Maré De Sentimentos escrita por R_Che
Notas iniciais do capítulo
Obrigada a quem comenta. Este é dedicado à Mimi, que tem razão no comentário que fez. :)
Passados dois dias Quinn recebeu os resultados das contas da empresa. A ideia que Rachel tinha proposto era uma opção viável, e a loira queria contar-lhe. Deu dois toques na porta do gabinete de Rachel antes de a abrir.
Q: Posso?
R: Já entraste.
Q: Que simpática.
R: Diz lá o que queres rápido que eu tenho de acabar isto e tenho de sair.
Q: Vai para a frente. – disse a loira enquanto cruzava os braços e abria um sorriso.
R: O quê? – respondeu Rachel sem levantar a cabeça do que estava a fazer.
Q: Olha para mim. – e a morena assim obedeceu. Retirou os óculos e olhou para Quinn.- Vai para a frente. – sorriu ainda mais.
R: A sério? – e agora foi Rachel quem abriu um sorriso encantador.
Q: A sério, e além desses 14 hotéis, podemos agendar mais 8 e ainda ficamos confortáveis a nível de contas. – Rachel riu-se contente e Quinn acabou por achar piada.
R: Vou começar a pensar nisso.
Q: Faz isso, porque depois precisamos de ter uma boa estratégia de marketing. Se puderes facilitar com algumas decisões nas escolhas que tomas. Era bom que pensasses nisso.
R: Não te preocupes, vai ser fácil de entender a ideia.
Q: Perfeito então. Começa a preparar-te para a parte difícil. Dizer aos nossos pais! – Quinn descaiu os ombros automaticamente. A morena percebeu mas não comentou.
R: Deixa-os. Enquanto estiverem de férias não têm porque saber nada. Aliás, na realidade não têm mesmo de saber nada se nós não quisermos contar.
Q: Não vamos mudar tudo e não contar, não é? Além disso, temos de conversar sobre o novo nome disto. Esse eu faço questão que seja escolhido entre as duas. Não quero cá confusões.
R: Sim. Agora não posso mas mais logo conversamos sobre isso.
Q: Jantas em casa?
R: A sério? Queres mesmo discutir agora?
Q: Fiz-te uma pergunta simples. Não me parece que tenha alguma coisa de mal.
R: Janto.
Q: Então falamos do novo nome ao jantar.
R: Fantástica maneira de me controlar. – disse a morena baixinho. Mas Quinn ouviu.
Q: Rachel, tu é que estás a dizer. – a morena fez um gesto com a mão a mandar Quinn embora, e ela foi.
O resto do dia passou rápido, ambas tinham muito trabalho. Kurt ligou a Rachel para ir jantar com ele, e ela acabou por aceitar, mas convidou-o para jantar em casa dela, esquecendo-se totalmente que tinha combinado com Quinn falar acerca do novo nome da empresa. Quando chegou a casa a loira estava sentada no sofá a ler uma revista de economia.
R: Maria! – chamou Rachel.
M: Minha senhora?
R: Olá!
M: Boa noite.
R: Maria, preciso de te pedir um enorme favor.
M: Diga minha senhora.
R: Põe mais um prato na mesa. O Kurt vem cá jantar.
M: Ah com certeza. – disse a senhora simpática.
Quinn, que ouviu a conversa, não perdeu a oportunidade de opinar.
Q: Estavas assim com tanto medo de jantar sozinha comigo? – disse ela em tom irónico.
R: Porquê?
Q: Já estávamos a levar-nos demasiado bem, não é?
R: Olha Quinn, não quero discutir contigo. Além disso o meu amigo está a chegar e eu agradecia que não fosses desagradável.
Q: Alguma vez fui? Só achei que íamos conversar acerca do novo nome, mas parece que deixaste de estar assim tão interessada no projecto. – Quinn notou na cara de Rachel que lhe tinha caído a ficha. A morena tinha-se esquecido.
R: Olha, assim o Kurt ajuda-nos. – disse na esperança de salvar a situação.
Q: Não. Isso é uma conversa entre nós as duas.
R: Então aguenta-te. Vai ter de esperar.
Q: Oh meu amor, temos a noite toda pela frente, ou o Kurt vai cá dormir também? – e a loira riu-se.
R: Nunca tiras folgas? Não te custa muito seres insuportável todos os dias? Poça, que tédio viver contigo.
Não demorou muito até Kurt chegar, e Maria servir o jantar. O rapaz era um bem disposto por natureza e era impossível não gostar dele. Ele e Maria sempre se deram muito bem, desde os tempos de faculdade em que Rachel o levava a casa dos pais para estudar ou lanchar. Embora artista plástico, Rachel tinha a certeza que ele lhe ia ser muito útil quando ela tivesse de começar a trabalhar a fundo na nova ideia. Kurt tinha um enorme sentido de moda e decoração, e Rachel podia gabar-se de usar esse dom.
Enquanto Maria levantava os pratos do prato principal, Kurt aproveitou para a elogiar mais uma vez.
K: Maria, estava tudo maravilhoso. És magnifica. É sempre um prazer vir cá jantar.
M: Ainda não provou a sobremesa. Quando a Dra. Rachel pediu que pusesse mais um prato, improvisei uma sobremesa que tenho a certeza que o menino vai gostar.
K: Não queres ir para minha casa?- Maria riu-se. E fez-se silêncio enquanto a governanta levava a loiça suja para a cozinha. Um silêncio que foi Kurt que quebrou.– Mas Quinn, explica-me lá isso de que o James está a pensar abrir um restaurante.
Q: Ah sim. Asiático. Diz que vai servir só sushi. Não percebi bem.
K: James Scott. Quem diria. A alta sociedade deve estar em pânico.
R: Hoje em dia a alta sociedade acha que o sushi está na moda. Porque é que achas que essa vedeta vai abrir um restaurante de sushi?! Acreditas mesmo que lá vai pôr os pés? Tenho a certeza que só vai abri-lo para dizer que o tem.
Q: Porquê? Se calhar até vai cozinhar. Agora está na moda.
R: Veremos.
Q: Rachel, tu tens um bocado a mania de que toda a gente é previsível, não tens?
R: E não são? Se me dissesses que o Zé Manel da esquina vai abrir um restaurante de sushi, eu juro que não sabia o que ia acontecer ou quais eram as intenções dele. Mas esta malta do Jet Set expõe de caras as suas intenções.
K: Bom, tens um ponto interessante aí.
R: Pois tenho. – disse ela naturalmente.
Q: Que modesta.
R: Não vais conseguir. – respondeu Rachel.
K: O quê?
R: Não és tu. É a Quinn. Está a tentar provocar-me, mas eu prometi que não me ia chatear ao jantar.
Q: Ah. Eu também sou previsível, é?
R: Tu és mais do que eles todos na realidade. – Quinn riu-se com a resposta.
K: Vocês foram mesmo feitas uma para a outra. – E agora foi Kurt que se riu da cara das duas ao ouvir este comentário.
Q: Não sei se é bom dizeres isso se queres sair desta casa inteiro.
K: Estás a ameaçar-me Quinn Fabray?
Q: Eu? Eu não. Estou a tentar proteger-te da tua melhor amiga. – Rachel revirou os olhos e não disse nada.
K: Por falar em melhor amiga, sabes com quem é que eu estive a semana passada?
Q: Com quem?
K: Miss Santana Lopéz.
Q: Pois, e ela falou-te muito mal de mim?
K: Disse que eras uma loira falsa e que desejava que a tinta do teu cabelo te queimasse o couro cabeludo todo em castigo por não cumprires as promessas que fazes. – Rachel soltou uma enorme gargalhada enquanto Quinn revirava os olhos.
R: Se a vires de novo diz-lhe que eu era capaz de me apaixonar por ela.
Q: Aproveita e diz também que o meu loiro é verdadeiro e não pintado. É melhor dizeres esta parte primeiro, porque quando disseres o que a Rachel te está a mandar dizer nunca mais a vês.
K: Porquê?
Q: Só vais ter tempo de a ouvir correr e gritar que não estava guardada para ser o ídolo de um anão com mãos de homem. – Quinn fez uma pausa e concluiu. – E acredita que não estou a dizer isto porque esteja de acordo com ela, mas sim porque sei que é o que ela te responderia.
K: E estás? De acordo com ela.
R: Kurt por favor, não lhe dês motivos para ela continuar a provocar-me.
Q: Não Kurt. Nada de acordo. – o rapaz sorriu com a resposta de Quinn, e Maria entrou com a sobremesa.
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Comentários?Acham que há demasiados diálogos e poucas descrições? ;)