Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 47
Ex-namorada


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiii gente, voltei! Esse capítulo é esperado desde o dia em que Thomas começou a namorar, e aí está! Finalmente *-* Espero que vocês gostem, e não esqueçam de comentar pra me deixar feliz. Tá chegando no fim, finalmenteee! Eu vou sentir falta de todas vocês, leitoras. Até das fantasminhas que não comentam =( Podem comentar, ok? Quero muito muito muito conhecer todas as minhas leitoras. Obrigada por tudo, gente! COMENTEMMMMMMMMMMMMMMM S2



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Depois de uma noite, madrugada e manhã regadas de beijos, carícias e abraços, Thomas estava prestes a executar uma missão chata, mas não difícil: Mandar Olivia Le Blanc para o espaço.

É claro que esse é apenas um modo de falar, porque nosso personagem principal jamais diria tais palavras; um tanto quanto rudes; para qualquer garota. Gostava da menina, mas sabia que precisava urgentemente trocar o rótulo “namorada” pelo “amiga”, ou, se ela se negasse a manter algum contato com o rapaz; o que seria admissível; o rótulo teria que ser trocado simplesmente para “ex-namorada”. Ele não queria isso. A missão difícil não seria terminar o namoro, e sim preservar uma amizade.

Ding Dong

Pronto, agora não tinha como voltar atrás. Thomas havia acabado de tocar a campainha de Olivia e estava apenas esperando a garota atender. Havia avisado da visita, não queria correr o risco de ir para cidade e a garota não estar.

Ao atender a porta, a menina tentou aproximar o rosto ao do namorado, mas ele evitou o contato ao desviar da ruiva e entrar na casa. Bufando, a garota bateu a porta e sentou no sofá.

− Você veio pra conversar sobre ontem, eu tenho certeza disso. – Olivia falou, indo diretamente ao assunto. – Me desculpa, amor.

− Eu só não entendi, o que Sophie fez pra você?

Olivia ergueu as sobrancelhas e abriu um sorriso um pouco debochado. Encarou o rapaz a sua frente e resolveu se abrir.

− Eu sei que extrapolei, não devia ter dito aquelas coisas. Você estava comigo, mas trocava olhares com ela o tempo inteiro. Isso me irritou. A forma como você olhava pra ela me irritou, você nunca me olhou desse jeito. Eu tive a certeza ali de que vocês tinham alguma coisa mal resolvida, ou bem resolvida. Eu não sei. Aí eu fiz as minhas contas mentais: Você uma vez me disse que talvez gostasse dela, pediu pra eu dizer que é mentira que estávamos namorando e tal. Naquela época era mesmo. Aí você estava meio mal quando começamos a ficar e começamos a namorar. Depois ela apareceu na sua casa e você a tratou super mal e ela ficou surpresa em me ver. Depois a gente foi na festa de aniversário dela e vocês ficaram se olhando daquela forma. Eu entendi, entendi que eu sou o problema de vocês.

− Você não é problema nenhum, Olivia. Eu sou o idiota da história, eu fiz besteira. Pode me xingar de todos os nomes que quiser, eu mereço. Mas me deixe te explicar tudo. – A garota, quieta, o encarou, esperando que ele prosseguisse. – Droga, eu não sei como te dizer isso sem parecer um cafajeste. – Thomas comentou. Respirou fundo e encarou a garota outra vez. – Eu sempre fui completamente apaixonado pela Sophie. Provavelmente desde o dia em que a vi pela primeira vez. Eu devia ter uns 13 anos, havia acabado de chegar no bairro e fui dar uma volta de skate. Ela estava sentada na janela com as pernas para o lado de fora, de uma forma perigosa. Eu fiquei a encarando, e só consegui parar no momento em que ela foi puxada por alguém para dentro da mansão. Eu comecei a passar por lá sempre, esperando que ela aparecesse naquela janela mais uma vez. Não tinha um horário, mas toda tarde ela aparecia, e tinham algumas vezes que eu até ficava sentado no skate a esperando. Eu gostava de observá-la, e quando a via passava o resto do dia com um sorriso no rosto. E por anos foi apenas isso, eu apenas ficava a observando, porque nunca fui homem o suficiente pra chama-la pra conversar. E então a conheci, apenas este ano. Nossa relação começou estranha, a natureza dela é bem diferente da minha. Foi completamente arrogante, e isso até me decepcionou um pouco. Só que depois consegui conquistar a amizade dela, e comecei a admirar seus defeitos. Eu comecei a gostar dela ainda mais, e mais, e mais. Até que um dia a gente se beijou.

− E você estava comigo quando isso aconteceu? – Olivia perguntou, interrompendo o discurso de Thomas.

− Não. – Ele respondeu. A garota então assentiu e fez um gesto com a cabeça. – No mesmo dia que isso aconteceu a gente brigou. Foi pesado, ela falou umas coisas que eu realmente não gostei, teve uma atitude completamente bipolar. Minutos antes de falar um monte de besteiras sobre mim estava me beijando, sabe? Eu fiquei irritado, logicamente. Tinha todos os motivos do mundo pra ficar. E aí paramos de nos falar. Eu não tinha em pensamentos ficar com outra pessoa, não tinha o intuito de ficar com alguma garota pra esquecer ela, mas aí você se aproximou de mim. Começamos a conversar bastante e você sempre deixou claro seu interesse em mim. Achei você uma garota incrível, e decidi que seguiria em frente com você. Não por nenhuma estratégia, simplesmente porque gostei de você, porque achei que você pudesse ser uma garota legal pra eu me relacionar. Só que as coisas não funcionam desse jeito. Eu gostava de estar namorando você, só que isso não me livrou do sofrimento que passei por estar longe dela. E não foi pouco. Sentia falta da voz dela, do cheiro dela, da respiração dela, do toque dela, do sorriso dela, de absolutamente tudo.

− E por que esperava não sentir falta disso se não estava me usando? – Ela perguntou com um sorriso debochado. Ao não ter uma resposta, a garota continuou. – Pode ser que você não estivesse com a intenção de me usar, mas acabou dando no mesmo.

− Espera, eu preciso continuar. – Thomas falou. – Bom, então ela me pediu desculpas e voltamos a nos falar, só que sempre acabava rolando algum clima e...

− Isso quer dizer que ficou com ela enquanto estava comigo? – Ela perguntou, querendo ir de uma vez ao assunto principal. – Fala logo, Thomas!

− Não foi de propósito, Olivia. Eu só queria que você entendesse que eu realmente gosto de você. Sei que fui um babaca, mas eu não faria isso se não gostasse dela realmente. Eu vim aqui justamente porque não quero te enganar, não quero fazer você de idiota. O que aconteceu entre a gente foi ontem, por isso vim aqui hoje. Quero que ainda possamos ser amigos, e sei que preciso ser sincero com você se eu quiser que isso aconteça.

− Você poderia ter experimentado ser sincero desde o início. Podia ter contado essa história antes. Você me usou, querendo ou não. Ela também foi culpada, ficou com você sabendo que estava comigo. Isso é coisa de garota que não se preza, vagabunda.

− Por favor, Olivia. Você não tem ideia do que está falando. Eu fui o filho da puta, não era ela quem você namorava, vocês não eram nem amigas. Ela não devia fidelidade a você, eu devia.

− Ela partiu pra cima de mim ontem e você não fez nada. – Olivia disse. – Não, eu me enganei. É claro que fez, você foi atrás dela.

− É claro! Você tem ideia das besteiras que você falou? Você sabe o quanto a morte da irmã dela a machucou? Você imagina o quanto a relação dela com a mãe a faz mal? Esses são assuntos que você não deve se meter, que não te dizem respeito. Eu fui ver como ela estava, ela com certeza precisava mais de mim do que você.

− Eu estava com raiva, você não entende isso? Você não pode se colocar no meu lugar? Estávamos juntos e você só olhava pra ela. Imagina se vocês estivessem juntos, você passasse horas se arrumando pra encontra-la e ela ficasse olhando pra outro cara o tempo inteiro. Isso foi o fim pra mim, fui impulsiva. Você sabe que sou assim.

− Eu sei, mas isso não justifica. Você pegou pesado demais! – Thomas falou.

− Tá, eu me arrependi. Desculpa por isso.

− Não é a mim que você deve desculpas. – O rapaz respondeu.

− Eu não me importo com ela, não vou pedir desculpas. Se eu a devo desculpas ela me deve também, então estamos empatadas.

Thomas concordou com a cabeça.

− Então está tudo bem entre a gente? – Ele quis saber.

− Não vou ser sua amiga, se essa é sua dúvida. – Ela respondeu forçando um sorriso, um tanto quanto irônico. – Não tem como, você me usou e me traiu. Se algum dia eu quiser falar com você eu falo, mas agora não vai dar.

Thomas não insistiu muito, afinal, ele estava realmente errado. Estava aberto a uma amizade com ela, mas sabia que era improvável. A leveza que ele estava sentindo depois de ter deixado o apartamento da ex-namorada era enorme, se sentia confortável demais. Não apenas por ter terminado o namoro, mas por ter esclarecido de uma vez por todas tudo o que achava necessário.

Próxima parada: Mansão dos Montini.


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Notas finais do capítulo

COMENTEMMMMM!