Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 49
Capítulo 49 - Vingança


Notas iniciais do capítulo

VOLTEIIIII, mais rápido do que esperavam né? HASUIDHSAUIDHAUI' tá vendo! Como a fic tá no fim... :/ Mas para a felicidade (ou infelicidade, nao sei) de vocês, vou precisar terminar com 51 capítulos! Percebi que tinha esquecido de contabilizar mais ou menos alguns fatos que ainda precisam entrar na história... Por favor, sejam pacientes, porque eu não quis mesmo cortar certas cenas pra fazer um final legal pra vocês, que fuja do óbvio saka? Espero que gostem desse capítulo e que comenteeeeeeeem pra dar aquela força gente!!!!



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– O que é isso!? – Ernesto esbravejou esmurrando a parede ao ler o conteúdo daqueles papéis. – Não... eu não acredito...de novo com essa história de que essa garota é minha filha!?

– Se a minha palavra nunca foi o suficiente, ai estão as provas... E você pode repetir esses exames quantas vezes quiser, com os médicos que quiser, porque a verdade é essa! – Helena respirou fundo. – Na época que você me prendeu naquele porão, eu implorava para que você fizesse os exames, mas estava possuído pelo ciúme doentio, sempre drogado, sempre bêbado... Mas agora não tem como fugir!

– Você acha que um exame de DNA, que você pode ter fraudado irá me convencer!? – Ele disse franzindo as sobrancelhas e amassando os papéis lentamente, como uma criança birrenta. – Eu li aquelas merdas que vocês escreviam um pro outro e sempre soube que você era uma mulher fácil, uma vagabunda que dá pra qualquer homem por ai! – O psicopata começou a suar, sentindo um pânico genuíno, Helena havia conseguido desestabilizá-lo com aquele exame. – Eu tenho certeza de que ela não é minha filha...

– Eu não ganho nada te provando que ela é realmente sua filha, estaria muito feliz em te dizer que você era mesmo um corno, que eu tinha te enganado e te faria criar uma criança que não era sua, que eu te fiz de otário, porque era isso que você merecia por tudo que já me fez. – A mulher andava em círculos em volta do homem, o apavorando, como se estivesse se preparando para realizar algum ritual macabro e acabar com ele de uma vez por todas, e era isso que ela realmente faria se estivéssemos em um mundo sem leis. – Mas escuta aqui... – Ela sussurrou se aproximando dele rapidamente e espremendo a mandíbula de Ernesto com suas unhas compridas. - Você é tão bosta que até mesmo eu, considerada uma vagabunda, não te quis e você teve que me pegar à força.

– Você me desprezou, me apunhalou pelas costas, me tratava como lixo, enquanto ficava fudendo pelos cantos com o Enrico, que abandonou você e nunca quis nada sério. – Ernesto falou com dificuldade pelo fato das unhas de Helena estarem cravadas em seu rosto, mas seu tom agora era outro, estava totalmente acuado. - Pelo jeito que você era safada... A Catherine não é minha filha, não é... – Disse ele quase que deixando escapar uma lágrima.

– Não preciso que você me diga que acredita em mim, porque a verdade é a mesma independente de você acreditar. Enrico me abandonou, mas você me estuprou, me agrediu, me manteve presa... E fez o mesmo à Cath, possivelmente essa criança que ela está esperando foi um fruto do seu abuso... Mil vezes que a Catherine fosse filha do Enrico. – Helena apertou com mais força ainda, arranhando a pele do homem. – Mas agora que eu sou livre, vou fuder por todos os cantos com o homem que eu amo, e se eu ainda conseguir, vou ter um filho com ele, vamos finalmente ter a nossa família... – Ela aproximou sua boca do ouvido de Ernesto e berrou furiosamente. – Mesmo que você tenha tentado destruir a vida da sua própria filha, saiba que essa história não vai se repetir, o Derick está do lado dela, e eles vão ser muito felizes! – A mulher finalmente soltou o rosto do homem o empurrando e deixando-o no chão, totalmente atordoado. - Adeus Ernesto Bellini. – Helena olhou para os lados, pôde ver que os carcereiros a olhavam com satisfação, e foi para casa sabendo que dessa vez Ernesto sabia que havia perdido. Para o alívio dela, o homem sofreria eternamente com isso, agora sabia que era o culpado pelo próprio sofrimento e não há sentimento pior no mundo do que odiar a si mesmo.

Horas depois

Ernesto estava abobalhado, como nunca havia estado antes. Aquela notícia o acertara como um tiro no peito, sem chances de defesa. Nunca havia parado para pensar na hipótese de Helena nunca ter mentido, de Catherine ser de fato sua filha, apenas havia pensado nessa possibilidade uma vez em sua vida: minutos antes de tentar abusar de Cath.

Desde aquele dia, ele havia ficado com aquilo na cabeça, mas tentou expulsar esses pensamentos de sua mente, pois já não era mais hora de fraquejar, não havia mais tempo para voltar atrás e repetia como um mantra infernal “ela não é sua filha, ela não é sua filha” para lembrar-se todos os dias de que o rancor era tudo que deveria cultivar. Ernesto desabou em sua cela, ao se conscientizar de que o pressentimento daquele dia era verdadeiro: Catherine era sua filha.

Se lembrava exatamente da sensação estranha que sentira daquele momento, de que havia hesitado ao lembrar de quando acreditava que ela era sua filha, de como ficava feliz quando aquela garotinha o pedia ajuda para fazer os deveres de casa, o perturbava para levá-la ao parquinho. De como ele a protegia e cuidava antes de ter se tornado o monstro que agora só despertava nela nojo, desprezo, ódio.

Por tudo que havia feito a própria filha passar, sentiu um ódio profundo pelo homem que havia se tornado, ciumento, possessivo, agressivo, que havia sido capaz de cometer crueldades contra sua própria filha. Ele nunca se perdoaria, e ela nunca o perdoaria também. Apenas uma coisa o consolava, naquele banheiro quando a sequestrara, havia sido pego pelo policial antes de ter tido tempo para consumar aquela relação forçada, pois hesitara por alguns minutos sentindo um certo remorso. Precisava dizer isso a Catherine, que aquele ser que ela trazia em seu ventre não tinha a menor possibilidade de ser dele. Dar a ela ao menos uma notícia boa, dentre tantas decepções que já havia a proporcionado.

– Tá chorando por quê!? Tá cansado de apanhar!? – Gritou um dos presos de forma debochada ao ver Ernesto com o rosto molhado, chorando descontroladamente em sua comarca*. - A gente sabe muito bem o que você fez com aquela mulher e com a sua filha, Duquetreze! – O homem olhou apavorado para os lados enquanto repentinamente surgiam presidiários por todas as partes, o grupo era de seis criminosos. – Tá tudo branco*!– Avisou um deles.

Os detentos se aproximaram dele como cãs selvagens e famintos ao verem um pedaço de carne. Rasgaram-lhe a roupa e o agrediam enquanto ele berrava apavorado, se debatendo no colchão, implorando em vão por piedade.

– Vira, vira porra! – Ordenou o Xerife* puxando o cabelo de Ernesto com força e fazendo ele se virar. – E por acaso você foi piedoso com alguma delas duas?

– Eu estou arrependido, por favor não faça isso... Por favor... – Os homens riam enquanto aguardavam a sua vez.

– Cala a boca, vadia! – O “chefe” disse já em cima do psicopata, que chorava como uma criança amedrontada enquanto era violado ferozmente pelos seis detentos. – Tá gostando cabrito*?

– Por favor, já chega... – Clamou quase sem forças, sangrando e sentindo dores horríveis após todos já terem se divertido. – Por favor...

– Claro que não... – Disse o Xerife* pegando um cabo de vassoura com um dos presos. – Agora vem a melhor parte...

Dia do Casamento

Era fim de tarde, nem de noite nem de dia. Estava claro e o sol iria se pôr em alguns minutos. O cenário escolhido para a cerimônia era uma praia, mas não qualquer praia. Era a praia onde Catherine havia se entregado para Derick definitivamente, se despido de suas inseguranças e se sentido livre pela primeira vez.

Estava tudo lindamente decorado, com flores e velas. Catherine havia preparado cada detalhe da decoração junto com Lilian, Helena e Fátima. A cerimônia estava lotada de convidados, desde os membros mais distantes das famílias dos noivos, a todos os estudantes de Bergenthal com os quais haviam convivido. Derick fez questão de que todos fossem testemunhas do que aconteceria ali, principalmente os que duvidavam de que aquela relação pudesse dar certo.

Ele parecia um príncipe. Vestia um terno escuro e caríssimo de um dos maiores especialistas em alfaiataria. Seu cabelo estava devidamente penteado e a barba feita.

– Tive que vir ver de perto você acabar com a sua vida. – Disse Emma Wiggers de braços cruzados aparecendo por trás de Derick. – Hoje é o dia do seu aniversário, você não deveria estar se sacrificando por ela...

– Não estou me sacrificando... – Bufou ele irritado ao ouvir aquilo. - Me casar com a Catherine hoje é o melhor presente que eu poderia querer.

– Você está abdicando da sua vida, da sua juventude! Tudo isso para estar ao lado de uma garota que pode estar grávida de outro! – Ela segurou os ombros do garoto, o sacudindo, como se quisesse fazê-lo acordar. - Tem noção disso? Caia na realidade Derick, você vai se arrepender amargamente se essa criança nascer e não for um filho seu! – Emma pôs as mãos na testa indignada. – Desde que essa garota apareceu, ela só te trouxe problemas! Esqueça ela, desista dessa insanidade enquanto há tempo! Pare de ser um trouxa por causa dessa garota, pare de amar a Catherine!

– Não vou me arrepender de nada, não estou sendo leviano. Eu estou consciente de que esse filho pode não ter o meu sangue, Emma. – Disse calmamente o garoto, sem elevar o tom de voz. – Mas existem coisas que não são simples, que não são mutáveis, você não estala os dedos e a realidade se transforma. – Derick olhou a garota nos olhos porque tinha certeza do que estava falando. - Você não pode pedir à chuva que ela pare de molhar, ao sol que pare de aquecer, aos peixes, que respirem fora da água, nem a mim que deixe de amá-la. Você não pode pedir coisas impossíveis.

– Então é isso? Você vai mesmo se casar com ela? – A garota perguntou por uma última vez. – Por que? Eu só queria entender...

– Vou e é inútil você tentar me convencer do contrário. – Ele respondeu imediatamente, sem nenhum sinal de hesitação. – Porque eu sou o Derick, e o Derick ama a Catherine.

Emma então virou as costas e foi embora, sabendo que não havia mais o que fazer, pois o garoto estava obstinado. Enquanto a observava a garota enraivecida ir embora da praia, sentiu outra mão em seu ombro e virou-se para olhar.

– Derick, a Cath já está quase chegando... – Disse Flávia, prima de Cath, com um sorriso enorme no rosto. - Vai logo pro o altar!

– Você está ai atrás há quanto tempo? – Gaguejou ele sem graça, com as bochechas coradas. – Estou indo!

– Tempo o suficiente para ouvir “e o Derick ama a Catherine”! – Falou ela divertidamente. – E ver aquela abusada indo embora com o rabinho entre as pernas!

– Acho que vou desmaiar, nem acredito que esse dia finalmente chegou! – Confessou Derick nervoso e com as mãos trêmulas enquanto os dois caminhavam em direção ao altar.

– Nem eu estou acreditando que o meu rockeiro favorito, que vivia perturbando a minha prima está casando com ela! – Disse a garota espontaneamente. – Eu estou tão feliz por ela!

– Eu não estou cabendo dentro de mim...Lutamos tanto por isso... – Desabafou ele.

De repente os violinos se iniciaram e a melodia da música escrita por Derick para Cath começou a preencher toda aquela imensidão. Ele olhou para o início do tapete vermelho que se estendia até o altar e a observou caminhando em direção a ele, de braços dados com Enrico. O sorriso dela era hipnotizante e parecia irradiar luz própria, o que deixava o garoto ainda mais nervoso.

Ela estava deslumbrante. Estava com um vestido branco sem alças que vinha colado em seu corpo até os quadris, onde tornava-se solto e possuía uma cauda de tamanho médio. Catherine já estava com quase quatro meses de gestação e sua barriga ficava marcada no vestido. O cabelo estava parcialmente preso com uma tiara de brilhantes e trazia em sua mão um buquê de rosas vermelhas. Era elegante sem beirar à extravagância, exatamente como Catherine.

Ao chegar no altar, os dois mal conseguiam disfarçar a emoção. Tanta coisa havia acontecido para que finalmente pudessem ficar juntos e todos ali pareciam vibrar de felicidade. Obviamente que entre os padrinhos estavam os membros da The Rebel Machine, Iris e Flávia.

“ Eu lembro de quando os meus dias eram nublados, de quando tudo era escuro, frio e solitário. E de você ter aparecido de repente, trazendo raios, trovões, de você ter sido a minha tempestade. Ter me inundado de momentos felizes, fazendo com que as nuvens desaparecessem e eu pudesse ver o sol brilhar, ou um céu estrelado. Obrigada pela vida, por enfrentar comigo os piores dias, e por me proporcionar os melhores. Por ser meu companheiro, mas também ser a minha paixão. Por me aceitar de braços abertos no seu coração.” – Catherine.

Os “SIMS” eram mais do que esperados, os dois recitaram seus votos e logo em seguida veio o beijo apaixonado. Tudo estava confirmado, assinado, e agora era um fato: estavam FINALMENTE casados. Todos desejavam parabenizar o casal, que tirava fotos e curtia seu tão esperado momento.

– Eu queria te pedir desculpas... – Falou Giovanni envergonhado direcionando sua frase para Derick.

– Pelo que exatamente? – O garoto respondeu um pouco mal criado.

– Por ter te subestimado... Um playboyzinho mimado nunca seria capaz de fazer o que você está fazendo. – Ele revirou os olhos, como se estivesse doendo falar aquilo tudo. – Tenho que admitir que é um homem nobre e o que está fazendo não são todos que teriam coragem. – Giovanni estava com os olhos fixos na barriga de Cath, deixando-a constrangida.

– Se não teriam coragem é porque não sabem que amor não é só da boca pra fora. – Derick o encarou franzindo as sobrancelhas. – Se está achando impressionante o que eu fiz, é porque talvez esse seja o seu caso.

Semanas depois

Já haviam se passado as primeiras semanas de Cath e Derick casados. Era tudo uma novidade, mas eram tão apaixonados um pelo jeito do outro, que rotina mais parecia uma história empolgante do que um fato cotidiano e repetitivo. Catherine havia pedido para Derick que ficassem morando em sua antiga casa até que pudessem juntar dinheiro para ir viver em outro lugar. Aquele lugar já não a fazia mais ter pesadelos, e tudo estava reformado. Com os problemas que enfrentaram durante o ano, o casamento e a gravidez, o garoto deu prioridade para que Cath continuasse em Bergenthal e ele trancaria sua matrícula, podendo se dedicar à The Rebel Machine, que estava com muitos shows marcados.

Depois decidiria se voltaria à sua carreira e se formaria como médico, mas Catherine não poderia passar por mais privações tendo de desistir de sua carreira. Estavam esperando respostas de uma outra universidade sobre as informações dos projetos acadêmicos que eles haviam desenvolvido com o professor Andrew.

A ansiedade era tanta, que ao perceber novas correspondências na caixa de correio, Cath sempre se apressava para ver se era algo referente a isso. Havia chegado apenas uma carta, que ela abriu sem o menor cuidado, devido à grande expectativa.

– O que é isso Catherine? Eu já estou ficando preocupado! – Confessou Derick com os olhos arregalados ao notar que Cath estava cada vez mais pálida.

– Preciso fazer uma visita ao Ernesto na penitenciária. – Ela disse com a voz praticamente sumindo.

– O que!?!?!?


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Notas finais do capítulo

Gostaram da punição do Ernesto? merecida? não merecida? digam ai!!! E o casamento? Oq acharam???????/ aaaaaaaaaah, por favor bora comentar, não vão me deixar na curiosidade tentando imaginar os pensamentos de vcs KKKKKKKKKK Podem deixar palpites sobre o final da fic também!!! Beijão gente, até o cap 50, que será o penúltimo! BEIJOSSSSSSSSSSSS
COMENTEMMMMMMMMM



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