Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 57
Nunca dê ketchup ao B. Meg tem uma queda por John.


Notas iniciais do capítulo

Ok. Tia Meg ainda gosta do John (quem não? Tio John divo s2 ♥)
E to sem inspiração para notas iniciais.
Então: Boa leitura.



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Abro os olhos, escutando alguém bater na porta.

- Não finjam que não estão ai. - diz Brook. 

- Oi. - digo. 

- Primeiro, é meu quarto e eu preciso de outra blusa. Estão vestidos?

Nathan abre os olhos e sorri.

- Oi. - diz ele. - Oi Brooklyn.

- Me respondam!

Nathan esfrega os olhos e nos encara.

- Não teria certeza. - Ele começa a colocar as roupas de volta e jogar minhas roupas para cima da cama. - Só espere um pouco.

- Estou esperando á duas horas. Só faça um favor, finja que sua camisa sumiu.

Nathan franze o cenho e me encara abotoar a camisa branca com listras vermelhas que Brook me emprestou.

- Como assim? - Nathan pergunta, observando-me abotoar o short. Jogo a almofada em sua cara. - Ah, agora você se importa.

- Só...- Puxo a camisa por sua cabeça e coloco-a em cima. - Pronto.

Brook abre a porta e sorri.

- Ganhei o dia. Agora sei porque a Meg gosta do seu pai.

- Repito. eu poderia ter morrido sem essa informação. - Nathan balança a cabeça e tira a camisa de cima da cama, passando-a pela segunda vez pela cabeça. 

- E eu poderia não ter esperado para entrar nesse quarto. - Brook revira os olhos e anda até a cômoda. - Sério, vocês são o casal mais estranho do mundo. Filho do Nathan Jones ou John - diz ela em um gemido - com diz minha tia e você, mais uma da geração das Miller que não sei como, mas são seduzentes e adoram joguinhos.

Eu e Nathan nos entreolhamos.

- Histórias circulam por aqui. - Ela fecha a gaveta, com uma blusa azul, mas perto de um tom de roxo nas mãos e agora percebo uma mancha vermelha perto de sua clavícula.

- O que aoconteceu com sua blusa?

- B. não se dá muito bem com contimentos. Não entreguem um saquinho de ketchup a ele, vai parecer que alguém menstruou em cima de você. - Ela revira os olhos. - Enfim. Vai ficar o dia todo? - Ela encara Nathan. A menos que Shan confirme o contrário, você é um garoto. E garotos protegem a cerca. Tchau, 

- Não. - Nathan franze o cenho.

- Tchau. - digo empurrando-o na direção da porta.

- Até você?

- Principalmente eu. - Beijo sua boca rapidamente e fecho a porta, fazendo Brook balançar a cabeça e rir. - O que foi?

- Nada. Só acho que vocês vão se casar um dia. - Ela dá de ombros e bate em meu ombro. - Ele é legal. 

Ela segura a maçaneta, girando-a e empurrando a porta.

- É, eu sei. - murmuro para mim mesma. 

Encaro o vidro com vista para a camada de cimento e as gotas de água escorrendo da parte de cima.

**

Eu e Brandon nos encaramos por um momento e mordo o lábio, não sabendo o que dizer.

- Ora, digam alguma coisa. - diz Gabe.

- Foi mal ter beijado a Shan.

Balanço a cabeça devagar, para frente e para trás. 

- Ok. - digo dando de ombros. - Só não faça de novo. 

- Não espero fazer de novo.

- Ótimo.

- Ótimo. - diz Gabe.

- Ótimo. - B concorda com a cabeça. 

- Ei. Quem ai é filho do John! - grita uma garota de cabelos loiros na altura da costela, com um pacote branco nas mãos. - Aonde está o filho do John? Eu preciso saber agora!

- Sou eu! - grito acenando com a mão o mais alto possível, para que ela enxergue. Entrego a arma para Gabe e corro até a garota que sorri e suspira. - O que é isso?

- Não sei. Só sei que é para você. - Ela empurra o envelope plastificado contra meu peito e me entrega uma prancheta com uma caneta azul. - Assine logo. 

- Ok. - digo assinando o papel e quase cortando minha mão com o papel quando ela arranca a prancheta de minha mão e a caneta, correndo na direção da porta.

Vejo o remetente e vejo que é o endereço de meu pai.

- Gabe! - digo e ele levanta o olhar do chão, para mim. - Eu vou falar com a Shan.

- De novo? - grita ele me encarando com uma cara estranha.

- Cala a boca! Só fique no meu lugar.

Ele revira os olhos e se vira para a cerca.

Corro até o refeitório e ando pelo corredor, batendo em sua porta.

- Shan! - Abro a porta e encontro Brooklyn folheando uma revista, deitada em sua cama. 

- Está no banheiro. - diz ela sem atenção em mim. - Shan! Seu namorado vagabundo está aqui! 

- Eu ouvi quando ele entrou. - diz Shan abrindo a porta, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo. - O que foi?

Levanto o envelope na altura da cabeça e ela engole em seco.

- Brook. - Ela empurra Brooklyn para fora da cama e leva-a para fora do quarto. - Eu já deixo você voltar ok?

- Se aquilo acontecer de novo, Meg vai bater em você Nathan. - diz Brooklyn fechando a porta ao sair.

Shan tira o envelope de minha mão e o encara.

- O que é? - pergunta ela com os olhos arregalados.

Sinto algo subir por minha garganta. Outra tosse. Tento segurá-la, até que vejo que isso é impossível e ela sai mais forte do que eu queria.

Ela me encara mordendo o lábio e batendo o dedão do pé impaciente no chão.

- Não é nada. - digo antes que ela abra a boca, mostrando as palmas das mãos, com os braços esticados em sua direção.

- Não é nada. - Ela repete. - Ok. O que é isso?

- Não sei. - Dou de ombros. - Abra.

Ela me encara com o cenho franzido e abre o pacote de plastico, rasgando o adesivo e encarando o envelope de papel marrom aberto de um dos lados.

- Quer que eu leia? - pergunta ela. - É uma carta.

Dou de ombros e me sento na cama onde Brooklyn estava sentada.

Ela tira o papel de dentro do envelope e movimenta os olhos, observando cada milímetro do papel branco, até me encarar com os olhos arregalados.

**

Ok. Isso está começando a me assustar.

Meg falou comigo. Sei que está ai. Venha para minha casa no instante em que ler isso. Traga Shan aqui. Não me desobedeça. Antes que você fique pior.

- Ele sabe que você está doente. 

- Não, não sabe. - Ele se levanta e arranca o papel de minha mão, lendo a carta. - Ele só quis dizer que vai me socar. Ok. Vamos ignorar.

Seguro seus ombros.

- Ignorar? Você precisa entregar esse pacote a ele.

- Não, não preciso. Não vou depender do meu pai para nada. E eu não estou doente. Só estou tossindo. - Ele anda de um lado para o outro, amassando a carta em uma bola de papel, menor a cada segundo. 

- Nathan. Você tem que falar com o seu pai. Aqueles papéis não são seus, são dele.

Ele esfrega o rosto e me encara.

- Acha mesmo que uma correspondência para o meu pai não conseguiria ser entregue enquanto ele mora lá desde que tinha a minha idade e nunca se mudou? - Ele encara meus olhos e balança a cabeça. - Ou ele quer que eu resolva, ou ele quer mostrar o quanto eu sou burro. 

- Você não é burro. - digo segurando seu rosto. 

- Olha, por mais fofo e por mais certo que isso seja á dizer para mim agora. Sei que não é verdade. Não foi falta de escola, é meu cérebro.

- Ok. - digo e cruzo os braços. - Se você não sabe resolver isso, quem sabe, além do seu pai?

- Não percebeu que estamos no lugar onde há os filhos das pessoas que estavam procurando a cura? Aqueles papéis não são nem a metade. O resto está com eles. - Ele olha para a pilha de livros de Brook e começa a desfazer a pilha, fazendo outra ao lado, deixando uma pilha de papeis dobrados caírem no chão. - Voilá! Mais uma de várias. Aposto que o aniversariante atrevido tem mais dessas.

- Você ficou chateado? - pergunto rindo.

- Um pouco. 

- Ah, porque eu adorei ver sua língua dentro da boca daquela loira.

- A culpa foi sua. Enfim. - Ele suspira. - Temos que falar com a Meg. Agora. 


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