Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim escrita por Suzy Cullen


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e espero comentários! Também espero algumas recomendações, beijos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392922/chapter/16

Emmet

Quando Carlisle me contou, me senti muito dividido. Eu tinha escolhido o dia que Esme resolveu tirar o curativo do pé para folgar. Isso fez ela tirar o curativo com Carlisle e segundo ele, a fez desabar. E quanto a Carlisle, se eu estou dividido, não sei nomear o que ele está.

É muito difícil entender, mas estranhamente, eu entendo. Eu gosto muito de Bella e ela fez muito bem para o Carlisle nesses três anos. Mas ele nunca sentiu por ela o que sentiu por Esme e acho que nunca sentirá por ninguém.

— Você ainda a ama, é isso. — falei.

— Não ouse pensar isso. — ele respondeu, olhando em volta no corredor, se certificando de que nenhuma enfermeira tenha nos ouvido e não tiro sua razão.

— Carlisle, meu amigo. Você a amou de verdade. Sei que você amou. — ele olhou para o chão. — e esse amor não acabou simplesmente. Você tem todo o direito de não confiar mais nela, mas o que vocês passaram não foi tão simples pra você esquecer completamente.

— Acontece, que, mesmo que isso seja verdade, eu não quero magoar a Bella. Ela foi o que me manteve por um bom tempo e ela não merece ser machucada. Já a Esme... A Esme perdeu minha confiança e eu sei que Bella jamais faria isso.

— Você tá ferrado. — ele me olhou. — mas qualquer coisa, seu cunhado Em... — congelei.

— Cunhado? Então a Rosalie finalmente aceitou seu convite?

— Você sabe sobre...

— Mais ou menos. Só lhe peço uma coisa. — assenti, o incentivando a continuar. — não faça eu me arrepender de ter aceitado isso. Rosalie parece adulta, mas ela se magoa. E não a magoe.

— Nunca faria isso. Sinceramente, eu só queria que ela quebrasse essa barreira entre nós. Eu estou tentando, mas... — ele me olhou.

— Bom, com isso eu não posso lhe ajudar, mas quer saber? Mostra quem você é. — ele sorriu e se virou, indo para o outro lado do corredor.

Olhei para o relógio. 18:30 da noite, meu horário. Sai do hospital, dirigindo tranquilo. Estava passando por um parque bem iluminado, cheio de bancos e pequenos jardins. Olhei rapidamente, distraído, mas virei de vez depois de ver um reflexo dourado em meio as poucas pessoas. Diminui a velocidade e vi uma garota loira, andando devagar um pouco desnorteada.

Espremi os olhos, vendo Rosalie. Rapidamente, estacionei perto do parque, imaginando que Rosalie pudesse querer uma companhia. Aproximei-me devagar, me certificando de que era ela. Assim que fiz isso, ela se virou e vi seus olhos vermelhos e lágrimas traçando suas bochechas.

— Emmet? O que você... — ela não terminou.

— Acabei de sair do trabalho e... Por que está chorando?

— Não é nada. — ela se virou de novo, mas coloquei a mão em seu ombro.

— Olha se não quiser me dizer, tudo bem, mas não vou te deixar sozinha.

— Você tem certeza?

— Tenho. — começamos a caminhar lado a lado até acharmos um banquinho embaixo de uma arvore enorme. Havia apenas um poste, mas era o bastante para ver o rosto de Rosalie triste. Sentamo-nos e ela voltou a chorar. — Rosalie. — coloquei as mãos em seus ombros quando ela apoiou os cotovelos nos joelhos e segurou a cabeça com as mãos.

— Eu não acredito Emmet, não dá.

— Não acredita em que, Rose? — fez-se silêncio. — Fala comigo, vai.

— O Royce... Eu encontrei... — ela parou, mas me calei, deixando-a continuar com calma. — encontrei uns amigos dele e eles... Eles me... — de repente, senti minha espinha gelar.— me disseram tudo o que o Royce falava de mim para eles.

— Ah... — tentei disfarçar o alívio em minha voz.

— E eles ficaram rindo da minha cara. O Royce disse tanta sujeira sobre mim... E na época que a gente namorava! Como ele pode insinuar que...

— Que o quê Rose?

— Que eu era o tipo da mulher pra comer e jogar fora. — ela chorou mais e me controlei para não atender ao desejo de sair daquele banco e acabar com a raça de Royce King.

— Olha pra mim. — pedi, mas ela não atendeu. — olha pra mim Rose. — ela olhou. — o Royce é um imbecil. Você sabe que isso tudo é só porque com certeza ele sabia que você era muita areia pra picape dele. — ela riu um pouco. — você é uma garota incrível. Não deixa um cretino como ele baixar sua autoestima.

— Eu sei é só que... Como eu consegui ser tão burra, Emmet?

— Rosalie, você...

— Fiquei carregando agua no cesto pra ele enquanto você estava aqui o tempo todo. — me segurei para não explodir em fogos de artificio, embora isso fosse um pouco brega.

— Eu estava? — perguntei para mim mesmo, um pouco sonhador.

— Estava. — ela respondeu. — eu não vi o quanto você era bom e o quanto era bom pra mim.

— Eu ficaria lá para sempre, se fosse preciso, Rose. Só queria uma chance.

— Acho que a pergunta agora é se eu ainda teria uma chance. — ela se sentou ereta e me olhou profundamente. — eu tenho uma chance Emmet?

— Você... Mas... Esperei tanto que agora isso é tão estranho... — ela riu. Sorri decidido e limpei suas lágrimas, segurando seu rosto com as mãos.

Devagar, me aproximei e a beijei. Seu beijo era muito mais do que eu podia imaginar. Era real. Ela correspondeu delicadamente.

— Agora... — ela falou quando paramos. — somos, tipo, namorados?

— Você quer ser minha namorada? — perguntei, segurando suas mãos.

— É... Pode ser... — ela disse, me fazendo sorrir. Abraçamos-nos e pude sentir melhor seu cheiro doce e marcante. — acho que alguém mais precisa saber... — ela pegou o telefone e mandou uma mensagem rápida e curta.

— O que foi?

— Falei pro Carlisle que ele tinha que me ligar quando chegasse em casa. Tenho novidades. — sorri e a abracei de novo.

Rosalie

Cheguei em casa. Parecia que até o ar do meu simples apartamento tinha ganhado mais vida. Quando fui para a cozinha tomei um susto em ver meu irmão lá, comendo meu cupcake.

— Carlisle! — exclamei, colocando a mão no colo.

— Ah finalmente. — ele me olhou com cara de tédio. — você disse para eu te ligar, mas já que você vai muito à minha casa, achei que eu podia ir à sua agora.

— Não acredito que desviou o caminho só por causa da minha novidade. — fui até ele e lhe dei um soco no ombro.

— Então, eu vou embora, já que parece que tem certas pessoas que não gostam de visitas. — ele ameaçou sair da cozinha, mas o abracei por trás e ele riu. — tá bom, me fale logo essa novidade. — o soltei.

— Acalme-se. Não sei se você vai gostar.

— Rosalie, o que você fez? — ele se virou para mim e me olhou desconfiado.

— Os amigos do Royce me disseram o que ele falava para mim e eram coisas horríveis, sabe? — ele ficou confuso.

— Como você fica tão feliz com isso?

— Essa ainda não é a novidade. — falei, segurando os ombros dele. — aí chateada e arrasada fui pra um parque qualquer. — ele assentiu. — fiquei andando por lá e chorando. Mas aí o Emmet apareceu! — ele franziu a testa.

— Ihh... — ri de sua preocupação.

— Carlisle.

— Fala.

— Eu e o Emmet estamos namorando! — falei sorrindo e meu irmão sorriu junto comigo. O abracei.

— Nossa Rosalie, que boa noticia! O Emmet vai lhe fazer muito bem.

— Eu sei. — nos afastamos.

— E se ele não fizer, vai se ver comigo.

— Deixa de ser coruja.

— Quando eu realmente deixar de ser coruja, você vai sentir é falta. — sorri.

— Tá bom. Eu amo seu lado coruja, irmão. — ele sorriu convencido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O próximo capítulo só se todo mundo que acompanha, favorita, etc, tiver comentado, hein?! Até mais!