Hit Me With Your Best Shot escrita por Kurai Misuto


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, pessoal, mas tá aqui a continuação, espero que gostem ♥️



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Eu observava o lago absorta em pensamentos.

Eu era alguma louca por acaso? Por que raios fui fazer aquela aposta com o Potter? Só Merlin sabe o que aquele garoto tem com as garotas. Ele passa pelos corredores de Hogwarts e todas soltam suspiros. Mas não eu. Eu sou Lily Evans e me orgulho muito de dizer que sou imune a qualquer poção amorosa que aquele moleque possa me dar. Tenho coisas mais importantes na cabeça do que aqueles cabelos negros despenteados, olhos de amêndoa ou aquela boca vermelha e doce… Foco, Lily, foco! Muito obrigada, tenho que ficar longe de confusão e mais importante: tirar notas boas nos N.O.Ms desse ano. Professor Slughorn me disse em confidência que eu poderia ser a nova monitora da Grifinória ano que vem se continuasse na linha e com notas “E” nas matérias principais. Mal sabe ele que pretendo ser “Excepcional” em todas.

Tirei meu exemplar de “História da Magia” da mochila e comecei a lê-lo. Precisava de alguma distração depois do que tinha aprontado. Depois de uma hora aproximadamente, Marlene McKinnon, uma de minhas melhores amigas, se aproximou. Lene, como eu a chamava era uma garota uns 10 centímetros mais alta do que eu, era magra e curvilínea, possuidora de grossas madeixas negras e olhos verdes como os meus. Desatou a falar.

—É verdade o que ouvi de Sirius?! Você e James fizeram uma aposta louca que você não se apaixonaria por ele?! Você é maluca?! Você não diz para ninguém, talvez nem para si mesma, mas eu consigo ver como você o olha quando pensa que ninguém vai perceber!

—Calma, Lene, eu sei o que estou fazendo. Nunca vou me apaixonar por alguém como ele. E você disse Sirius?! Pensei que também não o suportava…

—E não suporto… É que ouvi eles conversando entre si. Não fuja do assunto, Lily!

Mas eu já tinha me levantado. Estava rumando até a biblioteca, precisava devolver um livro e pegar mais dois emprestados. Precisaria de muita distração para tirar aquele assunto da cabeça e ficar falando sobre ele com Lene não adiantaria muito.

Quem sabe se eu encontrar Severo… Ele costumava ser meu melhor amigo, mas tem algo de muito estranho acontecendo, já não é mais o mesmo. Talvez se eu conversar com ele um pouco mais… Quem sabe não volta ao normal?

Isso! Me decidi. Vou à biblioteca e depois vou encontrar Severo.

Entrego o livro “História da Magia” para Madame Pince, a bibliotecária que esbanjava grossos fios de cabelo dourados e me perco um pouco nas inúmeras estantes que compunham a Biblioteca de Hogwarts. Puxo um exemplar de “Feitiços Extraordinários" do tamanho de uma lajota e sigo meu caminho. O próximo caderno que puxo é um sem nome algum na capa de couro preta. Tento abri-lo, mas parece estar envolto por uma poderosa magia. Curiosa, levo-o para a loira e pergunto sua origem.

—Nunca vi esse livro na vida, acredito que tenha sido alguém que esqueceu o diário nas pressas de não se atrasar para a próxima aula. Deixe-o onde estava, acredito que o dono logo aparecerá desesperado para que ninguém leia o seu conteúdo.

Faço o que ela pediu e apanho o próximo, tão grosso quanto o outro. Este sim vai me ajudar. “Poderosos Transfiguradores do Século XV e Seus Segredos”. Sempre quis lê-lo, mas toda vez que o procurava, já havia sido alugado.

Muito satisfeita, levo os dois exemplares de volta a Madame Pince, que os carimba e abre um sorriso para as minhas escolhas.

—Muito interessantes! Não vai se arrepender, senhorita Evans! E cinco pontos a mais para a Grifinória pela honestidade.

Ainda mais alegre, saio à procura de Snape.

O primeiro lugar que me surge à memória eram as arquibancadas do Campo de Quadribol. Sempre que queria ficar quieto e refletindo na sua própria vida era pra lá que ele ia. E como não tinha nem jogo e nem treino do time da Grifinória, tudo estaria tranquilo por lá.

Andando pelas passagens que conduziam até o campo, fui olhando ao meu redor e tentando descobrir coisas na paisagem que nunca tinha percebido antes. Era um dos meus passatempos prediletos. Uma rachadura nova em uma parede de tijolos velha, uma pequena flor que cresce na borda da pequena estrada ou até mesmo algum pequeno animal que anda distraído pelo caminho. Hoje foi um gato.

Subo as escadas que levam às arquibancadas da Sonserina e vejo Severo sentado e muito absorto em um livro desconhecido.

—Que está lendo?

—Ah! É você, Lily! - Abriu um sorriso aliviado. - Deu-me um susto!

—Ora, acho que podia esperar que eu viesse ao seu encontro, não? Faz mais de um mês que as aulas começaram e não o vi nenhuma vez este ano…

—Achei que talvez não quisesse mais falar comigo depois do incidente…

—Vamos deixar aquilo para trás, ok? Eu estou disposta se você estiver…

—Lily…

—Esqueça aquilo. Conte-me o que andou fazendo nesse tempo e depois contribuirei com algumas histórias minhas.

Ouvi pacientemente Severo me contando sobre suas férias. Estivera lendo um livro sobre uma nova vertente bruxa que estava surgindo. Esta defendia que, em alguns casos, os bruxos de “sangue puro” conheciam mais das artes mágicas e que portanto, somente eles poderiam participar da política ou se candidatar para cargos no Ministério da Magia. Eu achei tudo aquilo uma bobagem sem fim, tivemos primeiros-ministros nascidos trouxas tão bem sucedidos quanto os outros e eu própria fui criada em uma família de não-mágicos. Mas Snape tentava defender seu ponto de vista com garras e dentes e como eu não estava procurando uma briga, mudei de assunto e comecei a falar sobre minhas férias e um ensaio interessantíssimo sobre Elfos Domésticos e sua relação escrava com os bruxos escrita por Perenelle Flamel.

Snape pareceu incomodado com o assunto e logo deu uma desculpa para sair, disse que tinha de fazer algo urgente no seu dormitório e me deixou ali sozinha.

Não estava acostumada com aquele seu comportamento estranho. Normalmente, ele bagunçaria meu cabelo acajú e faria alguma gracinha com a varinha para que eu me sentisse mais leve. O Severo que eu conhecia conseguia sentir quando eu estava estranha ou incomodada com algo. Este Severo não poderia discernir meus sentimentos nem mesmo se eu os esfregasse na cara dele.

Suspiro e saio das vazias arquibancadas, só espero não encontrar…

—Potter?!

—Olha se não é o pequeno lírio que eu mais esperava ver. - Veio para perto de mim cheio de charme e fedendo a feromônios.

—Não me chame assim, Potter. Nunca. O que é que você está fazendo aqui?

—Daqui a pouco é o treino do time da Grifinória, você sabe que sou o artilheiro. Veio se esquivar até às arquibancadas para me ver em ação?

—Longe disso, Potter. Fui apenas… Ah, espera, me esqueci. Não é da sua conta.

—Apimentada, Evans, bem apimentada. Do jeito que eu gosto. - Terminou com um sorriso lateral.

—Como se fizesse alguma diferença o que você gosta ou deixa de gostar, Potter. - Fui na defensiva.

—Faz toda a diferença, Lily e você sabe disso. - Terminou James colocando uma pequena flor atrás da minha orelha e depositando um beijo na lateral dos meus lábios, depois foi embora, deixando-me ali sozinha e perdida como um lobo longe de sua matilha.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Deixa seu comentário pra eu descobrir ♥️
Beijinhos, Kurai Misuto



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