Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 36
Desculpa


Notas iniciais do capítulo

Estou postando excessivamente rápido *O* Obrigada pelos comentários, eu amo minhas leitoras *-* Continuem comentando, estamos na reta final!



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− O que você tem, querida? – Meredith perguntou à Sophie.

Calma, calma, calma. Explicarei a situação. A menina Montini estava pensativa, não havia dito uma palavra depois de cumprimentar Meredith. Sentou no sofá e ali ficou, calada.

− Ele nem olhou na minha cara. – Sophie compartilhou o pensamento com a mulher.

Thomas, é claro. Você sabe bem, querido leitor, que quando uma garota se apaixona, não há um assunto que ela puxe que não seja o garoto em questão.

− É do Thomas que você está falando, estou certa? – Meredith perguntou sentando ao lado de Sophie.

Sophie balançou a cabeça positivamente.

− Vocês eram namorados? – Ela quis saber.

− Não. – A menina respondeu. – Pra falar a verdade eu não sei bem o que éramos. – Ela completou. – Eu só sei que me sentia bem com ele, de um jeito que eu nunca tinha me sentido antes. Eu aprendi a ver as coisas de um jeito diferente, comecei a gostar dele apesar de todas as nossas divergências, apesar de nossos caminhos apontarem para lados completamente opostos. Apesar de qualquer coisa. E a cada dia que passava ele me dava mais um motivo pra gostar ainda mais dele. Quando Katy foi embora a minha vontade de viver foi junto com ela, e Thomas a trouxe de volta. Eu acordava sorrindo com uma mensagem dele, passava o dia na faculdade sorrindo com mais mensagens dele e dormia sorrindo depois de ter o visto. Ele me fazia bem, fazia com que eu estivesse feliz o tempo inteiro. Parecia que eu estava vivendo num conto de fadas, eu não sei. Eu me sentia completamente boba perto dele, de um jeito bom. Ele estava sendo a minha força, mesmo que não soubesse disso.

− Você não precisa falar desse jeito, querida. – Meredith disse, pegando na mão da menina. – No passado, sabe? – Ela especificou. – Thomas mora aqui, você sabe. Ele é um ótimo rapaz, tenho certeza que ele vai te entender se lhe disser essas coisas, independente do que tenha acontecido. É claro que ele tem a namorada dele, mas é melhor tê-lo por perto como amigo do que nada, não?

− É claro que é melhor, mas não é uma opção. As chances de ele me perdoar são nulas. – Sophie respondeu com um sorriso torto. – Minha mãe pediu para que eu parasse de falar com ele, e eu parei. Parei porque eu fui ingênua, porque pensei que minha mãe e eu pudéssemos ter uma relação melhor se eu fizesse as coisas que ela tivesse vontade. Se eu fosse do jeito que ela queria que eu fosse, entende? Eu fui falar com Thomas, e coloquei a máscara mais superficial que eu tinha. Eu desprezei o sobrenome dele, fui completamente grossa. Deixei claro de uma vez por todas que eu não queria falar com ele. Eu não precisava ter feito isso, eu sei. Mas eu não queria me machucar, não queria que aquele momento durasse muito, queria acabar com aquilo de uma vez por todas, o mais rápido possível. Não queria que Thomas insistisse e ficasse me fazendo perguntas, porque já estava sendo doloroso o suficiente. E passou o tempo e agora ele está me tratando assim, e minha mãe está cada vez pior. Eu pensei que um problema anularia o outro, sabe? Mas se antes eu estava com um, agora estou com dois.

Meredith abraçou Sophie, da mesma forma que uma mãe abraçava a filha, da mesma forma que Sarah deveria estar fazendo. A menina começou a chorar mais uma vez, desta vez no ombro de alguém. E um ombro era do que ela mais precisava.

− Não chore, querida. Uma menina tão novinha quanto você não pode sofrer desse jeito. Isso me corta o coração. – Meredith falou, ainda abraçando a garota.

− Eu vou ficar bem. – Sophie disse saindo do abraço da mulher. Secou as lágrimas com os dedos.

− Você vai mesmo, porque não vou deixar que saia daqui até que dê uma bela gargalhada! – Ela exclamou, levantando animada do sofá.

− Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. – A menina disse com um pequeno sorriso no rosto.

− Incrível vai ser você levantando daí pra me acompanhar até o mercado. Vou te ensinar a melhor maneira de se passar um sábado à noite! – Meredith disse animada.

Errado, Srª Kik. Quem estava passando o melhor sábado à noite era Olivia Le Blanc, provavelmente.

− Anda menina, levanta! – Meredith berrava, puxando pelo braço Sophie, que permanecia no sofá.

− Eu não tô com vontade de sair, Meredith. – Sophie disse desanimada.

− Ora, mas você parece uma velha de noventa anos! – Ela reclamou. – Fique aí então, e quando eu voltar quero você bem longe desse sofá, e sem essa cara de enterro!

Meredith saiu, deixando apenas Sophie em sua casa. A menina se sentia confortável ali, talvez mais do que em sua própria casa. Ela não ousaria levantar do sofá, que estava bem confortável. Mas é como eu disse, não ousarIA... A não ser que alguma coisa, como a campainha, a obrigasse.

De fato foi o que houve. Aquele barulho era irritante demais, alto demais e barulhento demais. A menina levantou e rodou a chave que Meredith havia deixado na porta.

Era Thomas, exatamente do jeito que ela tinha visto passar um pouco mais cedo.

− Meredith não está aí? – Ele perguntou, olhando para dentro da casa.

− Não, ela saiu faz pouco tempo, foi ao mercado. Você quer esperar? – Sophie perguntou.

− É, eu não tenho muitas opções. – Ele disse, já colocando o corpo pra dentro da casa. – Eu estou sem chave e meus pais resolveram me dar um perdido. – Ele disse se jogando no sofá.

Pegou um celular no bolso da calça e ficou mexendo, ignorando completamente a presença de Sophie ali. A menina sentou em uma cadeira que ficava de frente pra ele, e depois de um tempo olhando para o chão resolveu o encarar.

− Thomas. – Ela o chamou com um fio de voz.

O rapaz abaixou o celular e a encarou, esperando que ela dissesse alguma coisa.

− Desculpa. – Ela pediu, elevando apenas um pouco o tom de voz. Os olhos verdes brilhavam, e Thomas não soube se era um brilho natural ou se eram lágrimas. Opção b, meu amigo. Eram lágrimas.

− Por? – Ele perguntou, tentando manter a pose de “durão”.

− Por tudo. – Ela murmurou, enchendo os olhos com mais lágrimas e deixando escapá-las pelo rosto.

Thomas suspirou. Ele poderia fazer qualquer coisa, mas não tinha aprendido a resistir aos olhos de Montini, e muito menos às suas lágrimas.

Sophie não fazia ideia do que causava em Thomas, amigos. Se fizesse, jamais pensaria que ele nunca a perdoaria.


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Notas finais do capítulo

Continue descendo e comenteeee u_u Beijossssssssssssssssss!