Quando percebeu que a maioria dos alunos estava acordados, Hermione secos ás lágrimas e lavou o rosto, então seguiu para a aula, como se nada tivesse acontecido.

Ao chegar no corredor, todas a encararam. Hermione ficou confusa, mas logo se deu conta do que estava acontecendo. Draco Malfoy estava aos beijos com Astoria. Hermione nunca sentira tanta raiva em sua vida, não ficara assim nem quando Rony reatou com Lilá Brown. O coração da castanha batia tão forte, que a qualquer momento podia ter um ataque, ali mesmo.

Hermione se perguntava porque Draco a tinha beijado na frente de toda Hogwarts e agora estava simplesmente se agarrando com Astoria no corredor. Seu coração doeu intensamente pela segunda vez naquele dia. Hermione sentiu ás lágrimas vindo, mas as reprimiu de imediato. Levantou a cabeça e marchou pelo extenso corredor com um falso porém convincente sorriso nos lábios, cumprimentando quem conhecia.

– Bom dia, Draquinho.

Malfoy a encarou, incrédulo. Hermione pôde ver a fúria nos olhos cinzentos do loiro. Sorriu cinicamente para Malfoy mais uma vez e seguiu para sua aula.

Na tarde daquele mesmo dia, Hermione estava uma pilha de nervos. Ela tinha muito que estudar, mas sua mente estava ocupada demais, seus pensamentos se resumiam a Rony Weasley e Draco Malfoy. Ela sabia que se não desabafasse com alguém, provavelmente explodiria.

Pensou em falar com Gina, mas a amiga não a entenderia. Então, ela se lembrou de sua conversa com Pansy Parkinson, e ficou claro que ela era a pessoa com quem poderia desabafar.

Hermione correu até a biblioteca, onde tinha plena certeza de que Pansy estaria. Sem fazer barulho algum, sentou-se ao lado daquela que agora podia chamar de amiga. Mas antes que falasse algo, Pansy disparou:

– Problemas com Draco Malfoy, suponho eu.

– Como...? Ah, deixe para lá. Sim, problemas com Malfoy.

– O que aconteceu dessa vez?

– Creio que você tenha visto nosso beijo...

– Hogwarts inteira viu, Mione. – Hermione sentiu a face esquentar.

– Argh. Acontece que hoje de manhã, aquele trasgo mais conhecido por Draco Malfoy, estava aos beijos com Astoria, no corredor Pansy, para que todos pudessem ver!

– Ciúmes?

– Ora pois, mas é claro que não! Eu só me preocupo com minha imagem, não quero que pensem que sou mais uma na lista de Malfoy.

– Mione, talvez... você esteja gostando de Draco.

– Eu amo o Rony!

– Eu sei que sim. Mas é uma possibilidade.

– Tudo que sinto por Malfoy é ódio e repulsa.

– Nunca ouviu falar que ódio e amor andam lado a lado?

– Pansy, eu o odeio.

– Não foi isso que demonstrou ontem enquanto o beijava.

– Eu estava fora de mim!

– Mione, você sabe, que aqui dentro – a morena colocou as mãos no peito de Hermione – Tem alguma coisa que te puxa para Draco, e você sabe que no fundo, gosta dele, você só não admite para si mesma.

Hermione ficou em silêncio, refletindo sobre o que a morena acabara de lhe falar. Pansy, ao perceber o silêncio da amiga, pegou às mãos da castanha nas suas e lhe sorriu.

– Pense nisso, está bem? Pense em Draco. Pense em Rony. Mas em primeiro lugar, pense em você – e dizendo isso Pansy recolheu seus livros e saiu, deixando Hermione ali, mais imersa em seus pensamentos que nunca.

Hermione passou o resto da tarde na biblioteca, não estava estudando e nem mesmo lendo para passar o tempo. Ela só gostava de ficar ali, o cheiro dos livros lhe fazia bem, a acalmava. E a ajudava a pensar.

Quando a noite chegou, Hermione resolveu voltar à sala comunal da Grifnória. Caminhava lenta e silenciosamente pelos corredores de Hogwarts quando alguém a agarrou pela cintura e uma mão lhe tapou a boca, para que ela não gritasse.

Assustada, Hermione debateu-se freneticamente nos braços do desconhecido. Ou não tão desconhecido assim, pensou, Conheço esse perfume. E como conheço.

Hermione sentiu mais raiva ainda, juntou tudo aquilo e mordeu a mão dele com toda a força que tinha, o sujeito a soltou de imediato.

– Ficou louca? – ele praticamente gritou. Hermione o fuzilou com o olhar e lhe deu ás costas, mas Draco novamente a segurou.

– Me solta. Agora.

– Não.

– Agora, Malfoy.

– E o que você vai fazer? – ele sorriu, Hermione queria matá-lo, sacou a varinha pronta para estuporá-lo, mas Malfoy foi mais rápido e tomou a varinha das mãos de Mione e a puxou pela cintura, colando seus lábios.

Hermione tentou resistir, mas Draco a beijava com desejo e fúria e ela acabou cedendo, colocou as mãos no pescoço do rapaz e aprofundou o beijo, Draco desceu suas mãos, apertando a bunda da castanha com força, Hermione suspirou e sentiu o fogo subir-lhe a cabeça, reprimindo a vergonha, se afastou do loiro, dando espaço e apertando sua parte intima, com delicadeza, mas com puro desejo, foi à vez de Malfoy arfar, segurou Mione pelos cabelos e beijou seu pescoço, chupando e mordendo, de um jeito que com certeza deixariam marcas roxas.

– Quero você – ele sussurrou entre um beijo e outro.

– Quer? – ela também sussurrou, passando as unhas no pescoço dele, Draco abriu os primeiros botões da camisa dela, já colocando as mãos nos seios da castanha, Hermione sentiu várias sensações ao mesmo tempo: raiva, ódio, desejo, tesão e... paixão. E essa última a fez travar, se afastou bruscamente de Draco e simplesmente saiu correndo, deixando o garoto confuso e nervoso, como ela ousava provocá-lo e deixá-lo ali naquele estado?

– Vai pagar por isso Granger.