Meu Universo Paralelo escrita por Misaki Tu Oderschvank


Capítulo 7
Problemas detectados – Parte 1




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   No caminho Orihime não parava de falar...

   _ Bom como você não vai perguntar, eu vou dizer então: Kurosaki-kun me convidou para patinar, essa noite! - Seu entusiasmo foi se acalmando até que, batendo as pontas dos indicadores ela disse: _ É claro que ele também convidou o resto da turma, mas eu pensei em me confessar pra ele... Não tenho coragem, mas já estou pensando nisso há anos, então decidi que tem que ser hoje à noite... O que você acha de ir comigo a uma loja de roupas? Afinal isso merece uma roupa nova! – Mas ele não deu nenhuma resposta, então ela respondeu por ele: _Tudo bem, então, vamos...

   Ela passou seu braço por dentro do dele e iam caminhando. E em meio à conversa, o convidou também, para que fosse se divertir um pouco, mas ele nem se deu ao trabalho de responder. E assim, se dirigiram até a loja de roupas, enquanto ela simplesmente não parava de dizer o quanto estava feliz, e ele somente a ouvir. Mas quando chegaram à loja, passaram por uma experiência muito incomum: Em primeiro lugar, o modo como foram recebidos...

   _O que o jovem casal deseja? Disse a vendedora, com um terno sorriso.

   Orihime ficou corada imediatamente, não sabia o que fazer, mas começou por soltar o braço dele...

   _Não... Isso foi um engano... Nós não somos um casal... - Disse ela, gaguejando.

   E em segundo, ele ficou sentado o tempo todo em um puff enquanto ela desfilava com todo o tipo de roupas esperando a aprovação dele, que, como o esperado, não manifestava nenhum interesse no assunto, mas de repente ela se resolveu por um conjunto de saia e blusa simples, pois não queria que ficasse evidente que ela queria chamar a atenção de Ichigo. E foram embora para casa.

   Chegando em casa, ela foi rapidamente escrever uma carta de confissão e, como o tempo estava curto, pediu que Ulquiorra a ajudasse a recortar imagens bem kawais para que ela pudesse colar como enfeitas em sua carta. Ele até a ajudou nos recortes, mas não quis nem olhar para as coisas que ela escrevia.

   Quando já era a hora de saírem, ela, toda arrumada perguntou:

   _Porque você ainda está de pijamas? Vamos nos atrasar...

   _Eu não disse que iria, garota burra. - Disse ele enquanto lia um dos livros recomendados pelo Urahara.

   _Mas você até me ajudou com a carta para o Kurosaki-kun... - Ela nem terminou de dizer, quando ele a interrompeu...

   _Eu não te ajudei... Você que ficou me mandando recortar aquelas coisas que disse que eram corações, mas que não tem semelhança alguma a do verdadeiro órgão. Além do que, eu acho que isso é uma total perda de tempo.

   _Tudo bem... Estou saindo então. Deseje-me sorte! - Disse ela enquanto saía, sem resposta.

   Então ficou sozinho, enquanto pensava consigo mesmo, se isso era assim tão interessante... Se apaixonar... Parecia algo que tirava todo o raciocínio de uma pessoa, como alguém poderia se sentir feliz agindo com total falta de controle e inteligência?... E também em seu caso, por exemplo... (começou a pensar alto)

   _Quem amaria um monstro como eu? Mesmo agora que tenho um coração e estou aprendendo pra que ele serve, não encontrei em nenhum desses livros, que ele poderia sentir amor, ele só serve para bombear sangue...

   As horas se passaram muito rápido, e Orihime voltou calada, e foi logo entrando em seu quarto, ele achou aquilo muito estranho...

   _Não que eu esteja interessado, mas e a carta? - Perguntou ele, mas logo viu que os olhos dela estavam marejados, tanto que começaram a cair lágrimas acompanhadas de soluços, e ele ao ver aquilo quis tocar aquele líquido, pois nunca tinha visto aquilo tão de perto, mas ao tocar, ela se jogou contra seu peito.

   Ter aquela frágil garota em seus braços era algo que nunca ele poderia imaginar que um dia fosse acontecer, o sentimento de proteção era tão forte, que se pudesse, esmagaria Kurosaki Ichigo, no caso de ele ter feito algo que pudesse feri-la. Todos aqueles pensamentos e sentimentos misturados...   Naquele momento ele sentiu que seu coração começou a disparar, e a única coisa que lhe passou pela cabeça, foi envolvê-la em seus braços, suas mãos acariciavam os cabelos dela como que por um reflexo, a dor de não poder fazer nada para acalmá-la era aguda e sufocante.

    O que estaria acontecendo em seu peito... Teria a batida contra ele, sido muito forte?  Haveria criado algum defeito nesse coração? ...


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