A Herdeira Da Feiticeira Branca escrita por Stark


Capítulo 4
Os Bons Filhos à Casa Retornam.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377314/chapter/4

Capítulo IV- Os Bons Filhos à Casa Tornam.

—Vamos Edmundo tente me derrotar ! Vamos filho de Adão, levante-se e lute!

—Jadis?! Como você pode voltar ? O que você fez com eles?-perguntava Edmundo caído olhando em direção a Lúcia, Susana , Pedro e Aslam congelados também caídos a metros de distancia de si.

—Estão Mortos. Eu os matei e retomei o poder ! Eles morreram por sua causa , porque você é fraco!

—Nãããããããããããããoooo !

Edmundo levantava assustado ,o suor escorria em seu rosto. Seus olhos estavam arregalados vasculhando todo o quarto. Até encontrar o rosto de Pedro ao seu lado sentado na cama confuso o observando.

—Ed você está bem ?

—Estou , ou pelo menos acho que estou.

—Você parece que viu uma assombração. Com o que sonhou ?

—Com vocês e Aslam mortos.

—E quem nos matou , o Castor ?- debochou Pedro do sonho de Edmundo, fazendo pouco caso, achando até engraçado.

—Jadis.- dizia Edmundo olhando pra neve que repousava sobre as travas do lado de fora da janela.

—Jadis ? Logo com a Jadis ,Ed? Você precisa arrumar uma namorada. – dizia Pedro vestindo-se, pondo seu pijamas no armário.

—Olha só quem fala.- dizia Ed voltando a olhar para Pedro. Agora levantando-se e trocando a roupa também.- Você está solteiro desde a sexta série, quando você namorou a Gena. –ele fez uma cara de nojo.

—E você está solteiro desde sempre. E a Gena não era tão feia assim, as espinhas delas eram ...legais.- Pedro fazia uma cara de convencimento enquanto Ed revirava os olhos e colocava as calças.

—Você só a namorou porque o pai dela era o diretor do colégio. Ele não iria te castigar pelas brigas, se você namorasse a filha dele.- Edmundo deu um tapa na cabeça de Pedro e sorriu.

—Não foi por isso, foi...foi... –Pedro tentava procurar uma desculpa enquanto Ed fazia uma cara de “você é ridículo”.- Está bem , foi por causa disso sim, mas e daí, ao menos eu tive uma namorada. -completou Pedro ,desistindo.

—Não me importo com isso .

—Vai admite eu sou irresistível não sou?- perguntava Pedro convencido.

— Está bem garanhão.- respondeu Ed revirando os olhos abrindo a porta. Pedro estava logo atrás dele.- Mas voltando ao sonho Pedro, eu estou com medo.

—Ed relaxa, foi só um sonho.

E assim os dois desceram as escadas ,para tomar o café. Já estavam todos lá quando eles chegaram , exceto o professor Kirke.

—Bom dia dorminhocos.- falava Susana aos seus irmãos aproximando-se da mesa.

—Bom dia Susie, Lúcia ,Sr. Marta...-disse Pedro à elas que assentiram.

—Onde está o professor Kirke ?

—Olha só que está se importando com os outros. –dizia Lúcia sorrindo pra Ed.

—Eu só fiz uma pergunta ora.- respondeu Edmundo corando sentando-se a mesa junto com os outros.

—O professor Kirke não amanheceu muito bem. Está no seu quarto, vou levar seu café lá.- respondeu a Sr. Marta preparando uma bandeja com algo no prato que parecia canja, e um pedaço de pão ao lado, com uma pequena colher de prata.

—A senhora quer que eu leve ?- ofereceu-se Edmundo.

—Você o faria ? Ah obrigada, leve querido.- respondeu a Sr. Marta. –Enquanto isso eu vou ao mercado, preciso dos meus legumes . Volto mais tarde. Comportem-se. - completou.

Susana a levara até a porta. Enquanto Lúcia e Pedro olhavam para Edmundo, confusos.

—O que estão olhando ?- perguntou Ed pegando a bandeja.

—Você não tem o costume de fazer favores.

—Ah Lúcia obrigada. Seu amor me toca. –respondeu Ed.

—Sério. Isso tudo é por causa do sonho ?

—Que sonho ? –perguntava Susana.

—Ele sonhou com Jadis. Que ela nos matava e matava Aslam.- Pedro ainda ria do sonho de Ed.

Susana imediatamente chegou mais perto de Ed surpresa.

—Não brinque Pedro. Isso pode ser um aviso.- ela falava num tom sério.- Você se lembra de mais alguma coisa ?- perguntou atenciosa. Edmundo negou com a cabeça.

—O professor ! Ele pode nos dizer o que o sonho significa.- falou Lúcia.

Ed pegou a bandeja e foi atrás dos irmãos que já subiam as escadas indo ao quarto do professor .

—Professor ? O senhor está aí ?- perguntava Lúcia abrindo a porta vagarosamente.

—Entre. -respondeu a voz rouca do professor que tossiu em seguida.

Entraram no quarto e de perto da porta não saíram exceto Edmundo que levou a bandeja até a cama onde o professor estava.

—E a Marta onde está ?

—Ela foi ao mercado. -respondeu Susie.

—Pensei que haviam a executado.- brincou o professor com as crianças tomando uma colherada de sua canja.

—Na verdade estamos aqui , por que estamos preocupados.

—Com o que crianças como vocês iriam se preocupar? Se for com a minha pessoa fiquem tranquilos, é só um resfriado.

—Estamos preocupados com o senhor também , mas o Ed teve um sonho muito estranho.’

—Sonho...Com o que você sonhou exatamente Ed ?

—Eu sonhei com Jadis professor. Sonhei que ela matava eles e Aslam. Ela dizia que a culpa de tudo era minha. Que eu era fraco...- enquanto Edmundo contava ele lembrara de uma figura atrás de Jadis, uma garota. Mas seu rosto não era visível.- E também havia uma garota.

—Você não falou de nenhuma garota pra mim Ed.

—Xiii, não interrompa Pedro. –falava Susana fazendo o professor e Ed prosseguirem .

—Estranho, depois de tanto tempo sem ouvir ou falar de Jadis , você sonhar com ela é estranho. As vezes o sonhos podem vir como avisos. Vocês tem que tomar cuidado nesse caso. Mas talvez seja apenas um sonho qualquer. Em caso de dúvidas, ouçam os seus corações.

—Obrigada professor. –falaram em coro saindo do quarto deixando o professor fazendo sua refeição , e descansar.

—Ouvir seus corações ? Isso não ajudou muito. O professor não está muito bem.

—Pedro ! Ele é apenas um professor. E talvez ele tenha razão.- falou Susie.

Edmundo passou na frente de todos em silencio e foi para um quarto no fundo do corredor. Lúcia ,Pedro e Susie se olharam e foram atrás de Ed.

Edmundo se sentou em frente ao velho Guarda-Roupas onde tudo começou. Ele o olhava fixamente.

—Ed ,se você está zangado pelo o que eu disse, me desculpe, eu...

—Não Pedro, eu não estou zangado. Só estou confuso.

—Ficar com medo só vai te fazer mal Ed.

—A Susie tem razão. Isso só pode ser um simples sonho, afinal se a geladeira humana voltar acabamos com ela de novo.- brincou Lúcia.

Edmundo olhou para os três atrás dele e sorriu.

—Ei lembram que dia é hoje ? perguntou.

—Natal ! Como podemos esquecer?! –gritou Lúcia levantando-se e abrindo o guarda-roupas.

—Lúcia ,o que vai fazer ? –perguntou Pedro tentando confirmar sua teoria.

—Passar o Natal em casa.

E todos sorriram se olhando, levantando-se indo em direção a Lúcia.

—Prontos ?- perguntou Pedro.

—Estamos. -respondeu Ed.

E entraram no guarda-roupas , os casacos do professor ainda estavam lá, e a cada passo que eles davam se sentiam mais perto de casa.

—Mas é de menina !- imitou Pedro a voz de Edmundo da primeira vez que viajaram pra Nárnia e ele teve que vestir um casaco feminino.

—Não enche. –respondeu Ed sorrindo pela lembrança.

—Aí meu pé Pedro !- dizia Lúcia .

—Ei quem pisou do seu pé da primeira vez não fui eu , foi o Ed.

—Eu não estou imitando, você pisou no meu pé mesmo.- a resposta de Lúcia fez Susana e Edmundo, e até mesmo o próprio Pedro rirem.

Quando se deram conta estavam naquela floresta que estiveram da primeira vez. Olhavam todos encantados com a volta deles ao lugar em que viram tantas vezes. Engraçado, não era a primeira, nem a segunda e nem tão pouco a terceira vez que voltaram ali, mas todas as vezes Nárnia tinha o poder de encanta-los novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!