Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 24
Amizade no Limite


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tem muito tempo que eu não apareço, mas aqui estou. E espero muito que vocês gostem. Comentem, por favor. Espero aparecer muitas vezes por aqui nessas férias. Boa leitura!



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Assim que Thomas acordou naquela manhã de sábado pegou o celular na cômoda ao lado da cama e escreveu uma mensagem para Sophie. Já passavam das 10 horas da manhã, talvez ela estivesse acordada, talvez não.


"Bom dia, querida Montini. Espero que esteja acordada, porque passo aí para te buscar daqui a meia hora. Vamos começar com as aulas de skate hoje. Coloque o tênis que comprou ontem, nada de saia ou vestido. Só fique... Confortável. Leve o skate também. Beijos, onde você quiser KKKKK Brincadeirinha."

O garoto riu do que ele tinha escrito e colocou o aparelho no bolso da calça do pijama. Saiu do quarto e sentou à mesa, junto aos pais, que tomavam café.

– Onde foi ontem, Thom? - Sua mãe perguntou, antes de tomar um gole de café.

– No shopping, com uma amiga. Comprei umas roupas, ela me ajudou. - Thomas respondeu, sorrindo de lado.

– Espero que ela tenha bom gosto, suas roupas realmente precisavam ser aposentadas. É a menina que vem almoçar conosco, não é?

– É, eu não sou o tipo de cara que sai com várias garotas ao mesmo tempo. - Ele respondeu de forma breve.

– Mas, se é só uma amiga, qual é o problema de andar com outras? - Louis indagou o filho.

Thom se levantou da mesa como se não tivesse ouvido o que o pai havia perguntado.

– A conversa está muito boa, mas estou de saída. - O garoto pegou seu skate, colocou-o debaixo do braço e saiu de casa.

Louis e Anna riram. Thomas ainda precisava de uns conselhos sobre como enrolar os pais.

Thom, como em todos os sábados, iria encontrar seus amigos para andar de skate e trocar algumas ideias. A casa de Amanda se localizava a duas casas da vila em que ele morava, então, como era de costume, a encontrou no caminho. A loira foi logo o abraçando, animada como sempre.

– Nick e Caleb já estão na praça há muito tempo, vamos correr! - Ela falou, apressada.

– Mas antes, preciso passar na mansão.

– Ai Thom, outra vez com essa obsessão? Qual é o sentido de você ficar perdendo seu tempo esperando que aquela garota perturbada apareça na janela? - Amanda disse impaciente, revirando os olhos.

– Não vou esperar que ela apareça, dessa vez eu sei que ela vai aparecer.

– Ah é? Você viu na sua bola de cristal? - Ironizou.

– Não, eu vi em outro lugar. - Thomas retirou o celular do bolso e mostrou à amiga a resposta de Sophie:

"Eu passo o beijo, mas estarei pronta. "

Aquela resposta havia sido o suficiente para que Amanda se calasse e acompanhasse Thomas até a mansão.

Sophie estava esperando encostada na cabine de Baker mexendo em seus cabelos, parecendo um pouco entediada. Era a primeira vez que Thomas a via vestida com uma roupa casual, assim como ele havia recomendado na mensagem.

A menina se aproximou dos dois com um olhar de desprezo e olhou para Amanda de cima a baixo.

– Oi. - Ela disse seca.

Os três andavam em direção a praça, e Amanda andava cada vez com mais pressa.

Quando Sophie notou que a menina estava andando um pouco mais a frente, deixou escapar uma de suas habituais críticas:

– Além de não saber comprar roupas não sabe escolher namoradas. - Ela alfinetou num sussurro, cuidando para que Amanda não a ouvisse.

Thomas sorriu, não conseguiu evitar. Aquilo fora uma forma clara de evidenciar o famoso ciúme. Ele revirou os olhos e fingiu dar de ombros. Pegou das mãos de Sophie o skate que ela havia comprado no dia anterior, que a menina parecia segurar com dificuldade.

– Poderia ter me avisado que me usaria de vela. - A garota mais uma vez reclamou no ouvido do amigo, que não dizia nada.

Ele poderia dizer que Amanda era apenas uma amiga, mas preferiu ficar calado. Se divertiria mais.

– Ei, andem mais rápido, estamos atrasados! - Amanda pediu, olhando para trás. Sophie revirou os olhos verdes, e, ao perceber, Thomas gargalhou.

Não demorou muito tempo para que os três chegassem à praça, onde estavam Caleb e Nick. Amanda logo subiu no colo de Nick e o beijou de forma um tanto caliente. Sophie arregalou os olhos, e bastou o olhar cínico de Thom sobre ela para que a menina ficasse completamente vermelha.

– Eu não deixaria minha namorada beijar outro cara na minha frente, Sophie. - Ele finalmente falou, com cinismo.

Quando finalmente Amanda e Nick se soltaram, Thom começou a explicar a situação.

– Sophie, essa é Amanda. - Ele disse, olhando para amiga loira. - E esse é Nicolas, seu namorado. - O garoto sorriu de uma forma debochada, ao dar ênfase na palavra "namorado". - E esse é Caleb. - Ele apontou para o outro amigo ao lado do casal. - E essa é Sophie, vou ensiná-la a andar de skate.

Sophie, ainda vermelha, cumprimentou os amigos de Thomas com beijos no rosto, e, enquanto Amanda, Nick e Caleb apostavam uma corrida, Thomas levou Sophie para um lugar espaçoso na praça, para finalmente começarem as aulas. O garoto mantia o sorriso debochado no rosto, para raiva da morena.

– Você está me irritando. - Ela disse, revirando os olhos.

– Jura? Pensei que Amanda estivesse. - Thom provocou.

Sophie bufou e pegou o skate dela das mãos de Thomas, o colocando no chão.

– Vai me ensinar a andar nisso ou não? - A garota mudou de assunto, o olhando com a testa franzida.

Thomas a encarou, e antes de começar qualquer coisa, se aproximou e depositou um beijo em uma das bochechas ainda rosadas da menina, que, sem evitar, deixou que escapasse um sorriso tímido.

– Para começar, tenho uma dica essencial para qualquer aluna principiante. - Ele disse, se afastando da garota. Ela o olhou atenta, como uma verdadeira boa aluna. - Não finja cair em meus braços para tentar me seduzir. - Ele a olhou sério, mas logo começou a rir quando viu a careta dela.

– Não é como se você fosse irresistível, Löhnhoff.

– Silêncio, Sophie. Alunas somente escutam. - Falou, debochado. Outra vez ela revirou os olhos. - Primeiro você precisa saber como vai ficar em pé. É destra ou canhota?

– Canhota. - Ela respondeu.

– Certo. Então você deve deixar na frente o seu pé direito, e seu corpo vai ficar virado para esquerda. Mas você também pode experimentar o oposto, sinta-se a vontade para escolher. É questão de conforto. - Sophie assentiu. - Agora suba.

Thomas ensinou Sophie a subir e a se equilibrar no skate, mas havia sido um pouco complicado. A menina se desequilibrou algumas vezes, mas Thom, como bom professor, a segurou. Foram muitas tentativas, mas a garota conseguiu.

– Estou exausta! - Ela disse, abaixando para sentar no skate. - Não acho que seja uma troca justa isso de eu mudar seu look e você me ensinar skate. Se parar pra pensar saberá que eu estou tendo mais trabalho. Sem contar que andar de skate não vai me trazer benefício nenhum.

– Não a você que tem um carro, realmente. - Ele concordou. - Mas pode ser útil algum dia. - Falou, colocando o seu skate ao lado do de Sophie para depois sentar. - Só andaremos de skate no futuro. - Disse, antes de piscar para ela. A morena ergueu uma das sobrancelhas, e o olhou.

– Por que eu andaria com você no futuro? - Perguntou.

– Porque já anda no presente, e no futuro tenho certeza que andará ainda mais. - Ele disse, sorrindo.

– Por quê? - Ela perguntou, mordendo os lábios para conter um sorriso.

– Porque as pessoas sempre esperam que a tendência de uma amizade seja crescer com o tempo. - Respondeu, um pouco debochado. Quis experimentar o uso do duplo sentido, poderia dar certo. Ou não.

– Já estou próxima demais de você ultimamente, Thomas. Não tem como alguma coisa que está no limite crescer. - Sophie disse, com um sorriso sem graça no rosto.

Thom se calou. Não sabia exatamente o que a menina estava querendo dizer com aquelas palavras. Se ela tivesse o entendido bem, aquilo poderia ter sido um fora, um chega pra lá. Um aviso de que, entre eles, o limite era a amizade, nada além disso. Se ela não tivesse o entendido poderia ser alguma coisa boa, sinal de que ela estava se entregando ao máximo àquela amizade, que estavam se dando muito bem e não teria como melhorar.

Havia se dado mal, de qualquer forma. Ao fazer propositalme uma pergunta de duplo sentido, recebeu uma resposta da mesma espécie. E se por um momento pensou fosse confundir Sophie Montini, ele mesmo quem acabara daquela forma.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmmm, prometo ficar mais responsável e vir aqui mais vezes. E feliz ano novo pra todo mundoooo, 2014 tá vindo com tudo hahaha Beijos, até a próxima.