No capitulo anterior...

– Percy! – o chamei.

Ele parou, e ainda de costas, me olhou por cima do ombro.

– Do que você precisava? – eu perguntei.

Ele se virou totalmente para mim, e me encarou. Uma lágrima estava quase descendo, mas ele a enxugou brutalmente.

– De você. – ele disse, e saiu andando novamente em passos largos.

Fui correndo até Percy e o segurei pelo braço, o virando para mim.

– Se explique, Percy Jackson. – exigi.

Ele bufou.

– Não é meio óbvio? – disse sarcástico. Desviou o olhar depois me encarou de novo. Agora estava sério. – A verdade é que...

“Estava satisfeito só em ser teu amigo

Mas o que será que aconteceu comigo?

Aonde foi que eu errei?

Às vezes me pergunto se eu não entendi errado

Grande amizade com estar apaixonado

Se for só isso vai passar”

– A verdade é que desde esses tempos pra cá, eu venho te visto muito mais do que como apenas uma amiga. Muito mais do que aquela Annabeth que brincava de pega-pega comigo no parque. Daquela que me batia quando eu implicava muito, daquela que sempre me corrigia quando eu estava errado. Eu ficava me perguntando se isso realmente não era real, se eu estava apenas confundindo as coisas mas eu comecei a perceber que...

Mas quando toca o telefone será você?

O que eu estiver fazendo eu paro de fazer

E se fica muito tempo sem me ligar

Arranjo uma desculpa pra te procurar

“FLASHBACK ON

Annie: Alô?

Percy: Annie?

Annie: Ah, oi! O que você quer?

Percy: Ahn... eu, bem... só queria saber como você está.

FLASHBACK OFF”

– ... Eu percebi que eu estava sempre com você na cabeça.

Porque eu só vivo pensando em você

É sem querer

Você não sai da minha cabeça mais

– Pra todo lugar que eu ia você estava lá, implantada na minha cabeça.

Porque eu só vivo acordado a sonhar

Imaginar nós dois

Às vezes penso ser um sonho impossível.

– Quando eu te via beijando o Paul, eu me imaginava naquela cena, cm eu ao invés dele, lá. Mas ficava negando pra mim mesmo que isso era verdade. Eu simplesmente não acreditava que estava começando a te amar de verdade.

Ele se aproximou de mim, nós estávamos perigosamente perto.

Faço tudo pra chamar sua atenção.

De vez em quando eu meto os pés pelas mãos.

Engulo a seco um ciúme.

Quando outro apaixonado quer tirar de mim sua atenção.

Coração apaixonado é bobo.

Um sorriso teu e eu me derreto todo.

O seu charme, seu olhar.

Sua fala mansa me faz delirar.

Mas quanta coisa aconteceu e foi dita.

Qualquer mínimo detalhe era pista.

Coisas que ficaram para trás.

Coisas que você nem lembra mais.

Mas eu guardo tudo aqui no meu peito.

Tanto tempo estudando seu jeito.

Tanto tempo esperando uma chance.

Sonhei tanto com esse romance.

Que tolo, mas eu não consigo evitar.

– Foi quando eu percebi que realmente era amor. – ele sorriu, nossos lábio estavam MUITO pertos. – Eu tentava chamar sua atenção pra mim, mostrar que eu queria ser mais do que seu amigo, e quando você começou a namorar Paul... – ele desviou o olhar. – Foi como se eu tivesse que carregar o céu nas costas (N/A: lembraram de alguma cena de PJO? ;D).

– Percy, eu...

Mas ele não me deixou responder, apenas me puxou levemente pela cintura e me beijou. Um beijo delicado, suave, como Paul gostava de dar em mim, mas MILVEZES melhor. Ele me abraçava como se estivesse com medo de que eu fugisse. Segurei sua nuca com as minhas mãos. Então chegou uma hora que nós tivemos que nos separar por falta de ar. Percy me olhou com os olhos arregalados.

– Annabeth, eu... desculpa, você namora com o Paul e...

– Percy...

– ... Eu não devia ter feito isso, é errado, eu sei, mas...

– Percy...

– ... Mas você não sabe como eu esperei por esse beijo e...

– Percy!

Ele finalmente parou de falar e olhou para mim, me fitando.

Eu abri um sorriso de orelha à orelha.

– Eu te amo.

Automaticamente um sorriso também surgiu no rosto dele. Ele simplesmente começou a sorrir que nem bobo e me pegou pela cintura, me girando no ar. Eu comecei a gargalhar, não sei bem o motivo, acho que foi felicidade em excesso.

– Eu também te amo! - ele dizia, rindo. – Demais, tipo, muito mesmo!

Então ele me pousou no chão de novo, e me deu outro beijo, mas não tão calmo. Foi cheio de desejo. Minhas mãos foram para seu cabelo, e as dele para minha coxa.

– Percy... – sussurrei, quebrando o beijo.

– Hmm? – ele respondeu, depositando beijos no meu pescoço, me fazendo arrepiar.

– Por favor, para. – eu o afastei de leve. – Eu ainda estou namorando com Paul, e você ainda está com Rachel. Precisamos acertar tudo isso antes.

– É, você tem razão. – ele passou as mãos pelos cabelos, claramente confuso, mas depois sorriu para mim e me estendeu uma mão. – Vamos?

Sorri para ele.

– Vamos. – eu disse, entrelaçando minha mão à dele.