Unbroken escrita por Lady Allen


Capítulo 15
My deepest secret


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então, demorei? SIIIIIM. Vocês devem estar com raiva? SIIIIIIIM. Vão me perdoar? SIIIIIIM. Por que? Porque nesse capítulo, EU revelo quem é -GG! shauhsuahsua. Espero que gostem. Comentem, compartilhem, recomendem, leiam para a mamãe, papai, vovô, titio e mais e mais.



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Um dia após o secreto beijo entre Rony e Pansy, a escola voltara ao normal. Não o normal, do tipo em que tudo está bem. O normal deles. Alvoroço. Desconfiança. Traição. Começara tudo de novo.

Estavam todos tomando café da manhã entre cochichos, sempre fofocando sobre o mesmo assunto: quem será o próximo? -GG estava de volta, mais forte do que nunca. Ela eliminara a única pessoa que tinha coragem o suficiente contra ela. Pansy.

– Bom, agora sabemos pelo menos que -GG não é a Gins! - disse Harry animado. Não deveria, sabia disso, mas era contagiante saber que a ruiva que tanto gostava, era inocente.

Hermione suspirou desconfiada. Sabia que o que falaria deixaria Harry com uma grande pulga atrás da orelha, mas ela tinha que falar.

– Não sei. Achei muito suspeito. Estou desconfiada que ela tem aliados. Harry. Tudo está contra ela!

– Menos o tempo! - contrariou Harry - E a lógica. Por Deus Hermione! Diga-me, como ela poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo. Isso é contra todas as lições da lógica! Só se ela for a Joana Dalva de Poderosa, e quando ela escreve com a mão esquerda o seu desejo se realiza. Lembrando que a Gins é destra.

– Você lê Poderosa? - pergunta Hermione com um sorriso debochado.

– Já tive onze anos. Sou humano. Já li livro de menina. - falou Harry entediado - O fato é: -GG não pode ser... Gina? - a garota entrava pela porta totalmente irreconhecível.

Seus cabelos estavam soltos, com somente uma parte prendida para trás. Ela não usava uniforme, usava um moletom cinza com a palavra "Hi" e um coração rosa do lado. Uma calça jeans bem apertada, e uma bota da mesma cor do moletom, aveludada. O rosto estava todo amassado e inchado, como se tivesse chorado a noite inteira. Parecia muito doente. Olhava para todos apreensiva, mexendo em um anel de floco de neve. Todos a encaravam.

Meio cambaleante, ela se encaminhou até o canto da mesa que estava vazio, e viu as pessoas mais perto se afastarem. Deixou um suspiro triste sair, e se sentou. Encarou a tigela a sua frente, com cereais e leite. Somente encarou. Não tinha fome.

– Hermione, temos que ir lá! - falou Harry.

– Não seja bobo. Ela está tentando se fazer de vítima. Ela sabe a culpa que tem. - mas no fundo sentia uma certa apreensão pela amiga.

Harry se levantou perante o olhar de todos, e se encaminhou até ela. A garota o olhou com um sorriso fraco, e fez sinal para este se sentar. Os dois se olharam por alguns minutos, em um silêncio quebrado somente pelos cochichos a sua volta. Foi Harry que resolveu falar algo.

– Como se sente?

Ela deu um risinho fraco e debochado. Estava quase sem voz. Tirou uma mecha de cabelo do rosto, e suspirou pesadamente.

– Como eu me sinto? - falou baixinho - Mal. Doente. Culpada talvez. E você Harry? Como se sente?

– Mal. Doente. Culpado talvez. - e sorriu.

– Culpado pelo que? Comer o último pedaço de bolo?

– Culpado por deixar você chegar a este ponto. Doente. Mal. E culpada. A escola te autorizou a usar outras roupas?

– A febre começou ontem. Tiveram que chamar meus pais, pois não baixava. Umas duas da manhã. Minha mãe conseguiu convencer o Dumbledore de que as nossas emoções com a -GG estão ficando a flor da pele, e que com esse frio, a nossa imunidade já baixa. Sem falar que ela insistiu em dizer que nossas capas não são quentes. Então, eu pude usar outras roupas.

– Olha, eu acredito em você. Não existe razão. Você não é -GG. - disse agarrando a mão da menina.

– Grande ilusão. - disse uma voz cínica atrás de Gina. Luna estava parada ali, e falava em alto e bom som para todos ouvirem. - Sempre foi você Ginny, todo esse tempo foi você e eu sempre soube.

–Do que você está falando Lovegood? - perguntou Gina, com lágrimas e confusão em seu rosto. Hermione já se encontrava de pé.

–GG. Antes eu cheguei a achar que seria “Gryffindor Girl”, mas aí eu pensei o primeiro G de Gina e o segundo de George. Todo esse tempo foi dois GG’s e ninguém percebeu, nem mesmo Parkinson. Enquanto você estava enrolando a Granger, George atirou uma flecha na barriga da Parkinson, te inocentando. Você é esperta, mas eu sou mais. Todos acharam que eu era idiota e eu fui a única que logo desvendei tudo isso. Quando você machucou Rony, eu me desesperei e dei um bilhete á Harry, mas ele demorou um pouquinho para entender e não teve coragem de te acusar. O bilhete tinha escrito: Neve, Games, Ronald, Vingança, Amor, Irmandade, Eles.G-Games,I- Irmandade, N-Neve, E-Eles, V-Vingança R- Ronald e A- Amor. Ginevra. Seus games, você e seu irmão=irmandade, sua pele alva como a neve, você e George formaram eles, e a sua vingança por amor. Desvendado. Tudo desvendado. Ginevra e George Weasley são GG. - gritou, dando ênfase ao final. George olhava tudo assustado e confuso.

– Diga-me. Se o nome de Jorge é com J, como ele pode ser -GG? - falou Harry.

– Ah, doce Harry. Gina sabe. Todos dizem que é com J. Todos escrevem com J. Mas ela sabia que o original era G. Isso despistaria todos. Não, Gininha?

– Prove! Só ouvi teorias. - gritou com a pouca voz que tinha.

–Você sabe que é verdade e você está perdendo a cabeça. Você vai se enforcar com a sua própria corda GG. Cedo ou tarde.

– Achei que fosse minha amiga! - sussurrou Gina, com várias lágrimas caindo em seu rosto.

– Achei que fosse minha amiga. - falou Luna ressentida.

– Por que? - gritou, tirando voz de algum lugar - Por que todos pensam que eu sou esse monstro? Eu não sou -GG! Não sou! Nem eu, nem Jorge! Pansy sabe! -GG é a pessoa mais inocente que alguém poderia pensar. E ela não sou eu. - e saiu correndo. Harry foi logo atrás, enquanto Luna era amparada por Hermione.

– Calma. Eu sempre soube também. Gina é um monstro. Um monstro que convivera ao seu lado todo esse tempo.

– Pensei que ela fosse minha amiga Hermione. - disse, entre soluços.

– Eu também. Eu também.

***

No outro dia, Hogwarts amanheceu com uma ambulância. Todos olhavam apreensivos para a cena que se decorria. Os pais dos Weasleys encaravam uma ruiva se debatendo e chorando para dentro de uma ambulância.

– Eu não sou louca! E nem vou ficar!

– Isso é só para acalmar as emoções meu amor. Vai passar. - disse a Sra. Weasley entre lágrimas.

– Espere! Eu preciso dizer algo. - falou para os enfermeiros. - É realmente necessário.

Eles assentiram e a soltaram. A garota ainda usava as mesmas roupas de ontem, o que provavelmente significava que ela estava fugindo dos enfermeiros desde do outro dia. Ginevra Weasley iria para uma clínica. Motivo? Ela havia ficado louca. Como Pansy dissera que aconteceria.

– Eu... - a voz rouca era perceptível - Luna estava certa. Eu sou -GG. Não é Jorge, não é Ronald, não é Harry, nem ninguém. Sou eu. - todos a encaravam assustados, e alguns até mesmo com raiva. Um garoto tentou avançar contra ela, mas Harry o deteu, ainda perplexo. - Sei que fiz muito mal, mas eu odeio vocês! Odeio vocês! - soltou uma gargalhada cínica. - Odeio! Vocês todos são babacas, com seus segredinhos babacas, e com medos babacas de serem descobertos. Como se babacas fossem importantes para mim. Eu precisava de babacas interessantes, com histórias interessantes. Como a pequena Granger. Como o Potter. Como a Parkinson. Como meus irmãos. Como eu. E não me arrependo. Nem mesmo por um segundo. - e riu mais uma vez cínica. Os enfermeiros a agarraram e ela se debateu sob os olhares de ódio, pena, perplexidão e alívio. - Eu. Ainda. Não. Terminei! - e se soltou, mudando completamente a face para uma mais aliviada - Isso estava pesando em mim. Mistério resolvido. Voltem para suas vidas chatas. Vocês perceberão que é bem melhor comigo. Hermione. - olhou para a garota que chorava de raiva - Eu. - se aproximou, mas Harry a barrou - Não vou machucá-la. Não posso. Olhe meu estado. Tenho quinze anos e tenho a culpa de quem viveu sessenta. Hermione. Quero que pegue isso. - estendeu-lhe o anel de floco de neve - Em nenhum momento nossa amizade foi falsa. Quero que acredite nisso. Mas Draco. Era tudo sobre Draco.

– Eu não quero nada de você! - disse com ódio, jogando o anel no chão. Alguns riram da cara de Gina, e a vaiaram enquanto ela deixava algumas lágrimas caírem. - Eu te odeio! - e deu-lhe um tapa.

Gina deu um sorriso triste e assentiu.

– Eu já esperava sua reação. Mas eu tinha segundos planos com esse anel. Harry. Sei que não quer nem mesmo por um segundo algo meu. Mas isso não é meu. Por favor. Tente entender. - com lágrimas nos olhos, e botando o anel na mão de Harry, que a encarava.

– Não aceite Harry! - falou Hermione e Cho ao mesmo tempo. Mas o garoto não ouviu por completo.

– Por que eu usaria um anel de garota? - Gina abriu a boca para responder, mas foi puxada para a ambulância. Sendo assim gritou.

– Não leve tudo ao pé da letra Harry! As coisas são bem mais complexas do que você pensa. Nesse caso até mais simples. Está tudo aí, de baixo do seu nariz.

E assim as portas se fecharam e a ambulância partiu, entre as vaias de todos os alunos. Harry fechou os olhos e botou o anel no bolso. Gina estava mentindo. Sabia disso. E ela tinha um recado para ele. Somente para ele.

***

– Harry, faz horas que você está examinando esse anel. Isso não é nada, só mais um joguinho da Gina! - disse Hermione, pegando o anel, e pisando-o. - Pronto, agora não tem mais anel. Vai dormir! - irritada, se virou e subiu as escadas.

Harry olhou o anel amassado no chão, e suspirou. Não era nada. Absolutamente nada. Mas, espera aí. O que era aquela coisa branca dentro do anel? Pegou apressadamente o objeto e tirou o floco de neve. Um pequeno rabinho de papel saía de dentro dele. Ele o puxou. Era um papel pequeno.

Abriu animado, agradecendo Hermione eternamente pelo que fizera. Continha somente cinco palavras.

Luna. Fogo. Hogwarts. Mentira. -GG.

Sorriu pela inteligência da amiga, e com a cabeça no amanhã, foi dormir.


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Notas finais do capítulo

Então? Okay. Tenho que ir que a pressa é grande. Fui!