chute. Meu sangue fervia.

Arranquei o carro com pressa,e dirigi em alto velocidade enquanto passava pelos outros na rua. Minhas mãos apertavam com força o volante. E com a velocidade que ia,em menos de 15 minutos já havia chegado no meu destino. Estacionei o carro na frente do prédio e bati a porta com força.

O lugar ela luxuoso. Até mesmo os porteiros tinha um uniforme estranho cinzento e usavam um chapéu que pra mim,era rídiculo. Só tinha vindo ali uma vez. E foi a quase um mês atrás.

Aquele era o prédio aonde meu pai - Mike - estava morando agora. Os porteiros me olharam inexpressivos quando apenas passei por eles sem me identificar. Sinceramente não esperava que eles se lembrassem do meu rosto ou algo assim. Mas Mike era um homem influente e praticamente todos daquele lugar adorariam lamber o chão aonde ele passasse.

Quando entrei no elevador,que os caras estranhos da portaria pareciam ter me notado de verdade. Enquanto um deles me encarava indiferente, o outro correu até o elevador querendo me impedir de subir.

Sorri,amargo,quando as portas se fecharam na cara dele.

Nove andares depois,e finalmente eu estava no corredor certo. Andei poucos metros até chegar ao apartamento dele. Bati a porta,e esperei,impaciente e com o sentimento de raiva ainda em mim,até alguém atender a porta.

Tinha certeza que pelo menos,1 minuto inteiro já tinha se passado,e nada. Quando finalmente ouço o barulho de uma chave sendo girada,sinto como se minha coragem toda - que tinha me levado até ali - , sumisse. Mas não,eu não iria dar pra trás agora.

Na minha frente, - assim que a porta se abriu - uma mulher,que aparentava ter seus 20 e poucos anos, aparece. Ela tem os cabelos ruivos,os olhos frios,e uma enorme indiferência estava presente neles. Usava uma camiseta comprida até seus joelhos.

Ela me examina por um momento,e logo sua postura muda. No seu rosto agora,havia um enorme sorriso,que obviamente era falso e seus olhos pareciam ter ficado apenas com um pequeno rastro de sua frieza.

– Austin ! - Ela exclamou. Abri a boca de surpresa,como ela sabia meu nome ? Aparentemente,ela ainda é uma total desconhecida por mim.

– Quem é você ? - Perguntei tentando ser o mais sério possível,minha voz saiu ríspida.

– Eu ... - Ela começou,mais foi interrompida por uma voz grave ao fundo,que logo identifiquei por ser Mike.

– Suzanne ? - Ele chamou.

Esse deveria ser o nome dela.

E agora,no meu campo de vista - sendo que eu ainda estava na porta - pude enxergar um homem barbudo e com a mesma expressão no rosto,que pra mim,já era totalmente conhecida.

Ele usava uma camiseta branca cheia de botões na frente, - e alguns deles estavam abertos - e uma calça jeans com o cinto também aberto. Acho que a última vez que o vi foi no início de janeiro,logo depois do Ano Novo.

Já estávamos quase em fevereiro,e devo dizer,que meu mês foi ótimo sem saber nada dele. Olhei para Suzanne,pelo canto do olho. As datas festivas deveriam ter sido ótimas para Mike. Passei por ela enquanto adentrava o apartamento sem ao menos ser convidado.

– Austin - Mike pronunciou,como se me cumprimentasse.

Parei a alguns metros na frente dele,atrás de mim,pude ouvir a porta sendo fechada.

– O que você disse pra ela ? - Perguntei,me referindo á minha mãe. O tom da minha voz já estava elevado o bastante para que ele arregalasse um pouco os olhos.

– Não acredito que tenha vindo aqui por isso - Ele disse com um tom enojado. - Eu só disse a verdade,qual o problema disso ? Aliás,se você não percebeu,eu estava ocupado e não gostaria de parar minhas coisas por sua culpa.

O encarei,incrédulo.

– Ocupado com o que ? - Gritei. - Transando com uma vadia ?

– Cale a boca ! - Ele praguejou enquanto caminhava até uma mesinha no centro da sala e pegando uma garrafa de whisky.

O colocou num copo,e bebeu tudo de uma vez só. Suzanne assistia a tudo em um canto da sala. Paralisada,seus olhos estavam completamente frios outra vez e ela estava tão inexpressiva quanto meu pai sempre foi. Ele colocou o copo em cima da mesa e me encarou novamente.

– O que ainda está fazendo aqui ? - Perguntou. - Vá embora,Austin.

– Não,eu não vou. Não vou porque preciso te falar uma coisa. Uma coisa que está presa na minha garganta desde que você saiu de casa. - Ele cruzou os braços,esperando que eu continuasse. - Você é um lixo ! - Cuspi a palavra pra ele. - Por que sempre precisa se sentir melhor do que os outros ? As pessoas tem sentimentos. E você não liga pra isso não é ? Você só se importa com você mesmo,com seu dinheiro e com seu próprio prazer. Você é tão arrogante e hipócrita! Você ... - Ele me interrompeu.

– Cale a boca ! - Ele disse,dessa vez,gritando. - Eu não preciso ficar ouvindo isso de você. Austin,você é um erro e não deveria existir. - Falou com a voz baixa e fria. - Agora,saia daqui !

O encarei sem fala. Minhas mãos estavam em punhos de novo. Não sei como aconteceu,foi rápido demais. Só sei que em um segundo,estava o olhando com repulso e nojo,e no outro,uma das minhas mãos - ainda em punhos - estavam no rosto dele. Me afastei uns dois metros.

Mike colocou a mão no olho,aonde eu tinha acabado de lhe dar um soco. Me senti feliz por isso. Olhei para a mesinha que continha alguns copos,bebidas e uns enfeites idiotas. Passei minhas mãos por ela atirando tudo no chão. O som dos vidros se quebrando me fez abrir um meio sorriso.

Mike ainda estava sem fala. Apenas o olhei pelo canto do olhou e saí pela porta,assim que a fechei,ela bateu com um estrondo e tenho certeza que todo mundo daquele andar tinha ouvido.

( ... )

Mãos delicadas acariciavam meus cabelos.

Pisquei meus olhos algumas vezes antes de abri-los. Ally me encarava preocupada. Ela abriu um sorriso ao ver que eu tinha acordado. Tentei retribuir,mas não acho que tenha me saído muito bem nisso.

Já ia perguntar o que estava fazendo ali,mas antes disso,alguns flashes invadiram minha mente.

Assim que eu saí do apartamento do meu pai,fui diretamente até a casa da minha garota. Pensei em telefonar para minha mãe,ou até mesmo ir vê-la,mas não consegui. Ela iria me fazer um milhão de perguntas e até me xingaria se eu dissesse que tinha dado um soco no meu pai.

Penny me olhou preocupada assim que cheguei lá. Lembro de Ally me levando até o quarto dela e de quando a contei tudo o que tinha acontecido. Depois disso,devo ter caído no sono.

– Austin,você está bem ? - Ela perguntou,gentilmente.

– Estou.

– Sua mãe ligou. Ela estava preocupada.

– O que você disse a ela ? - Perguntei um pouco assustado. E se Ally tivesse contado o que eu fiz ?

– Não disse nada demais. Só disse que você estava aqui. - Ela disse.

– Ah,obrigado.

Beijei de leve seus lábios e sorri ao vê-la estremecer com isso.

– Acho melhor você voltar a dormir,já está tarde. - Ally falou. - Quer comer alguma coisa antes ?

– Não. Eu estou sem fome.

– Precisa de alguma coisa ?

– De você. - Respondi e ela sorriu mais uma vez. - Não vai dormir ?

– Ah,sim,só vou guardar uma coisa.

Só então que eu percebi um papel - que parecia uma carta - entre suas pernas. Enquanto ela pegava,pude enxergar um símbolo conhecido na parte de dentro. Eu só não me lembrava da onde.

– O que é isso ? - Perguntei.

– Nada. - Ela disse,meio tensa.

Guardou a carta numa gaveta e se sentou novamente na cama. Mesmo ainda querendo saber o que era aquela carta,ignorei esses pensamentos e apenas a puxei pela cintura,fazendo sua cabeça ficar encostada no meu peito. Ela me abraçou forte,e ainda assim,adormecemos.


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Notas finais do capítulo

E aí ? O que acharam ? Hein ? O que acham que é a "carta misteriosa" ? Haha ! Posso dizer que é algo muito importante e que vai mudar completamente o rumo da história. Não esqueçam de comentar,viu ? No próximo capítulo,eu juro que vou tentar fazer um "hot". Então,até mais :33 Amo muito vocês meus cupcakes *---*

XOXO



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