Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 20
Capítulo 19 - Find the spy, Andrew


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoas!
Tá, sei que demorou quase um zilhão de anos, culpa da escola, mas estamos de volta! o//
Os comentários tão bem paradões né, pessoas?! Vamos sacudir isso aqui!
Boa leitura, até lá em baixo!
XX da Effy



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POV Andrew

As seguintes horas foram de tormenta, pura e intolerável tormenta. Elizabell chegou ao anoitecer, como tinha avisado, reclamou pelo fato da mansão ser longe da cidade, como sempre reclamava, reclamou do meu corte de cabelo, do meu piercing, das minhas roupas rasgadas e do modo quase amigável que eu trato meus empregados.

Ajudei-a à levar suas malas para o quarto que Collins mandou arrumar pra ela. Nem adiantava eu contra-argumentar com ela, Elizabell me tirava do sério de uma maneira supernatural. Não falei nada durante o tempo que fiquei com ela.

–  Até que o quarto está arrumado – ela disse com sua usual voz cínica. Rolei os olhos, irritado. – Não role seus olhos pra mim, Andrew – ela me alertou.

– Ou o quê?! – elevei minha voz, já raivoso. –  Vai atirar em mim como atirou no meu pai?! – disparei. Seus olhos se arregalaram e pela primeira vez a vi sem palavras. Eu nunca a desrespeitei assim antes. – É, foi o que eu pensei – falei e saí do quarto, batendo a porta com força o bastante para que alguém ouvisse. Bem, eu não me importava tanto, foda-se. 

Todo lugar daquela casa me lembrava da Mona. No quarto principalmente. Resolvi ir pro escritório e tentar me ocupar com alguma coisa. Abri a porta de vidro com os pensamentos nas nuvens. Pra minha surpresa, Thony estava procurando alguma coisa na minha estante.

–  Algum problema, Thony?! – perguntei estressado, fechando a porta atrás de mim.

–  A-A-A-Andy! – ele disse atrapalhadamente, seus olhos se arregalaram. – Não é nada – ele disse saindo de perto das coisas e caminhando pra porta.

Eu o puxei pela gola da camisa e o lancei contra a parede e forcei meu antebraço em seu pescoço.

– Não quero te ver nem perto das minhas coisas. Tenho problemas demais pra ficar me preocupando com você xeretando aonde não é chamado – disse em aviso. – Da próxima vez, não serei razoável. Agora some da minha frente – esbravejei. 

Soltei a gola e ele saiu correndo porta a fora. Só me faltava mais essa mesmo! 

Não consegui dormir naquela noite, Elizabell reclamou durante todo o jantar, me deixando ainda mais estressado. Eu juro que estava quase pegando qualquer coisa que visse pela frente e a mataria sufocada com o seu veneno. 

“Como você pode perder uma garota?!”

“Como que você pode perder DUAS garotas?!”

“Mas que diabos, Andrew, não te criei pra usar esses trapos rasgados!”

“Como assim você deixa seus empregados entrarem na casa?! É um absurdo!”

“Mal sabe a ordem dos talheres e quer que essa mansão funcione...”

Estava cheio das reclamações de Elizabell. Tive de trancar a porta do quarto e prender com uma cadeira, só pra eu resistir ao impulso de matá-la na calada da noite.

Passei a noite em claro. Rolando na cama e fitando a janela. Na falsa, e impossível, esperança de que Mona do nada surgisse ali. Me corroía só de não poder fazer nada, de não conseguir achá-la. Precisava ser mais do que cauteloso. Não posso atrair a atenção de James, ainda mais se ele souber que eu perdi sua irmã.

Tracei um milhão de planos durante a minha noite em claro. Inúmeras possibilidades, falhas, de achar Mona. Sabia que não iria ser fácil assim. Seja quem for que a sequestrou, deve ser muito bom. Primeiro por ela não conseguir escapar, segundo por não chamar atenção ou deixar rastros. Quem a sequestrou, não está de brincadeira.

Todo mundo no mundo da máfia italiana, sabe que os Haynes são tipo ''A máfia''. Os mais poderosos, mesmo não sendo originados da Itália e sim da Rússia, mas são mais respeitados do que máfias italianas puras. Então é uma questão de mudar o poder, tirar o poder dos Haynes e trazer pros Sack, isso começou quando eu fiz questão de sequestrar Ramona Marie Haynes. Parabéns pra mim!

Agora, que todo o plano mudou, que ta tudo fodido e que eu perdi a garota, me sinto desnorteado.

Amanheceu e eu nem percebi, rolei pra fora da cama e tomei um banho gelado. Coloquei qualquer roupa e saí do quarto. Caminhei entediado para a cozinha. Quando entrei no cômodo, vi Elizabell fazendo alguma coisa no fogão

– Pulou da cama, Andrew? – ela perguntou quase em um tom cínico.

Não respondi, tentando a todo custo não dar o dedo do meio. 

Peguei a garrafa de suco de laranja da geladeira e me sentei na mesa, olhando pra janela que dava pra ver a piscina. Lembrando do dia em que Mona e Eve fizeram cupcakes e minha avó jogou Mona e eu na piscina. Sorri sem perceber.

 Quem voa muito, perde noção do que está no chão – Elizabell disse sentando-se ao meu lado e colocou um prato com panquecas na minha frente.

 Você não está aqui pra bancar de mamãezinha pra cima de mim – falei frio, recusando as panquecas. – Estarei no meu escritório, daqui a meia hora te espero lá para traçarmos um plano. 

Estava apreciando a vista do meu escritório quando a porta de vidro se abre e Elizabell entra, sentando-se na cadeira de frente pra mim.

 Antes de qualquer coisa, preciso de tudo o que você sabe sobre Ramona. Tudo o que você sabe, eu preciso saber. Precisamos entender a vida da garota para podermos ir atrás dela – ela disse enquanto prendia seus cabelos loiros e ralos em um rabo de cavalo

Fiz que sim com a cabeça e abri a segunda gaveta da minha mesa, onde continha o arquivo de Mona, tudo o que eu sabia sobre sua existência.

Entreguei a pasta amarela para Elizabell e ela analisou com calma. Aproveitei e busquei os vídeos do escritório de James.

Depois de uns vinte minutos lendo e analisando tudo, Elizabell quebra o silêncio.

 Andrew? – ela perguntou me tirando dos devaneios da minha mente

 Fala.

 Você é burro? – ela perguntou com sinceridade.

Rolei os olhos.

- Andrew, me responda. Você é burro?! Só sendo burro pra não saber quem a sequestrou – ela disse fria.

Pisquei os olhos repetidas vezes, não entendi porra nenhuma.

 Mas é claro que James a sequestrou! Ele tem motivo. Mona é o que o impede de possuir com totalidade a máfia da família, ele precisa exterminá-la se quiser controle geral – ela disse pausadamente.

Respirei fundo.

Achei que eu tivesse te criado melhor – ela disse me encarando. – Precisamos descobrir quais são as posses de James, pra rastrear aonde ele está mantendo a garota. É obvio que não é na casa dele.

 Não faz sentido – eu disse absorto. – James precisa de Mona.

 Talvez ele arrumou alguém pra fazer o trabalho dela – ela disse. – Collins comentou comigo que tem um espião na casa, ele já deve ter encontrado alguém pra fazer o que Mona fazia.

– E onde o espião se encaixa? Se James é tão poderoso que pode a qualquer momento pegar a irmã, porque contratar um espião?

 Simples – ela disse calma. – Para matar dois coelhos com uma paulada só, matar Mona e destruir a máfia da nossa família

Um jato de raiva irrompeu de meu organismo. Me levantei brutalmente da mesa.

– Você já sabe quem é o espião? – Elizabell perguntou

– Se eu soubesse – disse com raiva –, esse filho da mãe já estaria enterrado no meu jardim há muito tempo

 Temos que encontrar o espião – ela disse se levantando. – Sempre desconfie dos que aparentam ser confiáveis – ela disse e apertou meu ombro.

Encarei seus olhos.

 Confie nos seus instintos e no que eu te ensinei. Encontre o espião.

– E o que você vai fazer?!

 Encontrar a sua namoradinha – ela disse cinicamente. 

 Mona não é minha namoradinha – falei, torcendo pra não ficar corado.

 Não sou estúpida, Andrew. Percebi o jeito que você fala dela. Só de pronunciar o nome dela –Elizabell me olhou indiferente.

– Só não esqueça o que o amor faz com os mafiosos. Não jogue tudo pro ar por causa de uma garota qualquer – ela disse e saiu do escritório.

Fui pra sala de armas, tentar conversar com Collins um pouco me faria bem.

Abri a porta sorrateiramente e ouvi vozes abafadas vindas de lá de dentro.

 Não, ninguém desconfia, não se preocupe Chefe – era uma voz masculina, não a de Collins.

Fechei a porta com cuidado atrás de mim e me escondi entre a parede e a pilastra. O cômodo estava escuro.

 Calma, Chefe – pausa. – Sou esperto demais pro babaca do Sack desconfiar de alguma coisa – pausa. – Foi mais fácil do que levar Mona ao porto, foi só bancar o bonzinho e o confiável. Sack caiu como um patinho – pausa. – Não tem com o que se preocupar com a Mamãe Sack, ela é boa, mas eu sou melhor.

Me inclinei pra frente pra ver a cara do filho da puta. Não podia deixar o espião me ver, mas precisava vê-lo. Aproveitei e puxei um revólver da parede e segurei em minha mão esquerda.

Não acreditei quando vi a cara do filho da mãe. Pisquei meus olhos pra ver se eu tava enxergando direito.

Não, ele não! 


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Notas finais do capítulo

Comentem seus lindos!
XX da Effy ♥