A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 188
Capítulo 71


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'
Um pouco atrasada, mas com prometi está aqui o capítulo!
E ele está de tirar o fôlego, muitas emoções...Espero muitooo que goste!



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POV por Klaus

Assim que minha filha me deixou, Stefan acenou para irmos a biblioteca, Kol estranhamente estava quieto, ele acenou para Terumy que o acompanhou e os dois saíram. Hayley veio até mim.

—Que certeza é essa de deixar nossa filha ir sozinha? Ou melhor, nossos filhos sozinhos!— Ela cruzou os braços e Rebekah fez o mesmo gesto.

—Até parece que eu deixaria ela sair sozinha. Dei ordem aos meus homens para segui-la caso ela saísse. E agora se me dão licença, tenho que falar com o Stefan. 

—Klaus, eu não vou ficar de fora.—Ela insistiu e eu respirei fundo.

—Não irá, vocês duas e o restante vão seguir com o plano e ir para o local esperar por eles.— Disse sério e acenei para o Stefan me acompanhar até meu escritório, pude ouvir o descontentamento da lobinha por trás de mim, mas ouvi ela chamar os híbridos e eles saírem.

Assim que entramos me virei para ele e me certifiquei de que ninguém estava por ali.

—Você precisa fazer esse feitiço no colar que eu te entreguei agora há pouco. — Entreguei um pergaminho antigo contendo o feitiço para ele — Isso vai prender Takan pra sempre e dessa vez eu não entregarei á ninguém e ficará sobe nossa vigia.

Ele me olhou surpreso e irritado.

—Você tinha isso esse tempo todo em mãos e fez a Lina perder a cabeça tentando encontrar um jeito sozinha?!

—Fala baixo.— O alertei — Eu não podia dar esperanças pra ela quando eu não tinha certeza de onde e com quem estava esse maldito colar Stefan! 

—Tá, mas se esse colar pode segurar a criatura mais poderosa eu acho que vou precisar canalizar magia, de você. 

Revirei os olhos.

— Não me faça perder tempo, você está no corpo de um bruxo poderoso, consegue fazer isso sozinho. Eu preciso ir até minha filha, estou com um pressentimento ruim.

Meu celular tocou e era Hayley.

—Lobinha, eu não  tenho temp...

—Cala a boca e me escuta Klaus! — Ela me interrompeu gritando e sua voz era preocupada—Estão todos mortos, vivos, mas mortos, algo aconteceu com ela.

—Estou á caminho.

—Não! Vai até ela.

—Ok.—Desliguei.—Lina está com problemas, vai rápido com isso Salvatore.

—E o que eu faço depois?

—Você tem que dar um jeito de entregar esse colar para o Nate.

Ele acenou não entendendo muito bem e eu sai do meu escritório, com a pressa acabei esbarrando em Seth deixando sua mala cair.

—Que pressa é essa papai Klaus?

—Não me chame assim, lobinho.

—Não me chame de lobinho, se bem que eu até curto.— Ele riu mas ficou me fitando.— Merda. O que houve agora? Não, não me conta eu já sei, ela tá com problemas.

—Eu ainda não sei o que é.

Ele respirou fundo.

—Eu vou com você.—Ele veio me acompanhar e eu o segurei.

—Não, ela foi bem clara que você ficaria de fora, você vai ser pai Seth e precisa estar com seus filhos, não cometa o mesmo erro que eu ficando longe deles.

—Você passou a vida inteira caçando sua filha cara, acho que seu ponto de vista  de erro é diferente.

—Lobinho.—Coloquei as mãos em seus ombros— Lina me fez prometer que se você participasse ou estivesse aqui quando as coisas se complicasse, eu mesmo te empacotaria para sua casa e  acredite, eu farei isso se necessário.— Deixei meus olhos sombrios.

—OK ok! Eu vou. — Ele segurou nos meus ombros na mesma força que eu o segurava. — Cuida dela.

Acenei que sim e abri um sorriso no canto. Seth é um bom garoto e um bom amigo. Com força ele me puxou para um abraço me deixando surpreso e sem reação com esse gesto, mas por fim o abracei.

—Você é um bom garoto e vai ser um ótimo pai...Lobinho.

—Espero ser tão bom quanto voc...Meu pai.

Revirei os olhos rindo e sai em velocidade.

[...]

Liguei para os meus homens e eles disseram ter perdido o rastro de Lina, e pelo local eu já sei onde ela está. Por que toda merda é sempre nesse cemitério?

 

 

POV por Lina

Eu estava um pouco tonta enquanto abria meus olhos, minha mãos estavam doloridas esticadas para cima, estava sentada e com os pés amarrados com correntes de aço assim como as minhas mãos.

De novo não.

Olhei em volta e o lugar era bem diferente, não tinha tanta claridade e estava tudo velho, sujo. Procurei pelo meu irmão, mas nem sinal dele, muito menos seu cheiro.

—Eu já acordei! Olá?— Bati as correntes pela parede— Quem é que vai me torturar dessa vez? Olá!!! Já estou pronta.

Ninguém respondeu. 

 

  

POV por Kol

Fui o primeiro a acordar.

Aproveitei que Rebekah estava do lado de Nate e não percebeu que havia acordado, fui até Terumy e a sacodi.

 —Eu te disse, não disse? — Ela acordou e bufou.

—Se tinha tanta certeza que Agnes ia trai-la por que não disse para o seu irmão antes.— Ela reclamou. 

Depois da Lina sair, conversei com ela sobre o que poderia acontecer.

—Sabe que ele não confia em mim.— Ajudei ela a levantar, mas ela recusou minha ajuda—Ninguém confia...E eu aposto que eles estão tentando terminar o ritual nesse momento.

—Sério, não me diga.— Ela disse com deboche.

—Do que você está falando?—Hayley perguntou quando viu que eu tinha acordado.

—Eu sei que Klaus deu o colar para o Stefan e eu aposto que ele está fazendo o feitiço para colocar o espirito de Takan novamente lá. 

—Do que você está falando?— Ela repetiu um pouco mais grossa do que o normal.

—Eu estou dizendo que, Lina não vai chegar aqui e a essa altura nós não conseguiremos chegar até ela.— Olhei para Rebekah ajudando Nate a se levantar, os demais foram acordando pouco a pouco.

—E você vai nos contar algo que possamos reverter, certo Kol?— Minha irmã perguntou ironicamente.

—Não. Eu vou contar como perdemos essa luta.

—Oi?

—Acontece que só um Palmer pode usa-lo contra Takan e ele está bem aqui com a gente. — Rebekah olhou para Nate que olhava para ela sem entender.

—Kol, diz que tem outro jeito.— Ela pediu e Terumy revirou os olhos.

—Dá pra parar de enrolar com todo essa dramatização e contar logo pra elas?

—Você não gosta mesmo de apreciar o momento. — Disse e olhei para Rebekah— Relaxa, eu previ o que ia acontecer e chamei Terumy para me ajudar, Klaus pegou o tio dele e eu o hipnotizei. A essa altura ele já contou para o Stefan que só ele pode manusear o colar, já que o bonitão do Nate estaria aqui. Ou seja, eu salvei o dia.

Terumy tossiu de propósito.

—Nós salvamos o dia.

Jacob chegou mais próximo á mim.

—Não salvaram nada. Takan já deve estar no corpo do Henrik a essa altura e todos nós estaremos mortos em poucas horas.

—Não vamos pensar negativo Jake.

 

 

 POV por Lina

Já havia passado horas e ninguém aparecia, nem ao menos para saber como eu estava. Não tentei me soltar porque sei que não iria adiantar e também precisava guardar forças para quando realmente tivesse uma chance. Estava começando a me sentir ansiosa e um pouco enjoada, aquele lugar sujo tinha cheiro de...Morte.

 —Acordou cedo hoje. — Camille  finalmente apareceu e estava muito confiante em chegar bem próximo á mim, em suas mãos tinha chaves e ela começou a abrir os cadeados das minhas correntes, franzi a testa, ela é maluca.— Eu não estou com medo de você, se me machucar nunca mais vai encontrar seu irmão.

E então ela me soltou e a vontade para estrangular aquele pescoço era enorme! Ela ficou me olhando com a cara mais lavada possível porque sabia que eu não faria nada com ela até ter noticias do meu irmão.

—Onde ele está?— Disse rangendo os meus dentes e com meus punhos fechados para me segurar.

—Eu vou te levar até ele.—Ela disse sorrindo—Me segue.

Fui atrás dela e andamos por alguns tuneis, ela estava confundindo a minha mente porque aquele lugar parecia um labirinto.

—Onde estamos?— Perguntei.

—Abaixo do cemitério, é incrível este lugar! Só os ancestrais tinham acesso, e agora nós temos. E o bom é que mesmo que procurem por você e os feitiços de localização apontem para cá e eles venham até aqui, nunca chegarão até vocês. Aah, hoje é um dia maravilhoso!

—Continue com esse humor Camille, porque hoje é o seu último dia de vida.

Ela parou e se virou para mim.

—Lina, bobinha...Hoje é o nosso último dia.—Ela abriu um sorriso— O dia que eu tanto aguardo, o dia que os Mikaelson's são derrotados.

Chega. Paciência esgotada.

Avancei e agarrei o pescoço dela a empurrando contra a parede, ela me olhava ainda com um olhar sínico.

Me lembrei de quando me desliguei e eu matava minhas presas, elas tinham um tipo de olhar. Um olhar que eu me lembro de sentir um imenso prazer em assistir. Um olhar de medo, medo da morte. No entanto, segurando Camille notei que ela não tinha aquele olhar, ela não sentia o medo, ela queria morrer.

E então eu a soltei.

—É isso mesmo que você quer né? Morrer. — Ela tentava respirar com dificuldade.—Você merece algo bem pior que a morte.

Um homem chegou até nós em velocidade e ficou nos olhando para decifrar o que estava acontecendo e depois entendeu.

—Caramba Camille, não podia só trazer o sacrifício inicial?

Olhei para ele ao ouvir a palavra sacrifício.

—Ela é toda sua. — Ela disse e passou por ele. Ele olhou para mim.

—Me siga.

Não tive outra opção ao não ser segui-lo, eles estão em posse do meu irmão. E novamente andamos pelo labirinto. Até que finalmente ouvi algo, mas não era algo que eu gostaria de ouvir, eram gritos, gritos terríveis e agoniantes.  E um coral conhecido que eu ouvia quando estive aqui semanas atrás.

Porque me lembrei de onde estava e era exatamente aqui. 

Entramos em uma espécie de sala e havia muitas pessoas ajoelhadas vestindo roupões vermelhos e touca sobre suas cabeças, enquanto eu olhava meus passos passaram a ser mais lentos e aquele cara segurou meus braços me empurrando, olhei pra ele.

—Eu vou arrancar os seus braços se continuar me segurando.— Disse pra ele enquanto me empurrava.

—Cala a boca.

—Ora, se não é a famosa Lina Mikaelson. — Um outro cara disse chegando próximo á mim, ele me lembrava tio Elijah por causa das suas vestimentas.— Craig, que modos são esses com nossa convidada? Me desculpe Lina, ninguém aqui entende que você é especial. Aliás, deixe me apresentar. — Ele pegou nas minhas mãos e as beijou— Sou Tristan de Martel é um imenso prazer poder finalmente conhecer a filha do temido Klaus Mikaelson.

Contra minha vontade deixei ele segurar minha mão enquanto eu olhava para o lado tentando procurar da onde vinha os gritos. E quando achei quem gritava, eu paralisei.

Era Henrik. Ele estava dentro de um circo riscado por sangue, havia alguns símbolos espalhados que eu não tinha a minima ideia do que eram, alguns objetos também estava perto dele.

—Graças á Agnes, dessa vez estamos fazendo certo.— O tal cara de Martel sei lá o quê disse e eu soltei minha mão dele.

—Vocês são completamente doentes! Por que querem ressuscitar algo que vai nos destruir? —Gritei com ele que mantinha uma calma irritante.

—Lina, você não entende não é? Nós não somos algo bom para a humanidade, somos a destruição dela. Os humanos nascem, vivem e morrem, e nós? Nós continuamos aqui, alguns até mesmo contra sua vontade—Ele olhou para Camille— Ninguém pediu para ser o que somos. Sua família  brinca de ser Deus e transformam pessoas para ser sua imagem e semelhança sedentos por sangue, isso não é condição de viver. E eu vou limpar o mundo dessa raça.

—Você parece o caçador de almas falando.— Disse ironicamente.—A diferença é que você também vai morrer e ela vai morrer também! E ele e todos nós! —Gritei e Henrik também.

Me virei assustada para ele e o coral começou a ficar mais alto e mais forte.

 De repente Henrik rasgou a sua camisa, seus músculos e veias ganhavam vida enquanto ele se debatia no chão tentando se levantar ao mesmo tempo. Sua pele estava se rasgando e conforme ele gritava mais alto, cada osso se quebrava. Era como se fosse dez vezes pior que quando ele se transformava em lobo. Suas unhas cresciam se tornando garras e pêlos cresciam sobre ele.

Olhando suas garras ganhando vida tive um flash de quando toquei no quadro que ele havia pintado, onde a besta me carregava no colo.

Aquela visão parecia que  estava se tornando real e meu coração se apertou ao ver o meu irmão daquele jeito, sofrendo como eu nunca havia visto antes. 

—Não! —Gritei— Você precisa lutar contra isso Henrik!

E ele olhou para mim. Um olhar pedindo socorro. Um olhar com medo. Um olhar de súplica.

Ele colocou as mãos na cabeça e gritou se ajoelhando fazendo acontecer um pequeno terremoto, até que as pessoas se levantaram assustada, mas continuavam com o cântico, ele não estava pronto ainda.

Até que...

Ele parou de gritar e ouve um silêncio.

Apenas podia ouvir a respiração dele ofegante. Ele estava maior e mais forte, uma mistura de homem e lobo. Garras em suas mãos. Pêlos distribuídos por seu corpo. Cada respiração um grunhindo.

E ele foi se levantando lentamente.

Primeiro, levantou sua cabeça e todos puderam ver seus dentes de vampiros. Depois, ouvi uma bateria de corações tão fortes que eu nunca havia ouvido, era aquelas pessoas que estavam com medo. 

Tristan segurou em minhas mãos e me arrastou até ele contra minha vontade.

—Realmente vamos todos morrer hoje, mas você será a primeira.— Ele disse olhando para mim e depois olhou para a fera em nossa frente.— Mestre, aqui está a nossa oferenda. Ela é pura como o seu hospede e com a força que precisará para completar sua transformação.

O olhei e era Henrik. A besta. O Takan.

Olhou para mim com aqueles olhos, aquele olhar maligno. E eu não conseguia falar uma só palavra, não conseguia ao menos me mover. Tristan me soltou dando um empurrão para frente e eu entrei no circulo. Não sei como eu ainda estava em pé, porque minhas pernas estavam bambas.

Não conseguia enxergar meu irmão ali, era um uma pessoa totalmente diferente se é que era uma pessoa ainda. Não havia nada. Havia apenas a prova de que minha visão e os sonhos do meu irmão iriam se realizar de um jeito ou de outro e eu não poderia  fazer absolutamente nada para impedir.

Ele levantou suas mãos e agarrou meu pescoço com força.

E eu tive certeza que agora era eu mesma que tinha aquele olhar, aquela olhar de medo, o medo da morte.

E eu era a presa agora. 

Ele ergueu sua mão me levantando, fiquei no ar mexendo minhas pernas com a tentativa de sair e então eu parei.

Pra que tentar? É o meu fim, eu não vou conseguir sair daqui de jeito nenhum. Henrik se foi.

Fechei meus olhos e então eu vi Stefan, o meu amor tão lindo, tão sereno sorrindo pra mim.

Atrás dele eu vi o meu pai e minha família. E então eu pude vê-lo.

Vi Henrik Mikaelson, com o sorriso mais belo que já deu, pude ver o meu irmão da forma que ele  realmente era.

Não pudemos ter uma despedida de verdade e eu não pude dizer nada á ele.

E mesmo sabendo que não era ele ali na minha frente, ele estava na minha mente e poderia dizer agora,  me despedir da forma como eu queria.

—Eu...Amo... Você.

 


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Notas finais do capítulo

R.I.P Lina Mikaelson?
Será?



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