Liz Ou A Guardiã escrita por CR


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

surprise - Legolas Greenleaf em ação... sim, o tão aguardado personagem chegou! O que esperam? Coisas boas ou coisas más? (Boas, Legolas é incapaz de trazer coisas más, pensamento meu antes de começar a escrever esta história (mistery)) Mas, sem mais delongas, que comece o capítulo

Mais uma vez relembrar que o Professor Tolkien está no céu, mas lord of the rings pertence-lhe (eu contento-me em brincar com as personagens)

kiss kiss

CR, a autora



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Capítulo 4

A Chegada de Ibetu

Ao fim de uma hora, Arwen apareceu no quarto de Liz, que continuava a fitar o vazio como se, a qualquer momento, este a fosse tragar.

– Já sei que o teu pai virá a Rivendell, Liz. Tens que reagir!

– Tenho que me vestir! – Foi tudo o que ela disse, sem fitar a Elfo, que não compreendeu. – É costume fazer-se uma festa, não é?

– Pois é, quase me esquecia! – Arwen levantou-se e puxou Liz para fora do quarto. – Vamos até ao meu quarto para nos preparar. – Elas chegaram ao quarto. – Vamos arranjar um vestido fantástico para ti. Tens que parecer feliz e calma. Um vestido sem decote…

– Não, tem que ter decote. – Arwen não compreendia. – Eu não levarei os meus fios e assim, com decote podem ver que não tenho nada, logo, não desconfiarão. – Arwen compreendeu o plano de Liz.

– Então um vestido com um grande decote.

– Não é preciso exagerar! – Liz estava um pouco receosa. – Eu tenho apenas trinta e cinco anos.

– Este! – Arwen virou-se para ela com um vestido branco.

– Não! – Liz arregalou os olhos. – Vai ficar muito apertado em cima e o decote é enorme!

– Nós queremos que vejam as curvas do teu corpo lindo bem salientadas para que não pensem que escondes o anel em outras partes do corpo. E o decote não é enorme, é grande, mas não enorme. – Arwen deu-lhe o vestido. – Vai ficar perfeito em ti. Veste-o!

Liz obedeceu muito contrariada com tudo aquilo e, olhando-se ao espelho, achou-se demasiado provocadora. Ela não era uma Elfo.

– Arwen, só os Elfos podem envergar uma roupa tão justa, sem que pensem que estão a oferecer o seu corpo. – Liz afirmou.

– Não sejas tonta! Estás avalassadora! – Arwen disse. – Mete os teus fios nesta gaveta! – Ordenou ela, abrindo a segunda gaveta da sua cómoda. Liz meteu o fio do Anel de Paz e da Estrela dos Eldar.

– E esse anel de ervas? Não o queres pôr aqui? – Ela perguntou.

– Este nunca me abandona! – Ela falou com um sorriso, olhando para o anel pequeno que já não lhe cabia no dedo.

– Mas qual é a história dele? – Perguntou ela curiosamente.

– Vá, agora um vestido para ti! Este! – Liz escapou-se da pergunta e mostrou-lhe um vestido azul, que ficou perfeito em Arwen.

– Vamos lá! – Arwen ergueu a cabeça. – Já sabes, Liz, aqui és apenas uma humana, conhecida por me teres ajudado a trazer o Frodo para aqui. – A ruiva estava um pouco receosa. – Só precisas de sorrir. Prepara-te! – Liz respirou fundo, colocando um sorriso nos lábios, assim como Arwen. – Vamos!

Mal saíram do quarto, as duas viram Ibetu no corredor exterior. Ele dirigia-se a elas. O sorriso de Arwen morreu, ela estava nervosa.

– Arwen, sorri! – Liz mandou, tentando ficar calma. A morena obedeceu-lhe.

– Arwen, é tão bom ver-te! – Ibetu abraçou a Elfo. Quando se separou, olhou-a bem e afirmou: - Estás cada vez mais bonita!

– Agradecida pelo elogio, caro Ibetu! Também é muito bom ver-te! – Declarou Arwen. – Deixa-me apresentar-te Liz, a humana que me ajudou a trazer o Frodo para cá.

– Ah! – O olhar de Ibetu caiu sobre ela, os olhos brilhando. – Já ouvi falar de ti. Muito até! – Ele pensou em voz alta. – É um prazer conhecer-te! – Ele abraçou-a.

– Igualmente! – Liz separou-se do abraço. – Vejo que é uma pessoa muito simpática!

– Sou mesmo. Aliás, o meu nome, na Língua Comum, é uma das muitas maneiras de dizer amigo. – Ele afirmou com um sorriso. – Fazes recordar-me a minha filha.

– Isso é bom ou mau? – Liz receava a resposta.

– Bom! Muito bom, claro! Agora tenho de ir. Preciso falar um pouco com Gandalf. – Ibetu deixou-as.

– Correu bem. – Declarou Arwen.

– Sim. – Liz concordou. – Agora vou ver o Frodo. Até já!

Liz começou a andar rapidamente até ao quarto do amigo e bateu à porta fechada.

– Entre! – Mandou Frodo. Ela entrou. – Liz! – Frodo estava sentado na cama.

– Não te preparas para a festa? – Ela estranhou a atitude do Hobbit.

– Não! – Ele respondeu. – O que vamos nós festejar? Há tanta crueldade no mundo e nós ainda festejamos… Acho isso tão errado. – Frodo parecia revoltado.

– Também há muita bondade do mundo e é ela que vamos festejar. A bondade e o amor. Eu quero ver-te na festa! Ela não é a mesma coisa sem Hobbits.

– Mas os outros vão.

– Não se tu não fores. – Liz respondeu rapidamente. – Eles são teus companheiros nesta caminhada, Frodo. Se não fores, eles também não irão. É bom que vás, caso contrário, chateio-me contigo.

– Está bem, eu vou! Vemo-nos na festa!

Liz foi-se embora e dirigiu-se para uma porta aberta e entrou na divisão. Era a sala do senhor de Rivendell, ou seja, de Elrond. Este estava a olhar para uma bacia de água, enquanto proferia um encantamento:

– Itaic bivic…

– Elrond, desculpa interromper-te… - Elrond virou-se para ela. – O que fazias tu?

– Nada de especial. – Respondeu ele, aproximando-se dela.

– Ah! Não vens? A festa está quase a começar… - Declarou Liz.

– Sim, estou a ver… - Ele olhava-a intensamente. – Estás maravilhosa!

– Obrigada! – Ele riu suavemente.

– Tu és linda de qualquer maneira, mas assim… - Elrond estava cada vez mais hipnotizado pela sua beleza.

– Pois, mas é apenas isso que vês quando olhas para mim: Beleza. Não sentes nada profundo por mim. – Elrond aproximava-se cada vez mais.

– Não é verdade. Sinto um grande carinho por ti! – Ele contrariou-a.

– A beleza passa, Elrond, pelo menos nos Humanos. O amor não!

– É verdade! – Ele concordou. – E eu espero que sejas feliz e que encontres o amor junto a alguém.

Ele acariciou a sua face, estando a milímetros dos lábios dela. Mais um pouco cederia à tentação dos lábios vermelhos da ruiva. Liz sentiu o braço de Elrond envolvendo a sua cintura e sentiu que o beijo estava próximo.

– Olá, Elrond! Então, como é que…

Eles separaram-se rapidamente e viraram-se para quem entrara na sala para falar com o senhor de Rivendell. Os olhos de Liz brilharam em sinal de reconhecimento ao pousar sobre o Elfo loiro de olhos verdes que os olhava. A sua mão apressou-se a tapar o Anel pendente que tinha no fio, arrancando o fio do seu pescoço e mantendo-o escondido.

– … Estás? – Ele completou a pergunta.

– Legolas, que bom ver-te! – Elrond abraçou-o fortemente e quando se separou dele, apresentou: - Legolas, meu bom amigo, esta é a Liz, a Humana que ajudou a salvar Frodo. Tenho a certeza de que já ouviste falar dela.

Liz sorriu docemente para ele, que não retribuiu o sorriso. O seu rosto estava frio.

– Boa noite! – Cumprimentou ele friamente. – Acho que agora percebo por que razão ficaste por cá. Quero dizer, não poderia ser pela Natureza. Tinha que ser por outra coisa. – Ele olhou para Elrond. – Ou devo dizer pessoa? Uma pessoa poderosa, claro, não poderia ser qualquer um, tinha de ser um rei. Daqui a pouco, deverás ter com Ibetu, não?

– Não! – Liz suspirou. – Daqui a pouco, não responderei por mim e dar-te-ei uma chapada!

– Sim? E ficares mal vista por todos? Não me parece. Tens de ser bem vista para conseguires dar o golpe do baú. – Acusou ele.

– Eu vou ver se vejo a Arwen. Fiquem bem! – Liz desejou, saindo da sala.

Quando Liz se viu só, deixou-se chorar. Conhecia Legolas de anos passados, mas claro que ele não a reconheceria. Liz era apenas uma criança quando os dois se haviam conhecido, Legolas já era um Elfo maior de idade, mas ela crescera e estava praticamente irreconhecível. No entanto, nunca pensou que ele fosse tão indelicado com alguém. Quando o conhecera, ele havia sido tremendamente simpático.

– O que se passa, Liz? – Arwen perguntou-lhe.

– O teu pai tentou beijar-me. – Ela respondeu. – Mas não é isso que me põe assim. Ele não conseguiu porque Legolas nos interrompeu, e foi ele que me pôs assim quando sugeriu que eu queria dar o golpe do baú. Foi horrível. Eu posso não ser uma Elfo verdadeira, mas sou tão delicada quanto vocês…

– O Legolas é simpático, só que, às vezes, não sei… Passa-se! – Arwen limpou-lhe as lágrimas.

– Eu conheci-o há já muito tempo. – Liz sorriu. – Quero dizer, não muito tempo para Elfos, mas muito para mim. Eu ainda era uma criança.

– Pronto… Vamos para a festa! – Arwen percebeu que não era a melhor altura para Liz falar de recordações de infância. No entanto, antes de ir para a festa, Liz convenceu Arwen a irem até ao seu quarto para guardar o fio que Liz tinha na mão.

De seguida, elas foram para a festa à volta da fogueira onde inúmeros Elfos cantavam uma melodia pacífica. Liz olhou em redor.

– Arwen! – Liz parou a amiga.

– O que foi? – Arwen seguiu o olhar de Liz que estava pousado em Dithinia, a avó materna da ruiva.

– Arwen, se ela me vir, reconhecer-me-á. – Liz tinha a certeza do que dizia. – Eu não posso seguir em frente.

– Liz, será assim tão mau que te descubram? – Arwen olhou-a nos olhos.

– Durante toda a minha vida, fui guiada pelo poder do meu Anel de Paz. – Liz olhou para a fogueira. À volta dela alguns elfos dançavam como sempre faziam nas comemorações. – Perdi pessoas queridas por causa dele, cheguei a perder-me a mim própria várias vezes… - Liz suspirou, olhando de novo para a amiga. – Uma pessoa não pode escolher o seu destino, mas pode escolher aquilo que quer ser. Livre, Arwen, é isso que eu quero ser. Livre do rótulo que o meu Anel imprime em mim. Quero que me vejam para lá dele, percebes?

– Acho que percebo.

– E não é que eu não tenha encontrado pessoas que me vissem para lá dele, mas com tudo isto, se me descobrem agora, eu serei rotulada. – Liz afirmou. – A minha avó faz-me sentir essa liberdade, mas eu tenho medo que me descubram quando virem a reação dela.

– Isso não acontecerá. – Arwen sorriu. – Eu protejo-te a retaguarda.

Liz ergueu o rosto, confiante e, com Arwen atrás de si, seguiu até à velha mulher, que fixou o olhar em si, olhar esse que brilhou em sinal de reconhecimento.

Dithinia era uma mulher já com setenta anos, mas de uma saúde de ferro e parecia que tinha cinquenta. Era uma mulher cuja jovialidade continuava brincando no seu olhar. Algo mágico crescia dentro dela enquanto os anos passavam. Poderia passar por uma sábia bruxa. Os cabelos loiros já praticamente brancos, os olhos cinzentos já com rugas à sua volta davam-lhe um ar de uma sabedoria que, entre os humanos, era respeitada. No entanto, a maior parte dos que ali estavam eram Elfos, e deste povo poucos a respeitavam. Os destinos de Humanos e Elfos raramente se cruzavam, muito menos em histórias de amor. No entanto, Melody, filha de Dithinia e mãe de Liz, fizera o amor crescer em Ibetu, Elfo-Feiticeiro, o que não havia sido visto com bons olhos, principalmente para Melody, que criara uma hostilidade entre alguns Elfos.

– Boa noite! – Liz cumprimentou-a, chegando ao pé dela.

Dithinia sorriu, alegria estampada no seu rosto.

– És mesmo tu, Liz! Que saudades! – Sussurrou ela, abraçando-a fortemente com lágrimas nos seus olhos. Liz ia para falar, mas ela interrompeu-a: - Eu ouvi os rumores de que és a Humana que salvou a Princesa Arwen. Não queres que ninguém saiba quem és verdadeiramente… - Ela separou-se do abraço, olhando-a. – Eu respeitarei a tua decisão.

– Obrigada, avó! – Ela puxou Arwen para o seu lado. – A Arwen sabe, ela está a proteger a retaguarda.

Dithinia riu, divertida, abraçando Arwen fortemente.

– Obrigada! – Elas separaram-se do abraço. – Como é que descobriste?

– É uma longa história… - Arwen respondeu.

– Não é tão longa assim… - Liz sorriu. – Mas deixo-vos a conversar enquanto ando por aí.

Liz começou a caminhar entre as criaturas. Alguns Anões e Humanos estavam presentes, assim como os quatro Hobbits, mas quem estava em maioria eram os Elfos com toda a certeza. Liz olhou aqueles que dançavam com encanto. Estas criaturas que vivem sempre em comemorações leves, que se reúnem a cantar e a dançar à volta da fogueira eram as criaturas mais misteriosas em toda a Terra Média. Ela sempre desejara ser apenas uma Elfo para que fosse respeitada como eles, mas havia muito aspetos que não gostava neles, como o facto de não contarem sequer quantos anos passavam. A maior parte dos Elfos deixa de contar os seus anos a partir do momento em que alcançam a maioridade e isso ela não conseguia compreender. Outra coisa que ela não gostava era o facto de que, de certo modo, muitos se achavam superiores a todas as criaturas e isso ela não admitia. A maior parte respeitava a Natureza e a Terra Média, mas agiam como se apenas eles soubessem o que fazer, como se apenas eles soubessem o que era o certo e o errado. De qualquer maneira, Liz estava contente por ser também parte Humana, porque a mãe lhe ensinara a amar a vida, a amar os anos que passavam com ternura, contando-os preciosamente. A parte de feiticeira tinha a sua utilidade apenas em momentos de aflição, mas ela não era uma Maga como Gandalf, tinha apenas algumas artes mágicas, mais nada.

– Então, és tu a Humana de que todos falam? Liz?

Ela virou-se para a origem da voz profunda que proferiu o seu nome. A voz provinha de um Humano. Ele era alto e forte, loiro e de feições rigídas. O seu olhar mostrava orgulho próprio e coragem e Liz lia-lhe um gosto em demasia pelas armas.

– Sim, sou eu. E que faz aqui Boromir, o filho mais amado de Denethor II, cuja bravura é já tema de grandes cantares?

– O amor de meu pai por mim é imenso, tanto que o faz esquecer por vezes algumas pessoas que muito o estimam. – Boromir olhava-a intensamente. – E a minha bravura ainda não foi inteiramente testada.

– Nisso tenho que concordar consigo. – Liz pegou num copo cheio de bebida de lótus.

– Ah, conhece então o meu destino para estar a meter em causa a minha coragem? – Boromir serviu-se um copo de vinho, olhando-a intensamente. Liz sorriu, sentindo uma certa hostilidade.

– Não, não conheço o destino de ninguém a não ser o meu, e mesmo esse se me apresenta difícil e, por vezes, prefiro não pensar muito nele. – Liz parecia algo nostálgica. Na verdade, muitas vezes sentia que o seu destino poderia ser melhor, mas cada um tem aquilo a que é designado.

– Liz, vamo-nos deixar de formalidades variadas que bem algum fazem entre amigos. – Boromir aproximou-se dela. – Sentes-te bem?

– Um pouco melancólica, apenas isso. – Ela sorriu, enquanto o olhar carregava alguma tristeza.

– És a mais bela criatura que alguma vez fitei. – Ele acariciou a sua face.

– Liz, vamos dançar! – Arwen surgiu, separando-os. – Boromir, importa-se?

– Arwen Undomiel… - Ele fitou a morena brevemente, virando depois o olhar para Liz. - Claro que não. – Boromir assentiu, afastando-se e olhando-as ao longe.

– Liz, ele gosta de ti. – Arwen afirmou. – Vamos para a fogueira!

– Estás louca? – Liz fitou-a seriamente. – Vai tu para a fogueira, Arwen. Mesmo em Rivendell, onde todas as raças são recebidas com carinho, poucos são achados dignos de dançar à volta de uma fogueira élfica.

– Liz, a tua beleza cativa as pessoas. – Arwen sorriu. – Além disso, tu foste educada para dançar, não foste?

– Não! – Ela respondeu. – Acho que nasceu comigo como…

– Como nasce também com todos os Elfos. – Arwen completou-a.

– Ok, vamos dançar!

Arwen levou-a para a fogueira e, lá, começaram a dançar a melodia dos Elfos, que era agitada e cheia de boa energia. Todos se divertiam e o barulho das gargalhadas era maravilhoso.

De seguida, a melodia mudou. Era agora algo que envolvia sedução, como se os Elfos tocassem uma balada à paixão. Liz fechou os olhos recordando-se da música que ouvira, pela primeira vez, em Mirkwood, num casamento. Era uma melodia de lá, ela tinha a certeza. Abrindo os olhos, procurou por Legolas, cujo olhar se encontrou com o dela.

– Espero que saibas dançar! – Foi o que ela falou quando o puxou para se juntar a si.

– Claro que sei!

Legolas pousou a sua mão direita na cintura de Liz e puxou-a para si, ao que ela tremeu com o toque.

– A prática leva à perfeição. – Ele disse-lhe ao ouvido, enquanto dançavam lentamente.

– Precisam os Elfos de prática alguma a dançar? – Ela perguntou com um sorriso. – A maior parte não, mas talvez não te faça mal se treinares mais um pouco. Não danças muito bem… - Ela provocou.

– Isso não é verdade! – Legolas disse, percorrendo o tronco de Liz com a sua mão. Ela fechou os olhos. – E tu sabes isso! – Ele largou-a e ela dançava sensualmente à sua volta. Ele puxou-a para si. – Eu podia ter-te deixado.

– Devias tê-lo feito! – Ela falou intensamente. – Logo na primeira oportunidade, devias tê-lo feito, Legolas.

Legolas baixou Liz, encostando os seus rostos. Este foi o passo final. Ele levantou-a e foi-se embora, deixando-a sem par na fogueira. No entanto, ela não se importou e continuou a dançar.

– A Liz é maravilhosa. – Dithinia falou, sentada numa pedra, enquanto olhava a ruiva que tinha um sorriso nos lábios enquanto dançava à luz da fogueira. – Faz lembrar-me a minha neta.

– Dithinia… - Legolas estava junto dela. – Não vê a sua neta há mais de vinte anos, nem sabe se ela está viva.

– Se ela não estiver viva, que esperança temos nós, Legolas? – Perguntou ela, olhando o Elfo.

– Talvez seja melhor não ter qualquer esperança do que depositar essa mesma esperança numa pessoa que abandonou a sua família logo na primeira dor.

– Injustiça cobre as tuas palavras, meu bom Legolas. Liz tem o seu destino traçado e vai cumpri-lo.

– Perdoar-me-á se não confiar em suas palavras? – Ele perguntou delicadamente.

– Há qualquer coisa em ti que te faz não querer confiar nelas e contra isso nada posso. – Ela falou sabiamente, voltando o seu olhar para a fogueira.

– A festa está ótima, mas vou ter de me recolher. Estou cansado da viagem. Boa noite!

– Boa noite! – Dithinia respondeu.

Liz viu quando Legolas se afastou em direção ao palácio de Rivendell e saiu da fogueira, seguindo-o pelo caminho iluminado pela luz da lua. Legolas deu-se conta dela, assim que alcançou o adro.

– Estás a perseguir-me? – Ele falou com alguma hostilidade.

– Sim. – Ela confessou. Ele preparou-se para se ir embora e deixá-la para trás. – Mas espera! Eu só te quero agradecer pela dança! – Ela tocou no seu ombro. Ele virou-se para ela. – Danças muito bem! Mesmo!

O olhar de Legolas caiu sobre ela intensamente, percorrendo o seu rosto. Quando estava a alcançar o seu olhar, Liz abaixou o olhar, enquanto a sua mão descia do ombro de Legolas para a mão do Elfo. Os olhos de Liz brilharam em reconhecimento ao verem o anel feito de ervas que estava no dedo anelar do loiro.

– O que foi? – Legolas afastou a sua mão. – O que queres de mim para me estares a elogiar?

– Estava a ser simpática, Legolas. E a dizer a verdade. Não podes pensar que toda a gente é interesseira. Existem pessoas gentis e verdadeiras.

– Mas tu não és assim! – Retorquiu ele friamente.

– Nem sequer me conheces, Legolas! – Ela retorquiu friamente. – Eu queria ter uma boa relação contigo, mas já vi que é impossível. Adeus!

Ela deixou-o só e, depois de passar pelo quarto de Arwen para ir buscar os fios, Liz foi dormir. Estava ansiosa, pois amanhã seria um dia muito importante. Um dia que começaria a mudar o Mundo.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, vontade de esganar Legolas, quem? (a autora ergue o braço e recebe um olhar gelado do elfo mais querido do mundo) Enfim, curiosos para saber as circunstâncias de como Liz conheceu Legolas muitos anos atrás? Se sim, continuem a ler e sentados porque vão esperar muito (muah muah... risada maléfica da autora)

Ah, eu não tenho beta, por isso qualquer erro... bem, reclamem para mim -.-

O que acharam de Ibetu? E Dithinia? Hum? Botão das reviews on :P



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