Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 46
Eu amo você


Notas iniciais do capítulo

NÃO SE ESQUEÇAM DE LER O CAPÍTULO ANTERIOR GENTE, POSTEI HOJE TAMBÉM! E QUERO COMENTÁRIO NOS DOIS KKKKKKKKKKKKK ESSE CAPÍTULO TÁ QUENTE KKKKKKKKKKKKKKKKK Brincadeira, tá levinho! Quero muito saber o que vocês acharam, cada leitora minha. Gente, por favor! Esse capítulo é muito importante pra mim, preciso saber o que vocês acharam! MAIS UMA VEZ: ANTES LEIAM O CAPÍTULO ANTERIOR!



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— Te ver chorar me machuca. - Thom falou desmanchando o abraço. Passou o dedo nas lágrimas da garota e outra vez a encarou. — Você acha que seria legal fechar seu aniversário chorando? - Ele perguntou com uma careta.

— Minha vida é uma droga, Thom. - Sophie desabafou. — Eu nunca posso fazer o que quero porque sempre tem alguma coisa ou alguém me julgando. Eu sempre levo em consideração o que as pessoas falam e deixo de fazer as coisas que eu realmente quero porque posso magoar alguém. Mas eu não aguento mais, do que adianta me importar com os outros se ninguém se importa comigo?

— Você tem que fazer o que quiser. Está fazendo vinte e um anos, ninguém manda em você, é grande o suficiente para tomar suas próprias decisões. Antes de pensar que está magoando alguém tem que pensar se está magoando você. Por que sua vida é uma droga, o que você acha que está faltando? Você precisa ir atrás, Sophie. A vida é sua, precisa aprender a dizer não em algumas situações.

De uma maneira completamente imprevisível, Sophie pousou as mãos no rosto de Thomas Lohnhoff e aproximou o rosto do garoto do seu, e se atreveu a encostar os lábios nos dele. O beijou, como há mais ou menos um mês havia feito. Ah, por que havia demorado tanto para repetir a dose? Era tão bom, a sensação era tão boa. Se um simples abraço entre os dois já causava aquela sensação estranha, o beijo causava uma sensação ainda mais forte, e muito melhor.

Lohnhoff tinha gosto de felicidade, ela tinha que admitir. Um gosto bom de felicidade. O beijo dele a fazia sentir aquelas malditas borboletas voando pelo seu estômago, um frio na barriga inexplicável. Uma sensação de clichê irritante. Outras sensações mais. De proteção, carinho, amor, cuidado, confiança, amor, paixão, amor, amor, amor, amor. Deus, eu disse amor?

— Você pode achar um absurdo o que vou te pedir. — Sophie falou, afastando sua boca da dele. — Mas, por favor, esqueça a Olivia por hoje, só por hoje. - Ela continuou, e o agarrou em um abraço. — Eu quero ser completamente sua essa noite. - A morena sussurrou no ouvido de Thomas. — Por favor, só por hoje! - Ela pediu outra vez, dessa vez com o olhar fixado nos olhos castanhos do rapaz.

Thomas não esperou que a garota parasse de falar, e capturou a boca dela com a sua mais uma vez. Deus, era inexplicável a sintonia daquele toque de lábios, daquele entrelaçar de línguas, daquelas carícias que já começavam a ficar ousadas. O beijo, aliás, estava andando por um caminho diferente. É claro que com muito carinho, mas um tanto quente, com direitos a mordidas nos lábios, puxões de lábios, mordidas na língua, enfim. Sem detalhes sórdidos. E tudo que vinha de mais ousado vinha por parte de Sophie Montini, estranhamente.

A menina cessou os beijos, e começou a espalhá-los pelo pescoço de Thomas, alternando com mordidas e mesmo com chupões. Ousada, repito, Sophie estava um tanto ousada. Será que já contaram à Sophie que chupões eram coisas feias?

Thomas estava sim traindo Olivia, e feio. Mas eu garanto a você, caro leitor, que em nenhum momento aquilo se passou pela sua cabeça, pelo seu coração, pelos seus sentidos, pela sua razão. Não, de forma alguma. Seu corpo, seu coração e até sua razão gritavam Sophie, apenas Sophie.

Foi ela quem deitou por cima dele na cama, fazendo com que seu corpo sentado caísse deitado no colchão. E foi dela a iniciativa de abrir os primeiros botões da blusa do rapaz, e logo os últimos, jogando a peça pra longe. E se foi o vestido caro dela, a calça jeans escura dele, o short curto que ela usava para que não aparecesse a calcinha, e, ah, como eu poderia explicar a sintonia que existia ali, dentro daquele simples quarto?

Era o melhor presente de aniversário que Sophie poderia receber, sem sombra de dúvidas. Era amor, ainda que os dois tivessem dúvida disso. Era felicidade. Era carinho. Era proteção. Era paixão. Era desejo. Era a melhor sensação de sua vida. Thomas era a melhor pessoa que poderia existir, aliás, a cada toque carinhoso dele ela tinha ainda mais certeza de que ele era perfeito.

E logo se foi mais uma peça, o caro e delicado sutiã branco de Sophie. Mais um beijo na boca foi iniciado, mas foi interrompido quando as mãos do garoto seguraram a barra da sua calcinha, que fazia um conjunto com o sutiã.

— Thomas. - Ela o chamou, em voz baixa.

— Que foi, tudo bem? - Ele perguntou encarando a linda garota, a sua linda garota, pelo menos naquele momento.

— Eu acho que preciso te falar uma coisa. - Ela disse segurando o rosto dele, o olhando com seriedade.

— Fala, linda. - Ele respondeu com a voz carinhosa. Juntou brevemente os lábios aos dela e a encarou.

— É que.. - Ela começou. — Eu nunca fiz isso antes.

— O que? - Thomas perguntou com a testa franzida, tentando entender o que sua garota tentava dizer. Sua garota.

— Nunca fiquei com um menino desse jeito. — Ela foi mais específica. Thomas continuou a encarando, esperando que ela se expressasse melhor. — Eu sou virgem. - Falou de forma clara.

Thomas a olhou e sorriu um pouco. Ele já sabia, conhecia Sophie o suficiente para saber. Era algo esperado, previsível, só faltava confirmar.

— E você tem certeza que é comigo que você quer que seja a sua primeira vez? - Ele perguntou, olhando sério pra ela.

A garota balançou a cabeça positivamente.

— Só quero se for com você. - Ela respondeu com a voz baixa.

E os beijos voltaram, por parte dele. O garoto, ainda deitado, depois de separar os seus lábios dos de Sophie, abriu uma gaveta do pequeno móvel que tinha ao lado da cama. Parecia procurar alguma coisa, e de fato estava. Uma camisinha. Colocou em cima do móvel e voltou a beijar a menina outra vez. Ele abaixou a pequena (safadinha, volto a dizer) calcinha da morena, e se foi mais uma peça para o chão.

Beijos e mais beijos. Sophie encheu o garoto com mais beijos na boca, enquanto, com as mãos, tentava tirar do rapaz a única peça que impedia a união de seus corpos. E, com a ajuda do garoto, ela conseguiu. Ao notar o nervosismo da garota, Thom beijou seu rosto.

— Você é maravilhosa. - Ele sussurrou no ouvido dela, o que fez com que a menina tremesse um pouco, arrepiada.

O rapaz pegou o pacote que havia colocado há pouco no móvel e com um dos braços que não abraçava Sophie o levou até a boca, abrindo erroneamente com os dentes. Enquanto o rapaz tratava de se proteger, Sophie distribuía beijos pelo seu pescoço.

— Eu tô com medo, Thomas. - Ela confessou.

— Relaxa, meu amor. - Thom sussurrou no ouvido da garota, juntando outra vez boca com boca.

Ele havia a chamado de "meu amor", depois disso qualquer insegurança havia voado para o espaço.

E, com carinho, ali, naquele momento, na noite do aniversário de Sophie, naquela cama de solteiro, os corpos dos dois virou apenas um, Thomas uniu os dois com a única coisa que tinham em comum, o amor.

— Tudo bem? - Ele perguntou pra ela, separando seus lábios, que estavam grudados até então.

— Tudo. - Ela respondeu ofegante, com um fio de voz.

Sim, no início havia sido doloroso para Sophie, mas a sensação era tão maravilhosa que a dor pareceu sumir de uma hora pra outra. Estava se sentindo amada, mesmo sem ouvir essas palavras do garoto. Era uma sensação que jamais poderia descrever. Na verdade, não conseguiu entender como as pessoas tratavam o sexo como uma coisa tão vulgar, se era tão puro, tão bonito, tão intenso.

Thomas não era especialista em sexo ou alguma coisa do tipo, não era virgem, os anos de medicina na faculdade trataram de dar a ele uma boa experiência. Mas, Deus, por que tudo com Sophie tinha que ser mais especial? Era completamente diferente com ela e com as outras meninas que ele já havia ficado. Ele sabia disso, na verdade. Sabia que o simples toque dela era diferente, sabia que ela era especial. Era especial simplesmente por ser a única que o fazia parar de pensar no mundo a sua volta, a única pela qual ele faria qualquer coisa sem pensar duas vezes, a única que o fazia sentir aquilo que estava sentindo. Sophie era perfeita, em todos e quaisquer aspectos.

Aquela noite em que Sophie completara vinte e um anos fora sem dúvida a melhor de sua vida. Havia se sentido completa, maravilhosa. Não queria que acabasse jamais, poderia ser eterna. Mas não. As coisas não aconteciam daquela forma. E quando Thomas separou seus corpos, apenas o medo a invadiu.

— Eu amo você. - O garoto disse no ouvido da garota.

Deu dois beijos no rosto dela e levantou, entrando em seguida no banheiro.

Ele a amava. E, droga, por que aquilo a preocupava ainda mais?

— Thomas. - Ela o chamou assim que ele deitou ao seu lado outra vez.

— Fala. - O rapaz respondeu, colocando mechas do cabelo preto da garota para trás da orelha. Beijou seu rosto, completamente carinhoso.

— Eu estou com medo. - Ela confessou, com um fio de voz.

— Medo de que? - Ele perguntou parecendo preocupado. Pegou no rosto da garota com as duas mãos.

— Medo que a noite acabe. - Ela respondeu. — Eu também amo você.

— Não tem que ter medo, Alle. - Ele disse enquanto acariciava os cabelos dela. — O que você quer que aconteça amanhã? - Ele perguntou.

— Eu não sei. Não quero que se sinta pressionado a ficar comigo só pelo que aconteceu aqui.

— Não seja boba, Sophie. - Thom falou. — Eu disse que amo você, não disse? - Ele perguntou cuidadoso, ainda acariciando a menina, que assentiu. — Então nunca me sentiria pressionado. Você é quem eu quero, sempre foi. Simplesmente pelo fato de você ser a única garota que eu amo. Tirando minha mãe, é claro.

Thomas a abraçou, e por um tempo ficaram assim, abraçados e deitados na cama.

— Eu posso tomar um banho? - Ela perguntou, se afastando um pouco do garoto e pegando suas roupas no chão. O corpo nú estava coberto com um lençol, que ela fez questão de enrolar em si.

— Pode, vem cá. - Thomas levantou da cama, vestindo apenas uma cueca. A garota foi atrás dele, enrolada no lençol e carregando as roupas.

Ele a levou até o banheiro, deu uma toalha e indicou onde estava tudo. O rapaz, enquanto isso, foi ao banheiro dos pais para também tomar um banho.

Thomas e Sophie. Sophie e Thomas. Por que os dois demoraram tanto para entender que um pertencia ao outro? Eram perfeitos um para o outro. Thomas completava Sophie e Montini completava Löhnhoff, fim!

Thomas, ao sair do banho, sentou em sua cama e sorriu ao pensar no que havia acabado de acontecer ali. Que ideia mais sem pé nem cabeça aquela de pensar que Olivia Le Blanc poderia substituir Sophie apenas porque achava que com ela estaria com o certo, não com o duvidoso. Olivia era a certa? Desde quando? A certa, na verdade, era aquela garota que no momento entrava no seu quarto, com uma blusa que era dele. Sophie Montini, futura Löhnhoff.

— Não quis lavar o cabelo? - Thomas perguntou, vendo a morena sair do banheiro com o cabelo seco.

— Eu não posso. Só uso produto importado no cabelo. - Ela falou, sorrindo sem graça para o garoto.

Thomas sorriu pra ela, achando graça da situação.

— Às vezes esqueço que você é toda metida. - Ele disse, chegando perto da garota.

— Desculpa. - Ela murmurou, sentindo o garoto pousar as mãos em sua cintura. — Eu sei que você odeia quando sou assim.

— Mentira. - Ele respondeu, tocando o pescoço da menina com o nariz. — Eu amo você sempre. - Ele declarou, colando os lábios nos dela.

Sophie colocou as mãos no rosto do seu... Amigo com benefícios, amante, namorado por um dia? Bem, não importa, nada de rótulos. A morena tocou o rosto de Thomas com as duas mãos, e se sentiu ser levada para cama outra vez, enquanto estavam aos beijos.

Deitados no colchão, ficaram apenas se beijando, aproveitando cada toque um do outro. Depois de muitos se aproveitar da boca do rapaz, Sophie passou a beijar seu rosto.

— Te amo. - Ela sussurrou perto do ouvido dele. — Você está traindo sua namorada. - Ela sussurrou outra vez.

— Não, você é minha namorada.

— Então você tem duas? - Ela perguntou em tom de brincadeira.

O rapaz deu um breve beijo nos lábios da garota e a encarou.

— Não pense em nada disso agora. Hoje somos só eu e você, amanhã pensamos no resto. Pode ser?

Sophie sorriu e assentiu com a cabeça. Se agarraram de novo, de novo e de novo. Muitas vezes naquela noite, eu digo a vocês. E digo a vocês mais uma coisa: Sophie nunca se esqueceria daquele aniversário.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM, POR FAVORRRRRRRRRRRRRRRRRR =(