Freddie em mais um dia normal, foi arrastado pela escola,as pensava porque deixava sua mãe fazer isso com ele, mas pelo menos longe dela era o bastante para ele. No meio da caminho não falaram nada, só ouve barulhos do pequenos rádio que tocava baixo, assim que sua mãe parou o carro em frente a escola ela o olhou e começou a dizer.

_Por favor, comporte-se bem hoje, eu quero que saia dessa vida.

_Acho que é meio tarde para isso.

_Eu ainda acho que você pode sair desses problemas.

_Não é para mim e estou indo - abriu a porta do carro e saiu, batendo a porta com toda sua força.

Ele entrou na escola com um pouco de pressa, odiava ter que ser perseguido, sentia os passos de dois homens atrás dele, e se ousasse a levantar a mão para eles, voltaria para o centro de reabilitação, então aceitava tudo isso es ó fugia a noite em busca de seus remédios.

Não demorou muito tempo para escutar o sinal tocando e todas as pessoas já seguiam para suas salas, ele como sempre ficava por ultimo, gostava de fazer isso era um jeito de irritar seus professores. Depois de uns cinco minutos resolvera entrar na sala e seguiu para o seu lugar, sem dizer nada.

_Bom dia para você também, senhor atrasadinho - disse o professor a ele, Freddie retribuiu com uma careta - Como eu ia dizendo, a Senhorita Samantha Puckett está se reunindo com vocês a partir dessa aula, espero que a tratem bem - olhou para Freddie que apenas revirou os olhos.

Samantha era a nova aluna na escola, então era a novidade para todos da escola ali, ela usava seus óculos e suas roupas não estavam muito por fora do que as outras pessoas estavam vestido. "Nerd" julgou Freddie pelo pensamento. O único lugar vazio na sala era ao lado de Freddie e ela não pensou duas vezes até ir se sentar ao lado dele.

_Tinha que sentar-se bem aqui? - resmungou Freddie.

_Desculpe, tem alguém aqui? É que só tinha esse lugar, então achei... - ela estava meio atrapalhada.

_ Fique ai, então - disse colocando um fim naquela conversa.

A aula foi correndo normalmente, o professor explicava as coisas e todos o acompanhavam. Sam escrevia tudo rapidamente em seu caderno e Freddie ficou a observando por alguns minutos, sem nem perceber por onde olhava. Sam corou ao perceber que Freddie a olhava e ele logo desviou o olhar.

_Como se chama? Meu nome é Samantha, mas pode me chamar de Sam se quiser - começou um assunto quando o professor estava sentado esperando os outros alunos.

_Freddie.

_Belo nome - sorriu.

_ Que seja!

_Então, por quanto tempo mora aqui?

_Três anos - resmungou.

_Eu me mudei ontem e meus pais me matricularam aqui, falam que é uma ótima escola.

_Não se engane.

_Por que?

_Porque nessa escola, ninguém respeita as escolhas de outra pessoa.

_O que quer dizer?

_Você é muito fofa para entender o que quero dizer.

_Se isso foi um elogio, obrigada.

_Não foi, foi no sentido de patricinha e nerd.

O sinal tocou. Freddie saiu em disparada pela porta, deixando a pequena loira confusa.

Sam pegou sua comida e estava procurando por um lugar, mas estavam todos cheios, ouviu alguns chamados para se sentar na mesa, estava ate aceitando um, quando uma mesa em especial chamou sua atenção. Freddie. Rapidamente andou até ele e sentou-se no banco.

_Posso me sentar aqui né?

_Faça o que quer!

_Por que está tão afastado dos outros?

_Isso não te importa.

_Quero ser sua amiga, pode me dizer.

_Mas eu não quero ser seu amigo!

_ Na minha outra escola, todos eram meus amigos.

_Então use a exceção para mim.

_Então, onde morava? - ignorou a ultima fala do garoto.

_Serio garota?

_O que?

_ Por quanto tempo vai me encher?

_Até ter sua amizade.

_Então fique esperando, não queria ficar aqui mesmo.

Freddie pegou sua mochila que estava jogada ao lado da mesa e saiu de lá, indo direto para o banheiro masculino.

Entrou logo em uma cabine e se trancou, sabia que estava sendo perseguido, mas pelo menos ali dentro não poderiam ver o que ele estava fazendo. Abriu a mochila com pressa e começou a revirá-la, a procura de algo que o faria ficar melhor.

_Droga! - resmungou por não encontrar o que queria. Fechou a bolsa e olhou para os lados em busca de uma saída.

Encontrou uma pequena janela, não olhou por muito tempo para saber se iria passar ou não e apenas jogou a mochila do outro lado e escalou a parede. Com um pouco de dificuldade ele conseguiu passar a cabeça, e em seguida passou um braço e depois o outro, esforçando-se para passar o resto do corpo.

Devido ao impulso acabou por cair no chão, não se importou se havia se machucado ou não, apenas pegou a bolsa e começou a correr.

Corria cada vez mais rápido, suas pernas pareciam terem criado vida própria, a cada vez que corria aumenta cada vez mais a velocidade, queria se afastar da escola o mais rápido possível, não queria deixar pistas e nem que viessem atrás. Quando percebeu que a escola já estava longe o bastante desacelerou o passo um pouco ofegante e encostou-se em um poste, respirando com mais facilidade agora.

Depois de ter se recomposto, começou a caminhar para o mesmo lugar de sempre. O beco. Era onde comprava seus “remédios”, não estava tão longe dali e precisou de apenas alguns passos para chegar ao lugar certo.

Quando chegou reconheceu os três garotos que estavam ali conversando em uma rodinha, com mais outros dois. Tyler o líder, Jason e James seus ajudantes. Se aproximou um pouco da rodinha e esperou até que eles terminassem o serviço, não demorou muito e os três garotos se voltaram para Freddie.

_Quem é vivo sempre aparece, como vai meu caro amigo? - Tyler chegou mais perto de Freddie a apertou seus ombros - Podemos servi-lo?

_Preciso dos comprimidos.

_Está com sorte, nós temos apenas um, traga para ele Jason.

Jason andou um pouco mais para a parte mais escura do beco e saiu de lá com uma pequena bolsa marrom velha nas mãos.

_Aqui está! - jogou a bolsa para Tyler.

_Aqui seus comprimidos - entregou a ele uma sacolinha transparente com alguns comprimidos vermelho e branco  - Cinquenta!

_O que!? Ficou tão caro assim enquanto eu desapareci?

_Digamos que o trabalho não está sendo muito fácil, então aumentamos o preço, sem dizer que está ficando difícil arrumar mais dessas.

_Tudo bem - colocou a mão no bolso em busca do dinheiro e logo retirou o entregando.

_É assim que eu gosto - sorriu ao ver o dinheiro nas mãos.

_Já vou indo, a gente se vê.

_Vai vir amanhã a noite?

_Para o que?

_Nossa festinha.

_Acho que sim.

_Até amanhã, então amigo - acenou.

_Até - ele saiu do beco, caminhando na calçada dessa vez.

Entrou em um barzinho e comprou uma garrafa de água, precisava de um acompanhamento com suas pílulas, saiu de lá e andou para um lugar mais distante das pessoas, pegou a sacolinha e tirou um comprimido de lá e colocou na boca em seguida bebeu um pouco da água.

Não foi preciso muito tempo até que aquilo começasse a fazer efeito, começou a sentir seu corpo mais leve, todas suas preocupações fora embora, agora ele se sentia como se nada pudesse dar errado, agora ele tinha o controle sobre si. Sorrindo com o pensamento e com tudo que sentia em seu corpo, fazia tanto tempo que não se sentia mais assim, então começou a correr para fazer qualquer coisa que visse que seria interessante.