Anteriormente...

-Só ele que ganha beijo é?- falou e eu tive que rir.

-Você parece mais novo do que ele!-falei.

-Mesmo assim ainda quero meu beijo!-falou.

-Tá falando sério?-perguntei   , nisso ele mudou completamente sua postura, e me olhou sério.

-É claro que estou falando sério- falou, e agora meu riso simplesmente sumiu. Fiquei nervosa- Que foi Anna só quero um beijo na bochecha, é pedir demais?-perguntou levantando uma sobrancelha.

-Tudo bem- falei. Então me aproximei do seu rosto, mais bem na hora que iria beijar sua bochecha, ele virou o rosto selando nossos lábios.

Fred passou sua língua nos meus lábios, não resisti e deixei que sua língua encontrasse a minha. Uma de suas mãos estava na minha cintura, e a outra atrás da minha cabeça, me trazendo cada vez mais para perto dele. Minhas mãos tinham vontade própria, pois estavam alisando seus braços musculosos, e logo depois passeando por seu cabelo. O ar começou a faltar, e nos separamos, mesmo ainda estando tão próximos. Ficamos nos encarando, olho no olho, ele ainda mantinha sua mão na minha cintura, e sua presença era tão forte, que não tinha como passar despercebida, onde ele me tocava, ficava em chamas.

-O beijo de hoje foi muito melhor que o de ontem, ainda mais sem aquela máscara- falou e percebeu que eu fiquei completamente sem reação, por isso rio.

-Mais como...- não consegui terminar.

-Como te reconheci?- perguntou, e concordei com a cabeça- Acha mesmo que não reconheceria esses lindos olhos!?- falou. Fiquei sem jeito pelo que ele havia acabado de falar.

-Eu ...er... só não sei o que falar...eu...

-Não precisa falar nada!- ele disse, nos aproximando novamente.

Começamos nos beijando com mais intensidade do que antes. Fred me acomodou sentada no meu banco, e se inclinou sobre mim. Sentia seu peito musculoso, pressionado contra mim. Comecei a sentir que a temperatura da caminhonete estava esquentando. Já sem ar nos separamos, e ele desceu uma trilha de beijos pelo meu pescoço.

-Adoro esse seu perfume, você cheira muito bem!- falou com seu hálito quente no meu ouvido, fazendo com que me arrepiasse. Voltou aos meus lábios, e fomos surpreendidos por uma batida no vidro da janela. Nos separamos rapidamente, dando de cara com minha mãe do lado de fora. Fred sentou-se novamente no seu banco, passei a mão pelo meu cabelo, na tentativa de arrumá-los um pouco, já que deveriam estar num estado crítico, então resolvi abaixar a janela, não adiantava nem inventar uma história, pois ela tinha nos pego no flagra.

-Oi Frederico- falou ela.

-Oi tia Marcela- falou ele, um pouco sem graça .

- A sua sorte é que eu gosto de você, porque essa não é a melhor cena para uma mãe ver sua filha- falou. Ficamos os dois sem graça, e para não piorar a situação, resolvi descer de uma vez.

-Bom, acho melhor ir indo- falou.

-Que isso querido, entre um pouco- falou minha mãe, não dando escapatória para ele, que desceu, e parou ao meu lado.

-Tudo bem- falou- Só não posso demorar muito, porque ainda tenho que preparar algumas atividades para a aula amanhã.

-Então vamos entrar de uma vez- falou minha mãe.

Entramos em casa, e minha mãe foi pra cozinha ver como estava o jantar. Eu e o Fred fomos para a sala, sentei em um sofá e ele no outro. Minha mãe voltou pra sala, com cara de riso, ela devia estar adorando a ideia, pois antes até me falava que ainda daria casamento . Andou até parar na minha frente.

-Filha se importa de sentar no outro sofá? É que você sabe como gosto de assistir TV deitada!- falou, e piscou para mim. Não acredito, minha mãe está me jogando pra cima do Fred de forma descarada, olhei para ele, que sorriu de lado para mim. Era como se sentisse a aprovação da minha mãe.

-Claro  mãe- falei me levantando e sentando ao lado do Fred no sofá de dois lugares. Ficamos por um tempo em silêncio, apenas assistindo ao filme missão impossível.

-Isso é demais pra mim, olha só quanta fria que acontece nesse filme- falou minha mãe revoltada.

-Mãe esse filme é muito bom- falei.

-Também acho- disse o Fred.

-Vou lá ver a janta- falou minha mãe levantando do sofá.

-Acho que já vou indo- falou o Fred.

-Ah não- falou minha mãe- Fica pra jantar!

-Eu não quero incomodar, e já está ficando tarde, então...

-Então nada, senta a bunda aí que já está quase pronto- falou ela. Não tendo como recusar, ele apenas concordou. Minha mãe nos deixou indo para a cozinha.

-Parece que ela faz isso por gosto- falei.

-E você duvida?- falou ele. Começamos a rir.

-Venham que está pronto!- gritou ela.

-Acho melhor irmos de uma vez- falou ele.

-É você conhece bem minha mãe!- levantamos e fomos para a cozinha.

Minha mãe tinha feito uma lasanha, sempre ficava uma delícia, mais dessa vez, não sei o que deu errado, porque estava horrível, estava seca e salgada. Lancei um olhar divertido para o Fred, que fez uma cara literalmente de que comeu e não gostou.

-Vocês querem suco?- perguntou ela. Tivemos que rir, porque até ela tinha achado salgada, e estava com sede.

-Com certeza – falamos junto.

Depois que terminamos de jantar, Fred disse que tinha que ir, pois já estava ficando tarde, e além da aula na minha escola, no dia seguinte começavam as aulas dele a noite na faculdade, a greve tinha acabado, e seu dia seria bem puxado. Minha mãe me olhou com cara de “leve ele até a porta”.

-Eu te levo até a porta- falei. Vi o seu sorriso malditamente lindo de lado.

-Tudo bem- falou, e se virou para minha mãe- Boa noite tia Marcela, e obrigado pelo jantar- falou educado.

-Espero fazer algo melhor para a próxima vez- falou rindo, realmente minha mãe não tinha o dom para culinária- Boa noite, e mande beijo para seus pais!

-Pode deixar- falou, e nos encaminhamos para a rua, foi só fechar a porta, que ele me encostou contra a parede- Estava louco pra te beijar- falou com o rosto bem perto do meu.

-Então beija logo-falei, e um sorriso gigantesco apareceu naqueles lindos lábios, que não demoraram nadinha para se colarem aos meus. Nos beijamos até sentir que faltava o ar, ele se afastou dando vários selinhos em mim.

-Até amanhã Banana!- falou sorrindo.

-Até amanhã Pernudo!- falei dando um beijo de boa noite nele, e vendo ele ir embora.