When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oie mais um cap como prometido.



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- Olá Sam, como vai?

                Ele veio até nossa mesa com aquela garota a tiracolo e ainda teve a cara de pau de me dirigir a palavra. Ainda petrificada pela sua aparição repentina vi a expressão confusa de Freddie que revezava olhares entre mim e o casalzinho.

-Nem acredito que você teve a pretensão de vir fala comigo Bryan – Falei tentando manter a calma.

-Quem é esse cara Sam? – Ele perguntou como se depois de tudo o que fez eu ainda lhe devesse explicações.

-Freddie Benson – ele falou entendendo a mão para Bryan, que apertou sua mão a contragosto e o fuzilou com os olhos.

-Não precisa explicar nada para esse idiota Freddie- Bryan me olhou com uma expressão ofendida.

-Eu me preocupo com você Samantha, sabe disso – como ele consegue ser tão cínico?

-Eu dispenso qualquer coisa que venha de você, agora sai da minha frente e leva essa garota antes que ela babe em cima do Freddie – pela forma como Sara olhava para Freddie era o que parecia que ia acontecer e nem depois do meu comentário ela tentou disfarçar. Freddie deu um riso  incrédulo talvez não tenha notado a reação da garota até eu falar. Bryan pegou em seu pulso fazendo com que ela voltasse a atenção para ele, depois me encarou e disse

-Sabe que ainda podemos ser amigos, não precisamos nos tratar assim.

-Vá pro inferno você com sua oferta de amizade. Eu já te avisei uma vez pra não me procurar mais, eu não vou te dar outro aviso – Falei ríspida, ele apenas balançou a cabeça assentindo e saiu arrastando Sara.

                Eu respirava fundo tentando me acalmar. Freddie pegou minha mão entre as suas e me encarou olhei em seus olhos e instantaneamente me senti mais calma.

-Desculpa pela cena, você não merecia ver isso.

-Sem problema, mas eu estou meio confuso, você vai me explicar o que aconteceu?

-Claro, esse babaca é meu ex-namorado que eu peguei a duas semanas atrás com aquela mesma garota que estava com ele aqui – ele me olhava incrédulo.

-Como ele pôde te trair? Ele é cego por acaso? – sorri constrangida.

-Ele é um mal caráter, e ela gostou de você – falei desviando o olhar, ele deu uma risada.

-Impressão sua, ela deve ter ficado curiosa por eu estar com você.

-Você é totalmente alheio ao efeito que esse seu sorriso de lado tem nas garotas, não é?

                Tarde demais me dei conta da idiotice que eu havia feito, ele deu uma gargalhada e ia falar algo, mas foi interrompido com o som do guichê que anunciava o número do nosso pedido. “Salva literalmente pelo gongo” eu pensei. Freddie se levantou para buscar nosso lanche, mas ao passar por mim falou em meu ouvido

-Depois você vai me explicar direitinho o que quis dizer

-Nem sob tortura – rebati sorrindo, tentando parecer calma.

                Ele saiu e voltou algum tempo depois com uma bandeja em mãos e a sugestão de um sorriso nos lábios.

-Aqui o seu – ele falou colocando meu sanduíche e o suco na minha frente.

-Obrigada – começamos a comer em um silêncio reconfortante. Vez por outra ele me olhava e sorria ou comentava algo sobre sua vida na Inglaterra, contou-me como tinha orgulho de ter fundado sua própria empresa sem o auxilio financeiro de seus pais, eu o ouvia encantada. Também falei um pouco sobre meu curso de psicologia, sobre o meu trabalho, minha rotina e rapidamente fomos nos informando sobre os anos de ausência das vidas um do outro. Estava tudo muito agradável até que ele me fez uma pergunta que nem eu sabia a resposta ao certo

-E como está Pâmela? – meu sorriso se esvaiu, ele notou minha repentina mudança de expressão e perdeu o sorriso também – Aconteceu alguma coisa com ela?

Desviei o olhar, e fitei um ponto qualquer a minha frente.

-Ela foi embora com o Marc há sete anos, desde então não temos mais contato.

-Sinto muito, então você foi morar com seu pai?

-Não, eu passava muito tempo com os Shays e como eu não me dava bem com o Marc, ela resolveu me deixar com a Carly e o Spencer enquanto não voltava

-Eu sabia que ela não era a melhor mãe do mundo, mas dessa vez ela se superou – seu tom de voz estava estranho, eu o encarei e ele parecia chateado.

-Ei, relaxa, está tudo bem agora – ele continuava tenso – A gente já pode ir? É que está meio tarde e você sabe, tenho aula cedo, enquanto o senhor empresário aí vai poder acordar a hora que quiser.

                Finalmente vi seus lábios formarem um sorriso.

-Ei mocinha, não é assim não viu! Se duvidar eu ainda tenho que acordar mais cedo que você, amanhã vou madrugar no cartório, tenho que dar entrada em uma papelada, coisa de gente grande – ele falou dando de ombros

-Mas você é muito petulante mesmo – falei dando um soco de brincadeira em seu ombro.

                Ele sorriu, levantou e me ofereceu o braço.

-Vamos, antes que eu te irrite e você me bata de verdade.

-Sábia escolha – Falei pegando em seu braço, nos dirigimos ao estacionamento e ele abriu a porta pra mim e eu entrei não antes de revirar os olhos para esse seu costume. Ele entrou no carro e deu a partida, conversamos o caminho todo sobre o filme, ele, é claro, gostou das partes nerd’s enquanto eu gostei das cenas de ação. Discutimos algumas vezes é claro e logo chegamos a frente do meu prédio, nos encaramos e dizer tchau não parecia tão doloroso para mim, fiquei perguntando se ele sentia o mesmo.

-Você quer subir? – perguntei quebrando o silêncio.

-Obrigado, mas você parece cansada, vou deixar você descansar.

                Desafivelei o cinto, ele saiu do carro, deu a volta e abriu a porta para mim, desci do carro

-Acho que tirando alguns contratempos, foi uma excelente noite, não é? – não o olhava, mas podia o sentir me encarando

-Pra mim foi maravilhoso, nem lembrava os contratempos. – Ele disse.

                Ele se aproximou, então o encarei, ele rodeou minha cintura com seus braços em um abraço apertado, seu rosto inclinado estava encostado na curva do meu pescoço de forma que ele falou quase ao meu ouvido.

-Eu senti tanto a sua falta pequena – E o que veio a sugerir me esmagou o coração. Senti algo molhado escorrer em meu pescoço, o afaste e olhei em seu rosto que ele tentava esconder, puxei delicadamente sua face com as duas mãos, olhei em seus olhos que estavam vermelhos e marejados, ele estava chorando, o abracei novamente.

-Agora estamos juntos novamente e somos donos de nossos narizes, então ninguém será capaz de nos separar.

-Vou tomar isso como uma promessa e Sam Pucket cumpre suas promessas, não é assim? – ele já estava mais calmo.

-Exatamente, então não tem com o que se preocupar – ele beijou minha bochecha e se afastou eu agradecia aos céus por ele estar abalado o suficiente para não ter notado o tremor que me percorreu diante desse singelo gesto. Devolvi o beijo, já não havia vestígio de lágrimas em seu rosto

-Boa noite Sam – ele falou sorrindo

-Boa noite Freddie e obrigada por tudo – ele apenas acenou com a cabeça, eu olhei mais um instante e subi para o meu apartamento.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso espero que gostem. logo logo posto o próximo. bjs



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