Rosa Adormecida escrita por Kuroi Namida


Capítulo 7
O Verdadeiro Dimka


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas! Espero que gostem deste capítulo, embora eu tenha prometido que Dimitri veria Rose hoje, isso fica para o próximo MAS EU JURO que no próximo ele verá a Rose! SÉRIO! É uma promessa. OLha esse capítulo pode ter ficado meio bobo então me perdoem se eu exagerei na palhaçada, mas como eu disse a fic é uma comedida drama romântica! Ouçam a musica! LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Durante a noite seguinte depois do horário de visitas como prometido lá estava Yeva Belikov no quarto de Rosemarie Hathaway com algo em mãos cujo ela acreditava ser um objeto útil para se comunicar com um espírito perdido. Yeva não esperou que o neto acompanhasse-a até o quarto da paciente e por si mesma tomou a liberdade de ir até o leito de Rose e dar inicio ao que ela chamou de: Ligação Espiritual. Rose observa a mulher de boa aparência do canto da janela, sentada sobre a mesma mantendo um ponto de interrogação na testa ao ver Yeva retirar uma espécie de pedra redonda de cor escura e depositar a mesma na palma da mão de Rose. A garota saltou da janela e em um piscar de olhos estava de pé a frente de Yeva.

– Tá fazendo o que dona Yeva? –disse Rose já acostumada à maneira como Dimitri se dirigia a avó.

Yeva por sua vez retirou mais alguns objetos da bolsa que colocou sobre os pés de Rose como, por exemplo, um cordão preto com um pingente de prata que Rose julgou no mínimo medonho. Yeva colocou o cordão ao redor do pescoço e acendeu uma vela branca ao lado da cama mantendo um copo com água ao lado desta. Depois de todo esse ritual que Rose observava com estranheza total, Yeva segurou firme a mão da garota mantendo suas palmas unidas apenas com aquela pedra escura entre elas.

– Jesus, ela vai fazer uma sessão comigo! –disse Rose segurando um ataque de riso que viria frenético.

Yeva fechou os olhos enquanto segurava firme a mão de Rose entre as suas duas palmas e dizia algumas palavras em uma língua que Rose nunca tinha ouvido na vida.

– Russo? –ela disse. – Isso é russo?

Rose escorou as mãos sobre a beirada da cama enquanto tentava entender o que Yeva balbuciava. A garota simplesmente não sabia se ria ou se chorava daquela situação. O que passava pela sua cabeça era apenas uma porção de perguntas como – essa mulher é doida? Ela acredita mesmo que pode falar comigo através de uma pedra? – Enquanto isso a avó de Dimitri permanecia no seu transe particular citando aquelas palavras que ficavam cada vez mais estranhas e confusas. Tudo que Rose entendia era a palavra: Roza! Alguns minutos se passaram e então Dimitri abriu aquela porta ficando surpreso ao ver a cena.

– Yeva? –disse ele chamando atenção da mulher que abriu os olhos e o encarou. – Tá fazendo o que? –ele franziu a testa e se aproximou depois de fechar a porta.

– Sua avó tá fazendo macumba com uma pedrinha! –ela riu olhando para Dimitri sendo que esta estava sentada sobre os próprios pés na cama. – Acho que ela acredita que pode falar comigo!

– Estava tentando estabelecer contato com o espírito de Rose querido. –ela respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo. – Posso sentir que ela está aqui.

– Estou mesmo! –disse Rose.

– Dona Yeva, escuta uma coisa... –disse Dimitri. – Minha paciente... –ele apontou pra Rose. – Hospital! –ele girou o dedo indicador apontando-o para o teto. – Médico! –ele apontou para si e Rose caiu na gargalhada. – Tem ideia do que essa sua sessão particular sem o consentimento da família da paciente pode me causar?

– Querido eu estou tentando ajudar esta menina.

– Vai acabar causando a minha suspensão dona Yeva. Que coisa! –Rose ficou olhando Dimitri vendo-o falar com a avó como se esta fosse uma criança e achou isso uma graça. – Você é um perigo, não posso deixar você sozinha com a minha paciente.

– Ora Dimitri o que eu poderia fazer com o corpo dessa menina? Sequestrar e pedir resgate? O que eu pediria em troca meu filho? Fraldas para trocá-la?

– Ai, isso foi maldade! –Rose fez biquinho enquanto ria.

– Isso foi maldade dona Yeva, ela pode ouvir sabia? –disse Dimitri unindo as sobrancelhas.

– Desculpe querido. Desculpe Rose. –ela olhou a garota na cama. – Eu não aprendi a ser sarcástica sem ser cruel.

– Dona Yeva pode fazer o favor de recolher essas... –Dimitri olhou para a mão de Rose. – Ah não, vó? É serio?

– O que? –ela fez uma careta engraçada e Rose achou divertido.

– A pedra? É sério isso?

– O que tem a pedra? –disse Rose.

– Querido esse objeto tem poderes místicos.

– Essa sua avó não bate bem da cabeça Dimitri. –riu Rose.

– O que eu vou dizer caso alguém entre aqui e veja a senhora acendendo velas ao redor do corpo da minha paciente? –ele dizia ao recolher os objetos. – No mínimo vou ter que afirmar que a senhora está caduca!

– Repete isso e eu te dou uns tabefes nessa bunda branca de leite ninho. –disse Yeva sentando um tabefe no traseiro de Dimitri.

– Vó? –ele arregalou os olhos se virando.

– Ai meu Deus! –Rose caiu na gargalhada. – Eu nunca me diverti tanto na minha vida!

– Não pense que só porque está grandinho que isso vai me impedir de te colocar no colo e te ensinar boas maneiras Dimka. –seguiu Yeva. – Olha como fala com a sua avó.

– Eu adorei a sua avó! –disse Rose já no piso vendo Dimitri passar por ela com a cara amarrada.

– Isso é sério, dona Yeva Belikov. –ele disse colocando a vela no lixo. – Não no meu local de trabalho.

– E como pretende falar com a menina? –disse ela.

– Isso é loucura, não tem nenhum espírito nesta sala vó... –disse ele começando a ficar chateado. – Para com isso antes que acabe prejudicando meu trabalho.

– Eu sinto a presença dessa menina.

Dimitri parou ao lado da cama e cruzou os braços olhando Yeva com cara de poucos amigos.

– Tá bom... –ela ergueu as mãos para o teto. – Pelo menos eu tentei.

– Obrigado. –disse ele descruzando os braços.

– Se puder me ouvir querida... –disse ela se aproximando do corpo. – Saiba que o culpado por não descobrirmos o que pode trazê-la de volta é seu médico resmungão.

– Yeva. –disse Dimitri já sem paciência.

– Você é teimoso feito uma mula. –ela disse apontando o dedo. – É igualzinho ao seu avô.

– Boa noite dona Yeva. –disse.

– Boa noite Dimka. –ela disse e se afastou. – Boa noite Rose. –ela dizia enquanto andava rumo à porta.

– E faça o favor de não me desobedecer de novo dona Yeva. –retrucou Dimitri.

Yeva apenas abriu a porta e lançou um olhar de avó sobre o rapaz, depois saiu.

– Tenha santa paciência. –resmungou Dimitri limpando os indícios que Yeva deixou sobre a cama.

– Não precisava ter xingado a sua avó por minha causa Dimitri, ela estava tentando ajudar! –disse Rose franzindo a testa. – Do jeito maluco dela, mas estava. Ela é uma boa pessoa não devia ter falado com ela daquele jeito.

– Dona Yeva e suas ideias geniais. –continuou ele a resmungar.

– Sua família não é muito normal Dimitri!

– Eu que o diga... –de repente ele ergueu o rosto olhando ao redor.

Dimitri franziu a testa olhando o cômodo inteiro enquanto movia apenas os olhos negros. Depois sacudiu a cabeça e constatou:

– Tá legal Dimitri tá na hora de ir pra casa... –disse verificando os aparelhos da paciente.

Rose o encarou após perceber que ele havia respondido a ela, mas não disse nada. Dimitri se retirou da sala em seguida indo até o balcão de informações e avisando que estava indo pra casa. Se dirigiu ao estacionamento onde estava seu carro, destravou o alarme e entrou em seguida no mesmo trancando a porta e jogando suas coisas no banco de trás. Esfregou o rosto com a ponta dos dedos e depois bagunçou os cabelos.

– Certo doutor! –disse ele arregalando os olhos e piscando para se livrar do cansaço.

Dimitri girou a chave na ignição dando a partida no motor e logo saindo do estacionamento. Quando cruzou a primeira esquina, e se deparou com o transito caótico, ele franziu a testa e jogou a cabaça para trás.

– Ah! Saco... –ele reclamou.

Após procurar um espaço para passar sem sucesso ele apenas pode esperar. Resolveu ligar o som do carro e ouvir o que passava na radio. Dimitri mudou de estação umas vinte vezes, até encontrar uma boa rádio onde podia ouvir suas músicas preferidas. Quando o radialista anunciou a próxima música a ser tocada, um sorriso brotou na face do médico e então assim que esta foi tocada ele aumentou um pouco o volume e esperou escorando o cotovelo na janela e deixando os dedos sobre a boca com a outra mão na direção. Enquanto esperava o sinal abrir Dimitri passou a batucar sobre a direção com a mão direita e em segundos estava sacudindo a cabeça no ritmo da música. Passou então a mover os lábios sem emitir sons, e em seguida iniciou uma cantoria tímida, que de acordo com a sequencia ia tomando mais forma. No fim Dimitri estava totalmente empolgado batendo com as duas mãos na direção como se elas fossem baquetas de bateria e cantado de acordo com a letra. Qualquer sombra daquele médico sério e concentrado que vagava de um lado para outro naqueles corredores de hospital havia ido embora naquele momento e dentro daquele carro tudo que se podia ver era um cara comum bancando o rock star.

Kicking Off Again - Ben Barnes [Killing Bono]

http://www.youtube.com/watch?v=2ycLYP4mTbI

– Shock Out? –disse Rose sentada no banco ao lado enquanto olhava Dimitri com cara de espanto. – É sério que você gosta da minha banda favorita? –ela estava pasma. – Quase ninguém conhece esses caras! Eu to chocada com você.

Enquanto isso Dimitri se divertia bancado o baterista da banda, enquanto cantava em alto e bom som esquecendo que estava no meio do transito. Rose ficou dividida entre a estranha situação e a imensa vontade de rir ao ver Dimitri perdendo a compostura e sacudindo os cabelos feito um doido. A única coisa que o fez parar foi um carro cheio de garotas que estacionou no lado dele na rua. De repente lá estava ele com o cabelo no rosto fingindo ser sério. Rose encarou as garotas que sorriam pra ele e deu uma gargalhada.

– Não adiante disfarçar doutor elas viram você soltando a franga!

Por alguma razão o que Rose disse pareceu uma voz na consciência de Dimitri o que fez com que ele voltasse a encarar o transito a sua frente e se recompusesse. Em seguida o sinal abriu e ele pode seguir adiante. Quando deu por si, Rose estava bem longe do hospital e sentiu que estava bem assim concluindo que não tinha problema em dar uma escapada daquele lugar de vez em quando. Tudo que ela fez a seguir foi observar Dimitri vestindo sua máscara de seriedade assim que a musica acabou baixando o volume do radio, e se concentrando no transito.


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Notas finais do capítulo

Só pra esclarecer, a música em questão pertence a uma banda fictícia que foi criada para o filme KILLING BONO (Estreada pelo ator Ben Barnes). O vocalista da banda em questão se chama Neil McCormick e é interpretado pelo próprio Ben que por tanto é o cara que canta a música a cima! Eu amo essa musica e achei legal colocar o Dimka cantando ela. Aliás essa é a banda favorita da Rose. Algo que o casal terá em comum além de falar sozinho! Espero que gostem de tudo! Bjus



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