Rosa Adormecida escrita por Kuroi Namida


Capítulo 1
A Rosa Traída


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá, não tenho muito pra dizer aqui então apenas espero que gostem da minha estória!



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A chuva batia com força contra o vidro da janela já embaçada pelo frio. Rose Hathaway dormia com a face colada no banco do metrô enquanto este seguia pelos trilhos externos e levava os passageiros de uma cidade a outra sobre os prédios da cidade. Os sonhos eram a única coisa que povoavam a cabeça da garota de dezenove anos enquanto esta descansava após um longo dia de trabalho na lanchonete. Rose se via ainda menina em seu sonho, brincando com um pequeno urso de pelúcia enquanto corria pelo pátio e era seguida por sua mãe Janine.

– Rose! –dizia a mulher de cabelos ruivos com um sorriso estampado na face. – Corra Rose!

A pequena garotinha corria para dentro da casa procurando um lugar para se esconder de alguém que ela não conseguia ver quem era, mas tinha uma grande sombra e fazia uns sons estridentes com a garganta como se imitasse um grande urso.

– Rose! Rose... –a garota despertou sentindo uma mão sacudindo-a pelo ombro. –Rose! Acorde, nós chegamos...

Hathaway abriu os olhos e os dirigiu na direção lateral dos bancos vendo sua amiga Lissa sorrindo enquanto levava uma mecha de seu cabelo loiro para atras da orelha.

– Que horas são? –disse a morena confusa.

– Hora de levantar acampamento maluca! Agente tá no metrô!

– Ah? –Rose se endireitou na poltrona e percebeu finalmente onde estava. – Droga! Você me deixou dormir de novo Lissa.

– Quando eu dei por mim você ja estava babando no meu ombro!

– Ah que droga! –resmungou e se levantou logo pegando suas coisas e seguindo para fora do vagão assim como Lissa.

As duas amigas desceram as escadas de metal e chegaram logo à rua. Ambas seguiram até um prédio onde dividiam o apartamento e subiram as escadas. Lissa deixou as chaves sobre a mesinha e foi logo correndo para o banheiro esvaziar a bexiga. Enquanto isso Rose andou até a cozinha e procurou uma caixa de suco de pêssego na geladeira cujo qual ela bebeu direto no bico depois devolveu. Enquanto a amiga tomava banho Rose se espichou no sofá e ligou a TV. Por fim acabou dormindo novamente dessa vez aproveitando a maciez e o conforto da própria poltrona. Quando Lissa voltou a sala e encontrou a amiga tombada no sofá, apenas riu balançando a cabeça e foi até a cozinha onde encontrou a caixa de suco com a tampa aberta.

– Rose, Rose! –ela disse sorridente.

Lissa recebeu um telefonema assim que saiu do banho e logo ouviu a campainha tocar. Correu até a porta vendo Rose apenas mudando de posição no sofá e abriu a encontrando Christian Ozera, a quem ela costumava chamar de seu namorado. Palavras de Rose Hathaway!

– Me dá só um minuto! –disse a loira em voz baixa.

Lissa se afastou da porta e caminhou até a beirada do sofá e tentou avisar a amiga onde pretendia ir.

– Rose...

– Hum... –esta apenas grunhiu.

– Eu to saindo com o Chris ok? Eu não sei se volto hoje...

– Uhummm... –Rose afundou a cara na almofada.

– Eu to indo!

Rose apenas moveu a boca sem deixar sair som por ela, então Lissa apanhou suas chaves e se dirigiu a porta logo saindo do apartamento, acompanhada por Christian.


...


Rose acordou uma hora mais tarde chamando por Lissa:

– Lissa? –ela disse com os cabelos revirados. – Loira? –esta se sentou no sofá e olhou ao redor. – Tem alguém em casa?

Percebendo que não recebia respostas Rose levantou e foi até o quarto da amiga encontrando este vazio. Depois foi até seu quarto e tirou aquelas roupas logo se dirigindo ao banheiro para um banho. Quando já estava pronta Rose olhou o relógio e percebeu que ainda era cedo. Apanhou o celular e ligou para Mason Ashford, um velho amigo da escola com quem sempre saía.

– Tá aonde? –ela disse assim que ele atendeu.

– De bobeira em casa! Por?

– Quer sair?

– Aonde mais precisamente?

– E importa?

– Não! –ele riu.

– Quando Rose chama você não faz perguntas apenas diz sim! –ela sorriu olhando pela janela.

– Me dá um minuto que eu chego aí...

– To esperando...

Ela desliga o telefone e vai até o quarto calçar seus típicos tênis e uma jaqueta de couro. Apesar de ser uma garota muito atraente e sexy, Rose preferia deixar os saltos e os vestidos para ocasiões especiais. Para uma caminhada pela cidade acompanhada de nada mais que um amigo, um jeans preto, tênis branco, camisete de mesma cor e uma jaqueta de couro preto já estava legal. Ela prendeu os cabelos castanhos em um rabo de cavalo no alto da cabeça e logo saiu do apartamento decidindo esperar Mason na portaria. Este não demorou a chegar e logo Rose entrou no carro do rapaz e lhe deu boa noite depositando um beijo em sua face.

– O que houve com o Adrian? –disse Mason.

– Não sei... Não falei com ele hoje.

– Pensei que ele já tivesse voltado de viagem...

– Ainda não! Enquanto isso você pode bancar meu namorado! –ela piscou.

– Olha só, tirei a sorte grande! –ele riu e girou a chave.

– Não vai se acostumando!

Rose e Mason decidiram pegar a ultima sessão de cinema daquela noite. Compraram ingressos, pipoca e coca-cola depois foram assistir a um filme de ação que estava em cartaz. Depois da sessão ambos se puseram a caminhar pelas calçadas da cidade de Nova York enquanto comiam sorvete de casquinha que era servido nas esquinas e conversavam sobre tudo e sobre nada. Enquanto tinham uma conversa divertida o som do aparelho celular de Mason os interrompeu. Após ouvir as palavras que vinham do outro lado da linha, Mason ficou branco feito papel então desligou o celular e disse:

– Rose eu preciso ir...

– Problemas?

– Minha avó. Parece que ela teve um derrame...

– Ah...

– Quer que eu te deixe em casa?

– Não. Tudo bem, eu ainda vou caminhar um pouco. Mas vai com calma, não sai dirigindo feito um louco.

– Tá. Eu te vejo depois... –dito isso o rapaz saiu correndo as pressas.

Mason atravessou a calçada passando pelas pessoas feito um trovão e logo sumiu deixando Rose estática com seu sorvete em mãos. A mesma decidiu trocar de destino e atravessou a avenida principal logo pegando outro caminho que a levou para o centro menos movimentado da cidade. Ao passar por certa rua, Rose teve a impressão de ver um carro familiar. Ela decidiu ignorar e apenas se aproximou de um latão de lixo para jogar sua casquinha de sorvete fora. Então seus olhos cruzaram com alguém bastante conhecido por ela. Ele estava dentro de um restaurante caro sentado a mesa com uma linda mulher de cabelos longos e loiros e estendia algo sobre a mesa entregando a ela. Rose ficou chocada ao ver Adrian dando aquela mulher um anel de diamantes e imediatamente recebendo um beijo caloroso da mesma. Hathaway cobriu a boca com uma das mãos enquanto seus olhos permaneceram arregalados e estáticos. Seus olhos baixaram rumo a calçada enquanto sua boca permanecia aberta. Rose foi se afastando aos poucos da janela do restaurante e andando de costas em direção ao meio fio. Ela voltou a erguer os olhos e avistou a loira sorrindo enquanto admirava seu lindo anel. Adrian retribuía com o mesmo sorriso sem saber que estava sendo flagrado pela namorada do outro lado do vidro. Rose foi se afastando cada vez mais, sem rumo. Ela desceu da calçada sem perceber que estava seguindo para o meio da rua onde o transito era fluente. Seus ouvidos simplesmente pararam de ouvir, seus olhos começaram a escurecer e ela mal podia se mover. Tudo que chamou sua atenção foi uma luz forte e uma buzina tão alta que ela foi capaz de ouvir mesmo estando parcialmente surda por conta da vertigem. Quando Rose se virou para ver do que se tratava sentiu algo batendo contra ela e jogando-a longe...

Seus olhos tiveram dificuldade e permanecer abertos. Ela ouvia vozes distantes e distorcidas. Seus olhos se abriram mas apenas vultos misturados a luzes eram notados pela sua visão turva.

– Fique calma... –dizia aquela voz distante. – Eu vou chamar uma ambulância...

As sombras sumiram assim como as vozes. Rose voltou a abrir os olhos algum tempo depois e viu mais luzes, dessa vez, brancas e vermelhas e ambas pareciam girar freneticamente. As vozes também se fizeram presentes.

– Coloque ela sobre a maca... Com cuidado...

– Verificou o pulso?

– Está fraco... A pressão dela está baixa...

– Vamos levá-la daqui... Pelo amor de Deus afaste essa gente...

Rose piscou duas vezes as pálpebras pesadas e novamente as vozes sumiram. Apenas as luzes e os vultos eram percebidos por ela e logo estes também desapareceram...



...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Continua no próximo capítulo



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