Radioactive escrita por Dizis Jones


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, desta vez veio mais devagar , porém eu avisei, eu demoro um pouquinho...
Novamente estou postando somente com minha revisão, e sem uma beta, então se verem algum erro, podem me avisar nas notas ok eu aceito estou como muitos aprende ndendo

então vamos a leitura e se vemos nas notas finais



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Radioactive cap 4


Nem Ian e nem Burns ousaram se mover, a tensão ocupou o momento, o garoto era visivelmente humano, ele já estava na idade de receber uma alma se esse fosse o caso, mas não, a mulher o puxou e o levou para dentro do quarto.

E agora, ele teria medo que nós chamássemos os rastreadores, mas por outro lado, se eles soubessem do Ian, era capaz de levar uma bala, por isso.

Mas uma alma com uma arma? Demorou um pouco para eu perceber que estávamos justo em um local de pessoas que procurava, quando o homem disse que tinha outro ali e estava em fúria, eu entendi, foi somente olhar para ele que eu entendi.

Uma ideia meio que maluca e suicida me veio à mente, mas era isso ou nada.

— Acalme-se!

— Me acalmar? Vocês vêm a minha propriedade e querem que eu me acalme.

Naquele instante eu encarei Burns, eu sabia exatamente o que estava havendo, olhei para Ian com olhar de suplica.

A tensão estava se instalando naquele cômodo, nenhuma alma agiria daquela forma, mas eu sabia o que estava o regendo, sabia que força o impulsionava a isso.

— Ian, retire seus óculos.— As palavras saíram feito suplica, era uma tentativa de acalmar a situação.

Neste instante o homem se virou para Ian, agora a arma estava em sua direção, eu desejei mil vezes que eu não tivesse feito esse pedido, doía em mim saber que Ian estava com aquela arma em sua direção, meu coração estava esmagado, eu estava me preparando para agir, eu sabia que em meu bolso não estava a pílula de veneno, pois a um tempo isso não fora necessário.

Mas sabia que Ian carregava a sua, mas ele estava ali prestes a receber uma bala em seu peito.

Mas eu percebi o olhar do homem ficar firme no rosto de Ian, enquanto esse retirou o óculos, varias expressão, duvida, espanto, e medo.

— Sou humano!— A voz de Ian saiu normal, leve, tranquila, mas eu por outro lado estava atordoada, minhas pernas estavam fraquejando, maldita hora para meu frágil corpo se manifestar, a bile na boca do meu estomago estava agitada.

— isso é impossível! Mas se ele é humano e esta com vocês...

— Sim ,ele é humano, mas não é refém ou algo assim, nem nós, somos amigos.

— Ele é meu companheiro! — Foi somente o que saiu de meus lábios, a tensão já havia deixado o rosto de Burns e de Ian, mas eu mantinha minha postura, eu ainda tinha medo de alguma ali sair errado, e Ian, meu Ian, ele estava na mira ainda.

— Seu companheiro, mas você...é...e ele...

— Ele é humano, agora abaixe essa arma James, e sente-se tomar seu café, que já assustou as visitas, o que isso te espanta? Eu vi que ele era humano assim que colocou os pés aqui dentro, eu já desconfiei.

A esposa saiu do quarto onde levou o menino e estava ao lado do homem retirando de suas mãos a arma, e o acalmando, o nome que ela usou foi humano, mas seria uma forma que de adotar o nome, ou outra coisa, o alivio estava presente em meu corpo, mas eu senti que ainda tremia.

— Vamos criança sente-se, ou seu corpo não vai aguentar, e vamos ter uma longa e civilizada conversa, James da uma descansada desse alvoroço ai, e vamos nos alimentar, eles não são inimigos, e muito menos vão fazer mal aos meninos.

Ela usou o plural então havia mais crianças aqui, Ian relutou, mas logo se sentou-se novamente, Buns somente se posicionou melhor.

— Flor, você sempre e suas artimanhas.—O tom de voz rude do homem, me fazia lembrar de Jeb.— desculpem meu humor, mas é que temos uma situação delicada aqui, meu nome é Raio de fogo, mas ultimamente Jamie tem se manifestado mais.

Esse ponto não foi espanto, pois nossa viagem era exatamente em busca deste tipo de situação, mas eu estava curiosa.

—planeta de fogo, deve ser uma alma forte, mas James deve ter uma personalidade e tanto também, deve ser muito conflitante essa situação!

O espanto foi eminente, pois ele não imaginava que eu já poderia saber de tal situação.

— Como você? Vocês. — Ele deu uma olhada em volta.— Como sabem? Você tem seu hospedeiro...

— Não, mas já tive, em outro corpo, este em que estou a pessoa não o revindicou, nem mesmo quando foi-lhe retirado a alma, ele era somente lembranças da outra alma, nada mais, no entanto minha chegada a este planeta foi um pouco mais conturbada que agora.

Depois dos ânimos acalmados, contei a eles sobre tudo, o que eu passei, sobre nossas buscas...

— Bem o nosso objetivo, não é uma guerra, porém não sabemos como isso vai ser aceito quando a resistência for maior, mas queríamos a chance de os poucos humanos pudessem viver livremente, sem serem perturbados em suas vidas, uma harmonia.

— Mas isso é um sonho impossível Peregrina, vamos ao meu caso, eu cheguei a esse planeta em busca de algo diferente o planeta fogo já não me satisfazia mais, mas ao chegar aqui me deparei com uma das maiores complicações.

— Seu hospedeiro!

— Não, os sentimentos dele, e pior.— Eu entendia o que ele queria dizer, meu problema sempre fora estar dividindo com Melanie os seus sentimentos, Sunny, ela amava kyle assim como Jodi amou, isso era um fator que não nos alertavam antes.— Só que esse sentimento envolvia uma família que dependia de mim, eu a cada dia lutei contra isso, mas o menino estava escondido, e quando pegaram a esposa de James, eu automaticamente a quis para minha esposa.

— Entendo isso perfeitamente. — Minha cabeça baixou, e de canto olhei para Ian, eu toquei em uma ferida já cicatrizada, mas ele ainda fez em seus lábios uma linha fina.

— Eu não pude entregar o menino aos buscadores, e em pouco tempo eles desistiram, hoje essa nossa vida nos proporcionou a tranquilidade que precisávamos.

— Por isso vivem afastados da cidade, mas e o...

— Eu o tive, esse corpo o gerou, temos dois filhos agora, e eu amo meus meninos, humanos, eu não os trocaria por nenhuma alma, não seriam eles.— A Flor sentou-se no colo do seu marido.

— Mas como Raio de fogo? Como convivem ai com James?

— Nos dois a amamos, nos dois amamos nossos filhos, e isso que importa ao final.

— mas se houvesse como sair..

— Não! Nem mesmo Jamie quer mais, ele esta em uma situação confortável, ele só aparece mais em situação assim.

— Como as de hoje.— Burns completou.

Aquela foi uma das maiores descobertas, a minha primeira em uma viagem desta finalidade, Burs pelo contrário, não espantou-se, estava acostumado a esse tipo de situação.

Nate foi chamado, pois não havia mais perigo, e enquanto eles conversavam com James, que preferia ser chamado somente assim, Flor me chamou.

— venha, vamos ver meus meninos.

O mais velho tinha mais ou menos a idade de Jamie, estava em uma fase humana de transição, e seus braços eram maiores que o comum, ele se movia de forma mais desengonçada, mas estava feliz em me ver, ele não se espantava com minha presença, o menor era tão doce, era impossível não amar uma pequena criatura destas.

Cabelos dourados, e uma pele levemente corada, ele esticou seus pequenos braços em minha direção.

Eu o peguei encaixando ele em minha cintura assim como fazia com as crianças de casa, ele pegou meus fios de cabelo e brincava com eles.

Eu observei as covinhas e seu rosto angelical.

— Há como querer perder isso?— Flor falou ao me obsevar atenta aos detalhes do garoto.

— Não, isso é precioso.— Eu estava sensível, meus olhos e encheram de lagrimas, eu tinha o extinto maternal, tanto de uma alma, quanto adquiridos em um corpo humano feminino.

Passei a mãos no alto da cabeça do garoto, e beijei sua bochecha suave, o cheiro que as crianças tinham era sem igual, eu beijei sua testa e o coloquei no chão.

Ele saiu em direção ao irmão que estava ao lado de fora com uma bola.

Senti mãos em minha cintura, era o toque conhecido, Iam me puxou para seu peito, eu escutei as batidas de seu coração.

— Você ama crianças! — Ele fez essa observação, mas eu senti um leve toque de preocupação em sua voz.

— Sim, mas eu convivo bem com essa situação.— Depois das palavras proferidas que eu notei a pequena estupidez que eu fiz.

Ian se afastou pegou com seus dedos meu queixo e me encarou.

— Você queria?

— Não, quer dizer eu sou por natureza fadada a isso, mas...

— Peg, veja bem em que mundo nós vivemos...

— Ian, não se preocupe, eu nem penso nessa possibilidade. — deitei minha cabeça em seu peito tentado evitar seu olhar.

— Você é uma péssima mentirosa.

(***)


O caminho continuou pela área rural, segundo Nate nestas regiões era mais fácil achar humanos, eu mal podia acreditar que já estávamos com um numero grande de humanos reunidos por várias partes, muitas almas a favor de nossa causa.

Mas o perigo sempre era eminente, eu almejava uma vida tranquila, às vezes eu pensava que se nós simplesmente esquecêssemos-nos de tudo isso e somente voltássemos a vida da caverna, mas isso não era justo.

Conviver com humanos nos molda de tal forma, pois se antes eu acreditava que ao morrer seria o fim, hoje eu me pegava tendo crenças mais profundas.

— Acho que não trouxemos sorte para Nate. — Ian me tirava de minha meditação.

— Porque diz isso? E a família no campo? Aliás não é sempre que eles são bem sucedidos.

— Mas estava eufórico para ver mais humanos, sabe o quanto isso é animador?

— Sei, eu fico feliz a cada chegada de Nate e Burns.

— Veja, hoje podemos dormir em um hotel!

— Sim, vamos avisar os outros.

Aquela noite foi mais tranquila, já se faziam mais de dez dias que só dormíamos dentro da cabine.

Primeira coisa, tomar um bom banho, isso era crucial, assim que entrei no quarto vibrei de felicidade em ver que teríamos o meu xampu preferido, eu avia adquirido uns vícios por cosméticos de cheiro doce, esse corpo era vaidoso, o que me deixou de certo modo uma garota inclinada a certas regalias.

— Parece uma criança quando ganha doce Peg.

— Mas eu fico feliz com doce também, mas é que meus cabelos estavam necessitados, e alguém, não quer que eu os corte.

Ian chegou próximo de mim, segurou em minha cintura.

— Não importa como esteja, eu vou ama-la independente do comprimento deles.

Sorri, mas eu realmente necessitava de um banho, isso era crucial.

Sai de seus braços correndo ate o banheiro e enchendo de água a imensa banheira.

Assim que a água estava boa, eu fui mergulhando meu corpo, sentindo o alivio, um relaxamento, eu sabia que era certo egoísmo, sabendo que metade dos habitantes da nossa casa, não conhecia tais mordomias, vivendo sempre naquela caverna se escondendo.

Mas tentei nomente aliviar a tensão de duas semanas de viajem.

Foi quando senti que a água se movia, e eu soube que Ian estava entrando na banheira juntamente comigo.


Milênios não se comparavam a essa fração de vida que eu estava vivendo, cada terminação nervosa de meu corpo humano era como uma nova descoberta sempre, sensações, cheiros, cores, uma imensidão de coisas novas.

O paladar era uma coisa impressionante, o sabor peculiar de cada alimento, a sensação de uma boa degustação, o ser humano viveu anos e poucos deram o valor a esse dom maravilhoso. Quando os lábios de Ian tocavam os meus, o sabor doce e ao mesmo tempo acido de sua saliva, era como se fosse um dos mais preciosos sabores da terra.

A visão, as cores, o brilho da luz e o conforto da escuridão, tudo era um misto de energia que se formavam nesse pequeno globo ocular, eram projetados para o cérebro, isso deixava a imagem ser perfeita, muitos podiam nem dar tanta atenção a esse pequeno órgão, mas ele era a janela da vida, por muitos anos vivendo em um planeta em que fui desprovida dessa visão eu sabia o valor que esse pequeno sentido tinha, sempre que encontrava os olhos azuis de Ian intensos e firmes, parecia que me penetravam por dentro.

O olfato, outro pequeno órgão que nos proporcionava a prazer de sentir os vastos cheiros presentes na natureza, e o prazer de sentir o cheiro que emanava dos poros de Ian assim que ele estava em êxtase eminente, era um misto de sensações que estes cheiros traziam, ansiedade, expectativa.

A audição, era um dom magnífico, ouvir o som das águas, do vento, o som diferente de cada corda vocal, escutar os mínimos gemidos provenientes que ele soltava de seu interior, entre a sua respiração intercortada os sons que ele emitiam de prazer eram magníficos, únicos, e a sua voz que sussurrava ao meu ouvido sempre preocupado, sempre me testando.

Por ultimo e não menos importante era o tato, sensação presente em quase 100% do corpo humano, ela era responsável por nos proporcionar diferenciar o liso do áspero, o duro do mole, o frio do quente, e neste momento eu só sentia queimar, cada terminação nervosa, sim, cada ponto tocado, onde suas mãos passavam, quando seus lábios passavam por minha clavícula, e sua barba rala deixava um caminho de ardência, cada ponto de meu pequeno corpo frágil era ligado e sentia o mínimo toque.

Quando éramos um, e desafiamos a natureza e a física, duas espécies, ao mesmo tempo iguais, mas diferente, provendo que o amor e a união não medem barreiras.


Pela manha o sol batia nos cabelos dourados de Ian*, refletindo e deixando uma cor mais viva, meus dedos não resistiram e foram direto aos fios entrelaçando em meus dedos, antes de meus lábios tocarem os dele, para despertar de seu sono.

Ian estava esparramado como sempre, eu dava graças por meu corpo ser pequeno e delicado, e não reclamar por muitas vezes se encolher.

— Hora de acordar já? — Ele resmungou me fazendo rir, assim que seus olhos abriram.— Podemos ficar um pouco mais ..

— Não podemos, vamos levante-se.— dei um salto puxando os lençóis que o estavam cobrindo, evitei a visão antes que me prende se ali mais que o devido, e fui rapidamente juntando todas nossas coisas.


— Duas porções extras de panquecas e dois cafés duplos e dois cafés com creme.

A garçonete me olhou espantada, pelo meu tamanho o pedido estava exagerado, olhei para Burns que sorriu.

— Ué, estou com fome.— dei de ombros, e a moça saiu ainda meio espantada.

— Precisa exagerar no pedido? — Burns me dava uma certa bronca, pelo enorme pedido, mas eu sabia o quanto Ian estava louco por um café de verdade, e como ele amava as panquecas de lanchonetes de beira de estrada.

Ele tinha uma queda por porcarias também, igual a mim, eu acho que se não fosse nossos longos períodos de trabalho no campo, já éramos um casal obeso.

Durante as pilhagens costumávamos fazer nosso estoque pessoal, e a noite era a hora de atacar, sempre alguém descobria e diga-se Jamie e logo já não tinha mais nada.

— Eu estou com fome, você esta com fome e mais dois homens, e diga-se de passagem enormes estão famintos na Vam.

— Eu sei disso, mas é que...

— Chega tudo bem, da próxima eu vou com mais calma, mas é que realmente eu estou faminta.

Burns demorou um pouco, mas logo ele analisou o que havia, uma noite que se gastava energia, lógico que pela manha se tinha que repor,

— Posso te fazer uma pergunta Peg?

— Faça.

— Mas é pessoal.

— Faça, se eu achar inconveniente eu aviso.— Seu olhar era estranhamente indecifrável, meu tempo convivendo em meio a humanos me deu um senso de diagnóstico, que ate antes nenhuma alma teria.

— Bem... É sobre você e ...— Ele limpou a garganta, eu me demorei entender onde ele queria, mas logo a luz me veio.—Sabe vocês dois, é meio que estranho?

Uma pequena gargalhada ate meio histérica saiu de meu peito, era tão natural , eu estava rindo de Burns, isso poderia ser ofensivo, mas convivendo com humanos se tinham muitos vícios que se pegava.

— Olha Burs, é normal ...

Antes que eu pudesse falar mais, o pedido chegou, tinha pedido para viagem, pois gostava de comer junto de Ian.

— Peg desculpe pela pergunte inconveniente.

— Entendo sua curiosidade.


Quando nos viramos para sair da lanchonete, Burns segurava em sua mãos os cafés , eu segurava os sacos de panquecas.

Demos de cara com uma mulher bem vestida a gola de sua blusa preta estava alta, as botas de cano longo.

E armas, junto com ela tinham mais três homens nos pararam, olhei fundo nos olhos da mulher, ela parecia uma buscadora, mas pior com mais fúria em seu trabalho.

— Viajantes?

— Sim. — respondi tentando soar naturalmente.

— Uma Buscadora? — Burns se arriscou a começar um dialogo, ao qual percebi seu objetivo.— Tem tido indícios de Humanos pela região? Devemos nos preocupar?

—Somos Buscadores, porém somos uma nova classe Fazemos parte da Nova Ordem.

Aquilo soou como uma ameaça maior, o que seria essa Nova Ordem?



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Notas finais do capítulo

* Ian nesta Fanfic, e como todos os personagens seguem as características físicas dos atores do filme, (No caso de Ian é Jake Abel)

OMG e agora o que será essa "Nova Ordem" ????
beijos ate o próximo e não esqueçam de me deixar sua opinião
erros desculpem, pois ainda estou sem beta.