Anteriormente...

-Vou fazer algumas atividades primeiro, e se você se sair bem, eu te dou a nota que precisa para passar- falou ele, olhei desconfiada.

-Simples assim?

-É simples assim, porque está desconfiada?

-Talves, mais fala aí  quando começamos essas “atividades”?

-Agora mesmo.

Será que só eu tô com medinho do que está por vir???

-Bom nós vamos começar com corrida, pra você ter resistência- falou ele.

-Tá bem.

Começamos a correr no meio do campo lá de casa. No começo, Fred corria ao meu lado em uma corrida lenta, com o tempo ele começou a acelerar, e eu para não perder pra ele, aumentei o rítimo, ele também aumentou, eu aumentei. Nisso parecia que estávamos em uma maratona, de tanto que corríamos. Tenho que confessar uma coisa, eu não sou acostumada a praticar esportes, então logo, logo, estava “morrendo”, com aquela dorzinha do lado da barriga, que fica incomodando, se você também tem, sabe como é angustiante! Parei de correr do nada, e me atirei deitada no chão, sério mesmo, meu coração parecia que ia sair pela boca, de tão acelerado que estava, não conseguia dar mais um passo. Dando falta de mim, Fred voltou, detalhe, ainda correndo, e se abaixou do meu lado, pegou meu pulso.

-Eu estou morrendo!- falei, e realmente sentia que estava, ele riu de mim.

-Não seja dramática!

-Não estou sendo dramática  - falei brava já.

-Viu o que que dá ser sedentária?– falou com um sorriso de lado- seu coração está muito acelerado- nisso percebi que ele ainda segurava meu pulso, também com ele segurando meu pulso não há coração que desacelere, pensei pra mim, e logo me repreendi, que isso Anna, não esqueça o quão idiota ele foi com você!

-Não consigo dar um passo a mais- falei.

-Vem que eu te ajudo!- espera aí, foi só eu que escutei isso.

-Você o quê?

-Não se faça de boba, você ouviu muito bem, e deixa de desconfiar de tudo o que eu faço- ele parecia ter ficado irritado.Pegou meus braços e me ajudou a levantar, foi só ele me soltar que tentei caminhar e quase caí, ele me segurou de novo.

-Não consigo andar, minha barriga dói muito.

-Vem vamos indo devagar- ele passou o braço pelas minhas costas, me sustentando, caminhamos um monte, até que não aguentei mais.

-Não aguento mais!- falei quase chorando, mais eu não ia chorar na frente dele.Ele parou na minha frente e se abaixou.

-Sobe nas minhas costas.

-Não- falei.

-Deixa de ser orgulhosa.

-Não sou orgulhosa- falei brava já,eu sou, mais não vou confessar.

-Então sobe!- com muita falta de vontade subi. Segurei nos seus braços, e que braços, e ele seguros minhas pernas. Não demorou muito pra chegarmos em minha casa. Fred entrou e me deitou no sofá, foi até a cozinha e trouxe água para nós, estendeu o copo, e sentou-se no sofá ao lado. Ficamos em silêncio por um tempo.

-Bem acho que vamos ter que ir com mais calma- falou Fred.

-Agora que você descobre isso, parabéns mesmo, aff!

-Ei olha como fala comigo, pelo que me lembro, você precisa de mim, então não reclame, bico calado.

-Abobado - tossi forçado.

-O que disse?- perguntou com a sobrancelha levantada.

-Amado- abro um sorriso amarelo, e ele fingindo acreditar, abre um sorriso forçado.

-Então como eu estava falando, vamos ter que ir mais devagar com você, mais não pense que eu vou te dar nota de graça.

-Quer que eu pague- tossi forçado.

-O que disse?- aff, ele escuta tudo.

-Quer que eu nade, foi isso que falei- ele olha para mim e sorri com vontade, e que sorriso lindo, não pense nisso Anna, meu subconsciente me reprovava.

-Você acabou de me dar uma ótima ideia!

-Sério mesmo?

-Claro, você vai nadar no lago aqui perto, e não me diga que não sabe nadar, porque eu sei que você sabe, nadava desde criança e ainda por cima ganhava de mim- fala ele, eu sorrio lembrando que realmente ele tinha razão, eu gostava de nadar, e melhor do que isso, eu sempre ganhava dele, acho que até dei uma boa ideia mesmo.

-Está bem, eu nado.

-Muito bem, então amanhã nós vamos para o lago nadar, e a corrida a gente deixa pra outra hora.

-Está bem!

-Já passou a dor?

-Tá passando, tá preocupado comigo é?

-Não tô preocupado é com a tia Marcela, vai que ela chega em casa e te vê desse jeito, a culpa é minha e vai sobrar pra mim- falou ele, acabou o encanto, ele não estava preocupado comigo, e sim com o que a minha mãe poderia pensar.

-Você já pode ir embora- falei

-Não, eu vou esperar a tia Marcela chegar- falou ele.

-Não precisa daqui a pouco ela chega!

-Não tem problema, prefiro esperar, mesmo que você esteja me mandando embora, vá que você tenha um troço, não mesmo- falou e eu bufei.

Irritada que ele ainda ia ficar uma meia hora na minha casa, levantei do sofá e liguei a tv, ficamos assistindo um filme de desenho.

-Ainda gosta de assistir filme de desenho?- Fred perguntou com cara de curiosidade, não deboche.

-Claro, vivo assistindo com o Lipe! Ele é uma boa companhia- respondi.

-Quem é Lipe?- perguntou

-É meu vizinho do lado direito.

-Como assim vizinho do lado direito?

-É assim, você é meu vizinho porque mora a esquerda da minha casa, já que os campos são grudados e tal, e ele é meu vizinho pelo mesmo motivo, mais mora ao lado direito da minha casa, entendeu?

-Tá isso eu entendi, mais não conheço ele.

-Ah um dia eu te apresento, ele vive aqui em casa, quem sabe vocês não se esbarram por aí?

-Quem sabe! - falou meio desanimado, vai entender.

-Vou no banheiro e já volto- falei, ele apenas concordou com a cabeça.

Subi e fui no banheiro, aproveitei e passei uma água pelo meu rosto, estava toda suada, aff, sequei e desci, nisso encontrei o Fred olhando umas fotos na estante. Ele notou minha presença e logo se virou.

-Não tem fotos do seu pai?- perguntou, pois é, esse é um assunto meio delicado para mim, meu pai.

-Err...- comecei naquela saia justa, mais fui salva pelo barulho na porta, anunciando a chegada da minha mãe- oi mãe!- tratei logo de mudar de assunto.

-Oi tia Macela, como vai?- Fred perguntou.

-Oi para os dois, estou bem Fred, e você e sua família?- perguntou minha mãe.

-Estão todos bem!- ele falou sorrindo- Bom se não se incomoda tia Marcela eu já estava de saída.

-Ah que isso, tudo bem, mande um abraço para seus pais, e diga que estamos esperando a visita deles- minha mãe falou.

-Tudo bem eu digo, tchau!- falou Fred.

-Tchau-falou minha mãe.

-Tchau Pernudo- falei pra provocar. Ele que já esta saindo virou de frente para nós novamente.

-Tchau Banana- falando isso foi embora.

-O que estavam fazendo?- preguntou minha mãe.

-Nada mãe, o Fred só está me ajudando a recuperar minha nota de educação física- falei sem dar muita importância.

-Sei!-falou ela, que isso, minha mãe não acredita em mim.

-Sabe sim, que é por causa da senhora que eu tenho essas notas baixas sempre.

-Você tem razão, mais eu estou adorando saber que o Frederico está te ajudando, viu como ele mudou, eu falo, você não me escuta, isso ainda vai dar casamento...

-Ai para mãe, nem pensa numa coisa dessas, eu odeio aquele garoto, e ele também me odeia- falei brava- e quer saber vou subir e tomar um banho que estou toda suada.

Subi as escadas e fui para o banheiro,e durante o banho fiquei pensando no que minha mãe tinha dito “... viu como ele mudou, eu falo , você não escuta, isso ainda vai dar casamento.” Não isso não é verdade, ele não mudou né? Ou será que mudou????    

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Indicação de fanfic: 

Os opostos se atraem

Zoey é uma garota normal,em uma escola cheia de gente metida,que só se importam com a aparência,no último ano da escola,ela só espera que passe logo e possa sair de lá.Só que tudo muda quando um lindo garoto,muito misterioso e arrogante entra,e agora são só discussões e brigas,mas como eles são o oposto um do outro,uma coisa inesperada acontece.