CONNECTION| Jacob + Elena | escrita por Cláudia Ray Lautner


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

''ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA, ALELUIA''...♪

Podem cantar e me zoar à vontade, eu deixo! HAHAHA Mas finalmente a história saiu da promessa e se inicia! õ/ A boa noticia é que já a tenho quase pronta, então não terão que esperar tanto para o desfecho... um enorme beijo e um lugar reservado em meu core, pra quem ficou ansiosa, depois brochou e ficou ansiosa de novo e agora vai ler! AMO VCS! ♥

Enfim, esse capítulo está bem a cara de introdução e espero que se apaixonem pelo casal improvável e aticem sua curiosidade para a continuação... boa leitura! :3



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***Capitulo I***

– Finalmente! - suspirei quando peguei em minhas mãos as últimas folhas quentes saindo da impressora e olhei no relógio. Ele marcava 10 da noite.

Estava tarde e silencioso na editora, mas meu pequeno artigo estava pronto. Não era nada emocionante nem traria um enorme beneficio para a humanidade, mas preservaria meu emprego e colocaria comida em minha mesa.

Me levantei esticando os braços, ajeitando a minha coluna dolorida de ficar tanto tempo sentado e olhei em volta da sala vazia.

Meus outros colegas de trabalho já haviam ido para suas casas fazia muito tempo. Todos já deviam estar no terceiro estágio do sono a esta altura, mas eu não conseguia sair sem concluir meu trabalho. Dormiria muito melhor sabendo que na manhã seguinte, meu artigo era a primeira coisa que o senhor Smith, o nosso supervisor, teria para ler.

Ele passaria a mão na careca pálida, ajeitaria os óculos grossos, escondendo a satisfação dos meus outros colegas e apos ler linha por linha, voltaria para minha mesa, com o um sorriso contido, me entregaria minha copia sem nenhuma alteração para fazer e daria dois tapinhas em minhas costas.

– Bom trabalho, Black. - ele diria.

Edward Cullen, meu colega de faculdade e meu melhor amigo desde então, me lançaria aquele olhar acusador por cima do monitor de seu computador e assim que o senhor Smith virasse as costas ele me chamaria de “puxa-saco.”

“Mal posso acreditar que o Jake arruaceiro que conheci, se tornaria neste almofadinha” ele zombaria.

Eu daria alguma resposta ácida e bem humorada e o mandaria cuidar da própria vida.

E essa era minha rotina de trabalho.

Eu sei, não é nada emocionante. Ser um jornalista de cidade pequena ainda mais a centenária Mystic Falls que estava longe de ser uma comunidade interessante. Mas era o que eu precisava fazer. Meu sonho quando estava no ensino médio, era me mudar para Nova York e tentar noticiar casos grandes, de preferência na área criminal.

Mas foi justamente o tempo que passei no ensino médio que mudou meus planos. Foi quando conheci Elena Gilbert, logo após perder meus pais.

Ela havia sido minha rocha, meu porto seguro num momento em que eu não queria mais nada a não ser me entregar ao ódio pela vida. O que mais poderia se esperar de um garoto de 15 anos que perdeu a família em um simples e estúpido acidente de carro? O carro que deveria ser um veículo confortável de locomoção para a família simplesmente decidiu cair de uma ponte e eles morreram afogados. A água, o começo e a fonte de vida, também têm o poder matar.

Meu pai não bebia e eles voltavam da igreja. Um dia que havia amanhecido normalmente, que horas depois se tornou negro e a luz demorou a me encontrar novamente. As horas passavam como sempre passavam e passariam. Só que infinitamente mais dolorosas. A vida gosta de pregar peças, quando a gente menos espera.

Mas Elena esteve lá o tempo todo, me fazendo enxergar a razão onde não havia.

Peguei meu casaco no encosto na cadeira, desliguei meu computador e apaguei minha luminária com um sorriso no rosto.

Neste momento ela devia estar me esperando com comida chinesa ou uma pizza, já que detestava cozinhar. Eram raras as vezes que tentava, mas acreditem me fazia me arrepender amargamente de ter comprado um fogão.

Tranquei a última porta e vesti meu casaco já andando até meu carro, o único parado na rua a esta hora da noite. Minha cidade natal era pequena e calma. Todos os comércios estavam escuros e apenas um posto de gasolina continuava funcionando.

Dirigi até lá para abastecer novamente, num prazo de uma semana. Eu precisava urgentemente trocar de carro, pois meu velho Honnda 80 era potente, mas eu precisava de um mais econômico ou não conseguiria pagar a hipoteca da nossa casa esse ano.

Elena dizia que era uma preocupação desnecessária e que daríamos um jeito, que eu não precisava vender o carro de que gostava tanto. O jeito que ela queria dar era voltar a trabalhar com mãe dela na boutique de roupas que minha sogra mantinha no centro e de jeito nenhum permitiria isso.

Eu já tinha que aguentar calado, os questionamentos da mãe dela quanto a minha profissão, as reclamações sobre o bairro escolhido para morar - o mais distante possível da casa dela - o horário que eu chegava em casa e etc... Não queria a senhora Miranda Gilbert insinuando que eu não conseguia sustentar a filha dela.

Minha rua estava calma quando estacionei na garagem. Peguei minha maleta no banco do passageiro e minhas chaves, mas não tive as chances de usá-las. Antes que chegasse ate a porta ela já estava aberta e Elena me esperava entre os batentes com um sorriso imenso de boas-vindas.

– Boa noite, Jake. - sussurrou.

Sorri sentindo todo meu cansaço e preocupações se evaporarem. Apenas a visão de seu rosto me acalmava meus temores.

Ela era tão linda! Seus longos cabelos negros e lisos estavam presos em um coque frouxo com mechas caindo ao redor de seu rosto oval e seu corpo esguio estava coberto com uma minúscula camisola rosa de flanela.

Ela encurtou o espaço entre nós e abraçou meu pescoço, colando seu corpo no meu. Envolvi sua cintura com meus braços e afundei meu rosto no seu pescoço. O cheiro de sua pele era inebriante.

Afastei-a apenas o suficiente para tomar seus lábios macios nos meus. Seu gosto doce era o que bastava para querer arrancar suas roupas e fazer amor com ela ali mesmo, na garagem.

Minhas mãos percorreram seu corpo e agarraram seus quadris. Elena gemeu em meus lábios, mas começou a rir quando minhas mãos alcançaram a barra de sua camisola.

– Jake! - reclamou entre risos e afastou minhas mãos.

Olhei em seus olhos escuros e fiz cara de inocente.

– O que foi? - perguntei, puxando-a para perto novamente e comecei a morder seu pescoço esguio e perfumado.

Ela riu novamente.

– O jantar vai esfriar na mesa! - disse, mas seus braços estavam arrepiados e ela estremecia com minhas caricias.

– Deixe esfriar.

Ela me empurrou gentilmente, me deu um rápido beijo e começou se afastar.

.- São 34,00 dólares que serão desperdiçados. Sabe que se eu tentar requentar acabarei queimando...

Sorri para ela. Seus olhos estavam sapecas.

– Escapou por pouco de ser assediada na garagem. - declarei.

Ela riu, pegou minha mochila e me puxou para dentro de casa.

– Haverá outras oportunidades.

Sorri com a promessa, enquanto deixava que ela me conduzisse.

Suspirei fundo quando entrei em casa, sentindo o aroma dos cômodos. Eu adorava aquele cheiro que ela deixava no ambiente. Era seu perfume misturado com alguma outra essência.

Elena nunca me contaria a marca de seu perfume ou qual era a combinação de cheiros. Ela gostava que os cheiros, principalmente o seu, fossem um mistério e eu amava isso.

Nossa casa era simples, mas confortável. Os móveis quase todos haviam sido dos meus pais e o restante Elena havia conseguido junto com Caroline, uma loira simpática e autoritária, sua amiga do ensino médio, em alguns bazares de coisas usadas.

Apesar do pouco dinheiro, ela tinha conseguido dar vida e estilo ao nosso lar. O que ela tinha de péssima cozinheira, tinha de ótima decoradora. Tudo estava sempre em seu devido lugar, na mais perfeita ordem.

Eu me ressentia um pouco por isso, porque toda essa organização provinha do fato de que ela não tinha nada para fazer durante o dia inteiro. Nosso casamento a havia impedido de ir para a faculdade junto com suas amigas, e ela se contentava em fazer pequenos cursos e de vez em quando dava aulas de ballet. Ela sempre brincava que os cursos que Elizabeth a obrigou a fazer quando pequena estavam tendo serventia.

Mas nunca reclamava, porque ela era assim. Abria mão facilmente de sua felicidade pela dos que ela amava porque nos ver felizes era sua maior conquista.

E eu havia feito uma promessa a mim mesmo, que apesar das dificuldades ela iria ter um futuro brilhante. Essa era a razão de eu economizar tanto. Ela tinha tantos talentos escondidos nessas paredes, nessa casa pequena, num bairro de subúrbio cuidando de um marido jornalista sem um futuro promissor.

Mas se dependesse de mim, ela teria uma carreira incrível. Poderia demorar um pouco, mas eu devolveria tudo que eu tinha tirado dela. Tempo, carreira, juventude. Daria o mundo a ela.

– Fiz bolo de chocolate de sobremesa. - Elena disse quando chegamos à cozinha, alheia aos meus pensamentos.

Elena rodeou a mesa, coberta com uma toalha simples de malha e destampou o pote que estava cheio com bolo despedaçado e meio grudento.

Fitei o sorriso brilhante dela esperando que eu dissesse algo.

– Bem... Esta com uma cara ótima!

Ela bufou e fez uma careta.

–Você não engana ninguém. Eu sei que não parece, mas o gosto está melhor!

Ergui as sobrancelhas, enquanto tirava o casaco.

– Será mesmo?

– Cale a boca e sente para comer! - ela ordenou tentando fazer cara feia.

Ri de sua irritação e me sentei.

Nas panelas havia risoto de camarão e legumes cozidos, obviamente do restaurante Tailandês do centro. Ela pegou um prato e serviu para mim.

– Muitos artigos concluídos hoje? - perguntou.

– Apenas um, mas foi dos grandes. Simples e complexo ao mesmo tempo, mas acabado. É só entregar amanhã.

Colocou o prato em minha frente.

– Sério mesmo?

– Bem, para fechá-lo só falta à entrega de uma analise, mas tenho certeza que está tudo bem, então ... - dei de ombros enquanto enchia a boca de risoto.

– O senhor Smith deveria te dar uma promoção, sabia? - Elena disse enquanto se servia. -Você é o jornalista mais eficiente daquela editora.

Eu ri da ideia dela.

– E que tipo de promoção ele poderia me dar? Eu já cheguei até onde poderia naquele lugar. Se ao menos acontecessem coisas mais interessantes por aqui...

– Eu sei que Mystic Falls não rende matérias miraculosas e nunca acontecera nada o suficiente para você se tornar o próximo Arthur Sulzberger, mas ele bem que poderia de promover a assistente pessoal dele, sei lá...

– Assistente pessoal dele? Não obrigado! Eu gosto é de escrever, mesmo que sejam notícias chatas e monótonas.

– Mas isso não te rende tanto quanto renderia ser assistente. O salário seria bem melhor...

Baixei os olhos para o meu prato e de repente a comida parecia mais interessante que nossa conversa. Eu sabia que ela tinha razão. Eu estava perdendo tempo e dinheiro tentando seguir um sonho idiota.

Demorou alguns segundos para ela perceber meu desconforto, mas logo sua expressão passou de argumentativa para arrependida. Elena suspirou e começou a falar.

– Não, Jake! Desculpe, não foi isso que eu quis dizer! Foi se uma ideia...

– Tudo bem, Elena. - a interrompi, segurando sua mão por cima da mesa e dei um sorriso tranqüilizador pra ela.

Ela não sorriu de volta, mas acenou com a cabeça uma vez e voltou a remexer em seu prato.

Após um momento de silêncio ela falou mudando completamente de assunto.

– Eu dei aula hoje. - declarou calmamente, fingindo que o momento anterior não havia existido.

– Que bom. Ballet? – perguntei.

– Não, pintura. A senhora Cullen estava precisando de ajuda com suas alunas adolescentes do reformatório e achou que minha idade ajudaria a me comunicar com elas.

A senhora Cullen, era esposa do médico da cidade, o Doutor Carlisle Cullen, e pais de Edward, meu melhor amigo, por assim dizer. A família estava sempre envolvida em projetos sociais e eventos beneficentes.

– E ajudou?

– Sim, foi muito proveitoso. Elas têm talento, apesar de toda a revolta e confusão interna. Os quadros ficaram lindos. Assustadores, mas lindos.

– Talvez eu pudesse fazer uma pequena matéria sobre isso, sobre o trabalho social que a senhora Cullen vem realizando. Acha que ajudaria?

As sombras em seus olhos sumiram como se nunca houvessem passado por ali e deram lugar a luz brilhante de sua alegria. O sorriso que ela me deu foi tão caloroso que me fez sorri também.

– Você faria isso, Jake? Isso ajudaria tanto! Seria um incentivo pra elas e a senhora Cullen se sentiria tão honrada com o reconhecimento, sem contar que vai ser bom pra você, pro jornal...

– Calma, Elena! Não é uma coisa tão grande assim e eu nem tenho certeza se vai dar certo... o senhor Barnes terá que aprovar antes... - falei rindo de toda a empolgação dela.

Ela levantou e se jogou em colo abraçando em meu pescoço, enquanto eu abraçava sua cintura.

– E como ele não aprovaria uma ideia brilhante dessas, vinda do melhor jornalista deste condado! - disse e beijou meu pescoço.

– Você está dizendo só para que eu coma seu bolo! - acusei e observei ela inclinar a cabeça para trás e rir.

– Como descobriu meu plano maligno?

– Sou o melhor jornalista deste condado lembra? Eu tenho o dom para essas coisas!

– O melhor e o mais prepotente também!

– Retire o que disse! – ralhei com ela.

– Nunca! - ela gritou em meio ao riso, se soltou do meu abraço e correu em direção as escadas.

Corri atrás dela, ouvindo seu riso e seus pés soando no assoalho encerado. A alcancei no topo da escada, e agarrei seu corpo e seus braços pelas costas. Ela se debatia entre risos mandando que eu a soltasse.

– Só te solto depois de que você admitir que sou o melhor em tudo!

– Jacob Black, você é o melhor homem desse mundo! Não sei como ainda na ganhou um prêmio por isto... – ela declarou com pouco fôlego e tentando esconder o riso.

Eu ri e a soltei apenas para girá-la de frente para mim. Seu rosto estava corado e sorridente e seus cabelos havia se soltado de tanto que ela se debateu.

– Isso não é justo sabia! Você é muito mais forte que eu!

A beijei com ímpeto.

– Ficou mais justo agora? - murmurei em sua boca, enquanto a encostava na parede.

– Com certeza... – ela sussurrou de volta agarrando meu pescoço.

Agarrei sua cintura e a levantei. Elena enlaçou suas pernas em volta do meu corpo e eu a carreguei em direção a nosso quarto. Era um caminho tão comum para mim que eu o fazia de olhos fechados.

A deitei na cama, sem descolar meus lábios dos seus e me deitei sobre ela. Seu corpo se encaixava no meu com tanta perfeição que era sobrenatural. Seu cheiro inebriante invadia meu sistema respiratório e seu gosto era minha perdição.

Elena gemia, sussurrava meu nome e dizia entre suspiros o quanto me amava. Eu retribuía suas palavras e promessas enquanto me perdia em suas curvas e me perguntava se um dia eu me cansaria de desejá-la e amá-la tanto.

Eu tinha certeza que não.


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