A Herdeira Da Feiticeira Branca escrita por Stark


Capítulo 7
"Aslam essa é a Danielle."




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Capítulo VII- “Aslam essa é a Danielle.”

–Ed ! Edmundo !- a voz de Susie ecoava pela floresta. Já estava amanhecendo, Lúcia e Susana procuraram por Edmundo a noite toda. Estavam famintas, sonolentas, enfim, estavam um caco.

–Susie talvez seja melhor que voltemos. O Ed pode ter voltado também.- dizia Lúcia encostando-se numa árvore.

–E deixa-lo por aí ? Não. Lúcia vamos continuar só um pouco.

–Susie, pense comigo... Ele pode ter voltado e podemos estar perdendo tempo. E estamos muito cansadas não temos condições de continuar.- insistiu.

De repente ouviram um barulho vindo do meio das árvores. Lúcia desencostou-se da árvore pegando uma pequena faca que havia em seu bolso. Susie já estava com a flecha em posição para o lugar o qual veio o barulho. A tensão tomava conta das duas, algo se aproximava mais de perto, até que ... um coelho saiu de trás das árvores. Um coelho branco e felpudo.

–Ufa !- Lúcia suspirou com alívio pegando o animal. –Olha que coisa mais fofa.- completava acariciando o pelo do mesmo. Susie sorriu abaixando seu arco.

–Vamos, se você quer voltar adiante-se.- falava Susie fazendo com que Lúcia colocasse o coelho de volta ao chão.- Tomara que o Ed já tenha voltado.

As duas saíram dali em direção ao acampamento em que estavam. Chegando lá, Pedro e Danielle estavam desfazendo-se das cabanas e arrumando seus pertences- casacos- para a viagem.

–Encontraram o Edmundo ?!- perguntava Dani aflita indo em direção a Susana.

–Você está vendo ele aqui ?- perguntou Susana impaciente.

–Susie não precisa tratar a Dani mal.- falou Pedro.- Encontraram ao menos alguma pista?- perguntou.

–Nada, procuramos por boa parte da floresta, e nem sinal de um fio de cabelo dele.- falava Lúcia sentando-se num tronco.

–Mas não podemos parar, temos que seguir viagem. Vamos o Ed sabe se cuidar.

–Você quer deixar o Ed a toa Pedro ? Seu irmão.- Susana disse indignada.

–Talvez seja melhor...- Dani começou a dizer sendo interrompida por Susie.

–Talvez você deva calar a boca.- Susana falou a Danielle que se calou.

–Ei ! Ei ! Parem. –disse Lúcia.- Vamos nos manter calmos. Uma briga só vai piorar tudo.

–Desculpa.- pediu Susie a Dani que balançou positivamente a cabeça.

–Então vamos?- perguntou Pedro e todos concordaram. Todos estavam caminhando em silencio, só se ouvia o canto das aves no alto dos pinheiros. Pedro caminhava a frente , logo depois Susie som suas flechas atrás de si , Lúcia ao seu lado e por último Dani com os braços cruzados. Por mais que as nuvens cinzentas já tivessem se dispersado e o sol já tivesse aparecido , ventava frio na floresta.

–Everybody needs inspiration ,Everybody needs a song, A beautiful melody, When the night's so long, Cause there is no guarantee, That this life is easy, Yeah, when my world is falling apart, And there's no light to break up the dark, That's when I, I, I look at you, When the waves are flooding the shore and I, Can't find my way home anymore, That's when I, I, I look at you.”-

Danielle cantava com delicadeza, com sua voz suave quebrou o silêncio que ali estava. Lúcia de repente deixou um leve sorriso no rosto aparecer. Susie desmanchou sua cara amarrada e até cantou junto com Danielle. Pedro sorria olhando Susie e Dani cantarem maravilhosamente, cantavam baixo, mas cantavam bem.

–Onde será que o Ed esta em ?- perguntou Susie a si mesma em voz alta. Ela estava preocupada.

–Tenho certeza que ele está bem.- Dani falou sorrindo para Susie.

–Chegamos.- dizia Lúcia apontando para o castelo. Uma trombeta tocou dentro do reino e os portões foram abertos. E eles entraram. Dani ficou encantada com o lugar, vendo faunos , centauros, anões, criaturas Narnianas que comemoravam algo. Estavam todos voltados a um cavalheiro de armaduras montado num cavalo branco. Ele era aplaudido fervorosamente pelo povo. Aslam logo apareceu, e o cavalheiro desceu de sua montaria ficando ao lado do leão.

–Olhem ali está Aslam !- gritou Lúcia apontando, mostrando o mesmo a Susana, Pedro e Danielle.

–Quem será o cavalheiro com a armadura ?- perguntava Danielle curiosa ao lado de Pedro, que ficou com ciúmes do interesse da garota no cavalheiro. Então ele tirou a armadura da cabeça.

–Bem vindo seja um dos filhos de Adão !- o povo gritava a Edmundo ao lado de Aslam.

–Ed ! Graças a Deus !- Susana gritou e foi até Edmundo abraça-lo morrendo de felicidade. Ele retribuiu o abraço.

Danielle de repente ficou pálida , a temperatura de suas mãos caíram , quando ela viu e ouviu o povo se dirigir a Edmundo como um dos filhos de Adão. Ela achava que podia ter ouvido errado, até que o povo gritava também a Lúcia, Susana e Pedro.

–Sejam bem vindas filhas de Eva ! E seja bem vindo mais um filho de Adão !- e Pedro e suas irmãs dirigiram-se a Aslam ficando ao seu lado, sendo aplaudidos mais ainda pelos narnianos.

Os pensamentos de Danielle ficaram confusos, suas pernas começaram a tremer. Ela estava chocada ao saber que Pedro , Edmundo, Lúcia e Susana eram os dois filhos de Adão e as duas filhas de Eva , os quais ela teria que aniquilar por ordem de Jadis.

–Danielle ! –Pedro a chamou .- Venha cá, venha conhecer Aslam !- e com isso todo o povo se calou virando-se à garota.

Ela não teve desculpas para não ir. Todos abriram caminho para a passagem da garota loira que estava com os reis e rainhas de Nárnia. Dani estava envergonhada com todos aqueles olhares sobre si, e aquele silêncio, ah aquele silêncio a matava.

–Aslam essa é a Danielle.- apresentava Pedro empolgado. A garota estendeu a mão para um cumprimento, ela esqueceu por um momento que Aslam era um leão. Então retirou sua mão imediatamente envergonhada, ela corava.

–Muito prazer Danielle. Como você pode ver meu nome é Aslam, um dos governantes de Nárnia. E você de onde veio ?- apresentou-se Aslam e a questionou.

–Corujópolis !- o fauno Timpérios Túmnus VI gritou no meio da multidão silenciosa e acenou para Dani, que retribuiu o aceno sem jeito.

Pedro, Lúcia, Susie e Ed , fizeram uma cara de estranhamento . Corujópolis era um nome ridículo , então souberam que Dani havia mentido para o fauno.

–Apresento-lhes Danielle , vinda de Corujópolis à Nárnia ! Seja bem vinda !- Aslam berrou para a multidão que repetiu a ultima frase dita, “Seja bem vinda !”. Dani estava descrente da brincadeira de Aslam, ele sabia que ela não vira da tal Corujópolis , que nem ao menos sabiam se existia, mas ele decidiu encarar aquilo com normalidade. Lúcia e os demais estavam rindo da tolice de Dani , ao escolher um nome tão ridículo assim.

–Corujópolis ! Corujópolis !- o povo repetia e cada vez mais os Pevensie riam.

Os Pevensie , Aslam e Danielle seguiram para o castelo onde iriam ficar hospedados. Estavam todos felizes por encontrarem Edmundo e brincavam todos entre si. Enquanto Dani os seguia calada , sabendo que algo horrível teria que ser feito por suas próprias mãos. Ela observava os Pevensie com um olhar triste. Até que desviou seu olhar deles e deparou com os grandes olhos dourados escuros de Aslam. Aquilo a fez tremer, sem ao menos dar um rugido Aslam tinha o poder de deixar Danielle e qualquer um nervosos.

Depois de tirar os olhos assustados de Aslam Dani olhou novamente os quatro irmãos. Enquanto Pedro , Lúcia e Susana brincavam um com o outro ,Edmundo a observava. Ed a observava com um olhar sombrio e ao mesmo tempo encantado. Aquilo a deixou mais nervosa ainda. Logo depois Ed desviou seu olhar e voltou a brincar com seus irmãos.

–Danielle.- uma voz sussurrava em seu ouvido, fazendo sua espinha se arrepiar. Dani olhou em volta e não viu ninguém. Até que um clarão emanou do seu colar. Ela se escondeu atrás de um arbusto enquanto os Pevensie entravam no castelo, empolgados e felizes por retornar a Nárnia.

–Eu estou aqui. Não poderei estar sempre aparecendo para você por reflexos.- a voz vinha do colar que brilhava.

–Jadis ? Quer dizer... mãe é você ? – Dani perguntou.

–Sim sou eu. Você agora já pode começar sua vingança. Parabéns, a primeira etapa já foi completa.- Jadis falava vitoriosa.

–Espera ... você sabia que eram eles e não me contou nada ?

–Isso não vem ao caso agora. O importante é que você conseguiu chegar a Nárnia. Você vai tentar matar Lúcia Pevensie, mas sem vestígios de que foi você.

–A Lúcia ! Eu não posso!- dizia Dani já com os olhos cheios de lágrimas.

–Você não pode, você deve !- a voz disse pela ultima vez.

Dani estava desesperada por te que matar a Lúcia. Mas as vezes o efeito do feitiço de Jadis vinha à tona. Um sentimento de vingança vinha a cabeça da garota. Dani sabia que era o feitiço de Jadis, mas ela não podia fazer nada para impedir. A garota se virou e tomou um susto. Edmundo.

–O que está fazendo aqui ?- perguntava Dani nervosa pelo susto.

–Eu te pergunto o mesmo.-Ed falava numa voz suave.

–Eu já falei, fique longe de mim!- Dani retrucava o garoto.

–Como quiser. Mas estou de olho em você. –Edmundo virou as costas e saiu dali deixando Dani ofegante.

Mas isso que ela sentia não era raiva, ou talvez sim. Mas uma raiva diferente. Ela estava sentindo algo por Ed e estava com raiva disso. Ed quando saiu dali, sentiu a mesma coisa. A vontade que ele teve foi de toma-la nos braços e beija-la. Estavam atraídos um pelo outro. Estavam se “odiando”.

Dani estava mais confusa que o normal. Estava gostando de Edmundo ? Teria que matar Lúcia ? A primeira pergunta ela não tinha certeza. Mas a segunda sim, ela iria matar Lúcia Pevensie.









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