Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
bem, vocês vão entender
Sou acordada com os berros de Brandon e os puxões de Brook.
- O que houve? – pergunto com a visão embaçada, depois que saímos do laboratório e Brandon pressiona um botão, fazendo outro vidro ficar á alguns metros do outro.
Escuto algo como um sugador e esperamos alguns segundos.
- O vidro estava rachado! – grita Brook. – Como você rachou?
- Eu estava dormindo! – grito de volta, esfregando os olhos e encarando Brandon.
- Tudo bem, podemos voltar – Brandon abre a porta e entramos novamente, andando até o rachado enorme no vidro e Nathan tentando quebrá-lo novamente. – Espera ai... – Ele e Brook se entreolham. – Shannon!
Os dois tampam o nariz e eu percebo.
- Eu estou doente. – digo.
- Não... Não está. – diz Brook me encarando. – Pelo menos, você não parece doente. – Ela coloca a mão em minha testa. – Faça um exame nela e vamos descobrir.
- Tudo bem, vem aqui. – Brandon puxa meu braço.
**
- Isto é impossível! Ninguém tem isso! – grita Brandon, mas já percebemos que ele está falando sozinho e aparentemente eu não estou com o vírus. – O que você tomou que ninguém aqui tomou?
- Água limpa? – pergunta Brook.
Nos entreolhamos.
- Nada, mas...
- Ela foi mordida pelo Carter – completa Brook. – Isso significa que...
- Achamos a cura. – Brandon sorri para mim. – Shannon. Achamos a cura. Sangue humano e mordidas de Carter Lewis.
Encaro Nathan, feliz por não precisar mais ver aquela cara verde novamente, mas seu rosto de verdade.
- Mas... – começa Brook.
- Mas o que? – pergunto.
- Sempre que o B. tem uma notícia boa, tem um mas. Por exemplo: Achei a cura, mas você vai precisar ser mordida pelo Carter de novo.
- Exatamente – diz Brandon com o polegar entre os dentes e o cotovelo apoiado no braço da cadeira.
- Como assim? – pergunta Brook com o cenho franzido.
- Alguém precisa ser mordido pelo Carter. E eu acho que ele não vai querer morder mais ninguém além dela.
- Porque ele não morde você? – pergunto assustada, com as imagens da boca de Carter ensanguentada e...
- Porque eu não quero um vampirinho mordendo o meu namorado – diz Brook agarrando a cabeça de Brandon. – E ele tem razão. Ele acha que você é a alma gêmea dele e essas merdas.
- Tudo bem. – digo suspirando.
- Tudo bem? – pergunta Brandon.
- Tudo bem – repito, encarando Nathan. – É o único jeito, está bem? Então... Que seja.
Brook e Brandon se entreolham como se eu fosse completamente maluca.
E bem, se ser maluca significa ser mordida novamente e conseguir a cura para salvar Nathan e mais um montão de gente, então sim, eu sou maluca.
**
John e Meg me encaram com as mesmas expressões de Brandon e Brook.
- Isto é uma má ideia – diz Meg, com os dedos entrelaçados nos de John.
- Você nem gosta do Nathan. Por isso não quer. – resmungo e John ri.
- Não, é uma má ideia sim – Ele suspira. – Shan, sabe que Nathan não ia querer...
- Nathan está aqui? – grito e todos olham para o vidro atrás de mim, onde Nathan continua batendo no vidro e seguro os ombros de John. – Nathan não pode bater na sua cara a gora e depois ele vai agradecer por você ter deixado a...
- Namorada dele. – completa Brook.
- Não sabe o que são, não é? – Ele ri e eu concordo com a cabeça. – A amiga com benefícios dele... – Olho para o lado, sabendo que é estranho eu estar admitindo que eu e Nathan... Bem. Pro pai dele. – Não finjam que não acontece. Eu sei o filho que tenho.
- Tudo bem. Me deixado levar uma...
- Acho que não vai ser só uma... – começa Brandon, mas jogo uma garrafa de água nele e ele se cala.
- Uma mordida para achar a cura.
- Também conheço o safado do Carter então só uma mordida não existe naquele cérebro de merda.
- Eu queria ter um pai assim – diz Brook rindo.
- Ele teoricamente é seu tio – diz Meg sorrindo.
- É. – John encolhe os ombros.
- Gente? Acho que poderíamos focar, não acham? – pergunta Brandon estalando os dedos. – A Shannon está querendo voltar para a mansão dos Lewis, onde vocês dois já ficaram presos e aqueles dois também e foram torturados. Carter não vai oferecer chá para ela.
- Você vai com ela – diz Brook, batendo em seu ombro.
- O que? – Brandon a encara com as sobrancelhas juntas.
- Não podemos ir nós todos e você era em quem o Nathan confiava. – Brook diz e esboça um sorriso... Amigável?
- Acho que depois da festa... – começa John encarando Brook.
- Pois eu ia dizer a mesma coisa – diz Brandon e eu encaro-os.
- Olhem aqui, calem essas bocas! – grito.
- Brandon vai com você e ponto! – grita Brook.
- Que se dane! – grito puxando minha jaqueta, mesmo que provavelmente – e mais aterrorizante – provavelmente não foi ficar com ela no corpo por muito tempo.
Tudo bem.
Você já bancou a vadia por dias e... Versão de Nathan com seios.
Versão de Nathan com seios.
**
- Isto é uma péssima ideia. – Brandon me encara, debruçado sobre o volante.
Encaro as luzes acesas da mansão, sabendo que eles não dormem.
Pensar eu sei á quase vinte minutos estragou meu plano de virar a versão feminina do Nathan.
- Ah, que droga. Ele me deve uma – resmungo pulando do carro e andando na direção da casa, tentando ignorar o nó em meu estômago por saber que verei Carter novamente.
Lembrar da adega.
Bato na porta, fechando os olhos e apenas abrindo-os novamente quando a porta se abre e eu encaro Carter com sangue nos dedos e a aparência de um garoto de dezenove anos.
- Oi – digo, como se eu fosse apenas uma vizinha puxando conversa. Como se ele nunca tivesse mordido minha coxa.
- Shannon – Ele sussurra, limpando as mãos nas calças. – Eu estava...
- Se alimentando, sim – concordo com a cabeça. – Acontece que o Nathan quer a mesma coisa e eu...
- O que? – Ele começa a rir. – Nathan virou um bicho?
- Sim – digo. – Preciso que me morda. Agora – Arqueio as sobrancelhas e ele junta as suas. – Não é to difícil... É só... Morder.
- Tudo bem... – Ele ri, me deixando passar e eu encaro Brandon uma última vez antes de entrar na casa. – Já conhece a casa e... Talvez que quisesse poderíamos ir para a adega e...
- Nem brinque comigo. – digo apontando para sua cara.
- Shan! – grita Georgia com um sorriso ensanguentado, chupando os dedos repletos de sangue. – O que houve com o Nate?
- Virou um bicho – Carter ri, segurando minha cintura. – Fico feliz que tenha voltado.
- Não voltei – digo encarando-o se sentar no sofá, agora virado na direção da porta, até porque tem um corpo ali atrás e agora eu preciso fingir que não há nada. – Só preciso que...
- Sim, sim. Que eu te morda, mas para que... – Ele para e ri, olhando para Georgia. – Ah, vejo que descobriram a cura. Minha pista ajudou?
- Você sabia? – pergunto.
Ele encolhe os ombros e ri.
- Claro que sim, agora... Georgia... Pode.
- Estou ocupada, mesmo – Ela revira os olhos e sobe as escadas batendo a porta do quarto e Carter se levanta, andando em minha direção.
- Então – Ele tira meu casaco, jogando-o no sofá e me sentando em uma poltrona. – Acha mesmo que vai entrar aqui, pedindo que eu te morda para que salve seu namorado que por sinal, realmente não sei porque gosta dele depois que ele ficou com a minha irmã, mas... E eu vou simplesmente sentir prazer em morder você, entregando a cura de bandeja? – Ele ri, beijando meu pescoço e isso me dá repulsa. – Quer dizer, não que eu não queira, mas... Ah, não sei. Isso me faz pensar no pobre Nathan...
- Só morda! Mas que droga, Carter! – grito encarando-o e ele ri.
- Vejo que a personalidade pegou – Sinto seus dentes tocarem minha pele, mas ele beija outra vez. – Ah, Shan. Por favor. Não precisa da cura agora, mas se bem que... – Sinto minha pele arder e seus dentes perfurando minha pele. Ranjo os dentes para não gritar. – Ah, o que é isso? Grite!
- Não. – digo ainda rangendo os dentes.
Continua ardendo.
Lágrimas saem de meus olhos e sinto outra mordida, direto em meu ombro, praticamente tocando o osso, mas sem arrancar pele.
Isso vai ser doloroso, e pelo jeito, está longe de acabar.
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tem mais capt hoje ok?
É que na realidade ia ser só um, mas ai ia ficar gigantesco então vão ser dois.
Enfim, até dps