"Não sei qual o problema que todos tem contra mim, acho que eles não entendem minha parte, a droga como dizem, são meu único remédio, tira toda a minha dor, me faz esquecer de momentos de minha vida que preferia nunca ter presenciado. Milhares de brigas de meu pai com a minha mãe, vendo minha mãe ser praticamente espancada todos os dias e não ser capaz de fazer nada. Ver meu pai ser morto torturado por uma de suas amantes, foi em cheio a pior imagem que tenho em minha cabeça.

Depois de ter visto aquela cena e ter visto minha mãe com todos os tipos de cara que já havia imaginado, ela parou com isso por perceber que não fazia bem a ninguém principalmente a mim, agora ela virou uma mãe superprotetora. Mas isso não era nada em comparação ao que eu sentia, ao que ainda havia guardado no meu peito. Certamente eu iria me vingar dessa mulher que havia matado meu pai e foi o que fiz, andei pesquisando tudo sobre ela ate ter a perturbado até a morte assim como fez com ele, sei que ele não merecia nenhuma vingança, mas aliviou um pouco da minha dor.

Então depois de três anos, a gente se mudou para Seattle, onde eu conheci meu próprio remédio que eles insistiam em chamar de drogas, mas ainda fico com 'salvação'. Conheci uns garotos na rua que estavam fumando isso e decidi experimentar, admito que no começo foi terrível, mas aos poucos fui me acostumando e sempre que o efeito tomava conta do meu corpo, não sentia e nem lembrava de nada e hoje continuou com isso.

Quando minha mãe soube queria me internar, ela mesmo sabia que eu não aceitaria isso. E foi o que fiz. Eu fugi de casa, até ela colocar mil e uma polícias atrás de mim, me pegaram e me internaram naquele maldito hospital, não deu três meses e me libertaram, quando sai a primeira coisa que fiz foi procurar meus amigos, minha mãe quis me mandar para aquela prisão novamente, mas a ameacei de morte e admito que fui bom o bastante para deixá-la com medo."

Freddie continuava com seus problema com as drogas, sua mãe estava desesperada, não sabia mais o que fazer e nem a quem recorrer. Ele ainda permanecia na mesma escola, por muita sorte. Na escola não havia muito de seus amigos, então ficava a maioria das vezes isolado ou matava as aulas.

Todas as garotas morriam ao seus pés, mas ele nunca ligava para nenhuma, não via interesse em ser capitão de time de futebol nem nada parecido. As pessoas não se aproximavam dele, por medo, sabia que ele mexia com drogas e ficavam com medo de que ele poderia fazer algo contra elas. Ele apenas procurava na escola uma forma para fugir dali, mas por mais que tentasse era sempre vigiado por ali.