Seu Sorriso escrita por Mari Boechat


Capítulo 3
O Início de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais =)



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Depois de dois tempos de matemática, tive mais dois de português com o professor Luis Carlos, que por sinal é um gordo podre de rico que se gaba por tudo.

– Bom dia alunos, pra quem já me conhece é muito bom vê-los de novo e para os alunos novos sejam bem-vindos. Afinal, temos algum aluno novo esse ano? - perguntou a professora entrando na sala.

– Tem uma bem aqui do meu lado. - respondeu Léo olhando pra mim. Corei na hora e olhei pra professora.

– Oi, sou Malu. - falei meio tímida.

– Prazer Malu, eu sou Roseli, professora de português. - ela disse sorrindo. Eu sorri de volta.

A aula dela era bem animada, ela era nova, tinha cara de 23 anos, tinha olhos castanhos, um sorriso lindo e um cabelo preto enorme, que chegava até sua cintura.

– Tem uma caneta, Malu? - ouvi e quando olhei pro lado era Léo. Sinceramente, impossível ele não ter uma caneta no primeiro dia de aula, mas ok, adorei o fato de ele ter tentado se aproximar de mim.

– Aqui. - respondi sorrindo e entregando a caneta na mão dele.

– Você estudava aonde? - ele perguntou tentando puxar assunto.

– Bom, eu morava em São Paulo, estudava em um colégio de lá.

– Você é paulista? Que legal, bem que eu notei o sotaque.

– É, sou sim.

– E vai morar no Rio agora?

– Sim, tive que me mudar pra cá, não sei até quando vou ficar, mas é bem provável que eu não volte pra Sampa.

– Que bom, gostei de você. - ele disse e eu apenas sorri.

Assim que a aula de português terminou fomos todos para o pátio, era hora do intervalo. Peguei um dinheiro na minha carteira e comprei um pacote de doritos e uma latinha de coca-cola na cantina. Fiquei sentada em um dos banquinhos do enorme pátio, sozinha, comendo.

– Não conhece ninguém daqui? - ouvi uma voz atrás de mim, me virei e era Léo sentando ao meu lado.

– Não, nunca tinha vindo para o Rio de Janeiro.

– Nossa, então, prazer, sou Leonardo.

– Isso eu já sei, prazer, sou Malu.

– Só Malu? Pensei que fosse algum nome composto.

– Não, é só Malu mesmo. Quer? - perguntei estendendo minha mão com o pacote de doritos na direção dele.

– Ah, doritos, como recusar? - ele sorriu e pegou um pouco do biscoito.

Ficamos conversando sobre vários assuntos até o final do intervalo de meia hora. Descobri que a mãe dele faleceu durante seu parto, que ele era capitão do time de futebol do colégio e que adorava praias. Típico né, uma pessoa que mora no Rio de Janeiro tem que gostar de praias. Fomos para sala de aula juntos e lá assistimos mais quatro tempos de aula. Dois de química e outros dois de física.

***

– Como foi no colégio, filha? - perguntou minha mãe durante o jantar.

– Foi legal, até agora só conheço uma pessoa, mas é assim mesmo né.

– Ótimo começo. Quem é?

– Leonardo, mas todos chamam de Léo. Ele é da minha sala.

– Hum, que legal filha, ele é gato? - perguntou minha mãe dando um sorriso malicioso. Comecei a rir.

– Mãe! - continuamos rindo. - ele é gato sim. É capitão do time de futebol do colégio, perdeu a mãe há muito tempo e adora praias. - dei um sorriso no final de minhas palavras.

– Um bom partido. - dei um sorriso e continuei meu jantar.

Assim que terminamos fomos cada uma pro seu quarto, coloquei um pijama de mangas compridas, afinal estava muito frio, me deitei e dormi.

***

– Malu, tá afim de ir ao shopping hoje? - perguntou Léo.

– Ok, mas é muito longe daqui?

– Não, mas vamos de carro. - ele sorriu.

– Será que a senhorita Maria Luisa e o senhor Leonardo poderiam ficar calados durante a minha aula? - perguntou o professor Paulo Roberto de geografia que era um chato.

– Tudo bem professor, mas a propósito, meu nome é Malu mesmo, não um apelido. - eu retruquei. Nesse momento a sala inteira olhou pra mim, acho que estavam felizes, afinal, ninguém falava um "ai" com esse professor.

– Desculpe-me então. - o professor disse, sentou em sua mesa e foi fazer a chamada.

– Boa garota. - disse Léo dando um sorriso. Eu sorri, olhei pra frente e comecei a copiar a lição que estava na lousa.

***

– Então, nosso shopping ainda está de pé? - perguntou Léo assim que me viu na hora da saída.

– Claro. - eu sorri.

Fui caminhando até o carro do Léo que estava estacionado na garagem do colégio, ele só tinha 17 anos mas já dirigia. Entrei em sua BMW e fomos para o shopping. No caminho, ele ligou o rádio que estava tocando Teenage Dream da Katy Perry, uma das minhas músicas favoritas.

Chegamos ao Barra shopping e percebi que nossa viagem tinha durado apenas 20 minutos, era bem pertinho mesmo. Sentamos em uma mesa da praça de alimentação e ficamos conversando com longas horas.

– Vamos comer alguma coisa? - ele perguntou.

– Sim, do que você gosta?

– Eu gosto de Mc Donald's e Bob's. - ele sorriu. Não sei como mantinha aquele corpo sarado só comendo besteiras assim.

– Eu prefiro Bob's, então vamos.

Ficamos na fila do Bob's uns 3 minutos e pedimos nosso lanche. Ele foi cavalheiro e não me deixou pagar. Mas dinheiro nunca foi problema pra mim. Comemos e ficamos conversando por mais algumas horas e quando percebi, já eram 18h.

– Meu Deus Léo, tenho que ir pra casa. Nem avisei a minha mãe que viria aqui.

– Poxa, desculpa, eu não quero te causar problemas.

– Não, claro que não, mas vamos embora?

– Vamos sim, também tenho umas coisas pra fazer.

Entramos no carro e fomos em direção a minha casa. Por pura coincidência, ele morava em uma rua atrás da minha. Ele parou o carro em frente ao meu prédio e me olhou.

– Seu pai deixa você dirigir por aí sem ter carteira? - eu perguntei sorrindo.

– Sim, ele nem liga muito, logo logo tiro a minha. Eu sorri.

– Então ok, até amanhã no colégio. - ele sorriu e me surpreendeu roubando-me um beijo rápido. Fiquei sem reação e apenas abri a porta do carro e fui embora, sem nem dizer mais nenhuma palavra.

– Onde você estava, mocinha? - perguntou minha mãe sentada no sofá vendo novela.

– Eu fui no shopping com o Léo depois do colégio, não fica brava comigo.

– Tudo bem, mas vai tomar um banho, pelo amor de Deus. - eu ri e fui para o banheiro.

Tomei um banho demorado, lavei meus cabelos longos e fui para meu quarto. Sequei os mesmos e deitei na cama. Fiquei relembrando o que tinha acontecido. Parece que o Léo era o garoto perfeito. Capitão do time de futebol, tirava notas boas, tocava violão, tinha assuntos legais pra conversar. E aquele beijo... Ok, foi só um selinho bem rápido, mas mesmo assim, meu coração acelerou na hora e eu quis muito mais.

– Para Malu, para agora de criar expectativas. - falei comigo mesma. Virei para o lado esquerdo da minha cama, fechei os olhos e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Então gente, obrigada aos novos leitores, mas por favor, comentem algo se estiverem gostando! Preciso saber a opinião de vocês. Gostei muito de escrever esse capítulo.
PS: mudei o nome da história para o mesmo, mas em português, acho que fica mais bonito assim, o que acharam?
Até =)



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