Rose E Scorpius - Revenge escrita por Miss Potterhead


Capítulo 22
Something has changed


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyyy! Parece que agora eu so posto uma vez por mês, pois é... mas é melhor que nada.
O meu pc esteve umas duas semanas sem funcionar, até que eu finalmente consegui arranjar graças à minha amiga Tachi e por isso, este capitulo é dedicado a ela. Obrigada tachi por salvares o meu pc *-*
Eu juro que ia postar este capitulo antes do Natal mas o pc não ligava -.- (sou a pessoa mais azarada do mundo quando se trata de pcs).
O capitulo ficou uma merda, sorry, mas espero que gostem.
Ps: a fic está a chegar ao fim, mas ainda falta alguns capítulos, nao se preocupem.
Ps2: nem me desculpei pela demora porque, vocês sabem, eu demoro sempre xD



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John estava encostado à parede olhando impaciente para a porta da ala hospitalar. Já se tinham passado umas 2 horas desde que ele e Rose tinham trazido Louis até ali, queria muito ter ficado lá e falado com o loiro, mas a família Weasley chegara pouco depois e John, ao sentir-se um pouco a mais, tinha ido embora.


No entanto, não conseguira voltar para o salão comunal sem falar primeiro com Louis. Precisava pedir-lhe desculpa pela forma como o tratara, por tudo o que dissera e por não ter percebido mais cedo o que sentia. Agora tudo fazia sentido na sua cabeça. A verdade é que John gostava do lufano e durante todo aquele tempo em que o tratara mal, só queria, na verdade, esconder aqueles sentimentos.


Passou as mãos pelos cabelos impaciente e suspirou.


(...)


A família Weasley estava toda reunida em volta da cama de Louis, os seus avós, pais e primos. Louis sentia-se um pouco claustrofóbico com toda aquela gente em volta de si a perguntar-lhe o que acontecera e como se sentia, mas não se importava, porque a sua família sempre fora assim e isso tudo só mostrava o quanto se preocupavam com ele.


– Mon amour - disse Fleur preocupada passando a mão pelo rosto do filho - Como você se sente? O que aconteceu?


– Eu estou bem - Louis repetiu pela 10ª vez, mas ninguém parecia acreditar nele. - Eu bati com a cabeça, mas agora já me sinto ótimo - tentou convence-los a todos de que estava bem, mas ninguém parecia ouvi-lo.


– Oh, meu querido, você bateu com a cabeça, pode ser algo grave - disse a sua avó Molly igualmente preocupada.


– A Madame Pomfrey já disse que não foi grave, só preciso ficar esta noite aqui. - informou o lufano.


– Eu fico aqui com você, meu querido - disse Fleur dando em seguida um beijo na testa do filho.


– Eu estou bem, é sério! - o loiro afirmou novamente mas ninguém parecia ouvir o que ele dizia.


– O Louis precisa descansar, acho que devíamos deixá-lo dormir - Rose falou pela primeira vez desde que todos tinham chegado. - Louis... - olhou para ele arrependida - Desculpa pelo que fiz, eu não te queria magoar... - as suas palavras eram sinceras, a garota estava realmente arrependida.


– Está tudo bem, Rose - o lufano esboçou um pequeno sorriso e Rose abraçou-o com cuidado. - Estás perdoada.


– Obrigada - a grifinória sorriu fraco e depois olhou para Lily que assistia a tudo calada - Desculpa... - sussurrou baixo. Sentia-se infeliz sem Lily, a prima era a sua melhor amiga, a sua outra metade e quando estava sem ela, sentia um vazio enorme.


– Nunca mais voltas a fazer o mesmo, ouviste Rose Weasley? - declarou num tom sério mas acabou andando até Rose e abraçou-a com força - Tive muitas saudades tuas, prima - disse Lily com pequenas lágrimas nos olhos.


– Eu também, Lily, eu também morri de saudades tuas. - Rose abraçou a amiga com força, como se quisesse que ficassem assim para sempre. Riu baixo e deixou algumas lágrimas caírem pelo seu rosto.


(...)


Uns minutos depois, os Weasley começaram a ir embora, primeiro foi Albus, James, Fred II, Roxanne e Hugo, depois os avós, Molly e Arthur e finalmente Bill e Fleur (que continuava a insistir que queria ficar com o filho). Lily e Rose foram as últimas a sair e quando a ruiva mais velha viu John, foi até ele.


– O Louis está bem - afirmou com um pequeno sorriso - Devias ir vê-lo... - Rose disse o final num tom de compreensão, como se entendesse perfeitamente o que John sentia.


– Eu não sei se ele quer ver-me... - respondeu o sonserino sentindo-se dividido, é claro que queria vê-lo, mas tinha algum medo que Louis não o perdoasse.


– É claro que ele quer-te ver - disse como se fosse óbvio e começou a se afastar, mas depois olhou para John e acrescentou - Não o faças sofrer! - afirmou a ruiva, soando mais como um conselho e não como uma ameaça. Agora que Rose conhecia John um pouco melhor percebia que o sonserino não era assim tão mau como ela o imaginava.


John concordou com a cabeça, abriu a porta e entrou.


(...)


Louis estava deitado em cima da cama pensativo. Tinha a cabeça a doer e um pouco de sono, mas não lhe apetecia dormir. A verdade é que estava a pensar em John e na maneira como ele o olhara quando acordou. Não conseguia esquecer aqueles olhos, carregados de preocupação, alívio e amor. Pelo menos fora o que lhe parecera...


Os seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu a porta ser aberta e John entrou. Louis remexeu-se na cama e com algum cuidado, conseguiu-se sentar.


John olhava para o loiro com alguma preocupação, mas apesar de tudo, Louis parecia bem. John sentou-se na ponta da cama e ficou a olhá-lo.


– Como te sentes? - perguntou quase num sussurro. Estava atrapalhado e nervoso, como nunca estivera antes. O seu coração batia forte no peito como se fosse sair-lhe pela boca.


– Eu estou ótimo - respondeu Louis olhando-o com curiosidade.


Então, num impulso, John aproximou-se de Louis e abraçou-o. O abraço foi um pouco desajeitado porque o sonserino não era uma pessoa de muitos abraços, mas quando o lufano colocou os braços em volta dele, John sentiu-se mais confortável e acabou sussurrando no ouvido dele:


– Eu estava muito preocupado com você. - admitiu John.


Louis congelou de choque. Nunca imaginara ouvir aquelas palavras, John não era o tipo de pessoa que falava o que sentia. Mas tinha de admitir que ficara muito feliz ao saber que o moreno se preocupava com ele.


Quando se afastaram, os dois garotos ficaram a olhar-se por alguns segundos, então John quebrou o silêncio.


– Isto foi tudo culpa minha, eu não devia ter dito o que disse... - começou a falar mas atrapalhou-se - Eu fui um idiota... - disse arrependido e baixou o rosto.


– Calma... - Louis levantou o rosto dele com cuidado para puder olhar para o sonserino - Está tudo bem... - esboçou um pequeno sorriso.


– Eu fui um imbecil, mas é que eu estava tão confuso... - disse John olhando-o nos olhos. - Agora já não estou mais. - acrescentou.


Louis queria falar, perguntar-lhe o que ele queria dizer com aquilo, mas parecia que as palavras não saiam e acabou por deixar o sonserino continuar o discurso.


– Isto não é fácil admitir... - fez uma pausa, respirou fundo e voltou a olhar para Louis - Eu estou apaixonado por você. - disse cada palavra com convicção e certeza, mas também com uma ponta de receio de ser rejeitado.


O lufano sentiu um frio na barriga e o seu coração começou a bater freneticamente. Era mesmo verdade? Ou estaria a sonhar? John realmente admitira que gostava dele? Parecia um sonho...


No entanto, ainda tinha algum medo, o sonserino podia achar que gostava dele agora, mas quando as pessoas começassem a falar e a comentar, a olhá-lo de lado por ser gay, ele podia mudar de ideias. Louis não queria sofrer, gostava demasiado de John e a possibilidade de o perder, assustava-o.


– Eu não sei se consigo acreditar nisso... - disse Louis a John um pouco receoso e nervoso.


O sonserino ficou um pouco surpreso por ele não acreditar nas suas palavras, mas acabou por ter uma ideia e aproximou-se do garoto com cuidado. Como Louis não tentou afastá-lo, acabou por roçar os seus lábios nos dele, num beijo que primeiro parecia um selinho, mas que logo se transformou num beijo intenso e apaixonado.


John fez uma caricia no rosto do loiro enquanto Louis passava as mãos pelos cabelos do moreno.


O beijo estava cheio de sentimentos: amor, carinho, paixão, mas também havia algum medo.


Quando se afastaram, os dois garotos ficaram com as testas encostadas e como que automaticamente, John sorriu. Louis ao ver aquele sorriso no rosto do garoto, teve a certeza que os sentimentos dele eram verdadeiros, mas mesmo assim, falou:


– Não sei se estou completamente convencido, acho que vais ter de me beijar novamente - disse num tom brincalhão.


John riu baixo e puxou-o para mais um beijo.


(...)


Rose acordou na manhã seguinte estranhamente feliz. Sabia a razão da sua animação, a garota estava contente por John e Louis, especialmente por causa do primo que ela sabia que já tinha sofrido demasiado por ser gay.


O que Rose não entendia, ou não queria entender, era porque estava feliz por John, o garoto sempre a tratara mal, era uma das pessoas de quem ela queria-se vingar, então porque estava contente por ele estar feliz?


Decidiu esquecer aquele assunto, levantou-se da cama e tomou um duche rápido. Vestiu o uniforme da Gyffindor e depois foi até ao salão principal tomar o café da manhã.


Como os seus primos já a tinham perdoado, sentou-se com eles na mesa, enquanto todos conversavam animados.


Olhou para a porta no momento em que John e Louis entraram de mãos dadas. Os dois garotos pareciam felicíssimos e Rose não conseguiu esconder um sorriso. Não importava que tivesse odiado John no passado, ele agora estava com Louis e ela estava feliz por eles os dois.


A garota ouviu alguns sussurros e algumas pessoas a olharem de lado para os dois garotos, mas eles conseguiram ignorar os olhares e manter-se fortes.


Depois de alguns minutos, os olhares e sussurros pararam e Rose começou a tomar o café da manhã enquanto conversava com Lily e Hugo.


(...)


Depois de tomar o café da manhã, Lily saiu do salão principal dirigindo-se para as estufas onde iria ter a sua primeira aula, mas logo parou quando ouviu uma voz a chamá-la.


– Lily! Preciso de falar contigo. - Hugo correu atrás dela e agarrou no braço dela, fazendo-a virar-se para ele.


– O que se passa? - perguntou a ruiva achando estranha a atitude dele. Hugo tinha começado a ignorá-la quando tinham-se beijado e agora voltara a falar com ela do nada.


– Eu queria pedir desculpa - disse o irmão de Rose um pouco atrapalhado. Não sabia como lhe dizer aquilo - E... - tentou falar mas atrapalhou-se - Oh Lily, eu sei que nós somos primos e que o Tio Harry me vai matar, mas... - fez uma pausa - Eu gosto de você - disse.


Há muito que Hugo lhe queria dizer aquilo, mas demora algum tempo a perceber o que realmente sentia e só o percebera quando se tinham beijado. Mas novamente tinha tido medo de ela dizer que só podia ser sua prima. Eles eram tão novos, mas ele sabia que gostava realmente dela.


– Oh Hugo - disse ela um pouco emocionada e abraçou-o - Eu também gosto muito de você - sussurrou. Sentia-se tão bem com ele e estava radiante por ele sentir o mesmo que ela.


Os dois sorriam um para o outro, beijaram-se e foram para as aulas juntos.


(...)


As aulas daquele dia estavam a correr bem para Rose, ela estava feliz e especialmente concentrada em tudo o que os professores diziam. A sua última aula da manhã era com a Slytherin, o que acabou um pouco com a sua animação. Ver Scorpius novamente só a fez relembrar o que tinha acontecido no dia anterior, a discussão, ele a chamá-la de vadia, a sua raiva por ouvi-lo dizer que ela era pior que Evanna.


Tentou-se concentrar na aula e não olhar para o garoto de olhos cinzas, o que se tornou uma tarefa quase impossível porque Scorpius também estava a olhar para ela. Ficaram-se encarando por alguns segundos e quando a grifinória desviou o olhar, reparou num garoto que estava a olhar para ela também. O garoto com quem ela tinha transado no mesmo dia que tinha transado com Scorpius.


Sentiu-se estranha ao pensar nisso. Sabia que tinha cometido um erro, mas também sabia que naquele dia estava fora de si. Não o devia ter feito e agora percebia porque o Malfoy a chamara de vadia. O que ela fizera fora realmente muito errado.


Especialmente porque ela sabia muito bem que gostava de Scorpius e tentava esconde-lo de todos e de si mesma. Tentava odiá-lo e brigava com ele o tempo todo, mas nada daquilo era verdadeiro. Rose odiava-se por gostar tanto dele. E ainda odiava mais Scorpius por não conseguir deixar de amá-lo.


Suspirou e tomou atenção ao professor novamente e tentou não pensar em mais nada, apenas na aula.


(...)


Evanna saiu do banheiro, andou pelo dormitório até encontrar a sua cama e deitou-se. Estava deitada muito quieta, como se estivesse a dormir, mas os seus olhos estavam abertos. O seu rosto era uma máscara de frieza e não demonstrava nenhuma emoção. Mas os seus olhos, os seus olhos piscavam muito para tentar combater as lágrimas que queriam cair.


Mas Evanna não podia chorar, porque Evanna Bulstrode era forte e nada a deitava abaixo. Era isso que tentava mostrar a todos, mas era mentira, porque ninguém era inquebrável, nem mesmo ela.


Nos últimos tempos, a sua vida perfeita tinha-se tornado um inferno. Perdera Scorpius e John, a sua fama e popularidade já eram e a única amiga que lhe restava era Sasha, uma das suas colegas de quarto que não a olhava de lado ou fingia que ela era invisível.


Tudo isso tinha acontecido por culpa de Rose Weasley, porque a ruiva tinha roubado e destruído a sua vida por vingança, por tudo o que a sonserina lhe fizera quando Rose era apenas a sabe-tudo Weasley.


Mas aquilo não estava a acontecer por causa de Rose Weasley e sim porque Evanna tinha cometido um erro, tinha sido irresponsável e descuidada. E agora estava a pagar caro por isso.


Ouviu a porta do dormitório ser aberta e Sasha entrou. A garota reparou que Evanna estava estranha e aproximou-se da cama dela.


– Está tudo bem, Eva? - perguntou sentando-se na ponta da cama e olhando Evanna com preocupação, nunca vira a loira assim.


Evanna não respondeu, porque de repente as lágrimas que estava a tentar segurar, começaram a cair pelo seu rosto. Nunca chorava à frente de ninguém, sabia que isso era sinal de fraqueza, mas naquele momento não se preocupou com isso, só queria alguém que a consolasse, que dissesse que estava tudo bem.


Sasha ficou surpresa por a ver a chorar, mas logo a abraçou, passando as mãos pelas costas dela numa forma de acalmá-la.


– Eva, fala comigo. - pediu um pouco impaciente - Eu nunca te vi assim, o que se passa? - perguntou desfazendo o abraço e ficando a encarar a amiga.


– Eu... - a garota tentou falar mas as palavras pareciam não querer sair. Respirou fundo, engoliu o choro e então falou - Eu estou grávida!


(...)


Sasha estava parada no corredor esperando os alunos saírem da aula de Runas Antigas. Estava tão ansiosa que não conseguia ficar parada por muito tempo e logo começou a andar de um lado para o outro impaciente.


Depois de uns segundos a porta abriu-se e os primeiros alunos da Gryffindor começaram a sair. Um garoto do 5ºano sorriu para ela e ela sorriu de volta. No entanto, não era dele que ela estava à espera.


Encostou-se à parede e ficou à espera. Uns segundos depois viu um tufo de cabelos ruivos encaracolados e animou-se.


– Hey, Rose! - chamou e levantou o braço acenando. A grifinória viu-a e andou até ela.


– O que se passa, Sasha? Não podemos ser vistas juntas, a Evanna pode desconfiar... - disse avisando a garota, não queria que Evanna descobrisse que a sua única amiga na verdade só falava com ela porque Rose lhe tinha pedido.


– Preciso de te contar algo, não vais acreditar! - afirmou Sasha animada com a bomba que tinha para contar à ruiva. Todo aquele tempo tinha fingido ser amiga de Evanna só para tentar descobrir algo que Rose pudesse usar contra ela e finalmente esse dia tinha chegado.


O rosto de Rose iluminou-se e começou a andar depressa, afastando-se um pouco dos outros alunos, para conseguirem falar.


– Conta lá! O que descobriste? - perguntou a ruiva, curiosa.


– A Evanna está... - começou a falar e depois sussurrou para mais ninguém ouvir - grávida. - contou. Sasha também não gostava da sonserina, quando ela era popular e tinha muitos amigos, costumava humilhar Sasha, não tanto como fazia com Rose, mas mesmo assim, Sasha nunca lhe perdoara. E agora que a loira estava sem ninguém, queria ajudar a ruiva a destruí-la ainda mais.


– Grávida? - disse Rose surpresa mas logo baixou a voz para ninguém as ouvir - E quem é o pai? - perguntou com alguma curiosidade mas também receio de Scorpius ser o pai.


– É o John - disse-lhe. Sasha achava aquela situação um pouco irónica, Evanna tinha ficado grávida de John logo na altura que o sonserino admitira que era gay. Se não conhecesse Evanna, teria pena dela.


– Interessante... - respondeu Rose. Estava aliviado por Scorpius não ser o pai e na sua cabeça começavam a aparecer ideias de como poderia usar aquilo contra a sonserina que tinha tornado a sua vida num inferno.


– Ah! - exclamou Sasha lembrando-se de algo - Há mais uma coisa - disse - A Evanna quer abortar.


– O quê? - a ruiva exaltou-se, ficando ainda mais surpresa do que quando soube que a garota estava grávida - Ela não pode fazer isso, Sasha, vai à procura dela! Eu preciso de falar com ela agora!


Sasha saiu apressada e foi à procura de Evanna enquanto Rose ficou para trás pensando em tudo aquilo que acabara de descobrir. Evanna realmente devia estar fora de si e Rose precisava colocar algum juízo na cabeça dela. Não podia deixá-la abortar!


(...)


Durante o resto das aulas da tarde, Rose não conseguia parar de pensar em Evanna e na gravidez. Não compreendia como a garota era capaz de querer matar o seu próprio filho. Rose sabia que ela era muito nova para ser mãe, que estava sozinha e provavelmente muito assustada, mas abortar era errado. Por mais que não quisesse aquele bebé, era um ser vivo, era o seu filho.


E depois pensou em John, que agora estava tão feliz com Louis, aquela gravidez não iria estragar só a vida de Evanna, mas a dele também.


Rose tentava por-se no lugar dela, imaginar o que faria se estivesse grávida. Não iria gostar da ideia, aquilo iria estragar a sua vida, mas não conseguiria abortar.


Acabou por suspirar e decidiu que iria conversar com Evanna, tenta-la ver que estava a cometer um erro, mas não podia obrigá-la a nada, pois era decisão era da sonserina.


Ouviu os alunos começarem a se levantar e percebeu que a aula tinha acabado. Mal ouvira o que o professor dissera, o que não era bom porque Rose sempre fora a melhor aluna.


Levantou-se, pegou nos livros e saiu da sala. Estava cansada e só lhe apetecia atirar-se para a cama e adormecer. Mas ainda precisava de falar com Evanna. Para além disso, tinha de cumprir o castigo com o Malfoy.


As suas aulas tinham acabado, mas o seu dia, ainda mal começara.


(...)


Depois das suas aulas acabarem, Scorpius Malfoy foi até ao banheiro da Murta no 2º ano. A Diretora Mcgonagall tinha castigado a ele e Rose por causa da briga que tinham tido e por a garota ter encenado aquela tentativa de estupro. Por isso, agora tinham de limpar todos os banheiros do castelo.


Scorpius não estava muito contente com o castigo, mas pelo menos estaria com Rose e embora passassem o tempo todo a brigar, gostava de estar com ela.


O garoto foi procurar os utensílios de limpeza e quando voltou, encontrou Rose.


– Que bom que já chegaste assim já podemos começar a limpar - disse e entregou-lhe uma esfregona.


A ruiva resmungou qualquer coisa baixinho, mas agarrou na esfregona e começou a limpar o chão.


– inheee, ohhh, uhhh - ouviram-se uns gemidos e murta apareceu saindo de um compartimento do banheiro - É tão bom ter companhia - disse a murta animada e olhou para Rose - Olá Rose - disse com um sorrisinho.


– Olá murta - cumprimentou a ruiva mas logo revirou os olhos quando a murta começou a gemer.


Scorpius estava ocupado a varrer o chão com a vassoura quando reparou que Rose estava a falar com a Murta-que-geme.


– Vais ficar ai a conversar? - perguntou um pouco chateado - É que eu não vou limpar isto tudo sozinho - afirmou. Ainda estava chateado com ela por ter descoberto que Rose dormira com outro garoto depois de ter dormido com ele.


– Qual é o teu problema? - perguntou Rose irritada e largou a esfregona no chão - Tu devias estar agradecido por eu ter-te ajudado, se não fosse eu, terias sido expulso de Hogwarts - atirou-lhe à cara.


– Mas se não fosses tu a inventar que eu estava a tentar abusar de ti, a Diretora não teria tentado expulsar-me - ripostou. Scorpius também estava zangado com ela por isso, mas ela acabara por o ajudar. No entanto, isso não mudava o que ela tinha feito.


Murta ouvia a conversa e soltava risinhos e gemidos, estava a gostar de vê-los a discutir.


– Se não me tivesses chamado de vadia, eu não teria feito aquilo - respondeu a ruiva irritada.


– Se não te tivesses comportado como tal, eu não te chamava isso - disse Scorpius e cruzou os braços.


– Sabes que mais? Não quero saber se achas que sou uma vadia, eu posso dormir com quem me apetecer e tu não tens nada haver com isso - afirmou e saiu do banheiro chateada.


O sonserino passou as mãos pelos cabelos frustrado. Queria parar de discutir com Rose, queria entende-la, mas ela estava sempre a afastá-lo. Não sabia mais o que fazer e talvez começasse a pensar em desistir dela e seguir em frente.


– Porque ela faz isto comigo? Porque ela me trata assim? - pensou alto.


– Porque ela gosta de você - respondeu a murta.


O Malfoy olhou para o fantasma surpreso por ela ainda estar ali, nem a vira, estava demasiado ocupado a discutir com Rose.


– O que queres dizer com isso? - perguntou curioso. Será que a murta sabia alguma coisa? Ela parecia conhecer Rose.


– A Rose costumava vir chorar para aqui, pois nunca ninguém vem ao meu banheiro - respondeu a murta gemendo - Nós éramos amigas, ela me contava como se sentia quando vocês a tratava mal - disse num tom acusador - E eu contava-lhe como me sentia por ninguém gostar de mim.


– Eu não sabia que ela se sentia assim... - afirmou começando a pensar na Rose que ele conhecera, ela era tão diferente nessa altura e ele sempre a tratara como lixo porque não queria gostar dela. Scorpius era o culpado daquilo tudo, do sofrimento de Rose e do seu próprio sofrimento, porque nunca tivera coragem de admitir o que sentia pela ruiva e por ter ajudado os amigos a zuarem dela.


– Ela nunca me disse, mas eu sabia que, apesar de tudo, ela sempre gostou de você - a murta atravessou a porta de um dos compartimentos e desapareceu pelo vaso sanitário.


(...)


Rose andava irritada pelos corredores. Aquela briga com Scorpius tinha sido tão boba, mas mesmo assim ficara irritada.


Tentou acalmar-se e pensar em Evanna, tinha de falar com a garota antes que ela fizesse aquela loucura.


Mas onde estava Evanna? E onde estava Sasha? Tinha pedido para a garota procurar pela loira mas até agora nada.


Acabou por encontrar Sasha perto da biblioteca e correu até ela.


– Encontraste a Evanna? - perguntou um pouco nervosa.


– Eu procurei-a por todo o lado - respondeu Sasha - A Evanna não está em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Então gentem, gostaram da reconciliação do Louis e do John? E do Hugo e Lily?
Eu estava sem ideias para o titulo deste capitulo, então escolhi: Something has changed pela Rose estar a começar a mudar um pouco, ficou feliz pelo Louis e John estarem juntos, ficou preocupada com a Evanna por esta querer abortar e até a discussão dela com o Scorpius foi diferente.
Então será que a Rose vai se arrepender de tudo o que fez? E voltar a ser como era antes? Só esperar para ver, ou melhor, ler xD



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