Katherine Narrando:

–Katherine? – chamou uma voz idêntica a minha, logo em seguida um par de mãos começou a me balançar me fazendo resmungar mais; eu não queria acordar só queria dormir mais um pouco. – Katherine? Sou eu, Elena.

–Arghh, o que você quer? – perguntei abrindo os olhos e constatando que estávamos sozinhas no quarto de Stefan.

–Agradecer por ter nos tirado daquela casa. –disse ela, um silêncio desconfortável se seguiu as palavras dela. –E dizer pra se afastar de Damon e Stefan.

–Como é? – perguntei me sentando na cama, eu entendo o porque dela me pedir pra me afastar de Damon, mas me afastar de Stefan?

–Você me ouviu. Sabe que não é bem vinda aqui e que eles são meus agora. –disse ela e eu ri alto.

–Elena, você e Stefan não tem mais nada e todos sabem disso... Se eles fossem seus e te amassem tanto desse jeito que você fala, eu não teria ouvido um eu te amo e te perdoo de Stefan além de ter dormido com Damon noite passada. – rebati e ela ficou de boca aberta:

–Como é, sua vadi...? –não a deixei terminar, apenas a arremessei contra a parede:

–Cala a boca. – sai para o corredor encontrando-o vazio, me pus a andar por ele ate que logo me veio outra... Lembrança ou o que seja a mente:

Flashback on

–Por que não entra? A água está tão boa. –exclamei para o loiro que me observava nadar apenas com as roupas de baixo. Ele balançou a cabeça e riu de leve:

–Prefiro ficar aqui. –revirei os olhos e joguei um pouco da água da pequena cachoeira nele que me olhou com que parecia ser diversão no olhar:

–Você realmente acabou de fazer isso? – perguntou ele estreitando os olhos, ri.

–O quê? – perguntei inocente -Isso? – acrescentei jogando mais água nele.

–Certo, você venceu. –disse ele rindo enquanto tirava a camisa deixando o peitoral a mostra, tentei não suspirar, mas falhei miseravelmente. –Gosta do que vê? – perguntou com os lábios centímetros de mim ao mesmo tempo em que me puxava pela cintura colando seu corpo ao meu, mal percebi o quanto ele havia se aproximado de mim.

–E você... Gosta? –perguntei, ele riu baixinho.

–Tatia... - murmurou

–Niklaus... –murmurei em seu ouvido mordiscando o lóbulo de sua orelha em seguida, ele se arrepiou:

–Um dia desses, você ainda me mata. –disse antes de me beijar, me pergunto como alguém pode ter um beijo tão bom. Coloquei meus braços aos redor de seu pescoço, sua língua pediu passagem pra aprofundar o beijo no que foi prontamente atendida, mas nada é tão perfeito assim... Nos separamos em busca de ar, ele roçava seu nariz no meu me fazendo sorrir de leve.

–Acho que preciso ir. – murmurei tentando sair de seus braços fortes e chegar ate a margem do lago, mas não consegui me soltar dele:

–Ah, não... Fica mais.

–Niklaus, sabe que adoraria ficar aqui mais tempo só que tenho um bebê pra cuidar. – respondi com pesar, odiava ter de deixar a companhia agradável do loiro... Só que meu sobrinho/filho vinha em primeiro lugar e ele acabava o deixando por muito tempo com a bruxa Bennet.

–Desculpe. –disse ele, saímos da água e voltamos a vestir as roupas, que tínhamos deixado debaixo da macieira, e que se grudaram aos nossos corpos. – Posso leva-la pra casa se quiser minha companhia.

–Eu amo sua companhia. –disse a ele sorrindo de leve, logo havia sido prensada contra uma arvore.

–Apenas a minha companhia? – perguntou ele, ri.

–Amo tudo em você. –respondi antes de lhe dar um beijo breve, porém de tirar o folego, ele me levou ate a casa de Ayanna onde peguei meu anjinho de olhos verdes e em seguida acompanhou a nós dois ate nossa casa.

–Pronto, agora estão seguros. –disse ele que segurava Arthur no colo, ri:

–Obrigada, Niklaus. –peguei o bebê no colo.

–Disponha, vejo você amanhã? – perguntou me dando um sorriso lindo.

–Claro. Tenha uma boa noite. –disse abrindo a porta

–Pra você também. –disse beijando minha bochecha e indo embora em seguida. Ri, ele era incorrigível.

Flashback off

–Katherine?- chamou a voz de Stefan, sacudi a cabeça voltando a realidade.

–Sim? – perguntei voltando minha atenção a ele

–Você estava parada ai com uma cara pensativa. –disse ele, dei-lhe um meio sorriso.

–Ah... Desculpe pelo susto de hoje mais cedo. – ele pegou minha mão direita e a apertou de leve:

–Está tudo bem.

–Cadê o Damon? – perguntei de repente, detestava ficar brigada com o Salvatore mais velho.

–Por quê?- perguntou Stefan, pelo seu tom de voz estava incomodado e aborrecido com a pergunta.

–Eu o magoei hoje... Mais uma vez e queria me desculpar. –ele franziu o cenho:

–Tem certeza de que só quer se desculpar? – perguntou azedo, ele estava com ciúmes. Perfeito, só faltava mais essa pro meu dia ficar melhor ainda.

–Stefan... – ele emburrou:

–Não sei onde ele está. –suspirei.

–Vou procurar por ele então, mas não quer dizer que eu não te ame. –disse a ele que bufou:

–A que horas você volta?

–Ainda não sei, por quê? – perguntei pensando que agora ele queria dar uma de pai controlador.

–Temos um bando de Viajantes loucos a solta. –disse ele me envolvendo num abraço. – Não quero que se machuque.

–Você fica lindo com ciúmes. –ri, ele fechou mais a cara. – Eu estarei segura. –afirmei e ele suspirou sabendo que eu não desistiria de ir.

–Eu te amo. –não o respondi, apenas o beijei em seguida sai correndo atrás de Damon, precisava realmente me desculpar. O procurei em seu quarto, no estoque, no Grill e agora estou andando na floresta indo em direção a antiga casa dos Salvatore ele só poderia estar ali. Ao chegar lá, encontrei o lugar deserto, continuei andando ate chegar ao grande carvalho onde costumávamos deitar e apreciar o céu, foi quando escutei o barulho de um choro contido. Me aproximei cautelosamente e pude vê-lo sentado ali, ainda com a blusa branca (meio molhada de lágrimas), as jeans surradas, os tênis e a jaqueta jogada no chão. Ele só percebeu minha presença quando chamei:

–Damon? Tudo bem?