Fix You escrita por Diana Wright, Naya Parker


Capítulo 16
Eu sou o meu desastre.


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, vamos esclarecer algumas coisitas. Eu fiquei triste porque de todas as minhas leitoras, seis comentaram no capítulo anterior ;----; Vocês querem magoar o meu coraçãozinho? Enfim, eu falei que só iria postar se recebesse uma recomendação, e blá blá blá...
Mas, eu não recebi, e mesmo assim postei. Mesmo com seis comentários no outro, e mesmo sem a recomendação.
Sabem porquê? Porque eu sou muito boa, e porque foi aniversário da Gabi e eu prometi vários capítulos para ela, mas como eu sou muito desorganizada eu não consegui escrever muitos, e eu não sou tão boa assim u.u
Mas, pela Gabi, eu vou postar mais um amanhã, SE todas comentarem ou eu receber uma recomendação. O triste é que o próximo já está pronto. Ai, ai, só depende de vocês u.u
Cooperem comigo que eu começo a ser boazinha. Quer dizer, começo a ser um pouco melhor u.u
vão ler e me xinguem nos comentários AUHSUHSUAUSHUAHUS
E eu só postei porque eu estou super feliz porque acabei A Casa de Hades ♥



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2 semanas depois.
- Eu acho que você deveria ir – eu e Diana estávamos deitadas na minha cama, comendo sorvete e conversando. – Talvez ela só queira se desculpar.
Me obriguei a sorrir.
- Se desculpar? – perguntei . – Se desculpar pelo quê?
- Por ter brigado com você – revirei os olhos. – Ah, pelo amor de Deus, Luce! Você acha mesmo que eu vou acreditar que a culpa é toda sua? Ela com certeza deu um show enorme, e a Helena passou mal.
Eu revirei os olhos.
- Não foi culpa dela – eu reclamei. – Ela estava só...tentando me alertar. Eu acho. Ah...sei lá...mas a Helena passou mal por outra coisa...a vida dela não foi fácil, você sabe disso.
Aquilo pareceu calar Diana. Ela sabia, mas do que ninguém, que Helena passou por muita coisa. Coisas que ninguém deveria ter passado, coisas que deixam cicatrizes que não são curadas de uma hora para outro. Helena é uma pessoa machucada demais, assim como minha mãe, assim como Max, assim como eu.
- Quer saber...eu vou. – eu levantei e peguei meu casaco. Diana se levantou em um pulo e foi atrás de mim.
- Vai? – ela lambei a colher com sorteve.
- Vou, quer ir também? – não era sério, mas ela corou e abaixou o olhar.
- Eu...não posso – ela disse um pouco baixo. – Eu vou sair...vou para o cinema.
- Ah, tá – sorri e peguei minha bolsa. – Sozinha?
- Hum...não.
- Okay – me esforcei para não rir. – manda um beijo para o Jake.
Pensei que ela voaria no meu pescoço e me perguntaria como que eu sabia que ela ia sair com Jake. Mas ela apenas sorriu e revirou os olhos.
- Cala boca Luce – ela disse, sorrindo. – Preferia quando você era doce e gentil...
- Preferia quando você não ficava pensando no Jake vinte quatro horas por dia – zombei.
- Argh, eu não fico...– ela bufou, frustada. – Tchau Luce.
Eu sai e ela fechou a porta, ainda rindo. Peguei meu celular e vi as horas. Três e meia. Lindsey marcou comigo as quatro. Como a cafeteria é perto, daria tempo.
O que será que ela queria? Porque parecer tão misteriosa no telefone?
Vamos descobrir.

[...]

- Oi, Lindsey – eu disse quando me sentei na cadeira da cafeteria, do lado dela. Ela deu um sorriso afetado e meio estranho.
- Oi, Luce – ela respondeu com a voz estranha. – Pensei que você não viria.
- É, eu também.
Ela se virou para mim, e eu juro que meu coração disparou. O rosto dela estava estranho, como se toda a alegria e felicidade tivessem sido tiradas dela. Ela não parecia aquela Lindsey animada e festeira, parecia uma pessoa morta, sem vida.
Os olhos dela estão sem brilho, as olheiras pronfundas, os lábios roxos e rachados. E ela parecia pálida. E mais magra também. Como se não comesse a dias, ela não parecia mais a Lindsey. Não podia ser a Lindsey que ela conhecia.
- Lin...o que aconteceu? Porque você...- eu não consegui terminar. O que eu diria?
- Porque eu estou assim? – a voz dela estava mais forte e firme. – Graças a você, Luce. Tudo o que aconteceu comigo foi culpa sua! Você estragou minha vida!
As pessoas da cafeteria olharam para nós, uma senhora sentada do nosso lado se retirou.
- O que você quer dizer? Como assim minha culpa? – eu perguntei tentanto parecer calma, caso o contrário, ela começaria a gritar de novo, e aquilo poderia acabar mal.
- Eu estou assim por sua causa...- ela soluçou e eu percebi que ela fazia força para não chorar, os olhos dela começavam a juntar lágrimas.
- Lindsey...eu...eu não sei o que aconteceu, por favor, me fala – eu tentei não mostrar desespero. – Lindsey, o que aconteceu? Eu...
- Você! Sempre você! As pessoas sempre se preocupam com a Luce! – ela começou a gritar de novo, e as mãos dela tremiam, mas ela parecia não se importar. – As pessoas se preocupam tanto com a pobre Luce que esquecem que ela não é a única que tem problemas, esquecem dos outros, e nem se importam que eu tenha perdido meu pai a 8 dias atrás!
Eu encarei ela, sem expressão. O pai dela morreu...e nós não sabíamos. Belos amigos.
- Lindsey, eu sinto muito mesmo pelo seu pai, eu não sabia que ele tinha falecido...- eu realmente sentia muito, eu conheci o pai da Lindsey, e ele era uma pessoa muito boa.
- Claro que não sabia. Quem liga para o que acontece comigo? – eu me senti culpada, não conseguia encara-la .
- Eu não sabia, a Helena estava no hospital...
- Ah – ela me interrompeu. – A Helena, a Luce, a Diana...mas nunca a Lindsey.
Ela levantou da cadeira, meio tonta. Tropeçou nos próprios pés, e quase caiu, mas eu a segurei antes disso. Ela me olhou mas não disse nada, e não parecia estar agradecida.
- Você está bem? - ela olhou para o chão da lanchonete, como se fosse uma coisa muito interessante para ser analisada. - O que aconteceu com você?
Ela piscou. Pareceu voltar ao normal, então deu um sorriso sombrio.
- Quem diria, não é? - ela perguntou com uma voz embriagada. - A Lindsey, alegre, animada, doida, sendo uma garota sem pai, que foi abandonada pela mãe e que usa d-drogas? - a voz dela falhou um pouco.

Eu olhei para ela assustada. Ela não podia estar fazendo isso. Ela não podia estar se...drogando. Ela não é esse tipo de garota, não pode estragar a vida dela desse jeito. Mas...quem sou eu para falar alguma coisa? Ela se droga, eu me corto. Duas garotas destruindo a si mesmas.

- Sua mãe te abandonou? - a cade descoberta eu só me sentia mais culpada. Que tipo de amiga eu era? - Quando ela fez isso?
- Como se você se importasse! Não precisa fingir ser boazinha comigo Luce, eu sei o que você realmente é - ela fechou os olhos e sorriu, como se estivesse ouvindo algo engraçado. - Lindsey, a destemida...era assim que me chamavam. Meu apelido. Eu pareço destemida agora?

Eu analisei ela. Não parecia nada destemida. Parecia uma garota derrotada pelos próprios problemas, uma garota entregue as drogas, que não tinha mais confiança, uma pessoa de vidro. Frágil. Fácil de se quebrar.
- Lindsey, eu sinto muito pelo seu pai. - Eu tentei colocar a mão no braço dela, que estava apoiado na mesa, mas ela o tirou rapidamente. - Se você precisar ficar em algum lugar, pode ficar lá em casa, nós podemos te ajudar, a Diana...
- Chega Luce! - Ela gritou e pressionou as mãos nos ouvidos tentando abafar os sons. - Chega de ser boazinha...você não percebe? Realmente não consegue perceber?

Eu não fazia ideia do que ela estava falando. O que eu não consigo entender? 
- Desculpe, Lin, eu não estou te entendendo...
- Você - ela me interrompeu. - Você estraga a vida de todo mundo, estraga tudo! Você não percebe o que faz? Não consegue enxergar? Não sabe que antes de você chegar, todos eram mais felizes? Sua tia escondeu que está grávida, porque não queria que você ficasse mal, pensando que ela daria mais atenção para o filho dela do que para você! Olha a que ponto ela chegou! Escondeu que está esperando um filho para a maluca da sobrinha não fazer uma loucura! Ela estava com medo de você fazer alguma coisa com o bebê, você já está maluca Luce. É isso que você é.

Eu fiquei sem palavras...Emma não faria isso. Ela...não acha que eu sou uma maluca, ela me tirou daquela clínica para me proteger, porque ela me ama. Mas, e o filho dela? Porque ela escondeu isso de mim? Talvez Lindsey estivesse certa, talvez ela tenha...medo de mim.

- Como você sabe disso? - Agora eu estava ficando com raiva, mas não era da Lindsey, nem de Emma. Era raiva de mim.
- Ela me contou.

Aquilo foi como um soco no estômago. Talvez o soco fosse até mais agradável. Emma confiou nela, e não em mim. Tinha tirado as mesmas conclusões que a maioria das pessoas: A Luce é perigosa, porque ela tem problemas. Pode machucar alguém. Se mantenha longe dela.

- Eu...eu preciso ir Lindsey. - Eu me levantei e já ia saindo da cafeteria, quando Lindsey me segurou pelo braço. Me virei para encara-la.

- Você tem que entender que você é uma tomada - ela sussurrou. - As pessoas tem que estar atentas, a qualquer momento você pode machuca-las. Querendo ou não. 

Ela me soltou e eu corri para longe daquela cafeteria. Tudo o que ela disse...tudo era verdade. Emma não confiava em mim. Ela pode até me amar, mas não confia em mim. Eu também não confio.

Porque a minha vida tem quer ser assim? Porque eu não posso ter um dia de paz? Eu pensei.

Porque eu vivo com os meu traumas, e eles são partes de mim. Meu problemas são partes de mim. O problema sou eu. Sempre foi. A verdade sempre esteve na minha frente, mas eu tinha medo de encara-la.

Você tem que entender que você é uma tomada, as pessoas tem que estar atentas, a qualquer momento você pode machuca-las. Querendo ou não."

Ela estava certa. As pessoas estavam com medo de mim, Emma estava com medo de mim. 

Eu preciso me afastar. Preciso me isolar. Preciso parar de atingir as pessoas com os meus problemas. São meus problemas, não problema deles. 

Um pensamento um pouco insano passou pela minha mente. 

Mas, qual era a minha opção? Eu tenho que fazer isso pelo meu próprio bem, pelo bem de todos que eu amo. Talvez seja melhor. Apesar de tudo, apesar do meu medo. Apesar das coisas que acontecem lá. Eu tenho que fazer isso.

Eu tenho que voltar para a clínica.

Fim do PVO Luce.


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Notas finais do capítulo

Fim do PVO Luce? Tipo, que porcaria é essa?
Titia Dih explica u.u
Até agora, a fic foi narrada do ponto de vista da Lu, maaaas, as coisas vão mudar 3:)
EU vou narrar agora! EBAAAAAAAAAAA U.U
Então, eu estou atrasada para a escola (aff, não queria estudar hoje). Quero minha recomendação hein u-u
Ou eu não posto. Dessa vez é sério. Só postei esse por causa da Gabi, e mesmo assim tenho certeza que vocês não curtiram o final misterioso u.u
Ahh, voltando a ser má ♥ Finais misteriosos são pura magia, não sei como vocês reclamam! Deixam tudo mais legal! Eu odeio quanto os autores são FDPs na estória deles, mas amo ser FDP nas minhas! UAHSUAHSUAHSU
Eu vou ser muito má daqui para frente, e me odeiem a vontade...
Mas como eu disse para a Becky (diva), Fix You é uma fanfic de drama. D-R-A-M-A. Não é romance, nem ação, nem aventura, nem comédia.
É drama u.u Claro que tem romance, e de vez em quando comédia, mas o principal é o drama.
Nossa, pareço uma pessoa super dark falando assim '-'
Enfim, você vai rir, vai chorar, e não vai querer mais (hu3hu3)