Angel Rebel escrita por Jenny Sarfati


Capítulo 12
Estranhos


Notas iniciais do capítulo

Mais um.. Boa leitura
Muito obrigada por estarem acompanhando sz



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***RACHEL***

Tentei me soltar, mas ela era forte quando queria. Ainda me encarava, mas lá no fundo, ate ela achava absurdo a realidade de termos nos beijado há três noites atrás. Percebi que nos afastamos da bagunça.

–Pode me soltar?-Pedi.

–Me diz que foi tudo um sonho-. Falou ainda segurando meu braço.

–Foi tudo um sonho Quinn-. Olhei em seus olhos

Me puxou de volta, tentando encostar nossos lábios. Coloquei a mão na frente antes que conseguisse me beijar de novo.

–Pare já com isso ou eu arranco a sua língua-. Ameacei.

–Por que me beijou? Quer me confundir?

Gargalhei. Nossa, cheguei a confundi-la?

–Você me beijou aquela noite e como um demônio que é, soube bem disfarçar. Admita!-. voltou a falar, quando eu não respondi.

Se eu admitir, posso nunca mais repetir a dose?

–Não Quinn, eu nuca te beijei. Ao contrario de você, que gostou de fazer isso.

Me soltou. Passou as mãos no cabelo e respirou fundo.

–Tudo bem, eu devo ter bebido mais que uma taça de champanhe. Mas parecia tão...

–Real?

Segurei o riso algumas vezes.

–Sinto muito Quinn, minha vida só piorou depois que te conheci.

–Mentira! Você que destruiu a minha.

–Eu?! Quem é que queria ser minha dona? Quem é que queria me fazer de cupido? E gênio? Ah sim, Quinn Fabray.

Lhe dei as costas, voltando a caminhar e mais uma vez ela me puxou.

–Não terminamos. -Me encurralou com seus braços.

Eu não gostava daquele olhar, uma bela mistura de deboche, raiva e cão abandonado.

–Você não pode me deixar agora-. Pediu.

–Era o que você mais queria.

Fechou os olhos bufando.

–Não quero mais.

Me dei o ato de sorrir como idiota. Mas logo acordei.

–Você ainda não terminou de me ajudar-. Completou.

É claro que era apenas por isso!

–Rachel, eu só disse tudo aquilo sobre você, porque ela ia confrontar você e eu não queria isso.

Bati em seu ombro com um pouco de força.

–Por que não deixou ela vir para cima de mim?

Sorriu, parecia de verdade.

–Porque você é o meu demônio particular-. Me surpreendi quando ela me puxou para um abraço. -Não vai ok, eu nem sei porque to te pedindo isso...

–Já que me manda embora mentalmente a toda hora-. Completei sua fala com um pequeno sorriso.

Sorriu.

–Facilite a minha vida e não simplesmente acabe com ela, ok?-. Pediu ainda me abraçando.

Assenti.

–E vamos esquecer esse beijo e o sonho. Estou te dando um voto de confiança-. Completou.

–Vai se ferrar Quinn. -A empurrei ainda sorrindo. -E nunca mais me beije assim!-. Lhe apontei um dedo.

–Nunca mais.

Sai de seus braços quando Sam e Brittanny se aproximaram. Trocamos um olhar.

–Vou pra casa.

Vi Santana surgir.

–Vou levar a Harmony Não comente com eles.

A encarei. Ela é idiota? Como eu poderia contar a eles? Eu teria que contar toda a historia. E não, não seria legal.

–Por que a Harmony esta toda molhada?-Brittanny perguntou.

Quinn me encarou.

–Aposto que a Rach foi ver se ela sabia nadar-. Sam e sua enorme boca.

Eu devia parar com essa mania de ser espontânea e rir alto demais. Santana apareceu do meu lado e pelo aperto em meu braço, isso provava que ela também sabia que havia sido eu, e tinha certeza também que ela já sabe que beijei Quinn... Três vezes.

–Não fiz nada. Ela caiu sozinha. Na verdade, acho que se desequilibrou

Santana me encarou.

–Bom, como eu havia dito a Quinn. Estou indo pra casa, Santana vai viajar amanha cedo então não pode ficar sem dormir Não é?

–Sim. -Me soltou.- A festa esta incrível. Gostei muito de tudo.

Brittanny corou? Santana estava mesmo com um sorrisinho idiota? Gargalhei.

–Que bom que gostou-. Britt respondeu ainda corada.

–Vamos aos apertos de mãos- Falei.

Santana depositou um beijo angelical na testa de Brittanny. Eu devia dizer a ela que aquele ato era bem particular? Não! Deixe ela ser feliz. Quinn me encarou alguns segundos e sussurrou em meu ouvido antes de nos separar.

–Vai pra minha casa. -Mandou.

–Você não manda em mim.

–Posso mandar se eu quiser. -Meu corpo tremeu estranhamente.

Me afastei.

–Vou me despedir dos meus amigos acionistas. -Sorri enlaçando o braço de Santana e a trazendo comigo.

Senti o olhar de Quinn pesar em minhas costas e meu coração bateu mais forte. Se controle droga!

–Pode me explicar o que eu vi?

–Me viu extravasar .-Sussurrei entre um sorriso. Vou fazer esses fotógrafos engolir suas maquinas. -Quinn estava irritada com a minha presença.

Bufou.

–Mas não me venha com sermão. Não se esqueça que já começou pecando.

–Rachel!

–Só queria te lembrar. -Sussurrei em seu ouvido. -Me diz, o que contou a ela?

Sorriu meio boba.

–Nada, eu apenas a ouvi. Ela é uma boa menina.

–Santana! Não é boa menina. Brittanny parece infantil, mas ela não é uma “menina”. É uma mulher, que em quatro paredes...

–Não termina! Brittanny é doce. É... diferente.

Isso eu tinha certeza. Me despedi de Sue e companhia. Paul não estava e isso era uma pena.

–Descobriu alguma coisa?-Perguntou parecendo interessada quando chegamos ao carro.

–Não muito, mas acho que já entendi onde Paul se encaixa nessa historia.

–Onde?-Falou bagunçando o cabelo arrumadinho.

Se minha linha de raciocínio estava funcionando bem. Minha tese tinha sentido.

–Sue tem parte das ações na empresa causada por um deslizasse de Sam e Quinn. Sue quer a empresa para ser o “TODO PODEROSO”. A empresa tem um bom lucro, mas pelo que Finn me disse, Sue entrou com ações de sua empresa. Uma empresa pequena que ficou de lado, mas não esquecida. Isso é, Paul deve ter ações nessa empresa também e tirando tudo o que os Fabray tem, a empresa vai crescer. Será uma junção perfeita e os irmãos Fabray saem da historia deixando tudo a família de Paul e para a Sylvester. Seguiu minha linha de raciocínio? Posso estar errada também, já que Finn estava confuso com o que dizia. Mas ajudou.

–E onde seu ódio por Harmony entra na historia?

Em toda parte.

–Paul é marido da sua irmã. Ela pode ate amar Quinn como diz, mas no momento, ela esta pensando na família dela. Não importa o que aconteça, ela não vai hesitar em aumentar seu status. Agora, Quinn não vai acreditar em mim se eu contar.

–E como pretende contar de maneira que ela acredite?

Sorri.

–Sam é uma boa pessoa. Ele é manipulável E eu amo isso nele.

Santana me deixou em casa, na casa de Quinn para ser mais exata. Se bem que eu sabia se devia ficar ali. Tirei minha roupa e me deitei no sofá deixando a luz ainda apagada. Minha cabeça agora estava confusa. Não gosto de Quinn Fabray. Nem sinto nada por ela. Então por que desenvolveu a mania idiota de tremer a toa? Sim, não há motivo para isso.

Droga! Pare com isso.

Minutos depois a porta se abriu. Quinn já desamarrava o cabelo e se jogava no sofá a minha frente. Fiquei muito tempo a encarando ali, incrivelmente tentadora.

–Você esta aqui?-Chamou encarando a sala.

Me ajeitei no sofá, pensando se era uma boa ideia aparecer.

–Ótimo, você não esta. -Se ajeitou nas almofadas. -Por que eu tenho a leve impresso de que já nos beijamos antes?

Por que já nos beijamos antes.

–E eu não devia gostar disso.

Bêbada, era isso que ela estava. Pra dizer que gostou? Tem que estar bêbada

–Aparece logo!-. Resmungou começando a fechar os olhos sonolenta.

Me aproximei dela, tirando seus saltos. Me encarou.

–Você estava ai o tempo todo? -Perguntou coçando os olhos.

–Não, acabei de pousar aqui .-Tentei sorrir.

Mas não aguentava vê-la me encarar.

–Pare de me olhar assim!-Mandei.

Se aproximou segurando meu rosto.

–Por que acho que você me beijou?

–Porque nos beijamos, agora esqueça isso. Você esta bêbada, cala a droga da boca.

–Não estou não. Estou bem, muito bem.

Me sentei no sofá a encarando.

–Ok Quinn eu te beijei, mas não devia. Eu estava irritada, sei lá. Mas esquece, ok.

Continuava seria, ate gargalhar.

–Esta mentindo, você não me beijou.

–Ah Quinn, deixa de ser idiota!

Caiu sentada a meu lado pousando a mão em minha coxa. Respirou fundo.

–Por que você estava...flertando com aqueles caras?

–Estava te salvando.

–Me salvando?

Passei uma mão pelo meu cabelo, afastando sua mão da minha coxa, quando meu corpo tremeu.

–É Quinn, salvando. Mas não vamos falar disso agora, ainda não. Por que não sobe e vai dormir?

Encarou o chão

–Vou dormir com você-. Murmurou.

–Não vai não.

–Vou sim...você dormiu comigo ontem.

Me levantei.

–Quinn, não força.

Gargalhou.

–Eu devia te odiar.

–Boa noite Quinn, durma bem no sofá

***

Acordei ainda era cedo. Não ouvi barulhos no andar de baixo, mas sabia que Quinn estava lá. Demorei a dormir a ouvindo sussurrar coisas sem sentindo ou passar longos minutos pedindo desculpas a Harmony... Idiota. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto, lavei rosto e desci. Quinn estava jogada no sofá, segurando uma xícara de café soltando uma fumacinha.

–Bom dia. -Sussurrou.

–Bom dia. -Fiquei da escada.

–Bom. -Falou se levantando. -Eu vou...subir. Dormir um pouco.

Não me encarou.

–Tudo bem.

Deixou a xícara na mesa e me fitou por alguns segundos. Ela queria dizer alguma coisa, ate tentei ouvir seus pensamentos, mas estava me bloqueando.

–Quinn.-Chamei quando me deu as costas. -Algum problema?

Negou.

–Esta estranha.

–Só com dor de cabeça. Estou bem.

Não esta. Eu sabia que não ficaríamos, mas eu não vou apagar a mente dela. Ficaríamos como duas estranhas? Droga!



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Notas finais do capítulo

Comentem *---*



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