It's Possible? escrita por WolfStar


Capítulo 2
Um. - A tragédia.


Notas iniciais do capítulo

Bem, sei que prometi postar só amanhã, mais... enfim mudei de ideia e resolvi postar hj!!! Olha só q daora a vida!!!sqn!!!

Bem espero que curtam o cap e tenham boa leitura!!!



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Katerina Narrando:

Estávamos na fazenda há sete meses e nossos pais me perguntavam quando iríamos voltar, eu sempre respondia vagamente. Tatia estava mais feliz, pois não precisava esconder a barriga enooooooorme de nove meses. Charlotte nos presenteou com o enxoval do bebê e mora mais conosco do que em sua própria casa. Eu tento alegrar minha irmã na medida do possível e estou cuidando de retirar um bom dinheiro pra ela poder ir embora daqui quando chegar a hora. Eu não deixaria que meus pais tomassem meu sobrinho de jeito nenhum, eu havia prometido a mim mesma que cuidaria de minha irmã e de meu sobrinho e vou cumprir essa promessa custe o que custar. Era uma noite chuvosa e cheia de raios quando ouvi um grito:

-Katerina. Vai nascer. –Isso me fez disparar na direção ao quarto. Marie (a única além de Charlotte, que sabia da gravidez de Tatia, pois havia somente eu, Tatia e ela na casa, mais ela era de confiança, cuidava de nós desde que nascemos por suas mãos, ela tinha por volta de trinta e nove anos) estava com muitos panos ao seu lado, a maioria suja de sangue e uma bacia de água quente.

-KATERINAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! AHHHH, ISSO DOI COMO O INFERNO. - corri ate ela e segurei sua mão e me arrependi no mesmo instante. A força com que ela me segurava era imensa e fazia minha mão doer, mais mesmo assim não a soltei.

-Marie, o que eu tenho de fazer?-falei fazendo caretas.

-Pegue mais água quente. -pediu a criada, peguei a bacia e fui correndo buscar, peguei mais alguns panos e voltei correndo. - Força Tatia, respire fundo.

Ajoelhei-me ao lado da criada com a bacia nas mãos e ela molhou alguns panos lá e continuou o que estava fazendo enquanto Tatia gritava e respirava em arquejos. E então Marie disse:

-Katerina, está vendo a cabecinha?-assenti-Coloque a mão lá e tente puxar com delicadeza enquanto eu estaco o sangramento.

Fiz o que ela pedia e fui puxando devagar ate o corpo de um lindo menino estar fora do ventre de sua mãe e Marie apareceu ao meu lado com outra bacia, uns panos e uma manta bem grossa. Demos banho nele, o enrolamos na manta e o levamos a Tatia que sorria radiante.

-Ele vai se chamar Arthur. - falou ela toda feliz.

-Ela voltou a sangrar Katerina. - Fizemos tudo o que pudemos e não conseguimos fazer parar, ela já havia perdido uns três litros de sangue. Voltei a olhá-la e agora ela respirava com dificuldade e estava difícil segurar o filho, então a ajudei.

-Promete pra mim que vai cuidar do meu filho, que vai criá-lo como se fosse seu. Promete Katerina, por favor?-ela me pedia já chorando e aproveitando o máximo do contato que tinha com Arthur, eu também já estava as lagrimas.

-Eu prometo. –pausa. - Tatia. Não, você não pode me deixar. Tem que ter forças pra levantar, dar a volta por cima e criar seu filho. – eu implorava soluçando descontroladamente, as lagrimas escorrendo livres por meu rosto.

-Kath, obrigada pelo que fez por mim. Eu te amo demais e sei que você vai ser uma ótima mãe para Arthur. - então beijou o filho. –Eu te amo meu anjinho. -assim que ela fechou os olhos, Arthur começou a chorar, peguei-o nos braços e o quarto foi invadido por Charlotte e meu pai.

-Eu sinto muito Katerina. -lamentou Marie. –Fiz de tudo pra atrasá-los mais não consegui. –olhei de Charlotte para meu pai e a vadia loira disse:

-Eu não disse tio? Tatia estava grávida do MEU noivo, Katerina estava a ajudando a se esconder e Tatia ia fugir com o filho. - a raiva intensa daquela que eu pensava que nunca nos trairia, fez o meu sangue ferver.

-Não foi culpa de Tatia o fato de você não saber segurar seu noivo. - respondi enraivecida e levei um tapa. Não foi um tapa da vadia loira e sim de meu pai, que arrancou Arthur de meus braços e começou a gritar:

-Sua imunda, vadia, encobrindo uma prostituta. - ele gritava pra mim olhando a marca vermelha em meu rosto, eu havia caído no chão pela força que ele usara. –Esse fruto de desonra e vergonha vai sumir. –e se encaminhou para fora do quarto seguido pela vadia loira.

-NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO. - eu gritava enquanto corria atrás dele, tropeçando no vestido manchado de sangue. Parei a frente dele e peguei Arthur nos braços, ele me deu outro tapa, mais dessa vez aguentei firme. - Enterra a Tatia com o meu nome e me deixa ficar no lugar dela.

-O quê? –perguntou a loira.

-Por favor, não tira ele de mim. Já tiraram a minha irmã de mim, não tira ele também. Você pode colocar como se eu fosse a vergonha, a vadia e prostituta. Mais não tira o Arthur de mim.

-Esteja em casa daqui à uma hora. -rosnou ele, depois saiu porta afora com a vadia e então eu pude desabar. Chorar pela perda da única pessoa que realmente me amava e se importava comigo, minha irmã querida que me faria muita falta. Marie veio ate mim e Arthur e colocou um cobertor sobre nós e disse:

-Vai ficar tudo bem, você vai conseguir dobrar seu pai. É tão esperta. - abracei-a

-Marie... Peça uma carruagem e mande colocar todas as minhas coisas e de Arthur nela. Tenho que voltar pra aquele inferno. –ela assentiu e então eu me concentrei em Arthur. Era lindo, cabelos escuros e os olhos verdes de Tatia que me fizeram chorar mais, ele me fitava com curiosidade. Dei leite a ele, que fechou os olhinhos e dormiu. O cocheiro entrou e me guiou ate lá fora, colocando um guarda-chuva sobre mim e Arthur, assim voltei pra casa encarar meu pai.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do cap? Gostaram? Odiaram?