Shake The Pompoms escrita por Allie Próvier, CarolSwanCullen


Capítulo 4
3. O que eu sinto por você?


Notas iniciais do capítulo

N/Allie: CHEGAY! *u*
Espero que gostem!

P.S: UM SUPER AGRADECIMENTO à "Amyvampirinha", que já deixou uma Recomendação na história! Eu estou surpresa aqui! HUAHUAHUAHUA. Amore, muuuuuuuuuuuuito obrigada! *-* Capítulo dedicado à você!



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3. O que eu sinto por você?


Eu saí da aula de Literatura me arrastando.


Passei a noite acordada por causa de Edward. E não, não é no sentido maldoso. Aquele filho de uma égua, - que a mãe dele me perdoe – ficou a madrugada inteira me mandando SMS do tipo:

“JÁ PENSOU NO PRÓXIMO PLANO?”.

“EU NÃO CONSIGO PENSAR EM NADA!”.

“SERÁ QUE ELA SENTIU CIÚMES, MAS NÃO QUIS DEMONSTRAR?!”.

“VOCÊ JÁ PENSOU NO PRÓXIMO PLANO, ISABELLA?!”.

Na última mensagem, quando ele me chamou de Isabella, eu o mandei ir tomar naquele lugar e ele parou. E eu pude, finalmente, dormir em paz. Mas já eram 5 horas da manhã.

E eu tive que levantar às 7 da manhã.

E se não bastasse isso, ainda tem aquela historinha de namorados que ele inventou...

Alguém o mate por mim. Por favor.

– Bom dia, namorada. – o demônio falou, me parando no corredor.

O olhei com uma expressão azeda e ele riu, jogando um braço sobre os meus ombros.

– Trate de me trair ou algo assim logo, para terminarmos esse maldito namoro. – cochichei para ele, irritada.

Ele riu.

– Bella, não é da minha índole trair uma namorada. – ele cochichou de volta. – Mas eu vou pensar em algo.

Bufei, fazendo-o rir mais. Íamos em direção ao refeitório, já que era a hora do intervalo, e Tanya Denali passou por nós. Ele nos olhou de cima a baixo e sorriu irônica. Senti Edward ficar tenso ao meu lado, e seu olhar de idiota apaixonado sobre ela.

Mereço.

Revirei os olhos quando ela passou por nós.

– Ela é tão... – ele suspirou. – Não tenho nem palavras para descrever.

Ô menino gay.

– Metida, nojenta, prepotente, srta. Ego inflado... – murmurei. – Eu tenho mais descrições, quer?

– Fica quieta, Swan.

Sorri, e finalmente chegamos ao refeitório. Algumas cabeças viraram para nos olhar, e eu bufei. Edward se soltou de mim e foi sentar na mesa com um pessoal do jornal da escola, todos nerds como ele. Rose acenou para mim da nossa mesa de sempre, e eu me joguei na cadeira ao seu lado. Alice e Nessie me olharam com um sorrisinho.

– Por que não chama o Edward para sentar conosco? – Nessie perguntou. – Namorados almoçam juntos, Bella.

Revirei os olhos.

– Ele prefere os amigos nerds dele. – resmunguei, pegando a maçã da bandeja de Rose.

Logo elas começaram a conversar algo sobre as cheerleaders. Alice e Nessie não faziam parte disso, mas sempre ajudavam com algo. Geralmente Nessie ajudava nas coreografias...

Suspirei. Minhas melhores amigas eram amigas da garota que eu odeio. Que lindo!

Senti meu celular vibrar no bolso da calça e o peguei, olhando-o desinteressada. Era um SMS de Edward. De novo.

Gente assim não podia ter celular, porque enche o saco.

“Vamos nos encontrar aonde após as aulas? Precisamos ver o Plano C!”.

Procurei por ele com os olhos pelo refeitório, e o achei sentado com seus amigos nerds. Crispei os olhos para ele, e ele deu um sorriso amarelo, mexendo os lábios enquanto dizia:

Responde logo!

Rapidamente digitei, falando para que ele me esperasse no estacionamento e o sinal da próxima aula soou. Peguei minhas coisas e fui com Rose para a nossa aula juntas de Matemática.

O professor logo chegou, e enquanto ele dizia as páginas que iríamos estudar, Rose jogou um bilhete para mim. Rapidamente o abri e li.

“Eu te conheço”

Que tipo de mensagem é essa? Eu a olhei, confusa, e ela apenas apontou para a minha caneta em cima da mesa. Eu a peguei e respondi:

“É, eu acho que sim... Por quê?”

“Fala a verdade: o que está acontecendo entre você e o Edward? Porque até a semana passada vocês mal se conheciam.”

Rose me conhece como ninguém...

Suspirei e resumi a história para ela. Ela leu e amassou o papel, guardando-o em seu estojo. Os dois tempos de Matemática passaram lentos e chatos, como sempre.

Duas horas de tortura depois, o sinal indicando o fim das aulas soou. Só faltei me jogar no chão para agradecer aos céus. Guardei todo o meu material, e Rose crispou os olhos para mim, segurando meu braço.

– Nada de fugir, quero falar com você. – ela disse.

Engoli em seco. Saímos da sala em silêncio e ela foi me acompanhando até o estacionamento.

– Está tudo bem mesmo para você? – ela perguntou. – Tudo isso... Ajudar o Edward a conquistar Tanya.

Eu a olhei, confusa, e dei de ombros.

– É claro! Eu também sairei ganhando. – expliquei.

Rose me olhou por alguns segundos estranhamente, e suspirou.

– Ok, tudo bem. Mas vê se ajuda o garoto mesmo, porque você não é lá muito do tipo que sai seduzindo as pessoas. E ainda quer ajudar outra pessoa a fazer isso... – ela murmurou. – Fora que você é tão louca que é capaz de arrumar alguma merda para o menino...

AGORA EU NÃO SOU SEDUTORA O SUFICIENTE PARA AJUDAR OUTRA PESSOA A SEDUZIR!

Revirei os olhos e dei tapinhas leves no ombro de Rose.

– Fica tranquila, tá comigo tá com Deus. – sorri.

Rose me olhou com medo, e logo eu avistei Edward encostado em seu carro. Como eu tinha vindo com o meu carro hoje, seria melhor nós irmos andando até algum lugar e depois voltávamos e cada um ia embora em seu automóvel.

Eu me despedi de Rose e corri até Edward. Ele sorriu levemente para mim, e eu joguei minha mochila em seus braços.

– Leva para mim, está pesado. E vamos andando até uma lanchonete que tem aqui perto, é melhor para conversar. – falei.

Ela assentiu e foi carregando minha mochila.

Até que essa coisa de namorado de mentira serve para alguma coisa boa.

Andamos em silêncio até a lanchonete próxima ao colégio, e entramos na mesma. Suspirei de alívio ao sentir o frescor do ar-condicionado. Quem inventou o ar-condicionado? Eu daria uns beijos nesse cara.

Sentamos em uma mesa afastada e eu me larguei na cadeira, aliviada por poder ter um momento de sossego...

– Agora vamos ao plano. – Edward falou.

... ou não.

O olhei, entediada.

– Edward, o que mais podemos fazer? Dê uma ideia também, eu não estou com a cabeça cheia de planos a todo momento não. – resmunguei.

– Eu não sei... – ele murmurou pensativo, se encostando melhor na cadeira e cruzando os braços.

Uma atendente se aproximou e nos entregou um cardápio. Rapidamente pedimos refrigerante, e ela se foi.

– Já sei! – Edward falou de repente, sorridente. – Terá uma festa na casa do Felix Volturi hoje à noite! Podemos ir!

– Podemos? – fiz careta. – Não somos os mais populares, sabe.

– Emmett é popular, e suas amigas também são. Temos passe livre.

Ah, agora que ele falou... As meninas chegaram mesmo a comentar sobre essa tal festa.

– Ok, nós vamos. – suspirei. – Você sabe que horas começará?

– Às sete da noite.

– Ok, e o que faremos lá? – perguntei.

Edward fez cara de paisagem.

– Eu não sei... – ele murmurou.

Coitada da mulher que casar com esse homem.

“Amor, vamos transar?”

“Eu não sei...”.

Misericórdia.

– Tá Edward, não força muito essa sua mente desprovida de atitudes. – resmunguei. – Quando chegarmos lá nós pensamos no que fazer.

Ele revirou os olhos, e assentiu.

A garçonete trouxe nossos refrigerantes, e bebemos em silêncio. Ficamos mais um tempinho ali, apenas conversando banalidades, e logo fomos embora.

(...)

Revirei meu guarda-roupa inteiro atrás de uma roupa que prestasse para ir à festa.

Ok, eu não era o tipo de garota que se enfeita toda igual a uma bonequinha, mas eu tinha bom senso. Se eu vou à uma festa, - pelo menos uma vez na vida – eu vou tentar me arrumar.

MAS ISSO FICA DIFÍCIL SE A PESSOA NÃO TEM ROUPA PARA IR A UMA FESTA.

Bufei, me jogando na cama. Eu poderia ligar para as meninas, para que me ajudassem, mas iria ser um fuzuê. É melhor eu me arrumar sozinha mesmo, caso contrário eu irei igual a uma Barbie para a festa, e eu definitivamente não quero isso.

Ainda tenho as cicatrizes do caótico dia em que Rosalie Hale, Alice Brandon e Renesmee Withlock me obrigaram a usar um salto agulha.

Levantei da cama num pulo e corri para o quarto da minha mãe. Ela não estava em casa, então eu poderia fuxicar à vontade. Renée Swan já estava no auge de seus 36 anos, mas tem umas roupinhas legais.

Catei uma blusa e uma jaqueta em seu guarda-roupa, e lembrei que tinha algo no meu que combinaria. Rapidamente separei o que usaria e fui tomar banho.

Já era 18:30 da tarde. Edward passaria para me busca às 19:00 da noite.

Tomei um banho correndo, me vesti, passei uma maquiagem leve e arrumei o cabelo de modo simples. Edward tocou a campainha. O olhei de cima a baixo disfarçadamente. Ele estava bonito. Usava uma calça jeans escura, uma blusa azul e uma jaqueta de couro preta por cima, tudo modelando perfeitamente o seu corpo que não era nada magrelo.

Jesus, Edward era... Bom.

Bella? – ele me olhou surpreso.

– Desmancha essa cara porque eu não estou tão diferente assim, vamos logo. – bufei.

Ele riu e eu tranquei a porta de casa. Entramos em seu carro em silêncio, e fomos para o local da festa. Era um pouco distante, Felix Volturi morava em um bairro de classe alta.

Ou seja: gostoso e rico.

Sorri com meus pensamentos e Edward me olhou estranho.

Quase meia hora depois, chegamos ao nosso destino. A rua estava lotada de carros, e já era possível ouvir o som alto da música vinda do casarão de Felix. Com certeza as meninas já haviam chegado.

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– Vamos procurar o Emmett. – Edward disse assim que saímos do carro.

O local estava abarrotado de gente, e a festa não havia começado nem a uma hora atrás, e já tinha gente caindo de bêbada.

Desviei de um garoto que quase vomitava as tripas e me agarrei no braço de Edward, com os olhos arregalados. Ele riu.

– Nunca veio a uma festa assim? – perguntou.

– Tenho cara de quem vem para essas festinhas? – perguntei de olhos arregalados. – Meu quarto é mais aconchegante!

Edward riu alto, balançando a cabeça.

– Às vezes eu vou a umas festas assim com o Emmett. Eu sou meio que obrigado, mas enfim... – ele murmurou.

Revirei os olhos e logo ficamos procurando pelas meninas. Entramos na casa, que parecia estar mais cheia que o jardim e a parte da piscina, e encontrei Rose, Alice e Nessie encostadas no corrimão da escada que levava ao segundo andar da casa.

Nessie nos viu e cutucou as meninas, que nos olharam sorridentes.

– Olá, casal que não é casal! – Alice disse.

Crispei os olhos para Rose e ela deu de ombros.

– Eu tive que contar, desculpa. – ela falou.

Suspirei e assenti.

– Vocês viram a Tanya? – perguntei.

– Ah, ela estava aqui com a gente, mas saiu para pegar uma bebida. – Nessie avisou.

Apenas assenti e puxei Edward para os fundos da casa, onde estava mais tranquilo.

No caminho esbarramos em Emmett, que saía do que parecia ser um banheiro. Ele jpa estava sorrindo frouxo. Devia ter mais álcool do que sangue em seu corpo.

– Olá, cunhadinha! – ele falou animado, me dando um abraço que me tirou do chão.

Arregalei os olhos, impossibilitada de respirar. Comecei a me debater e Edward me tirou dos braços de Emmett, que ria.

– Cadê o beijo? Quero beijo! – ele falou com a voz enrolada e rindo sozinho. – Vocês são tão bonitinhos! Eu quero uma namorada também... – ele murmurou, de repente parecendo deprimido. – Eu quero a Rose, mas ela só me esnoba, aquela loira safada...

Edward me segurou pelo cotovelo e fomos saindo de fininho de perto de Emmett, que olhava para o chão murmurando coisas incoerentes. Finalmente chegamos aos fundos da casa, e Edward me olhou nervoso.

– O que eu farei? – perguntou.

– Dê um jeito de arrastar ela para um lugar mais tranquilo, e a ataque.

– Quer que eu a ataque?

– EDWARD, SEJA HOMEM! – gritei irritada.

Ele amarrou a cara, bufando.

– Por que está tão estranha?! – perguntou nervoso. – Desde que eu te busquei você está séria! O que aconteceu?

– Você está começando a me estressar! – praticamente gemi. – Pelo amor de Deus, tente agarrá-la! Não sei, dê o seu jeito, só quem poderá conquista-la é você, e nem isso você faz direito!

Edward bufou, irritado com as minhas palavras, mas assentiu. Eu não poderia passar a mão na cabeça dele. Ele me pediu ajuda, e eu estou tentando ajudar, mas se ele deixar tudo por minha conta ele nunca conseguirá o que quer.

Eu não posso ir lá e agarrar Tanya no lugar dele.

Nem se eu pudesse eu faria isso, porque eu tenho bom gosto em relação às pessoas, mas enfim...

Tive o vislumbre de Tanya passando dentro da casa e segurei Edward pelos ombros.

– É agora. – falei firme. – Você vai lá e vai fazê-la ver estrelas!

Edward revirou os olhos, e sorriu torto.

– Sim, senhora.

Ele se virou para entrar novamente na casa, e eu dei um tapinha em sua bunda. Ele me olhou surpreso, mas riu.

– Não pode faltar o tapinha de boa sorte! – falei. – Agora anda, homem-fatal!

A música estava animada, Edward foi na minha frente até Tanya. Fui seguindo-o, me esgueirando pelos cantos. Vi o momento em que ele conseguiu alcança-la antes que ela fosse falar com seus amigos, e ela o olhou surpresa. Ele falou alto, apontando para o segundo andar, e ela o olhou desconfiada, negando algo com a cabeça. Edward insistiu, e ela revirou os olhos assentindo.

Mordi o lábio inferior, ansiosa, vendo-os subir para o segundo andar.

Droga! Eu não posso ficar aqui esperando!

Empurrei umas pessoas pelo caminho e subi as escadas atrás deles. Fui seguindo-os escondida, e Edward a levava para um lugar da casa mais tranquilo.

Após vários corredores virados, eles finalmente pararam em uma varanda que dava para os fundos do casarão. O local estava vazio e silencioso. Fiz careta para os casais que passavam pelos corredores, num confusão de mãos, pernas enroladas na cintura um do outro e línguas.

Jesus, chega de línguas.

Eu me escondi atrás de uma parede, tentando ouvir o que eles conversavam, mas eu não conseguia. Apenas vi Tanya olhando-o impaciente, e Edward falando algo.

Esperei que ele agisse como da última vez: todo sedutor, com suas frases sexys e chamando-a de gata.

Mas eu não sei o que foi que ele falou, que Tanya engoliu em seco e pareceu ficar meio mexida. Suspirei, impaciente.

DROGA! Eu quero ouvir a conversa!

Edward foi se aproximando dela aos poucos, e ela nem se mexeu. Ela o olhava com aquela carinha sem imperfeições, com todo aquele jeito de menininha e de aparência frágil.

Vi as mãos de Edward rumarem para a cintura dela, e engoli em seco. Ele ainda falava algo, mas parecia murmurar. Foquei o olhar em seu rosto.

Céus... Ele era mesmo lindo. Aquele cabelo revoltado, aqueles olhos verdes e aquele maxilar quadrado que me dava vontade de morder...

Espera aí, o que eu estou pensando?

Edward foi aproximando os lábios dos dela, e ela nem se mexia. Levei uma mão ao peito, sentindo uma fisgada. O que é isso?

Seus lábios estavam bem próximos...

Será que agora ele conseguiria?

Estavam quase lá, quando a expressão de Tanya se tornou vazia, e ela pôs uma mão no peito dele. Ele parou, a olhando confuso, e ela arqueou uma sobrancelha, parecendo irritada.

Edward pareceu perguntar o que ela tinha, e ela deu um passo para trás. Os braços de Edward caíram frouxos ao lado de seu corpo, e ele a olhou, desolado. Ela falou algo, e deu um sorriso irônico. Edward abaixou os olhos e Tanya lhe deu as costas, indo em direção ao outro corredor que a levaria até as escadas.

Mas... Mas...

– VADIA! – falei alto demais.

Por sorte ela não me ouviu. Andei até o corredor por onde ela havia ido embora, e fiquei olhando-a andar até as escadas, com toda a sua pose. Senti a presença de Edward atrás de mim e me virei, irritada.

– Que porra aconteceu?! – perguntei revoltada. – Estavam quase lá, não é?! O que foi que essa idiota te disse?!

– Bella, fica calma... – ele pediu.

– FICAR CALMA?! – gritei novamente. – Olha o seu estado!

Edward engoliu em seco, desviando o olhar do meu. Dava para ver na cara dele o quanto ele estava chateado.

– Eu vou mata-la. – praticamente rosnei, dando-lhe as costas.

Andei a passos duros em direção à escada, e Edward me chamou, mas eu o ignorei. Quando cheguei ao topo da escada, olhei para baixo para procura-la com os olhos, e estaquei ao vê-la.

Ai meu Deus...

Edward me alcançou e o senti segurar meu braço, querendo me virar para ele. Eu continuei com os olhos fixos na cena do primeiro andar. Todos estavam com os olhos fixos naquilo, na verdade. Ouvi Edward me chamar, e logo seu olhar procurou para o que prendia minha atenção.

Despertei do meu transe, querendo impedir que Edward visse o beijo de Tanya e Felix, mas era tarde demais. Vi a expressão vazia de Edward enquanto observava aquela cena.

Engoli em seco, tocando em seu braço. Edward piscou, desviando o olhar para mim. Ele me olhou sério, sem reação.

– Vamos embora. – murmurei.

Ele apenas assentiu, e saiu descendo as escadas à minha frente, sem me esperar. Fui apressada atrás dele, e ainda pude ouvir os gritos animados dos convidados. Vi Edward irromper pela porta de entrada, esbarrando em algumas pessoas, e eu estava quase alcançando-o quando sinto alguém me segurar pelo braço.

– Edward viu? – era Rose.

– Sim. – falei sem força na voz.

Rose fez uma expressão preocupada, assim como Nessie e Alice.

– E-Eu tenho que ver como ele está. – falei. – Depois eu falo com vocês.

Elas assentiram e, quando eu me virei para sair da casa, vi que o casalzinho já havia se desgrudado. Felix falava com alguns de seus amigos, sorridentes, segurando Tanya possessivamente pela cintura. Ela olhava para a porta por onde Edward havia saído com um leve sorriso superior no rosto.

VADIA! ELA HAVIA FEITO AQUILO DE PROPÓSITO!

Fechei as mãos em punhos, controlando a vontade de arrancar fio por fio daquele cabelo loiro seboso dela, e saí da casa. Procurei Edward desesperadamente, e o encontrei já dentro de seu carro, no banco do motorista, com a cabeça encostada no volante.

Eu não consegui ver seu rosto devido à escuridão, já que naquela parte não havia muita iluminação. Eu me encolhi dentro da minha jaqueta devido ao frio, e entrei no carro.

Ele nem se mexeu. Continuou lá, com a cabeça abaixada no volante e os ombros caídos. Toquei um de seus ombros.

– Edward. – falei baixinho. – Olha para mim.

Ele não fez isso. Ele continuou na mesma posição por alguns minutos, e eu achei melhor deixa-lo quieto. Eu me acomodei melhor no banco, olhando para o lado de fora pela janela. A rua estava sendo ocupada apenas por alguns dos convidados de Felix. Alguns encostados em seus carros, bebendo com algumas garotas, conversando.

Somebody - Bridgit Mendler

Ouvi uma movimentação ao meu lado, e vi que Edward agora já havia se recomposto e ligava o carro. O olhei em silêncio.

O que se passa na cabeça dele?

Ele retirou o carro da vaga e começou a dirigir calmamente.

– Eu estou bem. – ele falou, parecendo sincero.

– Mesmo?

– Mesmo. – ele sorriu levemente para mim.

Suspirei, e assenti. Ficamos em silêncio, e vi que Edward dirigia para um lugar distante da minha casa.

– Aonde vamos? – perguntei.

Ele deu de ombros.

– Não sei, qualquer lugar. – murmurou. – Depois eu te levo de volta para casa.

Apenas assenti e voltamos ao silêncio. Ficar assim com Edward era estranho... Geralmente, as únicas coisas das quais conversávamos era sobre Tanya e escola.

Sim, são assuntos muito legais e divertidos.

Quero dizer, nunca tivemos um momento apenas para nós dois. Sabe? Essas coisas de amigos. Se é que eu posso considera-lo um amigo... Já nos conhecíamos há um bom tempo, mas só começamos a nos aproximar agora por causa do trato de fizemos. E não digo que é ruim ficar com ele. É bom, eu gosto. Mesmo se for para fazer nada, só no silêncio, eu gosto de ficar perto dele.

Edward é o tipo de pessoa que é agradável mesmo calada. Ok, ele é lerdo, e inseguro, e por vezes idiota. Quero dizer, sempre idiota. Mas ele é legal.

Talvez seja por isso que mesmo sem conhece-lo direito, eu aceitei aquele acordo.

Edward dirigiu até a praia, e estacionou em uma vaga de frente para a areia. Ficamos olhando com cara de paisagem para o mar a alguns metros da gente.

– Quer andar na areia? – ele perguntou.

Assenti e saímos do carro. Retirei o meu tênis e os deixei dentro do carro, e Edward fez o mesmo. Andamos em um silêncio confortável, lado a lado, enquanto nos aproximávamos do mar. As águas estavam tranquilas, mas deviam estar um gelo.

Finalmente chegamos à água, e ela lavou nossos pés. Suspirei, aliviada. Parecia que aquilo levava todo o meu estresse embora.

– Eu ainda não te agradeci... – ele falou de repente. – Sabe, por tudo.

O olhei e ri, balançando a cabeça.

– O que é isso agora? – perguntei risonha.

Ele sorriu de deu de ombros.

– Você é incrível, Bella. – ele falou, olhando fundo em meus olhos.

Oh, merda.

Não, não, não... Não faz isso, cara.

– N-Não sou não. – gaguejei vergonhosamente.

– É sim! – ele riu. – Mal me conhecia e aceitou esse acordo. Tá sempre tentando me ajudar, perde seu tempo comigo, fingiu ser minha namorada. - ele suspirou. – Ninguém nunca fez nada assim por mim.

Engoli em seco.

Por que ele faz isso?

– Edward, não precisa agradecer. – murmurei. – Eu faria isso por qualquer pessoa.

Não faria não. Não mesmo. E o problema é esse... Eu não faria isso para qualquer pessoa, só para uma pessoa muito amiga, e mesmo não sendo amiga de Edward... Eu aceitei isso.

Por quê?

Por que, Isabella Swan?

Edward sorriu fracamente, e olhou para o mar à nossa frente. Ainda estávamos com os pés na água fria.

– Vamos voltar? – ele perguntou, e eu assenti, mas antes que pudesse voltar a andar ele me segurou pelo braço. Meu coração deu um pulo no peito. – Vamos apostar uma corrida!

– Ah Edward, temos quantos anos? Sete? – eu ri.

Ele sorriu, e eu concordei. Nos posicionamos e, quando ele contou no três, começamos a correr.

Só que tem um problema: O CARRO ESTAVA LONGE! TIPO: MUITO.

Corremos cinco metros e eu caí de joelhos na areia, dando um grito de sofrimento. Edward que já estava à frente voltou, rindo de mim. Ele estendeu uma mão para me ajudar a levantar, e eu a peguei, mas minhas pernas fraquejaram e eu caí novamente de costas. Edward se desequilibrou e caiu por cima de mim, rindo feito um retardado.

Acabei não aguentando e comecei a rir também. Ficamos ali, deitados na areia fria, loucos para pegar uma hipotermia, olhando para o céu escuro acima de nós.

Suspiramos.

– Eu não vou desistir. – ele disse. – Tanya será minha.

Engoli em seco, sentindo uma dor incômoda no peito. Virei o rosto para olhá-lo, e ele sentindo meu olhar olhou para mim também.

– Você é bem teimoso, sabia? – murmurei. – De onde ainda tira forçar para continuar?

Ele sorriu.

– De você. – ele falou. – Se eu ainda estou tentando, é porque sei que tenho apoio. Você de certa forma me faz acreditar que as coisas são possíveis.

Puta. Que. Pariu.

Senti minha respiração fraquejar, e meu coração bater mais rápido.

– Não se diz coisas assim para uma garota. – sussurrei sem nem perceber.

Edward sorriu para mim.

– Desculpa, mas é verdade. – ele sussurrou. – Você é minha melhor amiga, Bella.

“Você é minha melhor amiga, Bella.”

“Você é minha melhor amiga, Bella.”

“Você é minha melhor amiga, Bella.”

Suas palavras fizeram eco na minha cabeça. Tirei forças de não sei aonde e fiquei de pé rapidamente. Edward fez o mesmo e eu limpei minhas pernas e minha roupa para retirar a areia. Forcei um sorriso para ele, e voltamos para o carro.

E eu não sei porque, mas suas palavras doeram mais do que deveriam.


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Notas finais do capítulo

N/Allie: Quem quer dar uns tapas no Edward? Eu deixo. HUAHUAHUAUHUA
A Carol já terminou de escrever o Capítulo 4, então... REVIEWS! ♥
Ah, e para quem é leitor novo e não faz parte do nosso grupo no Facebook, aí vai o link:
https://www.facebook.com/groups/524763704223492/
Sempre posto prévias lá, converso com todo mundo, etc.!
Ah, e eu queria agradecer à todas que comentaram! Sério, apenas com 3 capítulos e já recebemos 34 comentários e 1 recomendação! Sério, isso é animador demais, galera! Muito obrigada! *u*
Digam o que acharam do capítulo!
Beeeeeeeeeijos!

P.S: caso algum link não tenha ido...
— Felix:
http://static.wetpaint.me/glee/ROOT/photos/spl444800043-3387669788655045880.jpg

— Casa do Felix: http://todaela.uol.com.br/files/galleries/000/002/936/33966/normal_33966.jpg