Capítulo 6

No dia seguinte...

Acordei com uma baita dor de cabeça e fui procurar a Sam. Ela estava na cozinha. Me ofereceu um café. E ficamos em silêncio. Esperando que um dos dois falasse algo.

Sam tomou a iniciativa...

- Eh... o advogado ligou. Ele disse que precisa falar com a gente. E que vem daqui a pouco.

- Tudo bem. Deve ser pra falar da Soph.

- É. Espero que sim.

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- Eu sei que é um momento difícil pra vocês. Todos na empresa vão sentir falta do Gib... Então, vocês devem ter várias perguntas pra fazer.

- Soph? Acho que é com ela que estamos preocupados. O que vai acontecer com ela? – disse Sam.

- Ok, eu já cuidei da transferencia dela. As pessoas que cuidaram dela no CT, acham que o melhor é ela ser trazida para cá.

- Entendi, mas quem vai fazer isso? – perguntei.

- Eh... desculpa. Mas Carly e Gibby, falavaram com vocês sobre acordo tutelar?

- Não – falamos juntos.

- Bom... então vocês não sabem quem eles nomearam para ficar com a guarda da Sophie, caso eles vinhessem a falecer?

- Não Dr.

- Quem? – Sam já parecia impaciente.

- Vocês... Vocês dois!

- O que? Por que?

- Vocês costumam falar juntos?

- Não! – E de novo... pelo jeito o Dr. Smith não acreditou em nossa negação.

- Dr. como assim nós que ficamos com a guarda da Soph?

- Não podemos cuidar dela assim... do nada.

- Essa era a vontade de seus amigos. O acordo de Sophie Christina Gibson, foi assinado por eles. Eles escolheram vocês como o casal que cuidaria dela.

- Mas, nós não somos um casal.

- Exato! Não somos casados.

- Olhem, eu sei que isso é incômodo e acreditem, eu tentei convensé-los do contrário, mas vocês tem opções. Vocês podem recusar. Por que isso é importante, é de uma criança que estamos falando. – E agora?

- Opções! Você falou que temos algumas opções? – disse Sam. Ela parecia nervosa.

- Ou aceitam essa nova condição, ou vão ter que encontrar um guardião legal para a Soph.

- Temos algum tempo?

- Não muito. O julgamento de guarda provisória vai ser em alguns dias. Mas a Sophie vai ter que ficar com vocês enquanto isso.

Sam e eu, nos entreolhamos. E assentimos.

- Tudo bem!

- Tá certo Dr. mas eu moro em Los Angeles. Eu iria hoje pra lá, se tudo isso não tivesse acontecido. Eu não poderia levar a Soph comigo? Sabe, até o julgamento? – O que? Ela ficou doida?

- Não pode, senhorita Puckett...

- Claro que não! – Sam me olhou com uma cara de poucos amigos.

- O melhor seria que Soph ficasse aqui, em sua casa, onde estão suas coisas. A casa está paga. Na verdade, foi a única coisa que restou. E o ideal é que vocês fiquem com ela aqui. Juntos...

- O que?

- Você quer que a gente more juntos?

- Seria por enquanto. Pelo bem da Sophie. – Sam olhou pra mim, e saiu, acho que foi gritar.

- Pelo bem da Sophie! – disse, me levantando também.

Acho que não vai dar certo...

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Sam:

Por que isso está contecendo?

Primeiro, meus melhores amigos morrem, e eu tenho que cuidar da filha deles. E o pior, com o nerd?

Se controla Sam... você tem que pensar na Soph, é ela sua prioridade agora!

Estamos no Conselho Tutelar, vamos poder levar a pequena pra casa.

Como será que ela está?

- Pronto senhorita Puckett, agora assine aqui. – disse a moça do CT, apontando o lugar para eu assinar.

- Certo!

- Ok... agora o senhor, senhor Benson. Assine aqui.

- Pronto! – disse Freddie.

- Estão trazendo ela, Freddie. – disse, quando vi uma outra mulher trazendo-a. E fui em sua direção.

Quando a peguei, senti que ela não estava bem. Estava tristinha. Isso me doeu tanto.

- Calma, minha princesa. Vai ficar tudo bem! Shhiii... eu vou cuidar de você, meu amor.

Freddie:

Aquela, foi a cena mais comovente que já vi. Soph não me parecia bem. Cheguei perto das duas.

- Olha Soph, o tio Freddie está aqui. – a pequena me viu e levantou os bracinhos em minha direção. Meu Deus, eu preciso cuidar dela...

- Ô minha pequena, vai ficar tudo bem, eu prometo. – olhei pra Sam, ela estava tão emocionada quanto eu.