Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 6
Contradições.


Notas iniciais do capítulo

oioioioioi, voltei com um capítulo fresquinho p vocês >< desculpem pela demora meninas, eu tava com um tipo de bloqueio mental, n estava conseguindo desenvolver o capítulo, mas agora o terminei e ficou ótimo ♥ bom proveito.



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POV Tony.

Eu tremi na cama, mesmo com o ar condicionado ligado no quente e duas cobertas me cobrindo, eu tremi.

- Tiras essas cobertas! – minha mãe disse tentando puxar elas.

- Não! – eu gritei. – estou com frio... – eu sussurrei puxando-as mais para cima.

- Tony, você está com febre! – ela disse colocando a mão na minha testa, eu novamente tremi com seu toque.

- Me deixa, eu estou bem. – meus dentes bateram mais uma vez e eu precisei força-los para ficar no lugar, quantos graus estavam fazendo, menos um?

- Vou chamar um médico, você não pode ficar assim! – ela disse me encarando.

- Não vai chamar ninguém! – eu disse cerrando meus olhos pra ela, minha mãe suspirou baixo e saiu do quarto, vi o Augusto entrando no mesmo e bufei. – SAI! – gritei.

- Vim trazer o seu remédio só. – ele disse me ignorando, eu bufei e virei pro outro lado. – toma pelo menos o remédio Tony! – ele disse colocando na mesinha.

- Vai pro inferno, aproveita e leva a tua namoradinha junto e manda ela sair do meu quarto! – eu disse tremendo na cama mais uma vez.

- Tony! – ele segurou meu ombro por cima do cobertor.

- Tira a suas mãos de mim! – eu disse segurando seu braço com minha outra mão, nós nos encaramos por alguns minutos e ele então puxou a mão.

- Eu estou tentando fazer as pazes com você. – ele disse pesaroso.

- Eu não quero que você tente nada comigo, será que tá difícil de entender que eu não quero nada de você? – eu tremi de novo, mas dessa vez era de raiva, vi a Ana parada na porta e eu dirigi o olhar pra ela. – agora vocês dois podem sair do meu quarto, porque nem doente eu tenho paz nessa porra? – a Fernanda apareceu na porta.

- Sai Augusto! – ela disse empurrando ele pra fora, e em seguida colocando a bandeja nos meus pés. – trouxe sopa que eu fiz pra você! – ela disse mostrando.

- Tá com uma cara boa. – eu disse me afundando no colchão de novo.

- Tá sim, agora come. – ela disse colocando no meu colo.

Olhei pra porta e vi a Ana parada no batente me avaliando, eu a encarei por alguns segundos.

- Fecha a porta Fer? – a Ana me olhou magoada e deu as costas, a Fernanda foi até lá fechando a porta e sentando na ponta da cama.

- Você já está pegando pesado. – ela disse pra mim.

- Me dá sopa na boca? – pedi. Ela me deu uma colherada depois de esfriar e eu a olhei. – se não quisessem que eu ficasse assim, que eles não namorassem. – eu dei de ombros e ela sorriu de lado continuando a dar a sopa na minha boca.

Nós ficamos em silêncio por alguns minutos e então a Fernanda colocou a mão na minha testa.

- Meu Deus Tony! – ela gritou. – vai tomar um banho agora! – ela disse puxando as cobertas, eu tremi.

- Não... – eu sussurrei.

- Vai Tony! – ela gritou, eu sai da cama na ponta dos pés e tirei apenas a cueca que eu estava vestindo, ela ligou o chuveiro no morno e eu tremi ao sentir a água.

- Você tá louca! – eu disse tampando as minhas partes.

- Se você não entrar no chuveiro agora, eu vou enfiar você dentro dele! – ela cerrou os lábios. Eu a olhei por alguns segundos e então entrei debaixo do chuveiro, meus dentes tremiam enquanto a água caia pelo meu corpo. Ela estava sentada na privada esperando eu acabar o banho.

- Está... Tão... Frio! – eu disse segurando a esponja com força pra me manter debaixo do chuveiro.

- Melhor do que você morrer de febre, agora saí logo que a médica já está aí te esperando.

Eu bufei, porque diabos todo mundo tinha que me tratar como se eu fosse uma criança?

Eu me enrolei na toalha, a Fernanda saiu do banheiro trazendo uma cueca e um short de dormir pra mim, coloquei os dois e sequei o cabelo enquanto saia do banheiro, estava me sentindo melhor, mas ainda com frio.

A médica tinha cabelos castanhos meio mel até os ombros, ela estava mexendo na bolsa e quando me viu, me encarou dos pés a cabeça. Era fácil, ela tinha uns vinte e cinco anos, eu sorri de lado.

- Você não me parece mal. – ela disse baixo, a Fernanda a encarou.

- Mas ele está muito mal, para estar em casa em um sábado a noite, ele está muito mal! – ela disse me olhando, eu dei de ombros, joguei a toalha no chão, no canto e sentei na cama de frente pra ela. – posso deixar vocês a sós? – elas perguntou me encarando, tipo: você não vai comer ela aqui né?

- Pode Fer, pode. – eu rolei os olhos e médica riu, eu me deitei na cama apoiando o peso do corpo na cama. – como é o seu nome?

- Marcela. – ela disse mexendo na cama, estiquei minha mão pra ela.

- Antony. – eu disse sorrindo de lado, ela olhou pra mim e depois pro meu rosto, segurando minha mão.

- Você está melhor já. – ela disse soltando minha mão e colocando na minha testa.

- Ah, não acho não... – eu disse me sentando e ficando com o rosto a centímetros do dela, ela se afastou bruscamente.

- Mas eu acho. – ela disse me olhando séria.

- Estou sentindo frio ainda! – eu disse mudando de assunto e fazendo bico.

- Mas está tão calor... – ela disse suspirando alto, eu sorri de lado maliciosamente. – quer dizer, por causa do ar condicionado. – ela virou de costas.

- Tá mesmo. – eu disse avaliando sua bunda e depois ela me olhou e eu e encarei.

A Ana estava parada na porta com o Augusto e eu fiquei sério.

- Tá tudo bem então? – o Augusto disse a olhando, ela o encarou e depois corou.

- Claro, ele só precisa tomar esse remédio. – eu suspirei alto e ignorei os dois ali.

- Marcela, quer sair comigo? – perguntei na cara de pau.

- Que? – ela disse virando pra mim assustada.

- Sexta, vamos no cinema? – eu sorri de lado, o mais charmoso que eu conseguia.

- Eu... Hãn... – ela pigarreou.

- Ignore os dois. – eu disse a olhando. – leve como um convite amigável. – ela sorriu de lado.

- Hurum. – a Ana pigarreou e eu me levantei.

- Vocês podem sair do meu quarto? – eu disse olhando para os dois, eles me encaravam perplexos. – agora! – eu disse pausadamente, o Augusto foi o primeiro a sair e puxou a Ana junto, eu aproveitei que estava sozinho e me virei pra ela.

- Boa tática pra fazer ciúmes nela. – a Marcela disse rindo baixo e balançando a cabeça negativamente.

- Eu estou falando sério. – eu disse parando atrás de seu corpo e sussurrando no seu ouvido, ela arrepiou e se virou me empurrando.

- Para com isso! – ela disse suspirando alto.

- A gente já se pegou, eu lembro, você era a amiga do Guto que não ficava com meninos mais novos e ficou comigo. – eu sorri de lado maliciosamente.

- Faz muito tempo. – ela disse pegando a maleta e tentando passar por mim, entrei no seu caminho de novo.

- Quer relembrar não? – eu disse a encarando sério, ela corou e abaixou os olhos.

- Se eu disser sim, você me deixa ir? – ela disse sorrindo, era claro que ela ia topar, eu sorri e balancei a cabeça assentindo. – sim então.

- Me passa teu telefone? – eu pedi.

- Está em cima da mesinha. – ela piscou e saiu pela porta, eu virei o rosto para vê-la sair pela porta, mas a Ana estava tampando minha visão de braços cruzados, meu sorriso se desfez automaticamente.

- Atirada quase nada né? – ela disse me encarando.

- Do seu tipo, você fez assim com meu irmão também? – eu sorri maliciosamente pra ela e peguei o cartão e olhando.

- A gente precisa conversar. – ela disse suspirando, eu coloquei o cartão na mesinha de cabeceira e a olhei.

- Não, não temos nada pra conversa, com certeza. – eu disse a olhando.

- Temos sim. – ela sentou na poltrona e me encarou, eu a encarei e assim ficamos por alguns minutos, tentei segurar a pergunta na ponta da língua, mas ela saiu.

- Porque você fez isso? – ela abaixou o olhar.

- No começo era porque ele era minha válvula de escape, mas depois comecei a gostar mesmo dele... Eu demorei muito pra poder me envolver com alguém, e ele estava sempre ali me ajudando... Aconteceu, eu não imaginava que você iria voltar.

- Mas eu voltei, eai? – cruzei os braços e esperei uma resposta dela, que obvio não veio.

Eu me levantei furioso, fechei a porta com força e passei o trinco na mesma, peguei a Ana pelos cabelos e a encostei na porta, ela ficou me encarando assustada, eu colei nossos corpos e aproximei meu rosto do seu.

- Eu te amo com todas as minhas forças Ana, eu estou com uma vontade de te beijar que nem Deus sabe como eu estou me segurando. – ela me encarou, como se estivesse pedindo aquilo e eu soltei seus cabelos, me afastando, respirando fundo, chacoalhei as mãos e fechei os olhos, sussurrando por fim: - mas você namorar com o meu irmão fode tudo.

- Você vai me odiar pra sempre? – ela disse ainda parada na porta.

- Não sei. – eu disse confuso e sentei na ponta da cama, meus olhos queimavam e eu estava com vontade de bater em algo.

- Eu não escolhei me apaixonar por ele. – aquela palavra fez meu coração ficar menor.

Eu segurei as lágrimas que queimaram nos meus olhos e virei o rosto pro outro lado.

- Era só isso? – perguntei sério.

- Não... Eu queria que pudéssemos ser amigos. – ela sussurrou.

- Nunca vou ser teu amigo Ana! – eu disse a encarando. – você não sente isso? – ela olhou pro lado.

- Para com isso! – ela sussurrou.

Eu me levantei e colei meu corpo no dela novamente, nossos rostos a centímetros de distancia, aproximei minha boca ainda mais da dela até que quase as mesmas se roçassem.

- Isso que tem entre a gente, essa conexão... – eu passei minha mão pela dela. Ela fechou os olhos. – a gente se quer Ana, ela subiu a mão pela minha nuca e eu fechei meus olhos, sua mão entrelaçou pelo meus cabelos e eu estava pronto para beija-la quando ouvi alguém bater na porta, abrimos o olho no mesmo instante e ficamos nos encarando.

- Tem razão. – ela disse se soltando de mim, eu vi sua mão tremendo e ela tentando controlar a mesma. – não podemos ser amigos, não podemos ser nada. – ela disse pigarreando.

Meu corpo ainda estava em choque pelo seu toque tão intimo em mim, eu mal conseguia me lembrar de como respirar.

- Tony! – era a Fernanda.

- Ana! – eu chamei, ela me olhou, eu aproximei meu corpo do dela, ela saiu dos meus braços e abriu a porta saindo rápido pela mesma, eu fiz menção de ir atrás dela, mas a Fernanda segurou meu braço.

- O que aconteceu aqui? – ela disse vendo minha expressão.

- Que porra. – eu sussurrei completamente atordoado.

- O que? – ela perguntou curiosa.

- A gente quase se beijou. – eu disse sentindo meu pescoço se arrepiar com aquela informação.

- Vocês quase o que Tony? – ela disse pasma.

- O pior é que eu ia fazer de qualquer jeito, eu não consigo resistir. – eu disse olhando pra frente e depois encarei a Fernanda. – eu amo ela pra caralho.

E era isso que me fodia, eu amava a Ana, o nosso quase beijo fez com que toda aquela raiva dissipasse, no mesmo ambiente que ela, só nos dois, eu conseguia ser só nós dois, sem pensar no Augusto ou em qualquer outro, ela com certeza me deixava louco! E isso não era um bom sinal, meus pensamentos estavam a mil, assim como a adrenalina na minha veia, só a menção de sentir seu hálito tão perto do meu fez meu corpo pirar, como podia uma garota normal surtir tanto efeito em alguém? E o pior, como podia uma garota que eu não via a três anos podia trazer de volta sentimentos que eu achei já estra morto, e o pior: Com vontade de reviver todos eles como se fossem a primeira vez. 


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Notas finais do capítulo

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