( I will be – Avril Lavigne http://www.kboing.com.br/avril-lavigne/1-43366/)

Pov. Jacob

Leah me deixou há cinco dias.

Que triste pesadelo estou a viver. O mundo sobre mim desabou. Meu coração não consegue entender. Esta dor que nele se atracou. Pensei que ela jamais me deixaria.

Acreditei ser a pessoa de sua vida. Construí minha felicidade, minha alegria ao lado dela, em minha imaginação. E agora pressinto a partida. Pensar em outra pessoa amando-a. Teu sorriso não sendo mais pra mim. Outro corpo tocando o dela. É um pesadelo sem fim.

As noites são agonizantes. São varias histórias vivas na lembrança. Ao revirar a minha mente constante. Sinto-me perdido, indefeso como criança.

Minha Leah se foi, sim ela se foi. Buraco no peito é maior que o tamanho do coração. Esse, por sua vez, foi corrompido pela dor que não cabe dentro de si.

O que sobrou? Não sobrou nada real, apenas lembranças. Lembranças de seu sorriso, seus olhos, seu cheiro, seu calor. Tudo o que eu imaginei que nunca me faria tanta falta, hoje me mata.

Se pudesse voltar no tempo. Faria tudo diferente. Eu seria tudo o que ela precisasse, pois sei que ela nunca faria comigo o que Bella fez. Eu a amaria todos os dias. A beijaria toda a manhã, lembraria desse beijo até me deitar para dormir a noite. Quando ela se sentisse insegura, seguraria sua mão e mostraria o quanto ela é capaz de realizar seus sonhos. Estaria com ela sempre. Não a deixaria partir. Seria mais que um amigo, seria o homem da vida dela.

Mas eu sei que o errado nessa história sou eu. Sou eu porque eu a magoei. Só tinha olhos pra quem hoje eu nem suporto ouvir o nome. Bella. Ela destruiu minha vida. Mas não vou dar as costas pra ela, por dois motivos. Primeiro: ela está grávida do sanguessuga. Segundo: vou cumprir promessa de protege-la até que seu coração pare de bater.

Por falar em Bella, o parto está próximo, Carlisle avisou.

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Pov. Jacob

Como puderam perceber, meu sofrimento se alastrou por todo meu corpo. Sim, cada parte dele ficou sem vida, sem Leah. Mas é melhor eu continuar a contar o que aconteceu depois do parto do Bella.

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Pov. Jacob (When You’re Gone – Avril Lavigne http://www.kboing.com.br/avril-lavigne/1-43578/)

Um grito de dor. Foi tudo o que ouvi. Um grito ensurdecedor.

Estava na mata, pensando em Leah, como tem sido essa semana sem ela. Parei ao ouvir a Bella gritando da casa dos Cullen.

Sem pestanejar, corri o mais rápido até lá. Não estava longe, cheguei bem rápido e entrei.

– É a hora! – Edward disse sem me olhar assim que cheguei. Entendi logo.

– Onde está Carlisle? – perguntei aflito, pois só via Alice, Edward e Rosálie (além da Bella).

– Foi caçar com os outros. Leve-a para a sala que foi feita pro parto. – Rosálie estava disfarçando a aflição, só pra manter a pose.

A ordem foi obedecida e logo Bella estava deitada em uma cama com lençol branco, que logo foi manchado de sangue.

– Tirem isso dela! – gritei.

Edward pegou uma faca. Os gritos de dor da Bella eram ouvidos a quilômetros de distancia. Foi uma cena horrorosa e traumatizante. Bella, com o rosto branco e pálido, olheiras, gritando sem parar, sangue pra todos os lados.

Que tudo dê certo! Que tudo dê certo! – rezava para a Bella sobreviver. Primeiro a Leah, agora a Bella. Não! Ela tem que sobreviver! Tem!

A cada minuto que se passava, meu coração parecia que sairia pela boca, ou pararia de vez se algo acontecesse. Mais um tempo de aflição e desespero e...

– Nasceu a Reneesme! – Edward disse. Apenas olhei Bella, não fiz questão de ver a criança.

Os olhos de Bella brilhavam de emoção. Sentia seu orgulho da filha só de vê-la.

– Linda! – disse ela. Mas logo seus olhos deram espaço para um expressão horripilante. Ela estava assustada. Bella estava morrendo. Só ouvi Rosálie tirando o monstro dali.

– Tudo vai ficar bem, Bella. – segurei sua mão – Não vou te deixar morrer! Você não pode morrer! Não pode! Não pode! – tentava me convencer, fechar meus olhos diante da situação que vi diante de mim. – Bella? – parei um minuto, ela não me respondeu, olhei no fundo dos seus olhos, agora negros e profundos, sem vida. Ela se foi com um sorriso de ver a filha nos lábios. – Não!!! – gritei. Meu corpo se paralisou por um minuto. O choque daquela cena travou meu organismo. Nem sequer me lembrava de respirar e piscar os olhos.

Correr! Correr! Sair daqui! Não, não acredito! A Bella? A Bella está… Não! Gritava tamanha a dor que a cada segundo se acumulava e aumentava dentro do meu coração.

O destino me tirou a Leah, agora a Bella! Será que ainda há algo no mundo que eu possa chamar de meu? Os dois bens mais preciosos da minha vida, agora longe de mim. Mas a Bella agora está... está... morta!

– Bella!!! – gritei com o resto de força que meu corpo possuía, mas nem era o suficiente para me manter em pé! Caí sentado na calçada da entrada.

Meus olhos ardiam de tantas lágrimas que já haviam derramado. A visão era embaraçada, meus sentidos não funcionavam como deveriam.

Bella, a minha Bella, morreu.