P.s. escrita por Margot


Capítulo 10
Sentimentos confusos


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Desculpem a demora pra postar '~'
Gente, já estamos no capítulo dez, quem acredita? Acho que eu devo intensificar as coisas daqui pra frente, o que acham?
Quero agradecer á: A garota que aprendeu a amar, Juh, BlackFairy e gabriela23. Obrigada por comentarem!!!!
Também quero agradecer á: Caroline Moreira, Gabrieli Rodrigues de Souza e A garota que aprendeu a amar que favoritaram a minha fic. Thank's!!!!
Espero que gostem do capítulo!!!



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POV – Mayu

Não acreditei quem era a pessoa que estava a minha frente.

- Vó?! – Perguntei, não acreditava que era ela, eu só podia estar louca.

- Olá Mayu, como está? – Sorriu gentilmente, como sempre.

Levantei do banco, e corri para abraça-la. Eu estava com muitas saudades dela.

Desde que Julliet morreu, e minha vida mudou radicalmente, foi ela quem me ajudou. Me lembro perfeitamente quando eu soube que podia contar com ela...

Era uma noite chuvosa, muito fria, fazia apenas algumas horas que eu soube que minha mãe faleceu. Meu pai mudou muito, ele estava me tratando muito mal. E também soube que minha avó, Mary, chegaria para morar conosco. Nunca fui muito chegada nela.

- MAYU!!! –Papai entrou no meu quarto gritando.

Eu tinha acabado de sair do banho, eu estava apenas de lingerie, em busca de algum pijama, para essa noite fria, que foi interrompida pela entrada de meu pai.

- E-eu estou me trocando... – Eu disse gaguejando.

- E daí? – Ele simplesmente ignorou isso, pegou o meu braço com força, e começou a me puxar.

Não vou negar, estava doendo muito. Me pergunto o que ele iria fazer, comigo nesses trajes.

Quando chegamos á cozinha, lá tinha uma porta que dava acesso ao quintal de minha casa. Roberta, a governanta, estava assistindo a isso horrorizada.

- Sr.Masen, não pode fazer isso com a Senhorita!!! – Roberta pedia desesperada.

Eu não estava entendendo. O que ele iria fazer?

- Calada! Se não eu te demito e faço você se arrepender de ter nascido! – Papai dizia isso a Roberta.

Ela então calou-se. Papai abriu a porta, e senti o vento frio bater em mim. Ele me empurrou pra fora, e trancou a porta.

Na chuva, com roupas intimas e com frio...

- PAPAI!!!! – Gritei batendo na porta – PAPAI ME AJUDA!!! – Comecei a chorar, estava com muito frio.

Fiquei lá por meia hora, até que sentei na grama molhada.

Meus dentes batiam de tanto frio que eu sentia.

Então, escutei a porta sendo aberta. Quando me virei, era minha avó que estava com uma toalha laranja nas mãos.

- Mayu, entre – Ela pediu, não me olhando.

- Vovó... eu tenho medo – Eu disse.

Eu tinha medo que o papai me maltratasse.

- Só entre querida – Ela pediu, então, me levantei da grama, e fui até ela.

Assim  que entrei em casa, ela fechou a porta e me embrulhou com a toalha.

Ficou frente a frente comigo, e me disse algo que eu não espera.

- Mayu, não importa onde e quando você estiver, quero que saiba que sempre, sempre e sempre poderá contar comigo. Incondicionalmente. – Ela disse sorrindo e me abraçou.

Acho que ela nem ligou pro fato de eu estar molhada. Só sei que naquele momento, eu senti que eu tinha alguém para me protegem de meu pa... Gerald.”

Abracei ela com força. E deixei as lágrimas que estavam presas rolarem por meu rosto. Mary correspondeu meu abraço.

- Ah querida – Ela acariciou meus cabelos- Eu sei que deve estar sofrendo...

- Vó, ele me bateu de novo...- Me separei dela, e arregacei as mangas da minha blusa, para que ela pudesse ver as marcas.

Ela arregalou os olhos, apesar de estar acostumada a ve-las.

- Querida, por que não pede ajuda?! – Ela me perguntei.

Me lembrei que Castiel havia me proposto ajuda, mas eu rejeitei-a silenciosamente. Não queria envolve-lo nisso. Era uma dor minha, e que pessoas de fora jamais entenderiam.

- Vó, me proporão ajuda, mas eu neguei, não quero envolver ninguém nos meus problemas, não quero que sofram por mim.

- Não acredito... Mayu, por favor acorde! Quando uma pessoa te propõem ajuda, ela não quer nem saber, só quer te ajudar!!! – Mary dizia.

Eu não posso voltar atras das minhas decisões. Afinal, já estão tomadas.

É melhor eu tentar mudar de assunto...

- O que está fazendo aqui? –Perguntei a ela.

- Quis ver como está... – Ela me olhou tristemente.

Ela sabia que eu estava mal...

- Vó, quem é a noiva de Gerald? – Perguntei.

Já fazia tempo que eu queria saber quem era. Nunca soube de seu envolvimento com ninguém, depois da morte de Julliet.

- Querida, a noiva dele é uma pessoa ótima! Uma graça... Mas ela se parece muito com Julliet, e acho que é por isso que Gerald se interessou por ela. Seu nome é Vilma. Ela tem uma filha que eu acho que você já sabe o nome... e bem, sobre ela eu não digo nada... – Mary revirou os olhos.

- Por que? – Eu queria saber.

- Bom, você vai descobrir quando ela chegar – Riu.

Depois disso, nós conversamos um pouco sobre como as coisas estavam, eu aqui e ela lá, eu perguntei sobre Roberta, a qual estava bem.

O sinal para o inícios das aulas tocou, e eu tive que me despedir de Mary. Perguntei até quando ela ficaria, mas ela me disse que já estava indo embora.

Me despedi e fui até a minha sala de aula.

***

Quando o sinal para o fim das aulas tocou, eu ia saindo da minha sala, quando alguém agarra a minha mão, e começa e me puxar para o fim do corredor.

No começo fiquei surpresa, mas depois que vi a cabeleira ruiva, eu fiquei mais tranquila.

Percebi que estávamos indo rumo ao terraço. O que ele pretendia?

Quando chegamos ao portão, ele retirou a chave do bolso da calça, e a abriu, e quase me  jogou lá dentro.

- O que você quer? – Perguntei enquanto ele fechava a porta.

Eu estava perto de uma parede, e Castiel se aproximou de mim, a um ponto de minhas costas estarem totalmente coladas na parede.

Ele colocou o seus braços na parede, com meu corpo ficando ao meio.

- V-você disse que não ia mais me ajudar... – Castiel suspirou.

- É, eu disse – Castiel sorriu – Mas isso não impede que eu te peça pra fazer uma promessa.

- E que promessa seria essa? – Perguntei.

Castiel sentou no chão, e eu também me sentei, ficando em frente a ele.

- Que você nunca mais irá apanhar de Gerald – Castiel disse olhando nos meus olhos.

- Como Castiel? Ele é mais forte que eu, não tem como – Eu só disse a verdade.

- Então eu acho que temos que fazer você ficar forte – Sorriu.

- Como? – Perguntei.

Castiel se inclinou, ficando muito perto do meu rosto.

- Você vai aprender a dar uns socos – Castiel disse como se fosse fácil.

Eu comecei a rir, e ele me olhou tipo: “Qual é a graça?”

- Vá ensinar a loira a dar socos – Me levantei ainda rindo.

- Garota, fala sério – Resmungou – Ela sabe dar uma chave de perna que... – Sorriu pervertido, fiquei vermelha.

Serio que ele me disse isso?

- Seu pervertido! – Dei um tapa na sua cabeça

- Ai!!! – Gemeu – Eu só disse que ela tem uma boa chave de perna... e que perna... – Deu mais dois tapas na sua cabeça – PARA!!!

- Me obrigue!!! – Ri da sua cara.

Oh não. Castiel me olhou de uma forma que dizia: “Agora você vai ver”.

Ele se levantou no chão, e me deu uma rasteira. Só não cai com tudo no chão, porque ele segurou meu corpo e me deitou, ficando por cima de mim.

- Bom, o que você acha de continuarmos o que fazíamos no meu quarto? – Perguntou todo malicioso.

- Não – Disse sorrindo

- Não? – Também sorriu.

- É, não sou seu brinquedinho pra você usar a hora que quiser, meu caro Castiel – Pisquei o olho.

Eu dizia isso sorrindo, até rindo, mas na verdade eu estava muito chateada.

- Da onde você tirou isso? – Ele perguntou com a expressão um pouco mais séria.

- Das suas ações. Uma hora você está comigo, fazendo isso, e na outra está com um monte de garotas diferentes. O que você pensaria se eu saísse com outros caras? – Lhe perguntei.

- Eu ficaria furioso e faria você se arrepender disso de uma forma bem gostosa – Ele sussurrou no meu ouvido, dando uma mordidinha no lóbulo da minha orelha.

- C-castiel, eu não faria isso – Gemi quando ele começou a beijar o meu pescoço – E-e eu acho m-melhor v-você p-parar... – Não dava pra falar direito com ele me distraindo dessa maneira!

Não sei como, mas eu acabei ficando por cima, invertendo nossas posições.

- Hm, então você quer dominar? – Fiquei vermelha.

Então, a porta que dava acesso ao terraço se abriu.

- MAS O QUE VOCÊ ESTÃO FAZENDO?! – Uma voz furiosa dizia isso.

Sai de cima de Castiel, me levantei e assim pude ver quem era. Era Nathaniel.

- Sério que é você Mayu? Achei que fosse mais responsável – Nathaniel brigava comigo – E Castiel, fala sério, se você realmente queria se divertir com a garota ingenua, procurasse um motel – Castiel ficou sério.

- Olha só Nathaniel, não vou dizer que fale isso de mim! – Eu me defendi.

- Desculpe, mas se você está com o Castiel, o que te diferencia das outras milhares de vadias que já estiveram com ele na mesma situação que você? –  Castiel nesse instante, empurrou Nathaniel que caiu no chão.

- Quem você acha que é pra falar dela? Só porque você tem esse disfarce de representante de turma, não esconde o fato de você ser um galinha muito, mais muito pior que eu. Pelo menos, nunca iludi ninguém, sempre fui do meu jeito, jamais mudei, diferente de você, que iludi, engana, abusa e joga fora. Acha mesmo que pode falar alguma coisa seu idiota? – Castiel dizia isso com a maior furia do mundo.

Nathaniel somente olhou pra ele e riu. Um riso cínico que me deu vontade de bater nele.

- O corno revoltado defendo a Miss Pureza? Que casal lindo – Nesse intante, Castiel foi pra cima de Nathaniel, e lhe deu um soco no olho, e eu segurei Castiel para não fazer mais nada – Tá querendo ser expulso?!

- Você vai precisar de muito mais pra me ver longe daqui – Castiel então pegou minha mão e saímos no terraço.

Quando estávamos do lado de fora colégio, Castiel apoiou um dos braços no muro, e colocou a mão nos olhos, como se estivesse com dor de cabeça.

Preferi não dizer nada. Acho que só pioraria a situação. Era melhor eu esperar que ele dissesse algo.

- Mayu, você me daria uma coisa? – Ele virou-se pra mim. Uma distancia razoavelmente perto.

- O quê? – Perguntei.

- Um beijo – Corei no mesmo instante. Ele riu da minha cara e bagunçou meu cabelo.

Tá, não é hora pra ter medo. Me aproximei de Castiel, até que, toquei suavemente seus lábios.  O que para Castiel não foi suficiente, que agarrou minha cintura, me trazendo mais perto para si, e pediu passagem com a língua, a qual cedi.

Meus braços foram em volta se seu pescoço, e eu puxava de leve alguns fios de cabelo de sua nuca, o qual fazia Castiel das alguns gemidos baixos.

Alguns pensamentos rondaram minha cabeça: Por que Castiel faz isso? Me pede essas coisas para logo depois estar com outras? Talvez ele queira um porto-seguro assim como eu queria?

Nesse instante preferi não pensar, somente me entregar ao que eu estava sentindo naquele momento, e quem estava me fazendo me sentir de tal forma.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Esse casal Mayu e Castiel, entre tapas e beijos acho que a frase de vocês!!!
Espero que tenham gostado *u'
Beijos e até o próximo capítulo!!!